21 abril, 2018

Alma que não vem de cima, é alma fraca


Vamos lá ver se me faço entender, sem gerar polémicas. Haverá alguém, idóneo, e comedido, que acredite que os slogans ganham campeonatos de per si? Ajudar, ajuda, é verdade, mas não chega. Esta, talvez seja a época da história do Futebol Clube do Porto que obteve mais intenso, e mais incessante apoio dos adeptos. Mas, não é certo que os adeptos possam ganhar  campeonatos apenas com a sua presença... Gostava de acreditar nisso, mas se acontecer, talvez seja melhor não abusar dessa hipotética possibilidade. 

Quando um clube [como é o caso do FCPorto dos últimos, 10/11 anos], anda a competir com clubes protegidos pelos organismos desportivos (não é só no futebol), violando a lei, com a cumplicidade da comunicação social, e do próprio governo, e, como se isso não bastasse, tem um presidente desgastado e ocioso, rodeado de dirigentes acomodados, os slogans nada resolvem. É sempre melhor contar com o apoio dos adeptos que não ter nenhum,  mas isolados os "gritos de guerra" não passam de adereços inocentes. 

É alicerçado nessa convicção que já não sinto a mesma simbiose, a mesma objectividade, com as palavras de ordem do tipo "contra tudo e contra todos". Nesse "todos", entre os que nos maltratam e desconsideram, talvez devêssemos incluir alguns protagonistas que deviam estar do nosso lado na defesa do clube, e não estão.  Não é  fechados nos seus gabinetes, sem se dignarem dar satisfações aos sócios sobre as causas de tanta passividade que se dirige um clube. Aos sócios, porque pagam cotas, mas também aos adeptos em geral. O Porto Canal pede constantemente o nosso apoio e a retribuição que temos dos dirigentes do FCPorto é o silêncio? Quem é que pensam que são? Proprietários do clube?

Não pretendo confundir o tipo e a dimensão dos danos causados pelos nossos adversários com as desconsiderações do sr. presidente Pinto da Costa e da SAD, mas essas desconsiderações também não deixam de provocar danos. Estou cansado de ler na blogosfera portista, e aqui no Renovar o Porto, todo o tipo de queixas contra o Presidente e SAD, umas mais directas, outras nem tanto, mas não posso deixar de lhes dar  razão. Referindo-me concretamente aos sócios, dou-lhes razão porque a têm, mas discordo da reacção. Ou seja, no que planeiam fazer para resolver este grande problema chamado Pinto da Costa. Fica-me sempre a ideia de que estão à espera que outros façam o que compete a si mesmos. Não digo que o façam agora, porque o momento é critico, mas no futuro próximo, mesmo que vençamos o campeonato em curso.

Quando as coisas correm mal, não gosto que as críticas se virem logo para o treinador e para os jogadores, sobretudo quando ainda não houve tempo para as equipas se adaptarem ao treinador e às características dos próprios colegas. Há momentos que eu próprio não resisto a fazê-las a jogadores com "boa imprensa", às vezes prematuramente elogiados, como é o caso de Brahimi, com potencial, mas muito individualista e de rendimento discutível, mas faço-o sempre  no sentido de influenciar para o tornar um jogador mais completo. Só isso.

E se não gosto de criticar as equipas  nesses momentos, se como portista sinto a orfandade da liderança do FCPorto e os efeitos consequentes, também tenho de compreender que o estado de espírito dos jogadores e das equipas técnicas não seja o melhor. Eles sentem na pele a mesma sensação de orfandade, eles têm a mesma noção de vulnerabilidade que têm os portistas e ficam desmoralizados.

Os jogadores são humanos, como nós, alguns são portistas como nós, não são robôs a quem tenhamos de exigir outras competências, que não seja jogar. Defender o clube de crimes, de injúrias pessoais, de dolos desportivos, físicos e económicos, não é aos atletas que compete, por isso, é uma tremenda injustiça concentrar nestes a frustração pelos maus resultados desportivos.

À excepção do Hóquei em Patins, todas as modalidades têm acusado o toque da falta de liderança, e passam notoriamente por uma crise de auto-confiança. Isto mais não é que o reflexo do silêncio de quem já devia ter feito ouvir a voz na defesa do FCPorto às mais altas entidades, sem perder tempo com a Federação e a Liga. Devia exigir a demissão imediata do Secretário de Estado do Desporto! Quando leio o conformismo de determinados adeptos, dizendo coisas como: "não vale a pena", "isto não vai dar em nada", por mais razões que tenham para falar assim, porque o país está de facto irrespirável, pergunto-me se é baixando os braços à adversidade, não lutando "contra tudo e contra todos", como exigem dos jogadores, que dão bons exemplos de lutadores.

