Há uma história que nunca foi contada pelos seus protagonistas e que provavelmente ficará encoberta para sempre. Quando Scolari chegou a Portugal como seleccionador nacional, alguém lhe dever ter dito que, como estrangeiro, arriscava-se a encontrar muita má vontade por parte dos adeptos e da comunicação social lisboeta. Esta era uma situação que não convinha nem à FPF nem ao seu presidente, pois este seria posto em causa se ocorresse uma situação de antagonismo contra a sua escolha para o cargo de seleccionador.
Embora sem provas, não tenho qualquer dúvida de que um plano foi preparado, consistindo em fazer com que Scolari atacasse repetidamente o Norte e o seu lídimo representante FCPorto. Assim, segundo os mentores do plano, Scolari conquistaria a boa vontade e até o entusiasmo de importante fatia de portugueses, constituída por todos os sulistas anti-FCP e ainda por muitos nortenhos - adeptos ou não do FCP - suficientemente símples de espirito para não entenderem o que estava em jogo. Aliás o plano serviria para matar dois coelhos com uma só cajadada. Ao mesmo tempo que se procurava a aceitação popular e jornalística do novo seleccionador, tentava-se menorizar a posição do FCP e seus atletas no contexto do futebol nacional, e adicionalmente chateava-se os "gajos do Norte".
O plano foi executado e resultou. Daí as várias peripécias, que foram desde afirmações descabidas do Sr.Scolari até ao boicote de Vitor Baía e da tentativa de não utilização dos jogadores convocados do FCP, e à ostracização de todo o Norte.
Tudo isto pertence ao passado, e finalmente o Sr.Scolari levou a sua detestável figura para outras paragens. Mas, mais semana menos semana, haverá novo seleccionador, provavelmente estrangeiro. Pergunto-me se irá ser lançada uma segunda edição da Operação anti-Norte/FCP. Em caso afirmativo devemos nós, aqui no Norte e no Porto e sobretudo no FCP, aceitá-la passivamente ou deveremos defender-nos? Sei que esta é uma luta dificil: a Federação está em Lisboa e sobretudo os financiadores da selecção também lá estão. Mas deveremos nós aceitar que nos menorizem sem esboçar defesa? Em minha opinião, NUNCA!
28 junho, 2008
27 junho, 2008
Era uma vez...
Assim começavam as histórias de fadas da minha infância, e assim vai começar este post embora não seja uma história de fadas, antes uma história de gente malvada, daquelas que assustam as criancinhas.
Era uma vez um país em que se vivia sem os tiques centralistas que conhecemos hoje, que aos poucos vão minando a chamada coesão nacional. Havia uma selecção nacional de futebol que era de tal modo querida da generalidade da população, que um jornalista chamado Ricardo Ornelas a apelidou de "clube de todos nós", mas que hoje em dia já não o é. Havia também um clube chamado Futebol Club do Porto que era constituído por gente simpática que não atrapalhava os arranjinhos do trio de clubes lisboetas conhecido por B-S-B (já havia então um ligeiro centralismo) que rodavam entre si o cargo de presidente da Federação Portuguesa de Futebol. Essa rapaziada do FCP perdia quase sempre nas deslocações ao sul (entravam a perder, dizia o Pedroto, logo que atravessavam a ponte sobre o Douro) e por isso mesmo a imprensa lisboeta, sempre dominadora, considerava-os "bons rapazes". Se por acaso ameaçavam ganhar um campeonato, o trio tratava de procurar dar um jeito com a colaboração de um árbitro amigo.
Passaram anos, surgiu um Pedroto, surgiu um Pinto da Costa, e o panorama mudou radicalmente. O "clube de província" começou a ter a ousadia de ser melhor que os outros, começou a ganhar campeonato atrás de campeonato, e taças nas provas europeias, passando a ser o clube português mais conhecido e prestigiado a nivel internacional.
Se há coisa que aqueles egos doentios de Lisboa não toleram, é não serem considerados os melhores e os maiores em tudo, desde os aeroportos até aos matraquilhos. Havia no Porto um festival internacional de Moda, modestamente chamado Portugal Fashion? Fizeram uma réplica em Lisboa, mas como acham que são os maiores, chamaram-lhe Moda Lisboa ( e depois, os bairristas bacocos somos nós?). Um salão automóvel na Exponor? Ei-los a fazer um semelhantes em Lisboa. Um festival de cinema no Porto - Fantasporto - com créditos firmados no mundo cinematográfico? Apareceu um festival em Lisboa.
Mas entretanto o FCP continuava a ganhar quase tudo, numa clara afronta à primazia que por direito divino pertence à capital. O seu clube era quase imbatível dentro das quatro linhas? Então havia que triunfar doutro modo, com auxílio duma justiça cuja actuação deixa graves dúvidas quanto à isenção de muitos dos seus membros. Havia que abater o FCP e o seu presidente, espinhos cravados no orgulho da capital do império. E assim, sem olharem a meios, nasceram os Apitos, sobejamente conhecidos, que constituem o mais forte ataque jamais desferido nesta longa guerra que nos movem. Estes Apitos são especialmente virulentos porque têm a intervenção dum personagem, presidente do Benfica, para o qual não existem limites de decencia ou de princípios. É uma espécie de psicopata futebolístico que começa já a merecer a desaprovação de muitos dos seus consócios. Estou mesmo curioso para ver o que vai acontecer quando deixar o abrigo que é a presidência do Benfica. Também Vale e Azevedo não foi incomodado enquanto foi presidente e no entanto é hoje um ex-presidiário e um foragido da Justiça.
