22 janeiro, 2009

Logo à noite....



Relembro que hoje, pelas 21.30h, terá lugar no Clube Literário do Porto, a quarta reunião da Associação de Cidadãos do Porto, que terá a seguinte agenda:
  • Convite à mobilização para a defesa do Aeroporto
  • Acções de defesa da Gestão Autónoma
  • O impacto do Aeroporto na Região Norte
Inscrições: acdporto@acdporto.org
Clube Literário do Porto: Rua Nova da Alfândega, 22 | 4050-430

António Pedro Vasconcelos, o realizador/actor

Assisti, via Net, à repetição do programa Trio de Ataque da RTPN (N, de Notícias...), e mais uma vez, confirmou-se o que já vem acontecendo há largo tempo: há um menino bonito da casa (subsidiada pelo Estado/RTP), chamado António Pedro Vasconcelos a quem os moderadores têm a rasteira missão de privilegiar os tempos de antena.
Se os leitores se derem ao trabalho (chato) de cronometrar os tempos de audição de cada convidado, percebem, sem dificuldade, que aquele cineasta de consumo interno está, além do clube que representa (o Benfica), também a ser levado ao colo pela comunicação social. Não se distraiam portanto, porque, não são apenas os árbitros as bestas negras do futebol português. A RTP (e não só) faz o resto.
Rui Moreira, cujo carácter admiro, por ter a capacidade de tolerar o intolerável (passe a redundância), já deve ter percebido que, independentemente das eventuais palmadinhas nas costas da RTP e de tratar os seus colegas de debate amavelmente por amigos, não é propriamente a pessoa mais estimada naquele covil de cobras.
O JP Vasconcelos, é das pessoas mais desonestas que conheço, mas também a que melhor o dissimula, talvez por força da sua experiência como realizador de cinema e da tarefa de ensinar os actores a fazer de conta que são personalidades que, na realidade, não são.
No meio daquele ambiente aparentemente cordato, relativizando o papel de cada um de defensor do respectivo clube onde, naturalmente, cada qual puxa a brasa à sua sardinha, sobressai o papel do moderador que, nunca sendo capaz de o ser verdadeiramente, não deixa de desempenhar um excelente papel de ama seca invisível do Benfica.
Reparei, particularmente, num episódio desta raposa moderadora (que não fica nada atrás no sectarismo, de Carlos Daniel), quando "deu" 17 segundos a Rui Moreira para falar, alegando falta de tempo, e quase lhe cortou abruptamente a palavra para a passar imediatamente para a jóia da coroa, JPVasconcelos e deixá-lo falar à vontade ....
Outra atitude, muito pouco moderadora, de Hugo Gilberto, verificou-se, quando Rui Moreira relembrou a "Calabotagem" - facto que irrita notoriamente JPV - e o levou a lançar um daqueles à partes pouco recomendáveis a moderadores sérios dizendo ironicamente: "o Rui Moreira inventou uma nova palavra no léxico do futebol português" ou esta,"o Rui Moreira já lançou aqui algumas alfinetadas". Só ele, Hugo Gilberto, é que não ouviu falar de Calabote, o que, para um jornalista desportivo é um perfeito atestado de ignorância (ou de clubite aguda camuflada).
Mas, o que mais enoja em JPVasconcelos, é aquele hábito cínico - para ser persuasivo -, de elogiar a boa educação e o civismo de Rui Moreira e logo a seguir dizer, quando este lhe fala daquilo que ele não gosta de ouvir: "lá está ele a fazer ruído". Decididamente, esta gente não tem emenda. Não tarda muito, acusa Rui Moreira de ser mal educado por defender as suas ideias. Para esta gente, boa educação é subserviência, é a aceitação silenciosa das suas "verdades".
APVasconcelos, que gosta muito de dar-se ares de paladino da honradez, teve o descaramento de dizer que "se um dia tivesse o Presidente do seu clube, ouvido em escutas, e suspeito de corrupção que pedia imediatamente a sua demissão".
Rui Moreira, esqueceu-se de lhe recordar que há uma denúncia supostamente de investigadores da PJ, entregue na Procuradoria Geral da República sobre Luís Filipe Vieira, que ainda não teve qualquer resposta. Essa denúncia, de funcionários da PJ, é tão credível como as que foram levantadas a Pinto da Costa, partiram de simples suspeitas e muito mal fundamentadas, porque até ao momento a montanha pariu um rato. No entanto, a Procuradoria ainda não deu qualquer explicação sobre o assunto. Por quê? Se não tem credibilidade, porque ainda não o disse publicamente? E seria bom recordar que as acusações de que LFV é alvo, são realmente graves, onde o tráfico de estupefacientes é uma das mais perturbantes.
Sinceramente, tenho uma grande estima por Rui Moreira e acho que é demasiado sério e civilizado para se prestar a um convívio tão pouco elevado. Tenho a ideia de que a sua educação não sobrevive ao cinismo da entourage de um programa subvertido como é aquele. Mesmo dizendo o que é preciso, mesmo sendo pertinente, o "sistema" (que está ali e não noutro lado) abafa-o.
Alguém percebe por que é que o António Pedro Vasconcelos está no meio, entre Rui Moreira e Rui Oliveira e Costa? Alguém percebe, que sendo o FCPorto tri-campeão nacional em título, se dê mais tempo de antena ao Benfica?
O António Pedro Vasconcelos, seguramente percebe. A seriedade feita de encomenda para o Benfica acalmar-lhe-ia a consciência. Com essa, convive ele bem.
PS
Por toda estas pulhices centralistas, só descansarei quando no Porto se criar uma comunicação social francamente regionalista, onde a prioridade seja dada em exclusivo às coisas do Porto e do Norte.
Aqui, garanto-vos, eu fecharia completamente as portas a esta "democracia". Mandava-a de férias. Pelo menos, restava-me a honra de não brincar com a Democracia, a verdadeira. E se o Poder Central não sabe ser democrata, e nos quer fazer crer que é, eu não me daria a esse trabalho, nem à vergonha de mentir ao país.