Não devemos temer os políticos porque eles precisam de votos para sobreviverem, não pensem que os votos do eleitorado benfiquista lhes chega. A nossa arma é a razão. O Governo está a trair-nos, não há nenhuma razão para travar a nossa indignação. Eles não merecem o lugar onde estão, não têm elevação ética para tanto.

Por que é que não nos unimos e  ameaçamos esta gente de boicotar as próximas eleições? O que está a acontecer dar-nos-á motivos para confiarmos nos políticos que temos e deixá-los anarquisar  o país? E que país? Lisboa não é o país. Estaremos dispostos a dar palco aos Bagões Felix desta vida? Aos Sócrates, aos Duartes Limas, e a esse imenso exército de corruptos associado ao Benfica? O protesto veemente é a única arma democrática que ainda temos, mas é preciso ter a coragem de a usar. Nós estamos a ser tratados como animais, e nem os animais merecem o desprezo que nos reservam.

Psicologicamente o FCPorto não está na melhor forma. O clube, os adeptos e os atletas. Se alguém ousar contrariar essa realidade e os efeitos secundários que uma liderança fraca causam  numa empresa, num governo, ou num clube de futebol, pode sempre ter a certeza que nunca terá um líder.
  

Estará para a quando o dia de vermos os media centralistas a corar de vergonha?..




... à excepção de "O JOGO"?

19 abril, 2018

Taça perdida, campeonato imperdível!



Uma vez mais, a sorte foi madrasta para o FCPorto. É mais difícil que a sorte proteja os audazes quando a audácia morreu com a fraca liderança do presidente. Desta feita, não podemos queixar-nos da falta de eficácia nos pénalties porque só uma grande penalidade é que não entrou na baliza do Sporting. O azarado foi Marcano, um jogador que Sérgio Conceição fez evoluir, mas que nos últimos jogos tem andado algo inconstante e nervoso. Já no jogo com o Benfica, no Dragão, foi ele quem deixou a bola à mercê de um adversário, por tê-la despachado mal, e que só não entrou devido a uma boa defesa do Casillas. Acontece aos melhores, mas nestes jogos podem comprometer toda uma época.


Discordo que se atribua apenas à contenção ofensiva do FCporto na segunda parte, o desfecho do jogo, quando faltavam poucos minutos para terminar o tempo regulamentar e o mesmo azarado Marcano voltou a afastar mal a bola, deixando-a à mercê de Coates que, num chuto feliz, fez o empate. A malapata de um, pode comprometer o empenho de outros e benifíciar os adversários. Foi o que aconteceu.  Neste momento, acho que o que falta também ao plantel é apurar a eficiência dos remates, tanto na oportunidade como na técnica, e intensificar os padrões de confiança. 

Aboubakar, depois de reabilitado da última lesão, tem sido utilizado regularmente sem contudo mostrar grandes progressos de forma. Talvez por isso, me intrigue a opção de SC não ter dado mais oportunidades ao Gonçalo Paciência, um jogador que curiosamente já tinha marcado ao Sporting quando ainda jogava no V. de Setúbal. Aceita-se que o treinador prefira optar pelos jogadores mais entrosados com este estilo de jogo, mas isso não explica tudo, e perde alguma coerência quando os titulares habituais estão lesionados ou em fase de recuperação. Afinal, são todos jogadores de mesma modalidade, a não ser que nos treinos não tenham revelado a adaptação necessária ao sistema de jogo do treinador.

De qualquer modo, não foi por falta de empenho que o FCPorto não se apurou para a final da Taça. É preciso nunca esquecer que o FCPorto, independentemente da qualidade do plantel, continua a ser discriminado pela pouca vergonha do regime. Por isso, acho muito bem que os portistas continuem a dar-lhes todo o apoio, ao contrário do senhor Pinto da Costa que só aparece quando a maré está mansa. Assim, qualquer um é presidente. 

18 abril, 2018

Tudo é política, burro!

Resultado de imagem para Joaõ Paulo Rebelo
Cara de sonso, alma de cartilhado

Para um chico-esperto, do estilo João Paulo Rebêlo [e de outros como ele], o prestígio não está no carácter, está nas vigarices que conduzem ao poder. Este homito, este bébé-chorão, que nunca se fará adulto, a quem nem o cachorro confiava (se o tivesse), já devia ter sido demitido há muito. O problema é que o 1º Ministro não é melhor que ele, portanto, nunca irá demití-lo. 