Como vai ser o final deste conto? Ainda não se sabe, mas de uma coisa estou certo. Quanto mais nos atacarem, mais fortes vamos ser. Venham mais ataques!
Era uma vez um país em que se vivia sem os tiques centralistas que conhecemos hoje, que aos poucos vão minando a chamada coesão nacional. Havia uma selecção nacional de futebol que era de tal modo querida da generalidade da população, que um jornalista chamado Ricardo Ornelas a apelidou de "clube de todos nós", mas que hoje em dia já não o é. Havia também um clube chamado Futebol Club do Porto que era constituído por gente simpática que não atrapalhava os arranjinhos do trio de clubes lisboetas conhecido por B-S-B (já havia então um ligeiro centralismo) que rodavam entre si o cargo de presidente da Federação Portuguesa de Futebol. Essa rapaziada do FCP perdia quase sempre nas deslocações ao sul (entravam a perder, dizia o Pedroto, logo que atravessavam a ponte sobre o Douro) e por isso mesmo a imprensa lisboeta, sempre dominadora, considerava-os "bons rapazes". Se por acaso ameaçavam ganhar um campeonato, o trio tratava de procurar dar um jeito com a colaboração de um árbitro amigo.
Passaram anos, surgiu um Pedroto, surgiu um Pinto da Costa, e o panorama mudou radicalmente. O "clube de província" começou a ter a ousadia de ser melhor que os outros, começou a ganhar campeonato atrás de campeonato, e taças nas provas europeias, passando a ser o clube português mais conhecido e prestigiado a nivel internacional.
Se há coisa que aqueles egos doentios de Lisboa não toleram, é não serem considerados os melhores e os maiores em tudo, desde os aeroportos até aos matraquilhos. Havia no Porto um festival internacional de Moda, modestamente chamado Portugal Fashion? Fizeram uma réplica em Lisboa, mas como acham que são os maiores, chamaram-lhe Moda Lisboa ( e depois, os bairristas bacocos somos nós?). Um salão automóvel na Exponor? Ei-los a fazer um semelhantes em Lisboa. Um festival de cinema no Porto - Fantasporto - com créditos firmados no mundo cinematográfico? Apareceu um festival em Lisboa.
Mas entretanto o FCP continuava a ganhar quase tudo, numa clara afronta à primazia que por direito divino pertence à capital. O seu clube era quase imbatível dentro das quatro linhas? Então havia que triunfar doutro modo, com auxílio duma justiça cuja actuação deixa graves dúvidas quanto à isenção de muitos dos seus membros. Havia que abater o FCP e o seu presidente, espinhos cravados no orgulho da capital do império. E assim, sem olharem a meios, nasceram os Apitos, sobejamente conhecidos, que constituem o mais forte ataque jamais desferido nesta longa guerra que nos movem. Estes Apitos são especialmente virulentos porque têm a intervenção dum personagem, presidente do Benfica, para o qual não existem limites de decencia ou de princípios. É uma espécie de psicopata futebolístico que começa já a merecer a desaprovação de muitos dos seus consócios. Estou mesmo curioso para ver o que vai acontecer quando deixar o abrigo que é a presidência do Benfica. Também Vale e Azevedo não foi incomodado enquanto foi presidente e no entanto é hoje um ex-presidiário e um foragido da Justiça.
Como vai ser o final deste conto? Ainda não se sabe, mas de uma coisa estou certo. Quanto mais nos atacarem, mais fortes vamos ser. Venham mais ataques!
Maldita política!
Muito apreciaria, que alguém me explicasse seriamente, como é que se consegue construir uma casa sólida com técnicos incompetentes. Isto claro. depois de nos termos enganado sobre as suas capacidades e lhes termos dado previamente tempo e o benefício da dúvida para emendarem os erros.
Por técnicos, entenda-se todo o staff da empreitada da casa, incluindo engenheiros, arquitectos, mestre de obras e operários. Todos.
Levanto esta inocente questão porque, por respeito aos leitores mais optimistas, aos outros, e aos meus próprios neurónios, ainda não consegui descobrir a fórmula alquímica de fazer à política portuguesa, aquilo a que muitos gostam de chamar (cai bem, não é!..) crítica construtiva, sem me sentir patético. Quanto mais tento entrar no seu jôgo de cabra cega, perceber as suas contradições, mais me sinto como os políticos: ridículo. E não consigo. O problema, admito, estará em mim, não sei.
Como terão certamente percebido, utilizei a construção da casa e todo o seu sttaf técnico como uma metáfora. Às vezes, só elas mesmo conseguem explicar com clareza aquilo que parece complicado. Ora, a casa a que me referi metaforicamente era o país, e a sua "construção técnica" o trabalho desenvolvido pelos governantes. Resumindo: como é possível a alguém que não gosta de repetir o mesmo erro continuar a confiar em técnicos incompetentes sem se sentir cumplíce das suas asneiras?
