Quem pensar que as críticas que aqui tenho dirigido à gestão do Porto Canal não têm qualquer relação com a péssima época desportiva do FCPorto que se desengane, porque tanto o clube como o canal são da responsabilidade da mesma entidade, ou seja, da estrutura directiva do FCPorto. Isto, se for verdade que o clube é mesmo o legítimo proprietário do Porto Canal, facto que parece ainda pouco claro, como aliás pouco clara é, a imagem de marca do FCPorto deste ano em relação a quase tudo. O resto, é conversa.
Resumindo: este ano, o presidente Jorge Nuno Pinto da Costa e respectiva SAD estão a fracassar em toda as linhas. Mais. Atrevo-me a escrutinar que, além da Super Taça de início de época, em termos desportivos, o clube arrisca-se a não ganhar nada. Na actual situação não sobra muito espaço para grandes optimismos e até me parece contraproducente. Eu não acredito porque sim, acredito porque e quando se é competente.
A derrota copiosa desta noite (4-1) frente ao Sevilha e consequente eliminação da Liga Europa é apenas o resultado (o campeonato já se foi) de um certo laxismo de gestão verificado nos últimos 2/3 anos. A aposta cega na habitual incompetência dos adversários directos, sem atentar aos sinais de mudança positiva que se vinham verificando, foi um erro crasso e uma atitude imperdoável de arrogância cujo preço ainda estamos longe de poder avaliar. Depois, a desastrosa contratação de um treinador praticamente desconhecido, sem se saber nada do seu perfil psicológico, da sua capacidade de liderança, tendo um modesto 3º. lugar no Campeonato como melhor registo currícular, só veio agravar a situação. Descontando os primeiros desaires, ultrapassado exageradamente o período de tolerância com Paulo Fonseca, a direcção do clube entrou numa onda de facilitismo altamente perigosa que arrastou o clube para a actual situação.
No Porto Canal as coisas vão nessa mesma onda. Alguma anarquia de gestão, uma programação pobre e pouco criativa, uma total falta de estratégia editorial acumulada com a renúncia em defender os interesses do clube e da própria cidade contra as impiedosas investidas centralistas, provam que algo vai mal no reino do Dragão.
Que as coisas já não são como eram, disso já não pode haver dúvidas. E não me venham com a história cansada de que não se pode ganhar sempre, porque o problema não é tão simples quanto isso. O FCPorto está com a sua identidade adulterada e em risco de colapso. Qualquer equipa do meio da tabela chega ao Dragão e faz o seu jogo como se estivesse a jogar em sua própria casa. O futebol de Paulo Fonseca deixou mazelas profundas, e não é de um dia para o outro que se pode exigir de Luís Castro o que Paulo Fonseca não fez em quase toda uma época. Ou antes, fazer até fez, e não foi bom: desmantelou tudo o que restava de positivo. Mas, o principal responsável chama-se Jorge Nuno Pinto da Costa e membros da SAD. E é pena, porque os adeptos, entre os quais me incluo, sempre acreditaram naquilo que ele disse quando afirmou que na hora em que entendesse já não controlar o leme da nau, deixaria o lugar promovendo eleições no clube para o ceder a outro. Será que esse momento chegou? Se chegou, então toca a cumprir a palavra.
Off topic, ou talvez não;
a postura dos nortenhos e seus putativos líderes dos últimos anos, assemelha-se em tudo à reacção de algumas pessoas na presença de certos animais: quando deles se aproximam, logo são atacadas porque o medo farejado pelo animal é interpretado como uma ameaça.
Agora neguem lá que os nortenhos não se têm fartado de transmitir medo a esse monstruoso animal chamado centralismo? Ele morde-nos (e cada vez mais) porque nós somos incapazes de provar que não o tememos. É assim na política, na cidadania, e agora, até no FCPorto...
Que as coisas já não são como eram, disso já não pode haver dúvidas. E não me venham com a história cansada de que não se pode ganhar sempre, porque o problema não é tão simples quanto isso. O FCPorto está com a sua identidade adulterada e em risco de colapso. Qualquer equipa do meio da tabela chega ao Dragão e faz o seu jogo como se estivesse a jogar em sua própria casa. O futebol de Paulo Fonseca deixou mazelas profundas, e não é de um dia para o outro que se pode exigir de Luís Castro o que Paulo Fonseca não fez em quase toda uma época. Ou antes, fazer até fez, e não foi bom: desmantelou tudo o que restava de positivo. Mas, o principal responsável chama-se Jorge Nuno Pinto da Costa e membros da SAD. E é pena, porque os adeptos, entre os quais me incluo, sempre acreditaram naquilo que ele disse quando afirmou que na hora em que entendesse já não controlar o leme da nau, deixaria o lugar promovendo eleições no clube para o ceder a outro. Será que esse momento chegou? Se chegou, então toca a cumprir a palavra.
Off topic, ou talvez não;
a postura dos nortenhos e seus putativos líderes dos últimos anos, assemelha-se em tudo à reacção de algumas pessoas na presença de certos animais: quando deles se aproximam, logo são atacadas porque o medo farejado pelo animal é interpretado como uma ameaça.
Agora neguem lá que os nortenhos não se têm fartado de transmitir medo a esse monstruoso animal chamado centralismo? Ele morde-nos (e cada vez mais) porque nós somos incapazes de provar que não o tememos. É assim na política, na cidadania, e agora, até no FCPorto...