Claro que há justiça em Portugal. É tudo gente honesta...

Assim vai este país de justiça exemplar...

Universo Porto da Bancada fala com razão, e quem o defende?

O facto do Universo Porto da Bancada ser, sem margem para dúvidas, o programa com maiores audiências do Porto Canal a par do que é transmitido às 5ªs feiras, confirma que algo de muito grave continua a acontecer no futebol português. O FCPorto é sem dúvida alguma o clube mais afectado de todos, nunca é demais afirmá-lo. A comunidade portista que o diga (e por que não também as pessoas honestas, com e sem clube?). 

O programa U.Porto da Bancada tem sido a alavanca principal de defesa do FCPorto, não obstante o suporte muito tímido da alta hierarquia dirigente (se assim se pode dizer). É um facto, que só não é consensual, devido à falta de cultura cívica e à idolatria de um grupo ainda significativo de adeptos por um homem que já não é como foi noutros tempos. Agem mais com o coração, que com a cabeça, e isso, parecendo uma boa opção, pode vir a tornar-se num grande dilema para o FCPorto. Pessoalmente, preferia que fosse Pinto da Costa a preparar a sua sucessão, desde que exclusivamente sustentada nos superiores interesses do clube. Assim, sairia em grande, com o currículo praticamente imaculado, e evitaria que uma eventual corrida abrupta às eleições se tornasse numa réplica circense idêntica às da capital. Para que isso aconteça bastará perdermos mais um, ou dois campeonatos de futebol sénior. Duvido que os portistas aguentem mais dissabores. 

Ontem, voltamos a assistir a um bom programa, pela piores razões, mas sem culpa própria. Pelo que dá a entender o regime em vigor, o Benfica é uma espécie de santuário secreto, e o FCPorto que continua a ser publicamente ultrajado e prejudicado, é o alvo a abater. Regime esse, em que a justiça é parte cooperante, optando por assistir indiferente às tropelias do Benfica, aceitando-as como legítimas, que é o mesmo que dizer, oferecendo-lhe tempo de sobra para lançar para o FCPorto crimes próprios. Não admira portanto que o campeonato esteja quase no papo, em parte por culpa nossa, mas muito por culpa do regime. E para o confirmar basta atentar ao que aqui escrevi desde o início deste escândalo: sugeri repetidamente que o FCPorto não deixasse esmorecer o escândalo porque isso só ia dar tempo aos vermelhos e que não contássemos demais com o rigôr da justiça porque eles tinham "padrinhos" em todo o lado e não iam parar. Limitámo-nos aos programas Universo Porto e como podem constatar, isso não chega, e quem está a sofrer as consequências é o pessoal menor. 

O Francisco J. Marques foi silenciado, e o próprio Pinto da Costa que agora ousou escrevinhar na revista dos Dragões um artigo quase inofensivo acabou por fazer babar de prazer os cartilheiros da FPF abrindo-lhe um processo disciplinar numa de afirmação de poder arrogante.  Se Pinto da Costa tivesse actuado em tempo útil, não só teria evitado muita vigarice como tinha reduzido o presidente do Conselho de Disciplina à sua insignificância! No seu lugar, eu perguntava-lhe quem é que ele pensava que era para o punir. Por quê, porque provavelmente esses advogadosecos já estavam na rua a tapar as trombas com vergonha! O estatuto é o menos relevante num Homem, falta-lhes muitas vezes o que conta: carácter.

O Universo Porto da Bancada, está manco, falta-lhe o líder FJM, e embora Pedro Bragança e Diogo Faria estejam a fazer um excelente trabalho, as consequências continuam a ser as mesmas: nada! E a culpa não é deles. O que não se percebe é que depois de tantos protestos, não se vislumbre qualquer evolução no processo dos e-mails e todos os outros, porque nós não fizemos tudo o que podíamos (e devíamos), não fomos directos ao assunto, continuamos a dar importância à Federação e à Liga como se fossem instituições respeitáveis, que na realidade não são. Mesmo no programa UPBancada os comentadores citados (que muito considero) ainda não se sentem à vontade para censurar quem merece ser censurado, e muito: o Governo, e também o PR! Talvez porque para o fazer teriam de assumir uma coisa que ainda não têm como certa, que é viverem num país democrático. Eles ainda pensam que sim, mas têm dúvidas, porque se não as tivessem não receavam desafiar o poder obrigando-os a pronunciarem-se acerca deste clima insuportável de insegurança e corrupção. Fosse qual fosse a resposta, era uma questão de tempo, não tinham coragem para fazer o mesmo papel que fazem os gajos da Federação e da Liga, isto é nada! 

