20 outubro, 2017

Ramalho Eanes, um exemplo raro de honradez

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General Ramalho Eanes

Na minha  modesta opinião, ainda está por provar que blindar uma Democracia de mecanismos normativos que protejam a ética e o respeito social, possa afectar a Liberdade. 

Não me canso de enfatizar esta convicção, porque acredito genuinamente, que é a ausência dessas condutas ao mais alto nível, bem como a resistência à sua aplicação, que torna débil qualquer Democracia. 

Desiluda-se, quem acredita que as normas comportamentais podem pôr em causa a Liberdade. Pelo contrário, em Portugal o futebol é, a par da política, o sector onde é mais evidente a falta de respeito à Liberdade. Se no futebol, amparados por essa ideia errática de comunicar, são permitidos insultos e suspeições de todo o tipo, e na política vemos a troca de gestos obscenos entre colegas de profissão, sem que se faça ouvir a voz  soberana de um 1º Ministro, ou de um Presidente da República recomendando contenção, que podemos esperar dos resultados?

Programas tematicamente desportivos, como o Dia Seguinte, e muitos outros do género, que em vez de desporto, fomentam rivalidades odiosas, e se conspira contra rivais, são tudo, menos um exemplo sadio de liberdade. E não são apenas maus exemplos para o desporto, são para toda a sociedade, sobretudo quando alguns dos piores protagonistas são ex-ministros, como Rui Gomes da Silva. Por incrível que pareça, durante todos estes anos, não se ouviu uma reprimenda, ou uma observação pedagógica vinda do seu partido, de   nenhum dos seus colegas, ou superiores hierárquicos! Nem uma palavra! Tudo por respeito à liberdade da mixórdia!   Não meus amigos, não acredito que um cancro, mereça a rédea-solta só por ser de índole social. Tal como o cancro corporal, deve ser tratado, e em última análise, destruído, porque é maligno e mata.  

Desde o 25 de Abril de 1974 até hoje, tivemos protagonistas na vida política para todos os gostos. Dos Presidentes da República que mais respeitei, foi o General Ramalho Eanes, pela sua integridade, pela sua coragem e pelo seu exemplo. No entanto, talvez por ter exercido o cargo entre 1976 e 1986, muito antes da fundação da SIC (em 1992), não teve a mesma responsabilidade soberana pela propagação perversa desses programas, como os que lhe sucederam. Estou convencido que se este tipo de programas que redundaram em processos judiciais tivessem sido emitidos no seu tempo, com a obscenidade de agora, ele teria mandado uns recados a Pinto Balsemão e talvez as coisas nunca tivessem chegado a este ponto.

Recomendar bom senso, não é censura, é pedagogia e não atenta contra a Liberdade. Pelo contrário, torna-a mais sadia e dá músculo à verdadeira Democracia.

PS-A citação da SIC como (mau) exemplo, não lhe é exclusiva, estende-se com igual gravidade a todos os outros canais de televisão, com a agravante especial para a RTP, que pertence ao Estado.
  

18 outubro, 2017

Marcelo Rebêlo de Sousa, o Presidente dos afectos, e das grandes causas?


Marcelo exige ação a Costa e dá a palavra ao Parlamento

O Presidente da República, Marcelo Rebêlo de Sousa, surpreendeu os portugueses pela forma original e pouco ortodoxa como desempenha o cargo. Simpático, comunicativo e afectuoso, não precisou de muito tempo para se tornar popular. Apesar disso, houve quem duvidasse da longevidade do estilo quando confrontado com situações melindrosas, como é o caso dos incêndios, e se sentisse obrigado a tomar medidas impopulares para o Governo. Fui uma dessas pessoas. 

A verdade, é que desta vez o Presidente da República, sem perder a postura conciliadora que o distingue, soube falar forte e grosso (sem ser grosseiro) ao Governo, e ao Parlamento, como era seu dever. Agora, vai ser preciso conhecer minuciosamente o que tenciona fazer o Governo com o problema dos fogos, e mais do que isso, saber como será escrutinado o respectivo planeamento florestal, e por quem.

Além de mais, é imperioso determinar e calendarizar, as circunstâncias para as respectivas sanções, caso o planeamento florestal não salte do papel (quando oiço dizer que vai demorar muito, passo-me). Para o impedir, consideradas as sucessivas negações nesta matéria, dos governos anteriores, e a sua vetusta idade, sempre justificadas com argumentação duvidosa, devia constituir-se um comité independente para acompanhamento regular da execução dos trabalhos no terreno, de modo a desmotivar novos entraves no processo. Há muito a fazer, é verdade, mas também é verdade que se os governos anteriores tivessem realizado parte da obra, hoje, tudo seria mais simples.