Sei muito bem que um País não é um edifício que se começa, termina e dá a chave aos proprietários para se ir construir outro mais adiante. É uma obra mais complexa, mais profunda e de permanente continuidade, mas tal como uma casa vulgar precisa de ser bem alicerçada e de manutenções periódicas, caso contrário pode ruir.
O problema dramático para Portugal, é que o edifício da Governação, apesar do mar imenso dos fundos euro-comunitários - agora, "unitário-europeus" - nem sequer existe, ou se existe, está tão mal projectado que o mais certo é um dia cair. Como caído têm, vários governos.
Onde estará afinal o catastrofismo das pessoas se não há área da política que se recomende? A das finanças, admito. E o resto? Todos os dias acumulamos péssimas notícias e não são os "negativistas" que as inventam, são factos. Estamos permanentemente a ser ultrapassados por outros países, incluindo aqueles que entraram na UE mais tarde que nós, mas há sempre uma crisezinha de reserva para nos desculparmos. Digam-me, sinceramente: não estão já cansados disto?
Ao ler hoje esta crónica do JN ocorreu-me um sentimento raro em questões de política (e de políticos), que foi o ter de Paulo Rangel uma impressão muito positiva, tanto da sua inteligência como da idoneidade pessoal. O meu problema (e se calhar, um dia, o dele também ) não é o que ele possa valer como pessoa ou como político, é, o que é que a política e os outros políticos vão fazer dele. Com o tempo, e o sedutor perfume do Poder, o mais previsível é que venha a deteriorar-se... Já sei que alguns me irão recordar que ele é amigo de Rui Rio, eu sei. A mim que, não sou político, também me faz alguma confusão um convívio aparentemente conivente entre personalidades tão diferentes (suponho eu), mas talvez isso explique a razão da minha incompabilidade com a política. Por isso eles são políticos e eu não.
Ainda no JN de hoje, há uma frase de Rafael Barbosa sobre a eleição de Paulo Rangel na parte inferior da página Preto no Branco com o título "O Novo líder do PSD" que não me foi possível linkar, que transcrevo por me parecer elucidadtiva: "Um trabalho que lhe exigirá um enorme investimento, mas que o deverá obrigar, igualmente, a refrear um pensamento e um discurso político sempre com a marca da independência".
Deste "duelo" pessoal de Paulo Rangel, quem irá leva a melhor: o Homem ou o Político? Sinceramente, receio bem que este compromisso de Paulo Rangel seja a morte anunciada dos dois.
PS
Se a voz de Manuel António Pina é respeitada por tantos portugueses, por que raio teria ele de inventar isto? Se não leram, leiam por favor e digam se isto é crítica destrutiva: Heróis acidentais.
26 junho, 2008
Links do JN e comentários
1) Benfica perde 6 pontos
2) Juízes e polícia agredidos no tribunal
3) Porto mais eficiente a captar comerciantes
4) Junta Metropolotina "abre fogo" contra ANA
5) Passagem de TGV prevê demolição de 200 casas
2) Juízes e polícia agredidos no tribunal
3) Porto mais eficiente a captar comerciantes
4) Junta Metropolotina "abre fogo" contra ANA
5) Passagem de TGV prevê demolição de 200 casas
1) Apetece-me ser mauzinho e dizer que, neste caso concreto, o mal dos outros me daria prazer. Não porque o mal dos outros me alegre, mas porque os outros a que aqui me refiro pertencem à família de aves de rapina que procuram - por todos os meios - manchar-nos a dignidade. Será que o efeito boomerang já está a fazer-se sentir? A ironia desta notícia seria um duplo prazer, porque nem sequer o F.C.Porto teria tido influência no castigo, era apenas a toda poderosa FIFA. Pena foi, que a FIFA não tivesse actuado mais cedo.
2) Este, é apenas mais um sinal do estado de degradação a que o sistema judicial português está a chegar. Já sabíamos das precárias condições de alojamento dos tribunais que chegaram ao cúmulo de ser colocados em armazéns fabris, mas agora é a segurança dos próprios juízes que é posta em causa. Que grandes governantes nós temos! Mas, não dramatizemos...
3) Não nos iludamos com esta "eficiência" em relação a Lisboa. A requalificação da baixa do Porto está a ser feita a passo de caracol e o facto de só agora começarmos a ver umas casitas avulsas do centro histórico a serem recuperadas não passa de propaganda pré-eleitoral. O comércio que vemos, é de baixo nível (lojas de chineses e outras sem qualidade) e inadequado para a zona mais nobre da cidade. A este ritmo, mesmo que se construam Hotéis de luxo no centro da cidade (ex. Palácio das Cardosas) dificilmente atraírá clientela para os frequentar. A cidade está a cair de velha e o ritmo da requalificação é incompatível com as suas (muitas) carências.
4) Mais outro golpe sujo centralista?
5) Creio que já poucas pessoas ignoram que o projecto TGV não é TGV, é TAV (Trem de Alta Velocidade, mais lento que o TGV). Que o Govêrno teime em estourar dinheiro e vender-nos gato por lebre já não é espanto, é apenas a confirmação de velhos e desleais hábitos de lidar com as massas. O que agrava a coisa é a Comunicação Social ir a reboque desta farsa. Todos fingem que não sabem, todos continuam a dançar no mesmo compasso do Poder, todos continuam a chamar-lhe TGV. Por que será que nesta terra se convive tão bem com a impostura?