21 janeiro, 2009

Praça 9 de Abril, mais conhecida por:



JARDIM DE ARCA D'ÁGUA

(Se fosse concebido agora, muito provavelmente, estas árvores não existiam, no seu lugar, estariam arbustos, parecidos com legumes)



Petição

Recomendo aos leitores do RoP preocupados com o tema do Aeroporto Sá Carneiro que assinem a petição online que tem circulado nas últimas semanas. Transcrevo parte de uma mensagem deixada recentemente na caixa de comentários do blogue.

Tem sido poucas, demasiado poucas, as vezes em que os assuntos, os interesses do Norte, assumem dimensão nacional. Este é um assunto que claramente merecia esse relevo.

Espero que sintam que podem assinar esta petição. Se sim, não custa nada, e pode valer muito. Aqui:
http://www.peticao.com.pt/aeroporto-do-porto

Links (JN)

20 janeiro, 2009

Ser portista no Porto é estar de bem com as origens

Não estivesse o país cada vez mais centralizado (que é o mesmo que dizer, dirigido de forma irresponsável), o futebol e toda a clubite que ele encerra, seriam encarados pela opinião pública com outro fair-play. Mais. Num outro contexto, falar da regionalização, podia ser um completo despropósito, quase uma provocação. Mas, como Portugal não foi descentralizado, bem pelo contrário, ambas as coisas (futebol e regionalização), constituem factores de difícil compatibilidade entre si.

Somos um povo altamente despolitizado. A única ocasião em que supomos ter alguma consciência cívica, é quando somos chamados a votar, e mesmo assim, sem grande convicção. A pouca adesão popular que ainda explica alguns votos (cada vez menos) em actos eleitorais, é devida a uma fidelidade subserviente dos elementos dos aparelhos político-partidários, consoante as fases de oposição ou de governo em que os partidos de poder (PS e PSD) se encontrem, que mais não são que uma forma militante de pagar benesses passadas ou futuras.
Esta situação, não reflecte a posição da maioria dos cidadãos, que cada vez se sentem menos atraídos (e com razão) pela actividade política. A politização dos cidadãos passa, essencialmente por um outro grau de exigência e conhecimento, em relação aos eleitos e também por um mais efectivo controlo sobre o seu respectivo desempenho político. O cidadão, não tem esse controlo. A partir da eleição, o eleito, é o único que conserva, efectivamente, o Poder. O eleitor, terá de esperar, pelo menos mais quatro anos por novas eleições para ter, através do voto, uma única ilusão de Poder. Ora, isto, é muito pouco para ser credível, mas é exactamente a isto que muitos persistem, sem pudor, em chamar: Democracia...

