17 outubro, 2017

Um Porto ao ritmo do futebol português


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Foi tiro e queda, bastou o Sérgio Conceição substituir Casillas pelo José Sá, para começar o discurso do bota-abaixismo! Para azar dele, o primeiro golo foi um meio frango do Sá, mas a verdade é que também Casillas já sofreu os seus, é bom não esquecer. Até aqui, o Sérgio era bestial, se calhar agora vai começar a ser uma besta. Sinceramente, espero que não. Espero que os adeptos deixem de ser tão reactivos, porque isso só pode prejudicar o FCPorto.

É verdade que o FCPorto não jogou tão concentrado como costuma, não foi tão intenso, foi pressionado e não pressionou, mas é preciso não esquecer que o Leipzig tem jogadores extraordinários, tecnicamente, e tremendamente rápidos, detalhes pouco habituais no futebol português. Penso que foi a qualidade de passe, e principalmente a rapidez como o Leipzig jogou que bloqueou os nossos jogadores.

Admito que Sérgio Conceição não tenha tomado as opções correctas, mas não penso que tenha sido a mudança de guarda-redes o problema principal. Para ser sincero, penso mesmo que não é Casillas o ponto mais forte da defesa, e acho que foi corajosa a decisão do treinador. Corajosa, e coerente. Senão, talvez tenhamos oportunidade de o confirmar no próximo jogo no Dragão, se Casilhas fôr o escolhido.

Uma vez mais, Brahimi provou que dificilmente será jogador de top, porque ainda não sabe dosear os momentos entre o individualismo que o caracteriza e o colectivismo,  provocando assim várias situações de perigo à sua própria equipa. O seu drible circulante, algumas vezes, peca por excessivo, como foi o caso esta noite. Foi quase sempre desarmado pelos adversários provando que estudaram bem os seus pontos fracos.

Não vale a pena negá-lo, o Leipzig, do meio campo para a frente tem jogadores rapidíssimos, e excelentes tecnicamente. Acho até que alguns deles tinham lugar de caras num Barcelona, ou Real Madrid. Mesmo jogando melhor na segunda volta, o FCPorto vai ter muitas dificuldades, porque o Leipzig tem jogadores habituados a jogar verticalmente e a pressionar quando perde a bola, sempre a um ritmo diabólico.

Mesmo assim, ainda nada está perdido. 


2 comentários:

  1. Gostava de saber se o FCP existiu, foi tão frágil que até deu pena, há dias assim. O Sérgio Conceição foi um treinador ausente, confuso, de certeza que estudou mal mal o adversário, só pode.
    Aguardemos melhores dias.

    Abílio costa.

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  2. O Porto não esteve bem, não foi tão bom como nos acostumou ultimamente, mas há que ser realista, o futebol português tem um problema antigo, aliás; dois problemas: prepara mal. física e tecnicamente os jogadores no remate. Praticamente, só conseguimos marcar sem grande pressão. Não temos hábitos de remate espontâneo, e chutamos habitualmente fraco.

    O outro problema, é a velocidade. Para termos sucesso, o adversário tem de jogar ao nosso ritmo. Se encontrarmos pela frente jogadores rápidos e tecnicamente evoluídos, é um problema. Como se provou ontem.

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