16 outubro, 2017

As minhas suspeitas sobre os incêndios

Isto é fogo organizado

Este, é um  recado exclusivamente dirigido à classe política, e a todos que (ainda) acreditam nela!

Censurem-me à vontade, que posso bem com isso. O que já me custa aceitar, é passar por mais um cidadão acéfalo sem capacidade de pensar com os seus próprios neurónios. 

Quando leio, ou oiço alguém, de forma dissimulada ou frontal, a contemporizar com a  criminalidade ou a incompetência, podem ter a certeza que não lhes adianta nada contar com a influência do estatuto, porque fico logo com a pior imagem possível dessas pessoas. Isto, estende-se aos optimistas profissionais, com, e sem estatuto (seja lá o que isso fôr).

Nós já temos incompetência que chegue, já temos irresponsáveis em excesso, mas o que está a ocorrer com os incêndios, com a incapacidade total para os combater, e sobretudo prevenir, é uma bomba atómica prestes a eclodir sobre o país. Para já, e até ver, as áreas escolhidas pelos incendiários têm privilegiado o Norte e o Centro, o que é em si mesmo suspeito. Um destes dias talvez seja o país inteiro.

Por mais que os responsáveis políticos se esforcem, bem como quem os acompanha na lábia, estes incêndios são demasiado extensos e extemporâneos para desencadearem por espontaneidade natural. Segundo ouvi há pouco, já causaram 27 mortos! O que teremos a dizer, senão concluir que este país não tem gente ao leme para o proteger? Como disse em artigos anteriores, qualquer garoto pode destruí-lo se souber organizar-se. Bastam uns dronezitos - que até nem carecem de licença -  para despoletar uma tragédia em segurança... Sim, porque estes "brinquedos" foram lançados no mercado a bem da economia, sem legislação prévia.

Estou tão indignado com isto que nem paciência tenho para ordenar a minha raiva. A passividade demonstrada pelas autoridades públicas com estes e outros crimes,  leva-me a pensar que o país não tem quem o governe.  Não sendo fã de teorias da conspiração sinto-me naturalmente encorajado por essas supostas autoridades a suspeitar que estes incêndios podem estar a ser conduzidos por qualquer gangue benfiquista com objectivos bem definidos, isto é: lançar o pânico no país, para desviar as investigações da Alta Autoridade da PJ para outros caminhos (os incêndios). Podem querer emperrar as investigações.

Face ao comportamento omisso dado pelo Governo, pelo próprio Parlamento e pela maioria dos media, que direito têm  de criticar quem assim pensa, quando a comunicação social do país tudo tem feito para branquear os crimes do Benfica, alguns dos quais culminando com a MORTE de um adepto? Quem consente e oculta o que está a acontecer neste clube não pode impedir nenhum cidadão de alimentar tais suspeitas, e ainda menos de lhes coartar esse direito. 

Espiar a vida dos árbitros para os chantagear obtendo falsos resultados desportivos a seu favor, é, ou não crime? Planear retaliações agressivas aos árbitros desobedientes, é outro. Traficar droga, também. Sabendo como sabemos o que esta gente é capaz de fazer, acho que a PJ já devia estar no terreno a procurar vestígios, porque estes incêndios não são provocados por simples pirómanos nem são de combustão espontânea. Não é possível! O calor fora da estação não é suficientemente intenso para admitir essa hipótese. Eu não acredito mesmo nesta possibilidade. No contexto actual, para mim, isto é crime organizado!

Por mais que tentem disfarçar, os cartilheiros do Benfica começam a demonstrar alguma fragilidade nas suas peculiares mentiras. Estão desesperados e receosos de serem incriminados. Tratando-se de gente sem escrúpulos, com comportamentos de fazer inveja à Máfia, não é impossível que estas suspeitas possam confirmar-se. Eles são capazes de tudo. 

E aqui chegado, deixo também um recado aos governantes, actuais e passados: foram eles, a par de alguns partidos políticos, responsáveis por deixar crescer o monstro. Por isso, caso venha a confirmar-se estas suspeitas, também eles devem ser severamente punidos.

PS-Decretar luto nacional pela morte de mais 31 pessoas, é politicamente correcto, ou seja, mais uma hipocrisia política, mas no fundo não é nada. 