Não havendo castigo, podemos ter a certeza, a indulgência dinamizará o crime as  vezes que a irresponsabilidade quiser. E Marcelo, se entender assim, pode ter um papel importantíssimo na história, caso saiba pôr em prática a magistratura de influência que lhe é concedida.

Os incêndios são crime. Naturais, ou não.

17 outubro, 2017

Um Porto ao ritmo do futebol português


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Foi tiro e queda, bastou o Sérgio Conceição substituir Casillas pelo José Sá, para começar o discurso do bota-abaixismo! Para azar dele, o primeiro golo foi um meio frango do Sá, mas a verdade é que também Casillas já sofreu os seus, é bom não esquecer. Até aqui, o Sérgio era bestial, se calhar agora vai começar a ser uma besta. Sinceramente, espero que não. Espero que os adeptos deixem de ser tão reactivos, porque isso só pode prejudicar o FCPorto.

É verdade que o FCPorto não jogou tão concentrado como costuma, não foi tão intenso, foi pressionado e não pressionou, mas é preciso não esquecer que o Leipzig tem jogadores extraordinários, tecnicamente, e tremendamente rápidos, detalhes pouco habituais no futebol português. Penso que foi a qualidade de passe, e principalmente a rapidez como o Leipzig jogou que bloqueou os nossos jogadores.

Admito que Sérgio Conceição não tenha tomado as opções correctas, mas não penso que tenha sido a mudança de guarda-redes o problema principal. Para ser sincero, penso mesmo que não é Casillas o ponto mais forte da defesa, e acho que foi corajosa a decisão do treinador. Corajosa, e coerente. Senão, talvez tenhamos oportunidade de o confirmar no próximo jogo no Dragão, se Casilhas fôr o escolhido.

Uma vez mais, Brahimi provou que dificilmente será jogador de top, porque ainda não sabe dosear os momentos entre o individualismo que o caracteriza e o colectivismo,  provocando assim várias situações de perigo à sua própria equipa. O seu drible circulante, algumas vezes, peca por excessivo, como foi o caso esta noite. Foi quase sempre desarmado pelos adversários provando que estudaram bem os seus pontos fracos.

Não vale a pena negá-lo, o Leipzig, do meio campo para a frente tem jogadores rapidíssimos, e excelentes tecnicamente. Acho até que alguns deles tinham lugar de caras num Barcelona, ou Real Madrid. Mesmo jogando melhor na segunda volta, o FCPorto vai ter muitas dificuldades, porque o Leipzig tem jogadores habituados a jogar verticalmente e a pressionar quando perde a bola, sempre a um ritmo diabólico.

Mesmo assim, ainda nada está perdido. 


Responsabilidades? Isso é que era bom!


Gosto de assistir a debates. Como não podia deixar de ser a fome de audiências dos media sob vertiginosamente quando se dão catástrofes com vítimas mortais. Daí, em nome do interesse público, sempre do interesse público, a razão nuclear da profusão de debates.

A partir daí, é só escolhermos o tipo de comentador, ou comentadora, preferido. Sendo para mim seguro que o problema basilar dos descontrole dos incêndios está na negação política de privilegiar a prevenção, este é sempre aflorado de modo superficial por todos eles. 

De todos os debates que vi, esses comentadores cingem-se à constatação dos factos, isto é, quase todos lamentam que a prevenção nunca tenha sido levada a cabo, mas poucos se escandalizam com isso. Curiosamente, não ouvi nenhum a reclamar punições aos governos que assim procederam...

É tudo gente boa! Como dizia o outro: o povo é sereno.  

16 outubro, 2017

As minhas suspeitas sobre os incêndios

Isto é fogo organizado

Este, é um  recado exclusivamente dirigido à classe política, e a todos que (ainda) acreditam nela!

Censurem-me à vontade, que posso bem com isso. O que já me custa aceitar, é passar por mais um cidadão acéfalo sem capacidade de pensar com os seus próprios neurónios. 

Quando leio, ou oiço alguém, de forma dissimulada ou frontal, a contemporizar com a  criminalidade ou a incompetência, podem ter a certeza que não lhes adianta nada contar com a influência do estatuto, porque fico logo com a pior imagem possível dessas pessoas. Isto, estende-se aos optimistas profissionais, com, e sem estatuto (seja lá o que isso fôr).

Nós já temos incompetência que chegue, já temos irresponsáveis em excesso, mas o que está a ocorrer com os incêndios, com a incapacidade total para os combater, e sobretudo prevenir, é uma bomba atómica prestes a eclodir sobre o país. Para já, e até ver, as áreas escolhidas pelos incendiários têm privilegiado o Norte e o Centro, o que é em si mesmo suspeito. Um destes dias talvez seja o país inteiro.