Com a aproximação das eleições, os políticos tendem a mostrar sinais (não mais do que isso) daquilo que seria suposto realizarem durante todo o seu mandato (e não realizaram), com obras de fachada, que é a maior prova de hipocrisia que podem dar ao eleitor atento. Fazem-no também no discurso. Alguns, que durante anos a fio conservaram o mais ensurdecedor dos silêncios e o mais exibicionista dos anonimatos em relação à Regionalização, começam agora a sair das tocas e a abordar o tema com o oportunismo político do costume.

A concentração da riqueza num só ponto do país, conduz a um inevitável sentimento de injustiça das populações de outras cidades e regiões que, até então, não teriam razões demasiado graves para se sentirem discriminadas, levando-as agora a reconstituir factos antigos da sua história etnográfica com o desejo de regresso às origens, por não se sentirem devidamente integradas num país fracturado por uma governação salazarenta e centralizada em que não se vêem minimamente representados.
O centralismo, é por definição uma prática política egoísta e sectária e, como tal, tende a ser anti-democrática e desonesta. É por essa razão que arrasta consigo outras consequências, entre as quais se conta a paixão clubística desenquadrada do seu habitat natural. Todos os portuenses, os mais ferrenhos, os mais bairristas, sentem na pele a prepotência deste fenómeno. Os portistas, leixonenses, boavisteiros, e salgueiristas, sentem melhor a cidade/região e, como tal, sentem mais a discriminação, do que aqueles outros que, absurdamente, sendo daqui, são adeptos dos clubes da capital.
Os outros (benfiquistas e sportinguistas), estão e estarão sempre deslocados do binómio clube/cidade, porque defendendo clubes cuja identidade nada tem a ver com a terra em que nasceram, logicamente, não seriam os interlocutores mais fiáveis para a defender. Quer queiram ou não, encontrariam sempre um ponto de não retorno (e de contradição) no dia em que assumissem a defesa da cidade do Porto.
Os benfiquistas do Porto odeiam tanto Pinto da Costa como os de Lisboa. Odeiam-no, não pelos rótulos de malfeitor que lhe tentam colar, mas porque sabem que é forte e competente, que é um ganhador, e temem-no. Não é por acaso que quase todos os partidos políticos já tentaram (sem sucesso) recrutá-lo para conquistar a Câmara do Porto, mas teria sérias dúvidas que dessa provável vitória contassem muitos votos de benfiquistas do Porto. Os benfiquistas do Porto estão-se a marimbar para a cidade do Porto se o sucesso económico e social da cidade tiver de conviver com o sucesso do Futebol Clube do Porto.
Os portistas, fundem-se naturalmente com cidade do Porto. Os outros, nem por isso.
Nota:
Imagino que alguns estejam a pensar que me esqueci do crescente número de adeptos portistas em Lisboa e noutras regiões do país, mas não é assim. De facto, houve um assinalável fluxo de imigração, nestes últimos anos, de portuenses para a capital e, em muito menor número, da capital para o Porto. Os motivos podem ter a ver com o empobrecimento do Norte. O facto, não altera em nada o que acima escrevi.

PortoGaia - Alimentar o debate



No JPN

"Fusão entre Porto e Gaia: Oportunidade para uns, ideia sem futuro para outros"

Ideia surgiu em 1999, mas ainda não foi além do mero debate entre cidadãos. Historiador Germano Silva diz que "todas as condições naturais, históricas e tradicionais apontam" para a união das duas cidades.

19 janeiro, 2009

Serra do Pilar

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Não é possível! Rui Rio, é um homem cumpridor...