Honrar estas vítimas, e as 64 de Pedrogão Grande, era que o Estado se obrigasse (sob caução contemplada com pena de prisão efectiva aos governantes) a implementar um plano nacional de prevenção florestal, minuciosa, e previamente estudado com efeitos vinculativos aos futuros governantes que suspendessem a sua efectivação. Porque este é um crime que se perpétua no tempo sem que os prevaricadores sejam naturalmente punidos. 

3 comentários:

  1. Caro Rui Valente,

    Os temas abordados, são um estímulo à reflexão sobre os acontecimentos. "AS MINHAS SUSPEITAS SOBRE OS INCÊNDIOS" levou-me a recordar tempos idos, e apesar de tudo bem próximos, sobre o contexto social de então e o modo como sectores da sociedade reagem a tais contextos. Como é sabido a GERINGONÇA atraiu sobre si os ódios de antanho e o sublinhado da foto "Isto é fogo organizado" fez-me recuar a 1975 e ler o seguinte:

    «O incêndio e a perseguição tornaram-se pão nosso de cada dia. Multidões em fúria tomavam de assalto as sedes do Partido Comunista e de outros partidos de esquerda. O comunismo é a oitava praga.
    A violência assenta arraiais no Minho. Nos primeiros dias de Agosto, só num raio de 20 quilómetros, e em três dias, foram destruídas sete sedes partidárias, incendiados e pilhados quatro escritórios, mortas duas pessoas e feridas dezenas.
    Na Póvoa do Lanhoso, em S. João da Madeira, em Santo Tirso, em Fafe, em Cantanhede, em Vila Nova de Famalicão, a cruzada tem o mesmo nome do fogo posto.
    Em certas localidades, em dias de assalto, ouve-se falar espanhol e brasileiro. Vêem-se também camionetas com forasteiros de ar profissional. São mercenários do ódio, pagos pelos ricos.
    Os sinos tocam a rebate em muitas aldeias. Nos dias de feira, ou depois da missa, activistas calcorreiam as ruas.
    “Morte aos comunistas que nos querem roubar os filhos.”
    As bandeiras do PCP são queimadas e hasteadas em seu lugar as nacionais.
    Na povoação de Amor, um centro cultural é assaltado por camponeses munidos de “forquilhas, enxadas, ferros e paus”. Um soldado da GNR está ali para manter a “ordem”: acaba por ser o capitão do assalto.
    Os padres deixam correr o que julgam ser a execução de divinos propósitos. Nuns casos são cúmplices, noutros meros observadores.
    Há mãos clandestinas a atear esta fogueira.
    Nas águas turvas do descontentamento pescam o MDLP e o ELP. Frotas de exilados, com estímulos da direita europeia, fazem a sua “cruzada branca” contra a “opressão vermelha”.
    Ensinam a fabricar coktails molotov nos seus panfletos. Querem transformar Lisboa numa “cidade-mártir”. Ateiam incêndios, põem bombas, matam comunistas, conspiram nos seminários e nas sacristias. Pagam a marginais e antigos quadros do Exército.
    O CDS e o PPD são a capa legal desses núcleos. Mais eficazmente, porém, o catolicismo é o cimento ideológico dessa voragem.
    A Igreja é a grande triunfadora deste ardente Verão. É certamente para brindar a essa vitória que Frank Carlucci, o dinâmico embaixador dos Estados Unidos, vai fazer a volta dos bispos. De 3 a 6 de Novembro, encontra-se com os bispos de Viseu, Vila Real, Braga.
    A obra estava a sair asseada.
    Mas não estava completa.»
    Se juntarmos a tudo isto, os Emails, o processo independentista da Catalunha e os resultados visíveis da GERINGONÇA é caso para pensar que para alguns é capaz de poder valer tudo e mais alguma coisa.
    Cumprimentos

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  2. Sr. Rui Valente o q se passa em Portugal e demasiado obvio e a apropriacao e estupidificacao das massas atraves de un clube de futebol.E un estado criminal onde os valores veiculados sao a corrupción e a inseguranca para que a minoria endinheirada consiga siempre os objetivos.Um país com belas paisagens mas extremamente e cada vez mais perigoso para os que tem valores.

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  3. Meu caro Olavo,

    só lamento são os que morreram vítimas da índole canalha dos nossos políticos, e que não tenham sido eles as vítimas. Já desconfio de tudo!

    Estamos num inferno!

    Um abraço

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