02 abril, 2016

“QUANDO VIM PARA O PORTO CONSTRUÍ UMA NOVA FAMÍLIA”

Numa sala na reitoria da Universidade do Porto, para falar com o Porto24 sobre a experiência que tiveram em Portugal, estão quatro alunos de mobilidade a estudar na instituição.
Tea Feratllari, 21 anos, e Florentina Qorri, da mesma idade, partilham quase todos os dados biográficos: vieram para o Porto em setembro para estudar História na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e ficam até final do ano. São naturais de Korça, na Albânia.
Com 24, Nitika Nanda veio de Ahmedabad, na Índia, e está no segundo semestre do primeiro ano de mestrado em Planeamento Urbano na Faculdade de Engenharia. Por fim, Massimissa Ouali tem 22 anos e veio de Béjaia, na Argélia, para um mestrado também em engenharia, com especialização em data mining.
Só as duas albanesas se conheciam antes. Há algum nervosismo no ar, o inglês é afinado com conversas de circunstância, e decide-se que o melhor é lançar as perguntas e a conversa fluir à vez. As fotografias ficam para depois.
Entre os quatro estudantes, há adeptos do FC Porto, alguém com vontade de prolongar a estadia e quem queira fazer voluntariado para dar algo de volta à comunidade que tão bem os recebeu. Construíram “uma nova família” na cidade onde mais de quatro mil estudantes internacionais de mais de 90 países estudam.
Porque escolheram o Porto? Qual o primeiro impacto com a cidade?
Tea Feratllari. Foto: Carlos Romão
Tea Feratllari. Foto: Carlos Romão
Tea – Escolhi o Porto porque me foi recomendado pelos professores. Falaram-me de um programa em que podia ganhar uma bolsa. De todas a que me candidatei, fiquei no Porto. Gosto da cidade por causa de tudo o que posso ver, todos os edifícios antigos e a história da cidade, como sou de História esse é um interesse natural para mim. Queria também uma nova experiência na Europa.
O meu primeiro impacto foi como toda a gente me disse: a cidade é fantástica, as pessoas são muito amigáveis, ainda mais do que esperava, se pedirmos ajuda as pessoas até vêm connosco para nos mostrar a cidade. Ajudou também já conhecer muito de Portugal através dos meus estudos.
Nitika – Vim para cá por três razões. A primeira foi porque já tinha acabado a licenciatura e tinha de escolher um mestrado mais específico. Outra era chegar à Europa para um país onde a língua seria sempre muito diferente, por isso procurei um sítio onde se falasse muito inglês. E, finalmente, a influência que Portugal teve em Goa, por exemplo. Estive lá sete meses a preparar-me.
A imagem que temos da Europa, de grandes espaços públicos, bons transportes, estradas pavimentadas, por aí fora, foi uma imagem que encontrei cá. Mas com toda a crise que Portugal atravessa, há várias questões com as casas abandonadas, ou em reabilitação, e esse contexto é interessante para mim, para poder estudar no âmbito do meu mestrado. Espero ter uma outra visão sobre o meu ramo, não só por viver no Porto mas também quando puder visitar outras cidades europeias.
Quando cheguei ao Porto o impacto foi ótimo. A FEUP tinha várias iniciativas para receber os estudantes internacionais, uma delas foi designar alguns amigos para nos acompanharem. Foi ótimo logo desde o início ter com quem falar e a quem recorrer num momento de aperto. A UP também me ajudou bastante. A cidade é linda, é o que posso dizer numa só palavra.
Massimissa – Este programa foi-me recomendado por um professor na Universidade de Béjaia. A área de data mining é nova para mim, é uma excelente experiência, e o curso é lecionado em inglês o que é ótimo. Outra coisa boa aqui é que podemos ver a cidade, e no Porto a vida é boa, não saltas logo para o curso, não passas o tempo todo na universidade. As pessoas são muito simpáticas, mais do que achava antes de vir.
Florentina – Vim para o Porto por três razões. Porque os professores me disseram que seria uma boa experiência europeia. Ao ver todas as universidades, achei que a do Porto seria a melhor, até porque me interesso por História Medieval. Outra razão é o facto do Porto ser uma cidade barata, e achei que seria uma boa cidade para uma estudante morar (risos). Por fim, procurei a História da cidade, e isso cativou-me, há passado romano, latino, aqui.
Sentiram uma grande diferença em relação à cidade onde moravam? Por exemplo no que toca à vida noturna?
Florentina Qorri. Foto: Carlos Romão
Florentina Qorri. Foto: Carlos Romão
Florentina – Logo ao chegar, as pessoas são logo simpáticas. Mesmo quando não sabem o que estamos a dizer. Muitas vezes estão só a apontar e a dizer nomes de sítios, e quando nós não sabemos, dizem ‘ok, vem comigo então’ e levam-nos lá.
Tea – Acho que somos mais parecidos do que diferentes, na verdade. Quanto à vida noturna, também temos atividade em Korça, mas não tanta, nem tão enérgica, como aqui, isso não.
Nitika – Para mim é muito diferente. Eu venho de uma cidade que funciona como um ‘Estado seco’, não podes beber álcool. E depois chegas aqui… (risos) E claro, o ritmo também é muito diferente. Ou melhor, a densidade. Vindo da Índia, onde moram 1,2 mil milhões de pessoas, há muito menos gente na rua… muita gente corre, para o metro ou só porque sim, mas tentam ajudar muito mesmo que não saibam muito de inglês. Quero muito aprender português com outra fluência para poder ouvir conversas nos autocarros, ver a interação nos cafés, no fundo perceber melhor como é que as pessoas fazem o seu dia-a-dia, conhecer melhor a cidade por dentro.
Massimissa – Sim, há diferenças. Para mim, algo diferente de Béjaia é a temperatura. O tempo aqui é mais mediterrânico. Outra coisa é a estrutura, a arquitetura, dos edifícios. No Porto, há dinâmica, movida, eventos, durante todo o ano. Em Béjaia, é só no verão. Também já estive em vários recintos desportivos e é algo com outra escala, completamente diferente.