Rui Sá exige de Rio habitação prometida(JN)
O vereador comunista Rui Sá exige do presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, a habitação social prometida para Campanhã e a requalificação de uma zona que considera ser "um péssimo cartão de visita" para a cidade.
No âmbito de uma deslocação da CDU à freguesia, o vereador reclamou a construção do complexo de 30 habitações sociais na zona da Noeda, projecto apresentado em Março de 2004 e que, critica Rui Sá, deveria ter sido concretizado no ano seguinte. Por isso, na reunião de Câmara, amanhã, vai questionar por que motivo o processo está parado.
As habitações, destinadas preferencialmente a moradores desalojados devido à construção do interface de Campanhã, baseava-se, recorda o autarca, num projecto "integralmente pago pelo Município", com cerca de 200 mil euros". E "fazia parte de uma intervenção mais alargada para requalificar uma zona que "constitui porta de entrada e de saída diária para milhares de pessoas".
Com "esta actuação", lamenta Rui Sá, o presidente da Câmara está não só a "impedir" a construção de mais habitação social e a requalificação da zona, como também o uso de verbas disponibilizadas pela REFER no âmbito de um protocolo com a Câmara e a Metro. Caberia à REFER construir as habitações e à Câmara os arruamentos de acesso, recorda. E a primeira "disponibilizava 500 mil euros para reabilitação de edifícios da Rua do Freixo".
"O plano tem um terreno municipal, tem um projecto concluído e pago, e financiamento da REFER", enumerou Rui Sá, ao JN, lamentando uma atitude que considera estar "relacionada com a ideia peregrina de Rui Rio de que não é preciso mais habitação social no Porto" quando "milhares de portuenses" vivem em más condições. Quanto ao tipo de construção, nota que pode ser uma "habitação social de pequena dimensão, de qualidade e misturada no tecido urbano", em vez dos tradicionais bairros. Além disso, acusa o autarca, "não há da parte de Rui Rio uma visão estratégica que lhe permita ver que uma das principais portas de entrada na cidade, em Campanhã, é um péssimo cartão de visita" em termos de zona envolvente.
Rui Sá aproveita para recordar a promessa de 40 habitações nas Virtudes, "num terreno agora cedido à IMOLOC, no âmbito do acordo do Parque da Cidade".

Quem tem medo do Lobo Mau?

Aeroporto do Porto cresce 14% em 2008


A Portela cresceu  1,6% e Faro caiu -0,4%. Em Dezembro apenas o Porto cresceu (4%), havendo uma queda de -0,5% em Lisboa e 7,1% em Faro.

já agora, o Turismo Porto é um novo blogue dedicado à temática do turismo na Região Norte.



18 janeiro, 2009

O único autarca trasmontano com lucidez e vistas largas

"Neste debate assumiu-se a defesa da manutenção da Linha do Tua, mas também a sua reactivação entre Mirandela e Bragança, com prolongamento para Puebla de Sanábria (Espanha), que vai ficar com uma paragem do TGV. "Devíamos pensar em termos de sustentabilidade, no que é melhor para a região", sublinhou Silvano, explicando que a construção de caminhos-de-ferro custa, em média, 125 mil euros por quilómetro, um terço do valor da construção de uma auto-estrada. Silvano sustenta que, em termos de desenvolvimento, a reclamada ligação férrea poderia ser mais útil do que a própria auto-estrada."

in Público

José Silvano é talvez o único político trasmontano com lucidez, vistas largas e não vendido aos interesses do betão, da valorização bolsista da lisboeta EDP e do centralismo. Esta ideia de levar este verdadeiro eixo longitudinal de Trás-Os-Montes ao TGV, que eu também já defendi, devia ser encarado por todos os responsáveis da Região como um imperativo categórico.

À descoberta do Porto

Onde ficava Portucale?

O assunto é velho mas continua a ter actualidade: onde ficava Potucale, a civitas que deu origem ao Porto; na margem direita ou na margem esquerda do Douro?

Ou será que havia duas civitas com o mesmo nome, uma em cada lado do rio?

António Sousa Machado defende esta hipótese. Na sua obra "As origens da cidade do Porto - o problema de Portucale" refere que havia "os dois Cales, um de cada lado, que iam exercendo a missão de embarcadouros ou pontos de passagem..."

É pois mais que provável que tenha existido, na margem esquerda, uma povoação designada como "Portucale Castrum antiquum" e que os romanos, ao chegarem à margem do Douro, tenham uma fortificação, do lado direito do rio, que passou a ser conhecida por "Portucale Castrum Nuovo".

Esta segunda povoação é que viria a ser o embrião da grande metrópole que é hoje o Porto.

O investigador portuense Mendes Correia, é da opinião que Portucale nasceu de Cale "como uma derivação para as actividades da beira rio".

As origens do Porto tem sido um dos temas mais estudados entre nós. Não obstante e, apesar do muito que já se escreveu sobre este tema, conhece-se ainda muito pouco sobre Cale e Portucale. Mas do pouco que se sabe, tudo leva a crer que nas duas margens do Douro haveria, desde os tempos dos suevos, dois desembarcadouros, ou seja, duas Cales, designação a que os romanos acrescentaram a palavra portus com o significado de entrada, isto é, porto de entrada. Daí o aparecimento de Portucale ou Portuscale como, por vezes, também aparece escrito, como ponto de embarque e desembarque nas duas margens do rio Douro.

