16 dezembro, 2017

Raios partam a porcaria do fado! Hoje, como ontem.

Nós Estamos num Estado Comparável à Grécia

Nós estamos num estado comparável, correlativo à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesmo abaixamento dos caracteres, mesma ladroagem pública, mesma agiotagem, mesma decadência de espírito, mesma administração grotesca de desleixo e de confusão. Nos livros estrangeiros, nas revistas, quando se quer falar de um país católico e que pela sua decadência progressiva poderá vir a ser riscado do mapa – citam-se ao par a Grécia e Portugal. Somente nós não temos como a Grécia uma história gloriosa, a honra de ter criado uma religião, uma literatura de modelo universal e o museu humano da beleza da arte.
Eça de Queirós, in 'Farpas (1872)' 

Nota do RoP:
Ainda bem que no tempo de Eça não existia o Benfica... 

15 dezembro, 2017

Ditadura antiga, e ditadura moderna. Qual é que prefere?

Descubra as diferenças!

Vamos supor que ainda há gente honesta em Portugal. Que entre os 10 milhões de portugueses espalhados pelo mundo,  há meia dúzia dispostos a inverter a desproporção entre os honestos e os desonestos, e que desse pequeno grupo exista alguém com capacidade e coragem para o fazer. Tudo isso, partindo do princípio que essa figura não era silenciada, ou  mesmo abatida, como fazem as ditaduras.

Que destino seria reservado ao magote incalculável de biltres que dominam o país? Deixá-los em liberdade, quando está provado que não merecem viver em liberdade? Deixá-los viver tranquilamente, depois de andarem, anos e anos a minar os valores fundamentais da sociedade, impedindo que uma minoria decente tenha o merecido prémio por saber viver em sociedade sem a conspurcar, nem optar  pela via fácil do crime? Devíamos continuar espectadores passivos desse filme de terror, deixando escancaradas as portas do paraíso a quem nos anda literalmente a chular? 

Que se saiba, ainda não foi constitucionalmente decretada a inversão dos princípios éticos, e dos bons costumes. Não se riam se vos parecer muito púdico, se vos convencer que me imagino no século XIX, porque não quero regressar a esse tempo. Só não me parece normal nem decente que sejam os maus cidadãos a decidir o destino dos melhores, dos mais civilizados. Foi baseado nessa premissa, tão natural como respirar, que questionei mais atrás o que podemos fazer com quem anda a dar cabo do país, e da nossa vida. Apenas isso.

Sem querer pôr-me em bicos de pés, com loas aos meus parcos méritos, far-me-ão justiça se reconhecerem alguma razão naquilo que aqui venho escrevendo dos políticos, e da nossa democracia. Podia-vos parecer algo exagerado, radical até. Como podem agora confirmar, as coisas ainda estão piores do que pressentia. Muito piores, e mais graves! Não se tratava de pressentimentos intuitivos, eram convicções baseadas e consolidadas pelo comportamento leviano da classe política, com responsabilidades acrescidas dos que governaram o país e destruíram o motor da Democracia, que como aqui tenho reiterado, é a Liberdade regrada.

Infelizmente, houve quem andasse anos a fio a defender ideias antagónicas. Nunca me esquecerei dos que andaram durante anos a apregoar que a Liberdade não tem limites. Tudo tem limites! Só para dar um exemplo, recordo uma figura pública relevante como  foi o falecido Mário Soares. Figura que admirei nos primeiros anos de democracia, e que deixei de admirar quando desautorizou publicamente um agente da autoridade que procurava ordenar uma confusão numa estrada. Na altura, dei comigo a pensar  que se estivesse no lugar do agente, talvez o Dr. Mário Soares não saisse de cena sem lhe entregar a farda e lhe pedir para me substituir, mas isso é outra história...

Hão-de observar, se é que ainda não observaram, que é a classe política, e outras que vivem de os bajular, quem repete sempre o mesmo tipo de discurso, os mesmos chavões, de forma a torná-los verdades indiscutíveis e assim desmotivar concepções diferentes das que estão estabelecidas. A espaços, gostam de citar a célebre frase de Churchill sobre a Democracia, como se fosse comparável a época e o contexto em que foram ditas, com a nossa, e a experiência que temos da mesma. Isto, não é mais do que oportunismo político-intelectual. 

