Vamos lá ver se me faço entender, sem gerar polémicas. Haverá alguém, idóneo, e comedido, que acredite que os slogans ganham campeonatos de per si? Ajudar, ajuda, é verdade, mas não chega. Esta, talvez seja a época da história do Futebol Clube do Porto que obteve mais intenso, e mais incessante apoio dos adeptos. Mas, não é certo que os adeptos possam ganhar campeonatos apenas com a sua presença... Gostava de acreditar nisso, mas se acontecer, talvez seja melhor não abusar dessa hipotética possibilidade.
Quando um clube [como é o caso do FCPorto dos últimos, 10/11 anos], anda a competir com clubes protegidos pelos organismos desportivos (não é só no futebol), violando a lei, com a cumplicidade da comunicação social, e do próprio governo, e, como se isso não bastasse, tem um presidente desgastado e ocioso, rodeado de dirigentes acomodados, os slogans nada resolvem. É sempre melhor contar com o apoio dos adeptos que não ter nenhum, mas isolados os "gritos de guerra" não passam de adereços inocentes.
É alicerçado nessa convicção que já não sinto a mesma simbiose, a mesma objectividade, com as palavras de ordem do tipo "contra tudo e contra todos". Nesse "todos", entre os que nos maltratam e desconsideram, talvez devêssemos incluir alguns protagonistas que deviam estar do nosso lado na defesa do clube, e não estão. Não é fechados nos seus gabinetes, sem se dignarem dar satisfações aos sócios sobre as causas de tanta passividade que se dirige um clube. Aos sócios, porque pagam cotas, mas também aos adeptos em geral. O Porto Canal pede constantemente o nosso apoio e a retribuição que temos dos dirigentes do FCPorto é o silêncio? Quem é que pensam que são? Proprietários do clube?
Não pretendo confundir o tipo e a dimensão dos danos causados pelos nossos adversários com as desconsiderações do sr. presidente Pinto da Costa e da SAD, mas essas desconsiderações também não deixam de provocar danos. Estou cansado de ler na blogosfera portista, e aqui no Renovar o Porto, todo o tipo de queixas contra o Presidente e SAD, umas mais directas, outras nem tanto, mas não posso deixar de lhes dar razão. Referindo-me concretamente aos sócios, dou-lhes razão porque a têm, mas discordo da reacção. Ou seja, no que planeiam fazer para resolver este grande problema chamado Pinto da Costa. Fica-me sempre a ideia de que estão à espera que outros façam o que compete a si mesmos. Não digo que o façam agora, porque o momento é critico, mas no futuro próximo, mesmo que vençamos o campeonato em curso.
Não pretendo confundir o tipo e a dimensão dos danos causados pelos nossos adversários com as desconsiderações do sr. presidente Pinto da Costa e da SAD, mas essas desconsiderações também não deixam de provocar danos. Estou cansado de ler na blogosfera portista, e aqui no Renovar o Porto, todo o tipo de queixas contra o Presidente e SAD, umas mais directas, outras nem tanto, mas não posso deixar de lhes dar razão. Referindo-me concretamente aos sócios, dou-lhes razão porque a têm, mas discordo da reacção. Ou seja, no que planeiam fazer para resolver este grande problema chamado Pinto da Costa. Fica-me sempre a ideia de que estão à espera que outros façam o que compete a si mesmos. Não digo que o façam agora, porque o momento é critico, mas no futuro próximo, mesmo que vençamos o campeonato em curso.
Quando as coisas correm mal, não gosto que as críticas se virem logo para o treinador e para os jogadores, sobretudo quando ainda não houve tempo para as equipas se adaptarem ao treinador e às características dos próprios colegas. Há momentos que eu próprio não resisto a fazê-las a jogadores com "boa imprensa", às vezes prematuramente elogiados, como é o caso de Brahimi, com potencial, mas muito individualista e de rendimento discutível, mas faço-o sempre no sentido de influenciar para o tornar um jogador mais completo. Só isso.
E se não gosto de criticar as equipas nesses momentos, se como portista sinto a orfandade da liderança do FCPorto e os efeitos consequentes, também tenho de compreender que o estado de espírito dos jogadores e das equipas técnicas não seja o melhor. Eles sentem na pele a mesma sensação de orfandade, eles têm a mesma noção de vulnerabilidade que têm os portistas e ficam desmoralizados.
Os jogadores são humanos, como nós, alguns são portistas como nós, não são robôs a quem tenhamos de exigir outras competências, que não seja jogar. Defender o clube de crimes, de injúrias pessoais, de dolos desportivos, físicos e económicos, não é aos atletas que compete, por isso, é uma tremenda injustiça concentrar nestes a frustração pelos maus resultados desportivos.