Afinal, a águia era um abutre!
O abutre é uma ave repelente. Incapaz de caçar pelos seus próprios meios, depende da sorte de encontrar uma presa vulnerável para se alimentar.
Na Natureza, está no ponto mais baixo da cadeia - é um necrófago. Este facto torna-o repugnante, nojento, para os outros seres vivos - excepto para os outros abutres.
Tem um cérebro diminuto, é lento, desajeitado, incapaz de se alimentar caçando presas que dão luta, e por isso faz uma festança quando apanha alguma coisinha para matar a fome. Quando isso acontece, os abutres juntam-se em bando, desesperam-se por algum bocado de carniça que conseguem subtrair da carcaça, e não raro lutam entre si para saciar a fome. Então é vê-los com aquele ar agressivo, uns contra os outros, com o bico adunco coberto de vísceras, ameaçando de morte o seu semelhante por aquele bocadinho de alimento que nenhum mereceu, que não foi capaz de obter, mas que lhe caiu nas garras por obra e graça do destino.
Está condenado a alimentar-se de restos - se tiver a sorte de os receber, já que não tem talento nem aptidão, já que é um incapaz.
(Remetido por Renato Oliveira)
25 junho, 2008
Desmistificar a anti-futebolite é preciso
No interminável fogo cruzado entre os "energúmenos" adeptos da bola e os sombrios partidários da "intelectualidade" mundana que vai alimentando os shares e as audiências dos media, ainda nenhum se lembrou de promover um debate sobre as causas de tanta crispação entre uns e outros. Não é para estranhar, pois todos sabemos que os media preferem fazer sangue a contribuir de algum modo para o estancar. Então, não são eles que dizem que uma boa notícia não vende?
Da parte dos apreciadores de futebol (entre os quais eu me incluo) pode haver outras razões para explicar as causas do fenómeno, mas a incongruência crítica dos que o detestam deve ser a principal.
Custa-me a crer que os entusiastas do ponta-pé na bola - com maior o menor clubite - se incomodem só porque alguém, episodicamente, faz uma análise desfavorável ao seu clube, sobretudo se reconhecer ao crítico alguma seriedade e pertinência construtiva. Nem tão pouco o futebol é inevitavelmente alienante ou leva sempre todas a gente a perder a serenidade só porque o seu clube perdeu um jogo. Ninguém gosta de perder, já se sabe, mas este é um facto que se aplica praticamente a todas as outras coisas da vida. Ou, não será assim? Donde, me pareceu sempre especulativa e demasiado grosseira a ideia fixa do fanatismo colada quase em regime de exclusividade ao futebol.
Mais do que ficar zangado por uma censura dirigida ao seu clube, o adepto zanga-se seriamente quando os críticos são tendenciosos e não mostram a mesma determinação para criticar casos semelhantes e de maior gravidade ocorridos noutros clubes. E a coisa piora quando o clube protegido é um dos rivais directos. E piora ainda mais, quando a dualidade de critérios se repete, anos e anos a fio. As pessoas (com razão), não aceitam dualidades de critérios e quando isso sucede desconfiam. Nada mais natural.
Ora, é isso que têm feito ao Futebol Clube do Porto e ao seu Presidente, Jorge Nuno Pinto da Costa. Desde figuras públicas, políticos, actores, jornalistas, magistrados, a empresas do estado e privadas de comunicação, todos, mas todos, tiveram oportunidade de lançar a sua farpa venenosa. Frustrados com os resultados, inventaram processos e enveredaram por uma perfeita caça às bruxas, cuja consequência mais espectacular deu na queixa ilegal à UEFA de um magistrado da Liga. Apesar dos pesares da UEFA, o tiro saiu-lhes, mais uma vez, pela culatra...
A questão que se devia colocar agora, era, se não vai sendo tempo de reclamar um Processo com origem a Norte e dirigido para o Sul. A questão do nome é a parte mais simples. De Apito Vermelho, Imprensa Rubra, Toga Encarnada, Televisão Abenficada, é tudo uma questão de gosto; há para todos. Afinal, andamos nós a ser acusados de promover a guerra Norte-Sul (o sentido cardeal é da lavra deles) e foram eles que no-la fizeram da forma mais vil que se imagina, só faltam os tanques... Cocktails Molotov, não precisam, porque já começaram a testá-los no autocarro dos adeptos do Porto e deu resultado, só ainda não houve vítimas.
PS-Sei que o tema futebol está a ser demasiado discutido no Renovar o Porto, e a responsabilidade é minha, mas a ideia é precisamente tentar desmistificar esta coisa horrenda de um mundo à parte, cheio de golpadas e gente indesejável, nos bastidores da redondinha. Não vou dizer, que não aconteça, só que não está isolado, neste Mundo de gente "virtuosa". A Sul, particularmente, não falta companhia, e grande parte dela, fora do futebol, podem crer.
É SÓ PARA LEMBRAR!
DOMINGO, 22 DE JUNHO DE 2008, DIA EM QUE A EQUIPA DE HÓQUEI EM PATINS DO F.C.PORTO FOI A CASA DO "INIMIGO" BENFICA (FAZER OUTRA DEFINIÇÃO É SOFISMA) VENCER O SÉTIMO CAMPEONATO CONSECUTIVO, O AUTOCARRO DOS ADEPTOS DO FUTEBOL CLUBE DO PORTO FOI COMPLETAMENTE DESTRUÍDO POR FÔGO POSTO.