Outra dessas "verdades", que pelos vistos dispensam «manutenção», das quais discordo absolutamente, é a questão polémica sobre a Liberdade. Quem é que não gosta da Liberdade? Haverá alguém com carácter e ideias próprias  que se recuse a viver em Liberdade? Só um louco. Maior  loucura é acreditar que um regime realmente democrático sobreviva a uma liberdade despojada do respeito pela Lei. Estas duas vertentes, são almas gémeas que, ao contrário do que certos «democratas» apregoam, só robustecem a saúde de qualquer sociedade livre, não a adultera. O que mata, e corrompe moralmente uma democracia, é o desprezo pela ordem e pelo cumprimento da Lei.  Portugal, deixou-se de práticas legais benéficas, preferiu sempre a solução teórica que sustenta o mal. 

Nada é garantido. Se é prudente acautelar-mo-nos com apelos populistas à ordem e ao excesso de obrigações de certos oportunistas, não é menos importante desconfiarmos da Liberdade sem ética  que temos,  porque foi esta mesma que nos levou ao pântano gigante em que se tornou o país. Que diferença haverá entre a hipocrisia do Estado Novo, e a deste regime? Será preciso vivermos mais tempo para concluirmos, que ambos são ditaduras? Se o primeiro tinha a PIDE, este tem a Comunicação Social. Assim, nem precisam de nos mandar prender (ou assassinar). e sempre podem fingir que são bons democratas.  Talvez agora, aqueles que discordavam de mim por ter deixado de votar reconheçam que a razão estava do meu lado.  


14 dezembro, 2017

Francisco J. Marques, chama os bois pelo nome! Só se suspeita de quem se esconde.

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FJMarques


Compreendo que Francisco J. Marques se contenha na linguagem, quando levanta questões aparentemente ingénuas mas visivelmente incómodas para os destinatários, que continuam sem  lhe responder (F.P.F., C.A., LIGA,IPDJ). Compreendo o estilo, mas não concordo. 

Não concordando, também não ignoro os poderes limitados que tem dentro do clube, e que isso o obrigue a acatar recomendações superiores. 

Valorizo o que Francisco J. Marques está a fazer, porque, mesmo sendo pago pelo FCPorto, está a realizar um trabalho importantíssimo, não só para o clube como para a própria sociedade, pelo menos para aquela parte que convive mal com a canalhice. Outra condicionante, que convém não esquecer, consiste em evitar dizer algo que possa comprometer o andamento das investigações. Mesmo assim, depois de revelada documentação abundante com indícios comprometedores para os órgãos que tutelam a disciplina do futebol, sem que estes tenham mostrado a mínima disponibilidade para esclarecer a sua posição, ou colaborar com a investigação em curso, é inútil continuar a apelar ao bom senso, porque está visto que é coisa que não têm. 

Daí, que o FCPorto não tenha razões para se preocupar se, pela boca de Francisco J. Marques, levantar suspeitas sobre a idoneidade da Comissão de Disciplina e da APAF. Como cidadão, digo aqui e sem qualquer receio, que o comportamento destes organismos se assemelha mais ao de cúmplice (do escândalo dos emails), do que de uma autoridade reguladora, e ainda menos, de uma entidade disciplinadora. As responsabilidades são para assumir, não são para fugir. Pior: as responsabilidades não são para intimidar quem tem o direito de as exigir. E é só isso que, a tutela tem feito. Intimidar.

Gradualmente, o Francisco J. Marques vai chamando os bois pelo nome, é verdade. Estou atento, e também aceito a sensatez estratégica, só que às vezes, é preciso "picar a caça" para a forçar a sair da toca. Enquanto se espera que ela saia pelo seu  próprio pé, vamos dando tempo aos "coelhos" para procurarem outra lura, e daí quem sabe, para nunca mais serem vistos.  

Lá diz o refrão: há momentos em que a melhor defesa é o ataque.  Sobretudo quando sabemos que nada fizemos de condenável.      

12 dezembro, 2017

Símbolos do ""orgulho"" nacional, com uma curiosidade...

BPN (assalto laranja ao país)
fundado por ex-governantes do PSD serviu de plataforma para branquear capitais e distribuir dinheiro pelo círculo próximo do partido. Foi entregue ao capital angolano a preço de saldo. Quem paga? Os contribuintes (cerca de 7.000 milhões de euros).