Por mais que os responsáveis políticos se esforcem, bem como quem os acompanha na lábia, estes incêndios são demasiado extensos e extemporâneos para desencadearem por espontaneidade natural. Segundo ouvi há pouco, já causaram 27 mortos! O que teremos a dizer, senão concluir que este país não tem gente ao leme para o proteger? Como disse em artigos anteriores, qualquer garoto pode destruí-lo se souber organizar-se. Bastam uns dronezitos - que até nem carecem de licença -  para despoletar uma tragédia em segurança... Sim, porque estes "brinquedos" foram lançados no mercado a bem da economia, sem legislação prévia.

Estou tão indignado com isto que nem paciência tenho para ordenar a minha raiva. A passividade demonstrada pelas autoridades públicas com estes e outros crimes,  leva-me a pensar que o país não tem quem o governe.  Não sendo fã de teorias da conspiração sinto-me naturalmente encorajado por essas supostas autoridades a suspeitar que estes incêndios podem estar a ser conduzidos por qualquer gangue benfiquista com objectivos bem definidos, isto é: lançar o pânico no país, para desviar as investigações da Alta Autoridade da PJ para outros caminhos (os incêndios). Podem querer emperrar as investigações.

Face ao comportamento omisso dado pelo Governo, pelo próprio Parlamento e pela maioria dos media, que direito têm  de criticar quem assim pensa, quando a comunicação social do país tudo tem feito para branquear os crimes do Benfica, alguns dos quais culminando com a MORTE de um adepto? Quem consente e oculta o que está a acontecer neste clube não pode impedir nenhum cidadão de alimentar tais suspeitas, e ainda menos de lhes coartar esse direito. 

Espiar a vida dos árbitros para os chantagear obtendo falsos resultados desportivos a seu favor, é, ou não crime? Planear retaliações agressivas aos árbitros desobedientes, é outro. Traficar droga, também. Sabendo como sabemos o que esta gente é capaz de fazer, acho que a PJ já devia estar no terreno a procurar vestígios, porque estes incêndios não são provocados por simples pirómanos nem são de combustão espontânea. Não é possível! O calor fora da estação não é suficientemente intenso para admitir essa hipótese. Eu não acredito mesmo nesta possibilidade. No contexto actual, para mim, isto é crime organizado!

Por mais que tentem disfarçar, os cartilheiros do Benfica começam a demonstrar alguma fragilidade nas suas peculiares mentiras. Estão desesperados e receosos de serem incriminados. Tratando-se de gente sem escrúpulos, com comportamentos de fazer inveja à Máfia, não é impossível que estas suspeitas possam confirmar-se. Eles são capazes de tudo. 

E aqui chegado, deixo também um recado aos governantes, actuais e passados: foram eles, a par de alguns partidos políticos, responsáveis por deixar crescer o monstro. Por isso, caso venha a confirmar-se estas suspeitas, também eles devem ser severamente punidos.

PS-Decretar luto nacional pela morte de mais 31 pessoas, é politicamente correcto, ou seja, mais uma hipocrisia política, mas no fundo não é nada. 

Honrar estas vítimas, e as 64 de Pedrogão Grande, era que o Estado se obrigasse (sob caução contemplada com pena de prisão efectiva aos governantes) a implementar um plano nacional de prevenção florestal, minuciosa, e previamente estudado com efeitos vinculativos aos futuros governantes que suspendessem a sua efectivação. Porque este é um crime que se perpétua no tempo sem que os prevaricadores sejam naturalmente punidos. 

15 outubro, 2017

Pobre Moncho Lopez

FCPorto 78  -  Oliveirense 93

É a segunda derrota do FCPorto em Basquete... Sem entrar por caminhos escusos, comparando a qualidade das equipas nacionais adversárias que já pude ver jogar (ambas, em casa) como o Iliabum e a Oliveirense, a ideia que fica é que o plantel do Porto é apenas mediano, com alguns jogadores tecnicamente interessantes, e outros tantos psicologicamente fracos, particularmente nos lançamentos de 3 pontos.

Se para esta modalidade não há dinheiro para contratar jogadores mais qualificados, ou competência para lutar com clubes como os acima referidos, então não vale a pena alimentarmos ilusões, como no ano passado.

Grande e poderosa equipa, a do Oliveirense!

PS- São só dois jogos, é verdade, mas com duas derrotas em casa... A minha opinião já vem da época passada. Há ainda no FCPorto alguns jogadores sem fibra nem qualidade para jogar neste clube. 
Num contexto destes, acho irrisória a ambição de querer chegar à Europa.

Of toppic:
Não acredito na treta das temperaturas demasiado elevadas para justificar tanta mata ardida! 

Há crime posto premeditado. Só pode! Nunca vi coisa assim! Um dos incêndios de hoje, começou às 2 horas da madrugada.Suspeito bem quem podem ser os autores...