Apesar de bastante decepcionado com o rumo difuso e algo paradoxal que o Porto Canal parece estar a seguir, não cometerei a injustiça de afirmar que tudo o que até agora foi feito é mau. O que digo e repito, é que sou contra a política do engodo de entreter os espectadores com doses maciças de repetições de programas de entretenimento de gosto duvidoso sem haver o cuidado de os informar.
Já tive oportunidade de elogiar alguns programas de qualidade, seja no âmbito generalista, seja na área do desporto/clube, embora sem nada de verdadeiramente original, diga-se. Joel Cleto e o seu "Caminhos da História", culturalmente falando, é o meu preferido. Segue-se o painel de debate político "Pólo Norte" e a um nível inferior, mas bem humorado, o "Pena Capital". No que concerne o FCPorto, há coisas interessantes, mas é flagrante a falta de um programa de debate sobre assuntos relacionados com o futebol, entre os quais um que denuncie as intermináveis deturpações e arbitrariedades veículadas pelas 3 estações centralistas e os seus múltiplos canais derivados.
Não me interpretem mal, não quero, nem nada que se pareça, uma réplica do lixo que se faz em Lisboa. Nem por sombras. O que gostaria mesmo, é que o Porto Canal, realizasse um programa que demonstrasse ao país que o que se faz em Lisboa nessa matéria, é isso mesmo : lixo e fanatismo. Pelos vistos, não é essa a "estratégia" da direcção do Porto Canal, é outra, bem mais soft, que passa por ignorar e permitir a proliferação do veneno difundido pela comunicação social centralista e deixar que ele se instale na opinião pública sem qualquer tipo de desmentido, talvez na vã esperança que o Portugal profundo compreenda o sentido de tamanha permissividade. Pura ilusão. Por mais que a direcção do Canal (e do FCPorto) procure ignorar as ofensivas centralistas, não se livram de deixar no ar - e na cabeça de muita gente - a ideia de que se cala, é porque consente, com a agravante de manter acesa a convicção que o Processo Apito Dourado até valeu a pena e que Pinto da Costa terá sido "mal" absolvido... Infelizmente, os portugueses ainda não atingiram um patamar de maturidade cívica suficientemente evoluído para não se deixarem influenciar pelo mau jornalismo. Se assim não fosse, o nosso país não seria seguramente um dos países mais atrasado da Europa, nem teria desperdiçado o 25 de Abril com governantes sem escrúpulos nem competência.
Não me interpretem mal, não quero, nem nada que se pareça, uma réplica do lixo que se faz em Lisboa. Nem por sombras. O que gostaria mesmo, é que o Porto Canal, realizasse um programa que demonstrasse ao país que o que se faz em Lisboa nessa matéria, é isso mesmo : lixo e fanatismo. Pelos vistos, não é essa a "estratégia" da direcção do Porto Canal, é outra, bem mais soft, que passa por ignorar e permitir a proliferação do veneno difundido pela comunicação social centralista e deixar que ele se instale na opinião pública sem qualquer tipo de desmentido, talvez na vã esperança que o Portugal profundo compreenda o sentido de tamanha permissividade. Pura ilusão. Por mais que a direcção do Canal (e do FCPorto) procure ignorar as ofensivas centralistas, não se livram de deixar no ar - e na cabeça de muita gente - a ideia de que se cala, é porque consente, com a agravante de manter acesa a convicção que o Processo Apito Dourado até valeu a pena e que Pinto da Costa terá sido "mal" absolvido... Infelizmente, os portugueses ainda não atingiram um patamar de maturidade cívica suficientemente evoluído para não se deixarem influenciar pelo mau jornalismo. Se assim não fosse, o nosso país não seria seguramente um dos países mais atrasado da Europa, nem teria desperdiçado o 25 de Abril com governantes sem escrúpulos nem competência.
Mas o paradoxo desta "estratégia" vai mais mais além. A direcção do Porto Canal parece apostada em defender o Norte imitando Cristo, dando a outra face ao estalo depois de andar a ser esbofeteado todos estes anos de centralismo feroz. Persiste em chamar a si, a escancarar as portas, a gente da capital que se fartou de denegrir a imagem do FCPorto, do seu Presidente e da própria cidade (João Malheiro, António Sala, a "feiticeira" Maya, Carlos Barbosa e todo um rol imenso de gente insignificante que o Norte está cansado de conhecer por força da imposição monopolista do centralismo.
Já me perguntei o que terá levado a direcção do Porto Canal a pensar que estas pessoas fazem falta ao Norte, ou o que delas esperará para ajudar os nortenhos a livrarem-se da chaga neocolonialista lisboeta, a sua terra... Pensar que essa gente é alheia ao fenómeno centralista é passar um atestado de imbecilidade aos nortenhos e a si próprios. E não venham com a história estafada do bairrismo, que somos todos portugueses, etc., porque esse é o argumento dos centralistas. É que se nós somos bairristas, os lisboetas são monopolistas, e se nós somos portugueses os lisboetas ignoram-no, pois nunca os vi preocuparem-se com a discriminação que vem sendo feita ao Norte do país (a região mais pobre da Península Ibérica). Aliás, pergunto: que pensará Pinto da Costa sobre este assunto? Será que ele estará a perceber bem o rumo que o canal está a levar? Será que ele vê mesmo o Porto Canal e é cúmplice desta aberrante estratégia? Se vê e gosta, então já não sei o que pensar e que explicação encontrar para tão estranho fenómeno. A não ser que de repente um forte surto de sado-masoquismo tenha assolado a nossa região, e se calhar até eu fui contaminado, e ainda não dei por isso...
PS-Nem de propósito. No momento em que acabei de publicar este post, soube que, mais uma vez, o Norte foi prejudicado nos fundos do novo Quadro de Apoio, e que Lisboa, a região mais beneficiada do país, vai receber mais dinheiro. É assim. Eles perderam-nos o respeito. Agora, digam que Rui Moreira não tinha razão de desconfiar...
Já me perguntei o que terá levado a direcção do Porto Canal a pensar que estas pessoas fazem falta ao Norte, ou o que delas esperará para ajudar os nortenhos a livrarem-se da chaga neocolonialista lisboeta, a sua terra... Pensar que essa gente é alheia ao fenómeno centralista é passar um atestado de imbecilidade aos nortenhos e a si próprios. E não venham com a história estafada do bairrismo, que somos todos portugueses, etc., porque esse é o argumento dos centralistas. É que se nós somos bairristas, os lisboetas são monopolistas, e se nós somos portugueses os lisboetas ignoram-no, pois nunca os vi preocuparem-se com a discriminação que vem sendo feita ao Norte do país (a região mais pobre da Península Ibérica). Aliás, pergunto: que pensará Pinto da Costa sobre este assunto? Será que ele estará a perceber bem o rumo que o canal está a levar? Será que ele vê mesmo o Porto Canal e é cúmplice desta aberrante estratégia? Se vê e gosta, então já não sei o que pensar e que explicação encontrar para tão estranho fenómeno. A não ser que de repente um forte surto de sado-masoquismo tenha assolado a nossa região, e se calhar até eu fui contaminado, e ainda não dei por isso...
PS-Nem de propósito. No momento em que acabei de publicar este post, soube que, mais uma vez, o Norte foi prejudicado nos fundos do novo Quadro de Apoio, e que Lisboa, a região mais beneficiada do país, vai receber mais dinheiro. É assim. Eles perderam-nos o respeito. Agora, digam que Rui Moreira não tinha razão de desconfiar...