BCP (OFFSHORES):
Banco falseou as contas e escondeu a atividade de dezenas de offshores controladas por testas-de-ferro e usadas para comprar ações próprias (buraco de 600 milhões de euros). 

PORTUCALE (Submarinos, e financiamento partidário)
A primeira passagem de Paulo Portas pelo Governo ficou marcada pelas suspeitas de pagamento de luvas em negócios onde o Grupo Espírito Santo marcava presença, quer como parte interessada, quer como intermediário. Os escândalos ficaram impunes e há um milhão de euros depositado na conta do CDS no BES cuja proveniência continua em segredo.

CTT (administração PSD acusada de fraude)
vendido duas vezes no mesmo dia, deu origem a uma investigação à gestão de Horta e Costa, nomeada pelo Governo Durão/Portas.O rasto da corrupção nos CTT também passou pelo BPN e abriu um buraco de 13,5 milhões nas contas da empresa pública.

CASO SÓCRATES (biografia que dispensa comentários)

BPP (lucros para accionistas, buraco para os contribuintes) 
arruinado pela incompetência dos administradores, que "transferiram" as perdas dos investimentos para as carteiras dos clientes. Antes de falir, o banco pagou milhões a accionistas como Balsemão, Saviotti e João Rendeiro.

Lamento confirmar um facto doloroso: Portugal, é um país altamente profícuo, em matéria de escândalos. É essa a razão porque não tenho tempo para falar de muitos outros casos igualmente vergonhosos.

Apesar disso, a democracia supera tudo. É implacável  e não perdôa trafulhices. Os media, zelosos do serviço público, não deixam passar nada. Nada? Nada? Não! Segundo fontes fidedignas parece que há uma adenda no código deontológico da classe,  que a obriga ao silêncio se as notícias a divulgar tiverem contornos criminosos num caso excepcional. A adenda tem o Nº. 18,e na capa tem uma Porta que  reza assim: é proíbido dizer mal do Benfica.

Como bons profissionais que são, os jornalistas obedecem.


11 dezembro, 2017

Nacionalismo em Portugal, só se fôr o bacôco lisboeta

Quero lá bem saber se os piores centralistas do país são os lisboetas de Lisboa, ou se são de outras origens. Considero estas observações perfeitamente inconsistentes. Já ouvi opiniões com esta bizarria algumas vezes, saídas da boca de nortenhos, e  portuenses, como se as pudessem fundamentar em dados fiáveis. Ser lisboeta, ou ser portuense, não se mede apenas pela origem da natalidade, mede-se também pelo tempo de vida que alguém passou  numa, ou noutra cidade. E mede-se principalmente, pelo modo afectivo como se absorveu essa vivência. Todos nós, portuenses ou lisboetas, temos alguém na família nascido noutras cidades, ou vilas.  

É verdade que não há, em parte nenhuma do planeta, povos exclusivamente virtuosos e povos exclusivamente maléficos. Isso não existe. Mas, já podemos dizer com alguma margem de segurança, que cada povo tem as suas características próprias. O cosmopolitismo de uma cidade tem um grande inconveniente, que é precisamente correr o perigo de se descaracterizar. Penso que foi isso que aconteceu com Lisboa. Talvez seja por essa razão que torço o nariz aos excessos das ondas cosmopolitas, como parece estar a suceder agora com o Porto. O turismo é algo positivo, dá-me muito gosto ver a cidade cheia de gente de todo o mundo, e de saber que alguns deles se instalaram por cá, mas receio que acabemos por perder o que nos distingue dos outros. Se calhar, é uma inevitabilidade, a que o camaleónico progresso obriga.

Esquecendo as características particulares de portuenses e lisboetas, há duas causas que distinguem as principais cidades do país que não devem ser  ignoradas, sob pena de compararmos o incomparável. A primeira, é sem dúvida o poder político estar concentrado em Lisboa. A outra, é o poder mediático, também concentrado na capital. Ambos os poderes são propriedade pública e privada de Lisboa. Só isto devia bastar para que os inimigos da regionalização percebessem as diferentes forças, entre uma e outra cidade,  de forma a acabarem de vez com terminologias manhosas como por exemplo o velho argumento do "porto-centrismo"  e patetices do género que nada os dignifica.