AS AUTORIDADES PORTUGUESES, NOMEADAMENTE A PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA, RÁPIDA E DILIGENTE, A CRIAR EQUIPAS DE INVESTIGAÇÃO PARA A DELITOS PRATICADOS NA REGIÃO DO PORTO - A PONTO DE SUBSTITUIR E DESCONSIDERAR A LIDERANÇA DA POLÍCIA JUDICIÁRIA LOCAL - PARECEM FINALMENTE OPTAR PELO RECATO. NÃO SE FAZEM OUVIR, NEM SE FAZEM LER. O SILÊNCIO É SEPULCRAL.
O QUE SE PASSA COM ESTES RESPEITÁVEIS SENHORES? ESTARÃO À ESPERA QUE OS CRIMINOSOS SE MUDEM CALMAMENTE PARA LONDRES, COMO FEZ O HONORÁVEL ADVOGADO BENFIQUISTA VALE E AZEVEDO? OU ESTARÃO ATAREFADOS A ESTUDAR A FORMA DE ALTERAR A LEI DO CÓDIGO PENAL PARA VER SE CONSEGUEM METER À FORÇA O SENHOR PINTO DA COSTA NA CADEIA? SÓ QUEREMOS SABER.
NÓS, TAMBÉM SOMOS PESSOAS RESPEITÁVEIS, SABIAM?
24 junho, 2008
Leiam por favor
Como qualquer pessoa com alguns conhecimentos sobre caminho-de-ferro já concluíra, tudo indica que a linha Lisboa-Madrid não será em alta velocidade (350 km/h) mas sim em velocidade elevada (250 km/h). Os espanhóis no seu plano de infra-estruturas (PEIT) sempre classificaram a ligação a Lisboa, via Badajoz, como uma linha para tráfego misto.
Ora, como não existem linhas para tráfego misto que comportem, por razões técnicas e de manutenção demasiado dispendiosa, comboios de alta velocidade, um silogismo simples concluiria que os espanhóis nunca estiveram interessados em construir um “TGV” entre Madrid e Lisboa. Aliás, nem sequer é Lisboa que lhes interessa. Interessa-lhes sim valorizar o papel de Badajoz enquanto porta de entrada na Lusitânia e o acesso à face atlântica desta para as suas mercadorias. Só cá é que se convenceram (ou quiseram convencer-nos) que teríamos um “TGV para nos ligar à Europa”.
Segundo os planos do governo, vamos mesmo cair no ridículo de construir duas linhas até Badajoz ( a do “TGV” e uma para comboios de mercadorias de Sines a Badajoz) e depois todos os comboios, sejam eles de mercadorias ou “TGV’s”, passarão a circular na mesma via Espanha adentro. Porque é que ainda nenhum deputado (de preferência do Norte) pediu ao governo uma justificação para o facto de sendo a linha do “TGV” Lisboa-Badajoz para tráfego misto, isto é, para comboios de mercadorias e passageiros, qual é a necessidade de duplicar infra-estruturas construindo uma linha só para mercadorias?
Ora bem, se o “TGV” Lisboa-Madrid a 350 km/h já seria praticamente inútil para cerca de metade dos portugueses, aqueles que vivem a norte de Coimbra, agora, com velocidades de 250 km/h, ainda pior. Ninguém que viva em Braga estará interessado em descer 350 km/h para sul e depois fazer mais 700 km (200 km para leste e mais 500 km de novo em direcção ao norte) para chegar a Madrid. Se olharem para um mapa repararão facilmente que Madrid se encontra sensivelmente à latitude de Coimbra. Será sempre mais barato ir de avião ou até de automóvel. Mas o tráfego de passageiros nem sequer é a variável mais importante. A variável mais importante é o escoamento das nossas exportações por caminho-de-ferro.
É sabido que o grosso das exportações portuguesas para a Europa têm origem nas Regiões Centro e Norte. Se nada for feito, e a ligação Lisboa Madrid for a única, que como tudo indica, a ser construída, as exportações destas regiões sofrerão um agravamento de custos pela distância superior e maior consumo de tempo que obrigatoriamente suportarão se tiverem que continuar a utilizar a Linha da Beira Alta que é em bitola ibérica e sem tracção eléctrica a 25 KV do lado espanhol, o que provoca inconvenientes rupturas de carga com as respectivas ineficiências.
A nossa região terá que estar muito atenta e exigir terminantemente a construção duma via ferroviária em bitola europeia que a ligue ao eixo estratégico de Salamanca-Vlladolid, seja ela a já quase virtual ligação Aveiro-Salamanca ou a reactivação da ligação pela Linha do Douro. Se esta região não perceber a importância estratégica deste desiderato arrisca-se a ficar ainda mais isolada no contexto ibérico e europeu e exclusivamente dependente da ligação através da Galiza. Que é importante, mas para outras valências que não esta.
