...não pode esperar justiça de quem não nasceu para ajuizar ou trabalhar...
Sempre disse aqui, e mantenho, que o programa Universo Porto da Bancada só fará sentido se fôr para levar a empreitada até ao fim. Ou seja, chamar á responsabilidade quem de direito, ressarcindo o FCPorto dos danos causados pela incompetência (ou conivência) das arbitragens e, se possível, com efeitos rectroactivos. Disse também, e repito, para que não restem dúvidas, que estranhei a demora desta iniciativa do FCP por longa, face ao acontecimentos dos últimos campeonatos, repletos de casos com tratamentos privilegiados ao Benfica, contrastantes com os dados ao FCPorto.
O momento não é para conversa fiada, definitivamente, mais que falar, há que agir com clareza, sem reticências escudadas em interesses que não sejam, exclusivamente, os do FCPorto. O nosso clube está a ser assaltado no seu património, no seu prestígio e na sua dignidade. Em democracia, existe o direito legal à defesa, se assim é, defendamo-nos com unhas e dentes, sem dó nem piedade, porque o que está a acontecer, é intolerável! É revoltante! Se quisermos evitar a revolta, com as consequências daí derivadas, então avancemos pela via jurídica.
Comecemos por ser realistas. Por mais correcta que seja a conduta dos delatores do Universo Porto da Bancada na explanação dos esquemas do clube do regime, dificilmente terão eco nos destinatários, porque a última coisa que valorizam é a deontologia. Os destinatários/alvo, presumo eu, são os departamentos disciplinares da FPFutebol e da Liga, não é o Benfica, esse, é o nome do "polvo", o beneficiário. Ora, neste momento, o FCPorto é o clube português que, tanto a Federação como a Liga, menos interesse têm em atender, porque se assim não fosse já teriam respondido às reclamações que recebem. Logo, o FCPorto não pode continuar a perder tempo (já perdeu tanto!), e fingir que ignora o comprometimento implícito entre a FPF/LIGA e o Benfica. Logo, o FCPorto não pode esperar nada desta gente, porque são parte do problema. Salta aos olhos.
Chegou pois o momento de testar o insigne Estado de Direito, abordando directamente o Governo, comunicando-lhe categoricamente a perda de confiança nos actuais órgãos dirigentes e disciplinares da FPF, e exigindo uma tomada de posição face aos irrefutáveis argumentos do FCPorto.
Como alternativa ordeira, esta, parece-me a mais realista. Se será, ou não, válida, só o Governo poderá responder. Algum dia neste país surgirá alguém com um pingo de vergonha para acabar com estes esquemas. De tanta canalhice à rédea solta, pode acontecer sermos surpreendidos por um homem,ou mulher, que ainda possuam ideias próximas da relevância social e política dos cargos que ocupam.
Pode até acontecer que no Governo haja alguém suficientemente instruído para distinguir a capital do país, do país.