Aliás, fosse o poder político mais descentrado da capital, talvez esta guerrinha tivesse impacto menor e pudéssemos estar hoje a dizer que o poder económico estava maioritariamente no Norte, mas nem isso é verdade, porque até as grandes empresas nortenhas se viram forçadas a passar as suas sedes para Lisboa.  O mesmo aconteceu com a rapinagem levada a cabo pelo centralismo com as estações de rádio e com as sedes de jornais do Porto para a capital. Discutir em Portugal a bondade da regionalização com os centralistas, é portanto um acto inglório, uma espécie de luta entre David e Golias. Concluindo, para os defensores da Regionalização, há um dado adquirido que se pode interpretar de uma forma simples: em Portugal, será impossível obter democraticamente a realização tranquila da Regionalização. 

Voltando à capital, ao impacto extremamente negativo que decorre da sua política centralista, e muito estranhamente com o Porto, é impossível evitar sentimentos profundos de hostilidade que incitam ao separatismo. Sim, têm sido os Governos anteriores e o actual quem, com as suas políticas hiper-centralizadoras, mais contribuíram para a crispação instalada entre Lisboa e Porto. E, é impossível dissociar toda esta profusão de asneiras com o que está a acontecer com o futebol, com o tratamento de excepção dado ao Benfica pela comunicação social, que em vez de informar com isenção todos os portugueses, se presta ao desprezível papel de cúmplice e protector de uma escandaleira monstruosa.

Não podendo adivinhar o número, e a identidade, dos lisboetas cultos,  e bem formados - nem mesmo através dos seus incontáveis canais de televisão -, porque nunca tive o prazer de ver um único, a apoiar publica e frontalmente as nossas causas, como cidadãos de um verdadeiro Estado Unitário, tanto politicamente, como desportivamente, só é possível pensar que dessa gente não podemos esperar nada de sublime.



10 dezembro, 2017

Muita garra, discernimento e... sorte! O homem do apito chama-se Tiago Martins, não se esqueçam!

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Tiago Martins???

Espero que o Sérgio Conceição tenha preparada a equipa para o desafio desta noite, em Setúbal.

Não é o aspecto técnico, táctico ou físico que me preocupa, é outro, muito mais difícil de controlar: o anímico. No caso concreto, o ânimo nada tem a ver com o opositor propriamente dito, porque para esses, a equipa do FCPorto vai chegando para as encomendas. Nas competições europeias o FCPorto só tem de se preocupar consigo próprio, mesmo que casualmente lhe possa calhar na rifa um árbitro desastrado. Já nas competições nacionais, o problema tem outra dimensão e gravidade, e a garra não chega. Um grande número de árbitros está comprometido, ou coagido (não sei), com a rede de influências do Benfica e, neste caso, por mais esforçados que sejam os jogadores, por mais golos que marquem, de pouco adianta se os árbitros não quiserem validá-los.

Vale isto por dizer que o árbitro nomeado pela C.A. da Federação para o jogo desta noite, é Tiago Martins, um árbitro conhecido por prejudicar frequentemente o FCPorto que, "só por acaso" também  é um dos que Luís FilipeVieira, pediu publicamente ainda há poucos dias para arbitrar o Benfica. Como se tal não bastasse, isto é, o descaramento, os mandantes do apito fizeram-lhe a vontade.

Portanto, caros amigos, não estranhem que mais uma vez este mercenário se sinta confortável para fazer a cama ao FCPorto. Se não acontecer, tanto melhor, se acontecer, não estranhem.

Mas, vamos ver. Depois, cá estaremos para voltar ao assunto.

Felicidades, e muita sorte para o Sérgio Conceição e sua equipa.

PS-Falta pouco mais de hora e meia para o teste desta noite...

Nota Pós-match: 

Vá lá, vá lá, desta vez Tiago Martins portou-se como um homenzinho, apesar de alguma passividade com o jogo demasiado agressivo do Victória de Setúbal. De qualquer modo, foi curioso finalmente que o VAR tenha sido consultado após a marcação do pénalti do árbitro... 


Grande Aboubakar e belo golo de craque de Marega, esse, a quem muitos chamaram côxo.