Hoje, no programa ‘Antena Aberta’ da RTP-N, ouvi o economista Camilo Lourenço dizer que era contra o “TGV”, mas a única hipótese que admitia, em último caso, seria o “TGV” Lisboa-Madrid e nunca o Lisboa-Porto. Tenho ouvido esta opinião a muitos plumitivos de Lisboa e até em gente do Norte. Nada mais provincianamente ridículo, principalmente vindo da boca de um economista. Esta posição baseia-se apenas no facto de essa ligação se efectuar entre duas capitais. Se existe ligação minimamente sustentável para um “TGV”, porque o tráfego que gera será sempre muito superior, é o Lisboa-Porto e não Lisboa-Madrid. Os próprios estudos da RAVE o provam. Mas, como ele, eu também sou contra o “TGV”. Para o transporte de passageiros uma boa rede de ‘altas prestaciones’ seria suficiente.
Sobre este assunto recomendo a leitura de um pertinente trabalho de Henrique Oliveira e Sá publicado no Maquinistas.Org.
P.S. - Vou de férias. Volto lá para o dia 11 do próximo mês. Para bracarenses e portuenses: tenham um bom 'San Juom!'
Publicada por António Alves
Ora, como não existem linhas para tráfego misto que comportem, por razões técnicas e de manutenção demasiado dispendiosa, comboios de alta velocidade, um silogismo simples concluiria que os espanhóis nunca estiveram interessados em construir um “TGV” entre Madrid e Lisboa. Aliás, nem sequer é Lisboa que lhes interessa. Interessa-lhes sim valorizar o papel de Badajoz enquanto porta de entrada na Lusitânia e o acesso à face atlântica desta para as suas mercadorias. Só cá é que se convenceram (ou quiseram convencer-nos) que teríamos um “TGV para nos ligar à Europa”.
Segundo os planos do governo, vamos mesmo cair no ridículo de construir duas linhas até Badajoz ( a do “TGV” e uma para comboios de mercadorias de Sines a Badajoz) e depois todos os comboios, sejam eles de mercadorias ou “TGV’s”, passarão a circular na mesma via Espanha adentro. Porque é que ainda nenhum deputado (de preferência do Norte) pediu ao governo uma justificação para o facto de sendo a linha do “TGV” Lisboa-Badajoz para tráfego misto, isto é, para comboios de mercadorias e passageiros, qual é a necessidade de duplicar infra-estruturas construindo uma linha só para mercadorias?
Ora bem, se o “TGV” Lisboa-Madrid a 350 km/h já seria praticamente inútil para cerca de metade dos portugueses, aqueles que vivem a norte de Coimbra, agora, com velocidades de 250 km/h, ainda pior. Ninguém que viva em Braga estará interessado em descer 350 km/h para sul e depois fazer mais 700 km (200 km para leste e mais 500 km de novo em direcção ao norte) para chegar a Madrid. Se olharem para um mapa repararão facilmente que Madrid se encontra sensivelmente à latitude de Coimbra. Será sempre mais barato ir de avião ou até de automóvel. Mas o tráfego de passageiros nem sequer é a variável mais importante. A variável mais importante é o escoamento das nossas exportações por caminho-de-ferro.
É sabido que o grosso das exportações portuguesas para a Europa têm origem nas Regiões Centro e Norte. Se nada for feito, e a ligação Lisboa Madrid for a única, que como tudo indica, a ser construída, as exportações destas regiões sofrerão um agravamento de custos pela distância superior e maior consumo de tempo que obrigatoriamente suportarão se tiverem que continuar a utilizar a Linha da Beira Alta que é em bitola ibérica e sem tracção eléctrica a 25 KV do lado espanhol, o que provoca inconvenientes rupturas de carga com as respectivas ineficiências.
A nossa região terá que estar muito atenta e exigir terminantemente a construção duma via ferroviária em bitola europeia que a ligue ao eixo estratégico de Salamanca-Vlladolid, seja ela a já quase virtual ligação Aveiro-Salamanca ou a reactivação da ligação pela Linha do Douro. Se esta região não perceber a importância estratégica deste desiderato arrisca-se a ficar ainda mais isolada no contexto ibérico e europeu e exclusivamente dependente da ligação através da Galiza. Que é importante, mas para outras valências que não esta.
Hoje, no programa ‘Antena Aberta’ da RTP-N, ouvi o economista Camilo Lourenço dizer que era contra o “TGV”, mas a única hipótese que admitia, em último caso, seria o “TGV” Lisboa-Madrid e nunca o Lisboa-Porto. Tenho ouvido esta opinião a muitos plumitivos de Lisboa e até em gente do Norte. Nada mais provincianamente ridículo, principalmente vindo da boca de um economista. Esta posição baseia-se apenas no facto de essa ligação se efectuar entre duas capitais. Se existe ligação minimamente sustentável para um “TGV”, porque o tráfego que gera será sempre muito superior, é o Lisboa-Porto e não Lisboa-Madrid. Os próprios estudos da RAVE o provam. Mas, como ele, eu também sou contra o “TGV”. Para o transporte de passageiros uma boa rede de ‘altas prestaciones’ seria suficiente.
Sobre este assunto recomendo a leitura de um pertinente trabalho de Henrique Oliveira e Sá publicado no Maquinistas.Org.
P.S. - Vou de férias. Volto lá para o dia 11 do próximo mês. Para bracarenses e portuenses: tenham um bom 'San Juom!'