Neste aspecto, temos sido pouco PORTO! Esta postura acanhada lembra-me o medo de certas pessoas quando passam por um cão. Fogem deles mesmo sem terem sido ameaçados. O FCPorto não foi só ameaçado, foi roubado, desrespeitado e humilhado. Portanto justificava-se que atacasse porque foi vigarizado, agredido na sua honra. Passar ao ataque em vez de deixar rolar os acontecimentos. Esta trupe do Benfica vale-se dos cartilheiros, entre os quais pautam advogados, políticos e até juízes, e é isto que os faz sentir poderosos. Mas, não são, não podem ser, porque procedem como marginais! São muitos, mas são "gente" com rotinas de vida que transcende a lei e sem vergonha. Contra esses, não podemos fazer como os que fogem dos cães, mesmo sendo mansos. O FCPorto é um clube limpo! Não é perfeito, nem rico. A sua força tem de ser a coragem e a inteligência, e não tem que respeitar quem tem o poder e que já o devia ter perdido há muito, e ser colocado no local indicado: atrás das grades.     

    

Quem estiver contra Pinto da Costa que se candidate, ou se cale para sempre?!

Acho muita piada quando vejo determinados portistas a censurar outros (portistas) que não estão de acordo com o comportamento recente do presidente e o censuram, como é perfeitamente normal. Se há conduta que não faz sentido é o desses adeptos, que têm uma visão distorcida do que é uma escala de responsabilidades. É como um administrador bancário levar o Banco à falência e o pessoal lançar as culpas aos encarregados da limpeza, não porque tenham provas objectivas para o fazer, mas tão só porque temem enfrentar o patrão. São os chamados lambe botas que assim aprenderam a governar a vida. Esta forma de estar na vida é exactamente igual à que têm com os partidos. Votam porque vá-se lá saber porquê o partido A, ou o partido B, lhes fez qualquer favor (uma cunha, por exemplo). Ponto. 

Sim, porque se lhes perguntarem por que é que votam num, e não votam noutro, não sabem bem como responder. Ou então imitam o palavreado que ouviram do próprio partido, e pouco mais. Para esses, o bom partido e o bom governante é aquele que os "ajuda" a eles, e só a eles.  Vejam como tanto nos andamos a queixar de vermos o nosso clube a ser humilhado, roubado desportiva e financeiramente por outro clube, e a última instituição que se atrevem a criticar depois de testada a incompetência das (instituições) mandatadas é a do poder político (Governo), a que devia ser a primeira.

Mas não. Preferem queixar-se por baixo, dos pasquins de as Bolas, e dos Records, que são facciosos, desonestos, e anti-portistas praticamente desde que existem, e que se estão a borrifar para as nossas opiniões, do que da passividade arrogante dos dirigentes portistas. 

A esses "portistas" não lhes passa pela cabeça que os atletas do clube (de todas as modalidades) se sintam desmoralizados com essa orfandade de liderança, mas exigem deles muita força e garra. Os adeptos fazem o que podem, e tendo em conta os resultados dos últimos anos, até fazem mais do que era expectável.

Depois, para passarem por portistas "superiores", dos que estão dispostos a "morrer" pelo clube, dizem coisas muito engraçadas, mas totalmente descabidas. Afirmam que quem não estiver bem com o actual presidente só tem uma coisa a fazer, candidatar-se a presidente! Isto, é um disparate total. Como se a condição de simples adepto não fosse suficiente para ter direito de opinião. Ou seja, se um adepto quiser elogiar o presidente (este, para já...) tem ordem para o fazer, se fôr para o criticar só tem uma alternativa, que é candidatar-se ao cargo de presidente! Deduz-se desta maneira que quem entender criticar o senhor presidente só pode fazê-lo se não citar o nome dele! Ou seja, de forma indirecta, para não ferir susceptibilidades!

É tão incoerente esta forma de ver as coisas, como inconsequente. Primeiro porque é absurda e um tanto subserviente, e segundo porque enquanto Pinto da Costa não fôr explicitamente convencido pelos sócios a deixar o lugar, ninguém de bom senso se atreverá a candidatar-se à presidência do FCPorto. Quem estiver eventualmente interessado no cargo só o irá fazer quando sentir que os ventos são favoráveis, não agora que muitos adeptos ainda estão meio divididos. E Pinto da Costa serve-se da situação, sabe que ainda tem alguma margem de manobra para repetir a candidatura e vai para a frente, coisa que já não é capaz de fazer no que à defesa do FCPorto respeita. Como quer que seja, nada disto tem a ver com o direito legítimo à crítica de qualquer pessoa. Seja no futebol, na política, ou qualquer outra coisa. Isso nem sequer tem a ver com a Democracia, que é um direito muito mais abrangente e sério. Tem a ver com a Liberdade, e essa, pela parte que me cabe, tive-a sempre, não preciso de passaporte para dizer o que penso.