24 abril, 2015

41 anos de Abril por cumprir...


...que se faça outro, com mais justiça.
Os responsáveis são conhecidos. Uns estiveram nos Governos, outros ainda lá estão. Os cravos não foram respeitados, e as balas serão?

22 abril, 2015

Amar o FCPorto

Em certos casos, é justo e faz todo o sentido que alguns portistas se sintam mais portistas que outros. Se falarmos daqueles portistas que nunca baixam a guarda, quando se trata de defender o FCPorto, independentemente do local e da condição em que o fazem, parece-me justo. Nestes casos, merecem ser discriminados pela positiva, comparativamente com aqueles outros que, por cobardia, ou submissão às avenças dos patrocinadores de programas desportivos (que mal soa esta designação), se sujeitam a si mesmos e ao FCPorto aos maiores vexames públicos. Outros há, que se julgam especiais por acharem que nunca devem criticar o clube, ou quem o dirige, seja em que circunstâncias fôr. Compreende-se, se a coisa fôr encarada sob o ponto de vista do adepto apaixonado, mas não lhe acrescenta nada à qualidade de portista. Aliás, como se sabe, a paixão é uma coisa irracional, que se não evoluir para o amor [que é um sentimento bem mais sério e consistente], pode degenerar para o ódio...

Mas amar um clube, é mais difícil de gerir que amar a pessoa que connosco partilha a vida, porque estando próximos, sempre podem [se o quiserem e forem inteligentes], recorrer ao diálogo para esclarecer dúvidas, e eventualmente resolver conflitos. Vale isto por dizer, que numa relação, seja ela de ordem pessoal ou institucional, há sempre um factor preponderante que jamais deve ser negligenciado: a comunicação. 

Assim sendo, não aceito insinuações que relacionem o meu estado de espírito com a derrota de ontem do FCPorto, porque o que eu ando a dizer há muito tempo, e está aqui escrito para quem tiver dúvidas, é que no FCPorto de há uns tempos para cá, falta, entre outras coisas, liderança e uma política de comunicação a valer. Dantes, já o disse, justificava-se a blindagem de determinadas informações, porque o clube não tinha meios para contrapôr às deturpações dos media centralistas e o Presidente sabia como poucos lidar com eles. Agora, o FCPorto dispõe de uma estação de TV, tem tudo para combater a máquina mafiosa da informação do regime e não tem mostrado capacidade para tirar partido desse privilégio. Pelo contrário, o Presidente Pinto da Costa pouco ou nada tem usado o Porto Canal para falar de coisas importantes. Quando fala, agora, é para recordar o passado, ou para não dizer o que os adeptos esperavam. E há muitas coisas para esclarecer.

Em primeiro lugar, saber qual é a nova estratégia para o futebol, tendo em conta as condições do mercado expressas na nova política de contratações, onde o paradigma do recurso ao mercado sul-americano é curto para garantir a compra de jogadores já formados e de qualidade. A contratação de jogadores jovens é uma saída, mas comporta riscos, como se constata agora. O presidente do FCPorto não pode prometer aos adeptos dois objectivos em simultâneo e antagónicos, que é adquirir jogadores jovens, alguns deles emprestados, e esperar que tenham maturidade para competir ao mais alto nível. Os adeptos portistas têm-se revelado generosos e pacientes, apesar do silêncio algo arrogante do presidente que eles tanto admiram, e respeitam. Deviam e mereciam também ser mais respeitados...

Outra coisa que pessoalmente gostava de ouvir do Presidente Pinto da Costa era que dissesse se tem, ou tenciona ter, um projecto para o Porto Canal. Não queremos saber detalhes (o segredo é alma do negócio), mas seria importante explicar os contornos desse projecto, sobretudo os de ordem generalista e regional. E por que não exprimir com frontalidade o que ele próprio pensa do trabalho que está a ser desenvolvido no Porto Canal, também seria interessante, quanto mais não seja para termos uma ideia dos seus objectivos nessa matéria.

Continuando a assobiar para o lado, ignorando quem mais o estima, está a semear uma fonte de instabilidade dentro do clube. Pinto da Costa tem de aparecer "vivo", para falar mais do futuro que do passado, porque essa postura só serve para credibilizar as teses daqueles que o davam "finito" para o futebol. Além do mais, não acredito que o silêncio possa ser o caminho correcto para se transmitir liderança, e ninguém nos pode garantir que tal postura tenha incutido  qualquer espécie de optimismo no comportamento dos jogadores em quase todas as modalidades. Bons resultados não deu, como se comprova agora. Esta época, houve jornadas a mais de ilegalidades e discriminações em jogos do FCPorto que justifique tão estranho silêncio da parte do Presidente portista. É incompreensível, e para mim, confesso, acho mesmo intolerável.

Domingo próximo será o dia derradeiro: ou os jogadores do FCPorto se transcendem e oferecem uma última alegria aos portistas, ou arriscam-se a não ganhar nada este ano. Se tal suceder, se a equipa se deixar afundar, apontarei o dedo em primeiro lugar, e com desgosto, a Pinto da Costa. Não pelo que fez, mas pelo que decidiu não fazer.