Publicada por António Alves
A eficiência de Espanha
Recomendo vivamente a leitura do post "Gato por Lebre" no blogue Norteamos. A sua autoria é de um especialista em caminhos de ferro, Antonio Alves, e através dum link remete o leitor para um artigo-relatório de outro especialista, Oliveira e Sá. Este artigo é extremamente longo mas merece uma leitura pelo menos "em diagonal". O seu autor é aparentemente lisboeta, mas aborda o tema da política ferroviária em Portugal de um modo que me parece isento, daí uma razão adicional para o interesse que merece o artigo para o Norte e Centro de Portugal.
Não pretendo fazer aqui um resumo, mas quero referir que as populações a norte do Mondego, mais uma vez, vão ser "lixadas". Para isto, juntam-se a inépcia e ignorância dos nossos governantes e da máquina centralista e a inexistência de vozes activas, nas nossas regiões, que contrariem as decisões centralistas que resultem em prejuízos para metade da população portuguesa. Acresce a tudo isto, que já não é pouco, a eficiência de planeamento e respectiva execução dos sucessivos governos espanhois, com políticas bem estudadas, coerentes, postas em prática com eficácia. Em contraste, os nossos governantes parecem baratas tontas, vaidosamente convencidos que o importante é um TGV Lisboa-Madrid porque, como gostam de dizer "esta é a nossa ligação à Europa". A comparação é aterradora.
Mas a ameaça, para nós, é mais vasta do que pode parecer à primeira vista. Fica em perigo, além da saúde económica das nossas exportações, o próprio porto de Leixões, por exemplo. Os espanhóis estão a preparar um corredor ferroviário Corunha-Irun através das Astúrias, Cantábria e País Basco, que irá valorizar os seus portos da costa norte, e que poderão eventualmente tentar pelo menos os exportadores do Minho, que representam 20% das exportações nacionais.
Cada vez me convenço mais que aquilo que os castelhanos não conseguiram em 1385 ou em 1640 pela força das armas, vão conseguir os espanhois no séc.XXI através das "armas" económicas. O que se calhar será uma boa alternativa para nós.
Não pretendo fazer aqui um resumo, mas quero referir que as populações a norte do Mondego, mais uma vez, vão ser "lixadas". Para isto, juntam-se a inépcia e ignorância dos nossos governantes e da máquina centralista e a inexistência de vozes activas, nas nossas regiões, que contrariem as decisões centralistas que resultem em prejuízos para metade da população portuguesa. Acresce a tudo isto, que já não é pouco, a eficiência de planeamento e respectiva execução dos sucessivos governos espanhois, com políticas bem estudadas, coerentes, postas em prática com eficácia. Em contraste, os nossos governantes parecem baratas tontas, vaidosamente convencidos que o importante é um TGV Lisboa-Madrid porque, como gostam de dizer "esta é a nossa ligação à Europa". A comparação é aterradora.
Mas a ameaça, para nós, é mais vasta do que pode parecer à primeira vista. Fica em perigo, além da saúde económica das nossas exportações, o próprio porto de Leixões, por exemplo. Os espanhóis estão a preparar um corredor ferroviário Corunha-Irun através das Astúrias, Cantábria e País Basco, que irá valorizar os seus portos da costa norte, e que poderão eventualmente tentar pelo menos os exportadores do Minho, que representam 20% das exportações nacionais.
Cada vez me convenço mais que aquilo que os castelhanos não conseguiram em 1385 ou em 1640 pela força das armas, vão conseguir os espanhois no séc.XXI através das "armas" económicas. O que se calhar será uma boa alternativa para nós.
Porto (Res)sentido
O cantor Rui Velosos imigrou como muitos outros para a Capital do Império e por lá se deixou ficar (não fosse o diabo tecê-las...).
O autor da letra, a alma da canção, Carlos Tê,não precisou de o fazer e continua entre os seus, fiel à sua terra. E ainda bem.
Onde estão, afinal, os advogados da paz?
Sim, onde estão? Já nem sequer resta um pingo de vergonha para "compôr" a hipocrisia? As televisões, os jornais, as rádios, já se cansaram de noticiar que em Lisboa foi destruído e queimado um autocarro de transporte dos adeptos do FCPorto? Como é? Não é relevante? É uma banalidade informativa? Queimam-se todos os dias autocarros em Portugal, ou pretendem transformar o acontecimento numa rotina? Que branqueamento é este?
Estes casos de barbárie já são habituais na capital do "Nada" (que é o nome correcto a dar a este país), como também já é habitual branqueá-los quando acontecem em Lisboa praticados por adeptos benfiquistas. Não é preciso muita imaginação para advinhar o folclore e a especulação que por aí haveria se o autocarro QUEIMADO E DESTRUÍDO pertencesse às claques benfiquistas, basta termos a certeza da qualidade de gente que controla os orgãos de poder (comunicação anti-social, incluída) nesta terra de miseráveis. E a certeza que temos, diz-nos que essa gente não presta, que é traiçoeira. Compete-nos tirar-lhes o tapete, o mais depressa possível, meus senhores. Isto é crime patrocinado pelo próprio Estado. O país está a tornar-se num circo. Senhor Pacheco Pereira, o senhor que gosta de dar uma imagem de homem superior, distante das futilidades mundanas (como o futebol), mas que não perde uma oportunidade para destilar desprezo pela cidade que o viu nascer e de criticar causticamente os adeptos do FClube do Porto quando se "portam mal", perdeu a voz, ou a moralidade? E o seu amigo Rui Rio, que nem coragem teve para se meter no meio do povo na noite de S. João com o amiguinho de recurso da "amiga" edilidade lisboeta, também perdeu a voz? Que coincidência estranha de cobardia partilhada...