É fácil fazer amigos por cá? É mais confortável com colegas de Erasmus ou estudantes locais?
Nitika – É igual, eu acho. Com alunos internacionais, há eventos em que todos se reunem e depois é fácil reconhecê-los. Mas é fácil conhecer portugueses, também brasileiros, por exemplo…toda a gente sabe que estamos cá há pouco tempo e vimos de outra cultura, que estamos à procura de nos estabelecermos, por isso acabam por ser ainda mais simpáticos. É uma boa mistura de tudo.
Massimissa – Desde o início, conheci vários amigos portugueses que me ajudaram imenso e tornaram a minha estada fácil, até porque estiveram a trabalhar na minha cidade. Também fiz amizade com vários estudantes internacionais.
Que tipo de interação e contacto têm com a cidade para lá da universidade?
Tea – Fazemos parte da Erasmus Student Network (ESN), que tenta integrar-nos em várias atividades e levar-nos atividades e a descobrir a cidade. Já visitamos, até, outras cidades, como Guimarães, Lisboa, Coimbra, por aí fora. Sempre que podemos, tentamos envolver-nos na cidade e na cultura.
Florentina – Como estamos cá por um ano, no primeiro semestre estamos a descobrir a cultura, e no próximo queremos agir e integrar-nos na comunidade. No segundo semestre, queremos [Téa e Florentina] fazer trabalho de voluntariado.
Massimissa – Desde que cá cheguei, comecei a ir ao ginásio e à natação. Também faço parte da ESN. Vou frequentemente a concertos e a jogos de futebol. Sou adepto do FC Porto, estou rodeado de adeptos do clube. Além dos meus amigos, joga um argelino no clube, Yacine Brahimi, por isso tenho de apoiar o clube.
Quando voltarem às cidades e países de origem, o que vão dizer do Porto?
Nitika Nanda. Foto: Carlos Romão
Nitika Nanda. Foto: Carlos Romão
Tea – Até agora a experiência foi ótima. No Natal, poder cear com uma família portuguesa fez-me sentir em casa. O curso de língua portuguesa também tem sido ótimo para nós. Estas foram as melhores experiências que cá tive. Quando voltar, vou recomendar a cidade e dizer a toda a gente para cá vir.
Florentina – É uma ótima cidade que deixa uma ótima impressão. Tenho muitas saudades da minha família e da minha casa, mas o que lhes vou dizer quando voltar é que fiz cá uma nova família. É uma cidade ideal para se criar uma família, sem dúvida. Não só visitar, como um turista, mas viver cá durante algum tempo.
Nitika – Já comecei a pedir aos meus amigos para me visitarem, e para se candidatarem à mesma bolsa que eu. A cidade, a experiência, tudo está a ser ótimo. Quero começar a ter mais aulas de português. A única coisa de que não gostei foi do gabinete do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, porque nem sequer bom inglês falavam. Como é que é possível? De resto, adorei a cidade.
Massimissa – Claro que a vou recomendar aos meus amigos. Uma sugestão que vou fazer-lhes é que aprendam português antes de vir (todos riem). Porque pessoalmente tive algumas dificuldades por não saber falar a língua. Tentei em Béjaia e desisti.
Nitika – Mas muita gente me disse que em Espanha é ainda pior, sem falar espanhol ninguém sobrevive um dia que seja.
Tea – Até porque quase toda a gente fala bom inglês no Porto.
Massimissa – Falo inglês e francês, e a língua é útil porque muita gente conhece uma ou outra língua.
Mas saber falar português muda a experiência.
Nitika – Sim, sem dúvida. Ajuda a perceber melhor a dinâmica da cidade e de quem cá vive.
Alguém está a pensar viver no Porto para lá do tempo em que cá vão estudar?
Massimissa Ouali. Foto: Carlos Romão
Massimissa Ouali. Foto: Carlos Romão
Nitika – Para mim, é algo no horizonte. O meu primeiro objetivo é terminar o mestrado. As coisas não estão fáceis em Portugal. Tenho as opções abertas no mundo inteiro, mas se não me surgir nada vou voltar à minha cidade.
Que dificuldades encontraram em Portugal?
Florentina – Não encontrei grandes dificuldades. No que toca às aulas, como são em português, no início era muito complicado, tinha que estudar sozinha.
Nitika – Nada é muito difícil. Não é tão difícil estar longe da família, com o Skype e as redes sociais.
Massimissa – A língua foi um problema, até porque o meu inglês não era assim tão fácil. Estudar em inglês, depois de aprender toda a minha vida em francês, foi difícil. Mas depois de algumas semanas tornou-se mais fácil.
O que é que ainda vos falta fazer na cidade, ou no país, antes de voltarem aos países de origem?
Florentina – O trabalho de voluntariado, queremos mesmo fazer isso.
Massimissa – Quero praticar surf. E quero muito ir ao topo da Serra da Estrela com os meus amigos, por ser o ponto mais alto de Portugal Continental.
Tea – Queremos continuar com o curso de português. Tenho adorado.
Nitika – Não é bem Portugal. Quero muito viajar por toda a Europa.
Florentina – Quando voltar à Albânia, vou de certeza ser mais otimista e rir-me muito mais. Não me ria tanto antes. Quero ser mais simpática, ter a mente mais aberta…
Tea – Isto foi algo que aprendemos em Portugal, a ter a mente aberta.
É uma cidade alegre, então?
Nitika – Li algures que no Porto as pessoas só se abrem contigo quando te conhecem bem. Mas eu não senti essa diferença. As pessoas foram sempre muito abertas.
Massimissa – Os meus amigos contaram-me uma piada sobre o povo português. Disseram-me que quando se pergunta a um português onde fica uma tal rua, ele vai fazê-lo durante umas três horas, ao ponto em que temos de lhes pedir para parar (todos riem). É só uma piada, mas é o quão simpáticas são as pessoas.
Há algo que não consigam encontrar aqui que tivessem nos países de origem?
Nitika – O meu carro (risos). E o sol.
Florentina – Tenho saudades da neve.
[Fonte: Porto 24]