À excepção do Hóquei em Patins, todas as modalidades têm acusado o toque da falta de liderança, e passam notoriamente por uma crise de auto-confiança. Isto mais não é que o reflexo do silêncio de quem já devia ter feito ouvir a voz na defesa do FCPorto às mais altas entidades, sem perder tempo com a Federação e a Liga. Devia exigir a demissão imediata do Secretário de Estado do Desporto! Quando leio o conformismo de determinados adeptos, dizendo coisas como: "não vale a pena", "isto não vai dar em nada", por mais razões que tenham para falar assim, porque o país está de facto irrespirável, pergunto-me se é baixando os braços à adversidade, não lutando "contra tudo e contra todos", como exigem dos jogadores, que dão bons exemplos de lutadores.
Não devemos temer os políticos porque eles precisam de votos para sobreviverem, não pensem que os votos do eleitorado benfiquista lhes chega. A nossa arma é a razão. O Governo está a trair-nos, não há nenhuma razão para travar a nossa indignação. Eles não merecem o lugar onde estão, não têm elevação ética para tanto.
Por que é que não nos unimos e ameaçamos esta gente de boicotar as próximas eleições? O que está a acontecer dar-nos-á motivos para confiarmos nos políticos que temos e deixá-los anarquisar o país? E que país? Lisboa não é o país. Estaremos dispostos a dar palco aos Bagões Felix desta vida? Aos Sócrates, aos Duartes Limas, e a esse imenso exército de corruptos associado ao Benfica? O protesto veemente é a única arma democrática que ainda temos, mas é preciso ter a coragem de a usar. Nós estamos a ser tratados como animais, e nem os animais merecem o desprezo que nos reservam.
Psicologicamente o FCPorto não está na melhor forma. O clube, os adeptos e os atletas. Se alguém ousar contrariar essa realidade e os efeitos secundários que uma liderança fraca causam numa empresa, num governo, ou num clube de futebol, pode sempre ter a certeza que nunca terá um líder.
E se não gosto de criticar as equipas nesses momentos, se como portista sinto a orfandade da liderança do FCPorto e os efeitos consequentes, também tenho de compreender que o estado de espírito dos jogadores e das equipas técnicas não seja o melhor. Eles sentem na pele a mesma sensação de orfandade, eles têm a mesma noção de vulnerabilidade que têm os portistas e ficam desmoralizados.
Os jogadores são humanos, como nós, alguns são portistas como nós, não são robôs a quem tenhamos de exigir outras competências, que não seja jogar. Defender o clube de crimes, de injúrias pessoais, de dolos desportivos, físicos e económicos, não é aos atletas que compete, por isso, é uma tremenda injustiça concentrar nestes a frustração pelos maus resultados desportivos.
À excepção do Hóquei em Patins, todas as modalidades têm acusado o toque da falta de liderança, e passam notoriamente por uma crise de auto-confiança. Isto mais não é que o reflexo do silêncio de quem já devia ter feito ouvir a voz na defesa do FCPorto às mais altas entidades, sem perder tempo com a Federação e a Liga. Devia exigir a demissão imediata do Secretário de Estado do Desporto! Quando leio o conformismo de determinados adeptos, dizendo coisas como: "não vale a pena", "isto não vai dar em nada", por mais razões que tenham para falar assim, porque o país está de facto irrespirável, pergunto-me se é baixando os braços à adversidade, não lutando "contra tudo e contra todos", como exigem dos jogadores, que dão bons exemplos de lutadores.
Não devemos temer os políticos porque eles precisam de votos para sobreviverem, não pensem que os votos do eleitorado benfiquista lhes chega. A nossa arma é a razão. O Governo está a trair-nos, não há nenhuma razão para travar a nossa indignação. Eles não merecem o lugar onde estão, não têm elevação ética para tanto.
Por que é que não nos unimos e ameaçamos esta gente de boicotar as próximas eleições? O que está a acontecer dar-nos-á motivos para confiarmos nos políticos que temos e deixá-los anarquisar o país? E que país? Lisboa não é o país. Estaremos dispostos a dar palco aos Bagões Felix desta vida? Aos Sócrates, aos Duartes Limas, e a esse imenso exército de corruptos associado ao Benfica? O protesto veemente é a única arma democrática que ainda temos, mas é preciso ter a coragem de a usar. Nós estamos a ser tratados como animais, e nem os animais merecem o desprezo que nos reservam.
Psicologicamente o FCPorto não está na melhor forma. O clube, os adeptos e os atletas. Se alguém ousar contrariar essa realidade e os efeitos secundários que uma liderança fraca causam numa empresa, num governo, ou num clube de futebol, pode sempre ter a certeza que nunca terá um líder.