Sinto-me à vontade, porque são eles que reforçam a liberdade de os tratar como merecem, com o aval que resulta das suas próprias atitudes. Eles sabem perfeitamente que estão a ser desonestos, que estão a ser sectários com cidadãos do mesmo país, sabem que estão a praticar uma espécie de racismo clubista. Sabem, e provam-no, quando, ao contrário do que tem sido habitual, desta vez não tiveram a lata de ir para os camarotes do Benfica, cheios de sorrizinhos cínicos e cúmplices. O que não querem é comprometer-se, arriscarem-se a perder aqueles votos preciosos de cidadãos exemplares, como são os votos vermelhos, com grande vocação para o crime. 

Assim se constata que, na realidade, não temos Governo, temos um conjunto de indivíduos de índole e capacidade duvidosa, a ocupar lugares que só deviam estar reservados a gente idónea, e competente. Em Portugal, os Governos não passam de grupos de militantes políticos embuídos de uma única ambição: subir na vida, e enriquecer depressa, à custa da política.  Se o que o 1º, Ministro está fazer com os portuenses não é racismo clubista e regional, pergunta-se:  seria ele capaz de ficar caladinho, e indiferente, se alguém ousasse descriminá-lo pela sua côr da pele?  

Adorava que os portuenses promovessem uma manifestação gigante de Mar Azul apelando ao boicote eleitoral. Iam ver como de repente esta gentinha olhava para nós com o respeitinho que só a perda de votos  provoca... 

16 abril, 2018

A alma que os adeptos deram à equipa do FCPorto




Victória da determinação sobre a arrogância. Ainda nada está decidido, um vigarista, é sempre um vigarista, portanto nada de euforias prematuras. Até porque, já sabemos que estamos a lidar, não com um vigarista, mas com uma organização gigantesca de vigaristas, protegida pelo regime. São factos, e quem quiser desmentir-me, seja lá quem fôr, desde o 1º ministro, até ao Presidente da República, que o faça à vontade, porque terá muitas dificuldades em provar-me o contrário.

Os próximos jogos têm de ser encarados pelos jogadores como se fosse uma final. Sem ansiedade, que só prejudica os objectivos, mas com muita determinação e inteligência. Já falta pouco, mas é preciso jogarmos muito concentrados e evitar cometer faltas que possam dar oportunidades aos árbitros cartilhados de "fazer as coisas pelo outro lado". Jogar durinho sim, não os deixar respirar, mas limpinho. Foi com a batotice de alguns árbitros que o Benfica conseguiu manter-se no grupo da frente,  e vai ser assim que vão tentar recuperar nas próximas jornadas, contra nós e a  favor dos vermelhos. 

Herrera pode não ser muito assertivo, mas é de facto um jogador que deixa tudo em campo. Tomara eu que Brahimi tivesse o mesmo espírito colectivo e soubesse aceitar as suas próprias limitações... Não me fascina nada a sua tendência egocentrica, se em vez de querer fazer tudo sozinho, soubesse endossar rapidamente o esférico aos colegas melhor posicionados. A sua teimosia, ao contrário do que alguns defendem, causa-nos mais embaraços que benefícios, porque, se contabilizarmos os prós e os contras, concluiremos que tudo acaba com a entrega da bola aos adversários, dando-lhes muitas oportunidades para contra atacarem. Já sei que não é consensual, mas às vezes fico com a impressão que o FCPorto joga com menos um jogador. Bloqueia muitas vezes a velocidade das jogadas dos colegas, em vez de a aproveitar para abordar a grande-área adversária com objectividade. Podia conquistar muitas grandes penalidades se não tivesse aquela tentação de travar, e ziguezaguear entre os adversários até cair e lhes entregar o jogo.

Fiquei surpreendido pela positiva com a boa forma de Marega, atendendo à sua ainda prematura recuperação física, o que pode significar a restauração do trio arrasador Aboubakar/Tiquinho/Marega para os tempos que se avizinham.

Cuidado, caldos de galinha, e muita concentração, são o remédio para atingirmos a meta final. A vontade está lá, e não vai mais faltar. Se os recentes desaires não foram mais do que a velha estratégia de dar um passo atrás para dar dois à frente, tudo bem, agora só contam as victórias.

Força Porto!