31 março, 2016

"A TAP é que é subsidiada"



Em reação à entrevista de hoje, ao JN, do presidente da TAP, Fernando Pinto, o autarca contra-atacou: "A única companhia aérea que é subsidiada é a TAP".
Na entrevista publicada, na edição desta quinta-feira do JN, o presidente-executivo da TAP, Fernando Pinto, garantiu que aquela companhia aérea nunca poderá ser competitiva no Porto porque não consegue "enfrentar as low-cost". E denunciou que empresas como a Ryanair conseguem tarifas mais reduzidas porque recebem apoios de "instituições de turismo, hotéis, aeroportos e até das câmaras".
"A Câmara do Porto nunca pagou a nenhuma companhia aérea. A única companhia aérea que tenho a certeza que é subsidiada é a TAP", reafirmou Rui Moreira, no final de uma reunião, no início da tarde desta quinta-feira, com o presidente da Câmara do Funchal, Paulo Cafôfo.
O presidente da Câmara do Porto já tinha deixado essa garantia no passado dia 3 de março, numa conferência de imprensa, na Autarquia, em que a Ryanair anunciou que ia tomar conta da ligação Porto-Malpensa (Milão), suspensa pela TAP. Na altura, o diretor de rotas daquela empresa irlandesa, Niall O'Connor, confirmou.
Esta quinta-feira, voltou ao assunto, na única reação que aceitou dar à entrevista de Fernando Pinto. "A TAP é subsidiada por todos nós", contra-atacou o autarca portuense, referindo-se, por exemplo, aos prejuízos causados pela "operação Brasil", que terão atingido os 500 milhões de euros. Paulo Cafôfo associou-se ao Porto na "guerra séria" contra a TAP e confirmou que, também no caso da Madeira, a Câmara do Funchal nunca subsidiou qualquer companhia aérea.

