29 fevereiro, 2020

FCPorto, desgostos, atrás de desgostos...

Resultado de imagem para elementos da SAD do FCPorto
A SAD do FCPorto previa saldo positivo...

É uma verdade de La Palice: quando um líder perde a liderança, sem o perceber, termina por contaminar os liderados com a incompetência. 

À excepção do andebol (até ver), que é a única modalidade que não tem envergonhado os portistas, e que pelo contrário, até lhes transmite algum ânimo e orgulho, todas as outras estão em decadência. Hoje, no hóquei em patins, o FCPorto foi a Braga e perdeu 6-2 justamente.  

A equipa do Braga foi muito mais rápida e competente que o FCPorto, em todos os aspectos, o que significa, que até nas outras modalidades, estamos a perder qualidade. Se nem defender o clube a SAD é capaz, o que é que está a fazer no FCPorto? Se nem defender o Francisco J. Marques e todos os que com ele colaboram, a SAD é capaz, que raio de líderes têm o FCPorto?  Que ingratidão! No lugar de J. Marques já tinha batido a porta.

Mas, já era de esperar este desfecho. o FCPorto tem a comandá-lo uma múmia convencida que ainda está viva, e os adeptos ainda o apoiam. Deve ser uma questão de respeito...

PS-Só um golpe de Estado pode travar esta pouca vergonha! Ou, na melhor das hipóteses, a União Europeia. O Porto traiu a sua própria história com tanto silêncio.

Agora, estou a referir-me, como é óbvio, às miseráveis atitudes e ameaças da Justiça e do Ministério Público com o FCPorto, em contraste com o silêncio protector com o Benfica. Se isto não é suspeito, o que será?

23 fevereiro, 2020

SOMBRAS NEGRAS DA JUSTIÇA

Domingos de Andrade
Domingos de Andrade
Director JN

Há duas formas de encarar a mais grave crise exposta dos últimos 45 anos que a Justiça atravessa e que atinge o coração do Tribunal da Relação de Lisboa, um dos principais do país
A primeira é benévola, a prova de que a ação da investigação e das magistraturas, sejamos magnânimos em as incluir, não pára nem perante os seus pares.
A segunda remete-nos para os tempos sombrios que parecemos atravessar, com a corrupção em estado larvar a estender tentáculos em todas as áreas da sociedade, a que nem a Justiça está imune, num caso cujas suspeitas não se circunscrevem a um ato isolado de um juiz que temporariamente terá perdido a noção de moral e da representação social que o uso da toga implica. O problema é que a perceção do mal anula qualquer tentativa de fazer prevalecer o olhar do bem.
O caso em questão chama-se Operação Lex e carrega já 17 arguidos, o último dos quais é o ex-presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, Luís Vaz das Neves, já interrogado pelo Ministério Público, que se junta aos juízes Rui Rangel e Fátima Galante. São suspeitos, cada um com a sua carga, de tráfico de influências, branqueamento de capitais, viciação na distribuição de processos e acórdãos a pedido.
As suspeitas sobre Luís Vaz das Neves remetem para os processos distribuídos aos juízes Orlando Nascimento, atual presidente da Relação, e Rui Gonçalves, que assinaram acórdãos favoráveis a Rui Rangel e ao empresário de futebol José Veiga.
Para trás estão mensagens trocadas entre Rangel e Luís Vaz, para que este distribuísse um processo a Orlando Nascimento. O que veio a suceder.
A sucessão de nomes e cargos é de tal forma grave que não basta à ministra da Justiça acreditar piamente que tudo está bem, até porque, justifica, os processos são distribuídos aleatoriamente por via informática.
Mas mais do que o pormenor de cada uma das suspeitas, são preocupantes as dúvidas que o caso lança sobre a imparcialidade dos tribunais e a integridade dos juízes. As sementes dos regimes extremistas medram nestas incertezas.
Diretor