30 janeiro, 2014

E eu, também dou o benefício da dúvida, porque...

...se os partidos políticos não sabem cuidar dos interesses regionais, nem dar apoio aos respectivos candidatos ÀS câmaras*, então que aguentem com os efeitos colaterais,  que desamparem a loja, e deixem trabalhar os outros. não fizeram nada de jeito durante décadas e agora exigem que tudo seja feito em 100 dias. Só MESMO de carreiristas.

* ( QUE O DIGAM ELISA FERREIRA  E GUILHERME  PINTO DO PS, E  LUIS F.MENEZES DO PSD ]


100 DIAS: JORNALISTAS DÃO O BENEFÍCIO DA DÚVIDA AO ‘ESTREANTE’ RUI MOREIRA

Para o director-adjunto da agência Lusa Ricardo Jorge Pinto, num “balanço inicial, Rui Moreira sai muito bem na fotografia”. O independente e ex-presidente da Associação Comercial do Porto beneficiou de “visibilidade mediática fora de fronteiras” e beneficia do facto de o compararem com o seu antecessor.
Daniel Deusdado diz que “Rui Moreira conseguiu uma coisa tremendamente importante: criar uma maioria na Câmara que lhe permita gastar o tempo no que tem de ser feito e não em como conseguir fazer acordos para passar meia dúzia de coisas nas votações”. Mas, na opinião o director-geral e sócio da produtora de conteúdos Farol de Ideias, ainda é cedo para uma avaliação rigorosa.
“Os primeiros 100 dias são um período de instalação, sobretudo para um presidente que nunca desempenhou funções autárquicas e terá de aprender todos os trâmites administrativos que obrigam a uma enorme dilação entre o tempo de querer e o tempo de fazer”, refere Daniel Deusdado. “Talvez ao fim de um ano possa haver já factos mais concretos para avaliar a sua acção em concreto”, sublinha o jornalista.
Ricardo Jorge Pinto é da opinião de que “os primeiros 100 dias dificilmente poderiam desapontar”. Quanto mais não seja porque Rui Moreira, diz o jornalista da Lusa, “teve sempre o cuidado de não colocar muitas expectativas sobre o seu mandato na Câmara do Porto”.
O jornalista acredita que a vitória de Moreira se deveu precisamente “a essa postura e posicionamento político” e diz que o independente conta “com um factor que vem nos livros de estratégia política: o estado de graça do início dos mandatos”.
“Com boas entrevistas em jornais internacionais de referência”, o indepentente Rui Moreira “ajustou-se perfeitamente à imagem de um autarca elucidado, ilustrado e desempoeirado numa cidade que tem beneficiado com as linhas aéreas low cost para ganhar cosmopolitismo”, refere Ricardo Jorge Pinto numa resposta escrita enviada ao P24.
“As suas declarações são precisas, as ideias são claras e o registo é conciso: tudo ingredientes para passar uma boa mensagem”, sublinha o director-adjunto da Lusa.
Quando comparado com Rui Rio “não é difícil [Rui Moreira] sair-se bem”, diz Ricardo Jorge Pinto. “Rui Rio era cinzento, austero, encolhido, tacanho, rígido e ríspido. Rui Moreira chegou à presidência da Câmara do Porto apesar do apoio de Rio. E tem sabido distanciar-se dele, para não se deixa contaminar”.
Daniel Deusdado destaca como ponto positivo “a tentativa de reclamar um papel para o Porto no contexto nacional – à semelhança do que sucede com a Câmara de Lisboa”. “É uma boa estratégia, embora tenha demasiados rivais a Norte, prontos a fragilizá-lo sem que consigam por isso melhores resultados”, comenta o director-geral da Farol de Ideias.
Para Ricardo Jorge Pinto, “Rui Moreira ainda procura o seu estilo”, “algures entre a sua afirmação pessoal e a afirmação da cidade e da região”, mas o autarca “parece perceber que este momento inicial de mandato é a melhor altura para assumir riscos”.
“A forma como tratou as ameaças de esvaziamento da RTP Porto pode não ter sido a mais feliz” e “a maneira como está a insistir na sua preocupação com a distribuição de dinheiros do QREN pode ser arriscada”, mas Rui Moreira faz bem em correr riscos, entende o director-ajdunto da Lusa.
Moreira resiste “à tentação de dizer ‘Já estava assim quando cá cheguei’, como uma criança ao lado de um vaso partido”, saúda Jorge Pinto.
(do jornal Porto24)

Artigos relacionados

Sem comentários:

Enviar um comentário

Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...