A gula dos aparelhos partidários mata a política

Manuel Pizarro

Não me atrevo a prognosticar o futuro sobre o que vou dizer a seguir, mas uma coisa é certa, os partidos políticos têm de repensar muito bem o modo como lidam com os cidadãos, sob pena de deixarem cair de vez o dogma da sua imprescindibilidade social em democracia. 

As abstenções, ao contrário do que os próprios políticos apregoam, são cada vez mais uma demonstração cívica reflectida de protesto, do que um sinal de desinteresse. Há novos protagonistas "independentes" que começam a embaraçar os aparelhos partidários, e a ultrapassá-los, mas a culpa é exclusivamente destes últimos.

Penso em Manuel Pizarro, e nas pressões de que está a ser alvo por parte do aparelho socialista  no sentido de o convencerem a apresentar uma candidatura própria às próximas eleições da autarquia portuense. Ao fazê-lo, o Partido Socialista está a cometer duas asneiras básicas. A primeira, talvez a mais grave, é desprezar o papel altamente digno do colega Pizarro que, em vez de criar obstáculos ao trabalho de Rui Moreira, optou por cooperar. Cooperação que se louva, sobretudo porque ninguém pode dizer que a gestão camarária não evoluiu significativamente em muitos aspectos comparativamente ao seu antecessor Rui Rio. Não é perfeita (há muito que fazer) mas é dinâmica e altamente interventiva, coisa rara no Porto, nos últimos anos... 

Manuel Pizarro tem revelado o bom senso que alguns colegas de partido não têm: os portuenses primeiro, o partido depois... Outro erro político do PS, é ignorar que nas circunstâncias actuais, em que Rui Moreira tem assumido (e bem), papel preponderante na defesa do Porto e do nordeste peninsular (Galiza incluída), que carrega a bandeira contra o centralismo, coisa que os políticos prometem mas acabam sempre por não cumprir, faz com que os cidadãos concluam que o PS se interessa mais pela conquista de lugares, do que pelos interesses do povo. Eu retirei a mesma conclusão.

Não me admira pois, que Marcelo Rebêlo de Sousa tenha bebido alguma inspiração no exemplo de Rui Moreira. Não que os estilos se confundam, até porque têm personalidades diferentes, mas a capacidade de comunicação é algo semelhante. Os próximos tempos dirão se o PS aprendeu de vez a lição, ou se pretende perder mais eleitores. Não é Pizarro que está mal, é parte do PS.


30 março, 2016

A REUNIÃO DE RUI MOREIRA COM FERNANDO PINTO



Também hoje, o Jornal de Notícia antecipou um excerto de uma entrevista a Fernando Pinto, o presidente da Comissão Executiva da TAP, onde este afirma que Rui Moreira concordou com as alterações anunciadas pela TAP, durante uma reunião em dezembro. Ora, o que Fernando Pinto não disse ao Jornal de Notícias, mas Rui Moreira conta no seu livro TAP Caixa Negra, é que durante essa reunião, ocorrida em dezembro na Câmara do Porto, aquele administrador não lhe deu todos os dados, não lhe falando da supressão de 74 voos internacionais semanais, não lhe dando dados acerca da ocupação dos voos nas rotas suprimidas, não lhe dando informação acerca das aeronaves que iriam operar a rota, não o informando acerca da nova rota para Vigo, não lhe dando a informação que, embora a TAP mantivesse as rotas intercontinentais, iria suprimir 40% dos voos para a América Latina e América do Norte.

As declarações de Fernando Pinto confirmam, por isso, as de Rui Moreira no seu livro, mas, mais uma vez, omitem parte da verdade.