     

19 abril, 2015

Força FCPorto! Impossível, não é coisa de portistas!

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Como admirador que sempre fui de Pinto da Costa, esperava conservar para sempre, ou na pior das hipóteses, por mais algum tempo, a mesma admiração, o mesmo respeito pelo líder do FCPorto. Era sinal que podia acreditar com segurança num futuro risonho para o FCPorto. Só que agora, é complicado. Há coisas que me levam a pensar que os tempos mudaram, que vou ter de me adaptar a uma outra realidade e conjugar no passado essas considerações.

Em tempos pouco distantes Pinto da Costa não precisava de falar muito, porque quando falava tinha sempre um objectivo: defender os interesses do FCPorto, "contra tudo e contra todos", era o mote...Só por hipocrisia, medo ou cegueira, é que alguém pode negar a espantosa mudança de estilo e subjectividade do Presidente portista dos últimos anos. É natural, e humano, que por razões sanitárias, ou mesmo de idade, que Pinto da Costa não queira envolver-se como outrora nas golpadas geradas pela inveja centralista, porque desgastam e são perniciosas para a sua saúde. Mas se fôr esse caso, não é razoável nem compreensível que não tenha já delegado alguém da sua confiança para desempenhar essa função. 

Como portista e portuense fervoroso que me prezo de ser, receio que Pinto da Costa não se dê conta das suas limitações físicas e psicológicas, e se agarre ao poder sem a consciência dos malefícios que tal opção pode comportar para o FCPorto. Pessoalmente, estou convencido que esse vazio de liderança, essa inconsciência, se transmite à maioria dos portistas, mas também junto dos atletas, o que de certa maneira explica a intermitência competitiva em várias modalidades nos momentos decisivos.

Nem a fortíssima exibição contra o todo poderoso Bayern de Munique nos deve fazer esquecer os silêncios inoportunos de P. Costa numa época  marcada por casos de arbitragens altamente sectários e escandalosos contra o FCPorto, e de uma cumplicidade gritante com o rival de Lisboa. Ao contrário de alguns adeptos, Pinto da Costa nunca foi daqueles que diziam "não vale a pena", quando se tratava de defender o FCPorto. O que é certo,é que agora só ele parece indiferente ao que se está a passar. Esta é uma realidade que ninguém pode negar, nem ele próprio, se estiver em perfeita posse das suas faculdades intelectuais. O que já não me agrada de todo, é que ele ache que não deve explicações a ninguém, porque nesse caso estará a dar razão a todos aqueles que passaram a vida a perseguí-lo e cobrí-lo de defeitos.

Quem acompanhar o trabalho que é feito no Porto Canal e ignorar que o FCPorto tenciona adquirir o canal (e digo tenciona, porque Pinto da Costa ainda não confirmou a compra, apenas a anunciou), e se esquecer dos conteúdos desportivos, não acredita que o Porto Canal tenha qualquer relação com o nosso clube, pois vem sendo gerido um pouco ao sabor dos ventos, coisa que felizmente nunca aconteceu no FCPorto na gestão de Pinto da Costa. Se há coisa em que o FCPorto sempre se distinguiu pela positiva, foi pela forma cuidadosa e atempada de administrar, e de lidar com situações complexas, como contratações, lesões e recuperações de atletas, como aconteceu recentemente com Jackson Martinez, que apareceu a jogar são como um pêro, logo no jogo com o Bayern de Munique...

Ora, se não vemos sinais da mesma organização, da mesma competência, do mesmo rigôr no Porto Canal, só pode ter uma explicação: o FCPorto não superintende o Porto Canal. É certo, que existe uma estrutura directiva definida e remunerada, mas tenho sérias dúvidas que essa estrutura seja suficientemente idónea para poder funcionar autonomamente, já que não se vislumbra qualquer progressão, antes pelo contrário.

Agora pergunto: o evidente alheamento de um negócio que supostamente terá (ou já tem, não sabemos) o FCPorto como principal accionista, será normal numa pessoa com as características que conhecemos em Pinto da Costa? E se não é alheamento, o que será, se tudo está pior? Era deste canal amador e culturalmente pobre, que estávamos à espera? É com entrevistas aos meninos e meninas de Lisboa, perfeitamente dispensáveis, repetidas, uma, duas, três e quatros vezes, que o Norte e o Porto pretende afirmar-se, como estamos cansados de constatar ao extremo da náusea? Afinal, quem querem enganar?

Francamente, não sei de que massa é feita esta gente. Curvam-se, curvam-se, até causa dó...

PS:
Na terça-feira, teremos a segunda parte da eliminatória para aceder aos quartos de final da Champions com esse colosso alemão chamado Bayern de Munique.  Portanto, é hora de puxar pelo nosso grande clube, desejar todo o sucesso do mundo e deixar estas questões para outra altura. Apesar de tudo, estou mais confiante nesta grande competição, que no pequenino campeonato nacional, onde, tal como com o governo, paira a mediocridade  e a mesquinhez. Mesmo sabendo do poder dos grandes lóbis europeus, confio mais depressa nas arbitragens do exterior que nas "caseiras", onde os dados estão mais que viciados. Por isso força FCPorto! Impossível, não é para portistas!
   

Na Foz do Douro