Ora, é a partir de um destes Portucale que surgirá a grande metrópole que é o Porto dos nossos dias e com uma certeza: a de que aos primitivos habitantes desse sítio nem lhes terá passado pela cabeça que seriam os fundadores de uma cidade cujo nome daria origem ao nome da própria nação.

Tudo leva a crer, de facto, que foi a partir do Portucale situado a Norte, ou seja na margem direita do Douro que nasceria o Porto. O que faz todo o sentido.

Todos sabemos que a cidade se fez, em grande parte, através do rio, isto é, que se desenvolveu economicamente graças ao intenso tráfego marítimo que desde recuados tempos se resgistou no Douro. Mesmo antes do rio ser navegável na maior parte do seu longo curso, de ser via de comunicação que permitisse o acesso às terras do interior onde havia produtos à espera de rápido e seguro escoamento, já era um porto relativamente seguro muito procurado por barcos de várias procedências que ali se refugiavam de tempestades e faziam aguada.

Os navios de longas distâncias que andavam no comércio e sulcavam as águas do Atlântico, junto da costa portuguesa, precisavam, por vezes, de se abrigarem, mormente durante a noite, em sítios seguros e o porto natural do rio Douro oferecia-lhes essa segurança, além de que ainda lhes dava a possibilidade de se abastecerem de água e de mantimentos e de fazerem os reparos que fossem necessários. Por tudo isso, o Douro representava para o Porto, não apenas a entrada na velha Galécia, mas também a única via de comunicação com o interior da riquíssima região de Riba Douro de onde vinham o estanho, o cobre e os apreciados vinhos que ali se produziam.

Durante o domínio romano o topónimo Portucale estaria localizado na zona ribeirinha, subjacente ao velho castro, junto da foz do rio da Vila, de onde partia a estrada para Braga. Um local muito importante se tivermos em conta que era por estes sítios que se cruzavam duas grandes e importantes vias de comunicação: a estrada terrestre, que ia praticamente de Lisboa até Braga e outras povoações do Norte; e a estrada fluvial, digamos assim, que ligava o interior da Península com o mar.

Normalmente aponta-se o sítio da Penaventosa, ao redor da catedral, como tendo sido aí que terá surgido o primitivo núcleo de onde evoluiu a cidade que hoje conhecemos. Mas essa teoria não está, nem cientifica nem documentalmente comprovada. A povoação que aí se constituiu, rodeada de altos muros defensivos, foi para servir de refúgio e de protecção à população ribeirinha, em caso de invasões inimigas.

O já citado Sousa Machado admite que o tal castro que os romanos ergueram, nas margens do Douro, para vigiar os povos da área " e que pudesse constituir a base para o assalto da região ao norte do Douro..." tenha sido erguido, como estratégia de defesa, nesta zona sobranceira ao rio.

Com a chegada dos bárbaros à Península, no século V, toda a organização romana foi desmantelada. A invasão dos suevos, vândalos e alanos, deu-se no ano 411. Não se pode dizer que fossem muitos mas foram os suficientes para desmantelar e substituir a civilização romana já então em franca decadência.

Os suevos formaram então um reino a que deram como capital a cidade de Braga, mas a encruzilhada do Porto continuou a ser importante para o desenvolvimento de toda a região. O domínio dos suevos nestas paragens terminou em 585 ano em que o reino suevo passou para o domínio visigodo.

Esta fase foi também muito importante para o Porto uma vez que vários reis visigodos chegaram a cunhar moeda no Porto.

Germano Silva/JN
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Great Waterfronts of the World

Menção honrosa para o Porto na categoria "Best Waterfront Cities" e a Ribeira com um 9º lugar na "Best Waterfront Places" num ranking do Project for Public Spaces

"Perhaps the best of many great waterfronts destinations of Portuguese origin around the world, the Ribeira District is simple and compact yet supports a wide variety of activity. Set in an historic district, much of the public area has been redesigned with contemporary materials and amenities. The new design features are very attractive, functional, and in no way ostentatious, serving as a sort of flexible platform for activities and supporting a range of gathering options for groups. Children play, tourists drink port in cafes, elderly friends talk and stroll. Automobiles pass through on a narrow channel with a low curb, so that drivers move through the space with less priority than pedestrians."

Qual seria a posição com as duas marginais recuperadas na totalidade? A vivência humana dos espaços é um critério fundamental no ranking.