(Fonte: Portal de Notícias do Porto)

O que os jornais abafam (TAP)

Tenho como acertada a ideia de Rui Moreira e o assessor da CMPorto, de publicarem em livro os acontecimentos pouco transparentes das negociações, por parte dos representantes da TAP. De outra maneira, só saberíamos aquilo que conviria aos serviçais da comunicação social centralista. 

O resultado não se fez esperar. Hoje mesmo, Fernando Pinto o presidente executivo da TAP, até agora discreto, já reagiu   (ver JN). Amanhã, vai dar uma entrevista ao JN, onde finalmente dará a versão dos factos que lhe convém. Só por isso, já valeu a pena.

Acresce, embora não se possa ainda retirar conclusões precisas, que António Costa vai ter de se decidir e explicar sobre este dossier, depois de ter prometido especial atenção às questões regionais...

Como disse, estou a ler o livro. Publico para os leitores do Renovar o Porto 4 páginas de um interessante excerto de Nuno N. dos Santos (assessor de comunicação camarário e co-autor do livro), para lerem e retirarem as suas próprias ilações.



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29 março, 2016

TAP CORTA 74 VOOS NO PORTO A PARTIR DESTE DOMINGO

Menos 74 voos semanais desde o Porto, mais 59 a partir de Lisboa. Esta é a nova estratégia da TAP a partir deste domingo, conforme denunciou este sábado a Câmara Municipal do Porto.


Segundo a autarquia liderada por Rui Moreira, a transportadora nacional cortará rotas do Porto para a Europa, Brasil e Estados Unidos, ao passo que reforçará o serviço no Aeroporto da Porto com novas ligações semanais.
De acordo com o site Porto.pt, portal oficial da Câmara do Porto, “os números, que a TAP nunca assumiu nas suas inúmeras comunicações sobre a sua operação de verão, mostram uma redução superior a 35% de passageiros, relativamente ao verão de 2015: 40% para fora da Europa e 34% para a Europa”.
Os números divulgados pela autarquia mostram também que a “a redução de passageiros para Londres é superior a 50%, uma vez que a operação passará a ser feita com aviões mais pequenos”.
Simultaneamente, a TAP inicia domingo uma ponte aérea entre o Sá Carneiro e a Portela com 18 ligações diárias. “Uma forma de drenar tráfego natural do aeroporto do Porto para o de Lisboa”, acusa a Câmara.
No total, calcula-se que a nova estratégia da TAP implica o corte de 2000 mil voos e cerca de 150 mil passageiros.
O Porto24 tentou contactar a TAP para obter uma reação a esta matéria, mas tal não foi possível até ao momento.
Nota de RoP:
Recomendo vivamente a leitura do livro "TAP-CAIXA NEGRA" da autoria de Rui Moreira e Nuno Nogueira Santos  assessor de comunicação da Câmara do Porto.  

28 março, 2016

Renato-sanchismo

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Embrião do renatosanchismo

Caro leitor, você sabe por acaso, o que é o renato-sanchismo? 

Não? Então, explico.

O renato-sanchismo, é o nome actual dado ao eusebismo, ao ruicostismo e a outros ismos do género. Tem origem no nacional-benfiquismo, doutrina da pura casta moura lisbonense, que é uma espécie de versão nazi do futebol português. 

Caracteriza-se por fabricar génios de geração espontânea, antes mesmo de nascerem. Tem diversas finalidades. Uma delas, é formar mitos, engrandecendo jogadores, antes mesmo deles crescerem, como se faz agora com as couves, e as galinhas. Assim, como que um adubo, uma somatotrofina (hormona de crescimento). 

Outro dos objectivos do renatosanchismo, é elevar o nome do Benfica de modo artificial (talvez pelos efeitos colaterais da Porta 18) para gerar adeptos acéfalos, como aquele que vimos em Leiria, num jogo em que, nem Ronaldo safou a selecção portuguesa... 

Por fim, consegue-se o dois, em um, como nos supermercados. Enquanto os serviçais (PIDES) jornaleiros trabalham para o clube do regime em tudo o que é "comunicação", enaltecendo as geniais virtudes dos seus ídolos, não falam dos ídolos dos outros. Holofotes para um, sombra para os outros.

Verdadeiramente democrático. Grande país, este! 

Um exemplo. Orgulhe-mo-nos todos, a bem da nação.