É com tristeza, mas também com orgulho pessoal, que posso afirmar que Rui Rio nunca seria Presidente da Câmara da minha cidade se dependesse do meu voto. Que ofensa e que maldade fizeram ao Porto todos os que nele votaram! Se foi por engano, por favor, meus amigos, não cometam o mesmo erro outra vez porque o Porto não merece. Não apunhalem o Porto, não ponham a cidade nas mãos de quem não gosta dela. É uma infâmia que a cidade do Porto não merece.
EM LISBOA COMETEU-SE MAIS UM CRIME.
QUEIMOU-SE E DESTRUIU-SE UM AUTOCARRO.
EXIGIMOS O APURAMENTO DAS RESPONSABILIDADES. JÁ!
23 junho, 2008
Intervalo, hoje é noite de S.João!
Quadras de São João
Meu amor, teu alho-porro
Namora o meu manjerico...
Quando se beijam, sem gorro,
Que sobressaltada eu fico!
Ris de mim por não ser novo!
Ris de mim por não ser novo!
Cautela, que na noitada,
Até mesmo um velho ovo
Pode dar boa gemada.
Que bom esse ar de zangada
Que bom esse ar de zangada
Porque, amor, uma fogueira
Quanto mais for arejada,
Mais depressa faz braseira!
A nove meses nasci
A nove meses nasci
Da noite de São João.
Agora que já vivi
Vou manter a tradição.
Com saia tão reduzida
Cuidado com os "calores"
Porque na festa da vida
Há santos e pecadores!
Há santos e pecadores!
Quando começamos a tosquia?
Por consideração às pessoas cujas reservas de tolerância para com esta democracia são maiores que as minhas, terei de lhes pedir o favor que as estendam também à minha pessoa a fim de compreenderem melhor os porquês de tanto cepticismo.
Contudo, não gostaria que a minha descrença fosse confundida com pessimismo, porque então, criar-se-ia um ciclo vicioso de contraditórios onde a contingente "confusão" poderia ser sempre avaliada no sentido oposto, isto é, no sentido dos optimistas, e não chegaríamos a qualquer conclusão.
Entre pólos extremos, é sempre socialmente mais simpático e aceitável fazer passar a mensagem do pólo positivo das coisas. Já o lado negativo, como proposição de negação por essência que é, representa no subconsciente humano a "proibição" de qualquer coisa antes mesmo da admissão de uma forma prudente de examinar e perspectivar um determinado assunto. Eu identifico-me mais com esta última versão.
Entre pólos extremos, é sempre socialmente mais simpático e aceitável fazer passar a mensagem do pólo positivo das coisas. Já o lado negativo, como proposição de negação por essência que é, representa no subconsciente humano a "proibição" de qualquer coisa antes mesmo da admissão de uma forma prudente de examinar e perspectivar um determinado assunto. Eu identifico-me mais com esta última versão.
Não é por se ter, indiferentemente, uma oratória optimista que o Mundo pula e avança e se liberta das maleitas que o vêm destruindo. É muito fácil constatá-lo. Os resultados da acção humana na gestão da felicidade dos povos - grosso modo - são demasiado pobres para podermos confiar no efeito, tout court, do discurso optimista. Francamente, considero o optimismo gratuito uma expressão dissimulada e inconfessável de defesa e medo . Quem usa e abusa do discurso optimista, está inconsciente (ou conscientemente) a defender mais o seu património e estatuto pessoal do que, na realidade, a acreditar no futuro da Humanidade.
Por isso, estou há muito, de costas voltadas para os políticos e para os partidos onde eles se engajam. Não consigo levá-los a sério. Há momentos que me dão vontade de rir, e outros que me repugnam, e isto não é uma questão meramente emocional, é o resultado da constatação de factos, acumulados ao longo de 34 anos de democracia. Eu detesto vigarices, que querem, não as tolero nem tenho feitio para navegar nas mesmas águas, e muito menos, para as respeitar.
Eu, que sempre fui anti-Salazarista, entre outras razões, pelo atraso em que a sua visão fechada do Mundo deixou o país, nunca pensei vir um dia (em pleno regime democrático), a ser condescendente com a sua figura e confrontá-lo favoravelmente com o perfil de muitos políticos da actualidade. Salazar e o regime do seu tempo não eram exemplos a seguir para nenhum país, mas o regime de hoje também não o é. A única diferença, é que Salazar com todos os seus defeitos nunca andou a vender ao portugueses a banha da cobra da Democracia. Pelo menos, nesse aspecto, era bem mais honesto que alguns "democratas" de hoje. O que se está a passar no Porto e com quase todos os seus valores, confere toda a genuidade às minhas palavras.
Toda a gente sabe que o que aqui vem escrito, apesar de caústico, tem tudo de real, mas poucos o admitirão, particularmente, os visados.
Como sou um homem de boa fé, não me custa acreditar que numa fase inicial do envolvimento na actividade política haja quem entre determinado a dar o seu melhor, mas pouco a pouco, acaba por se deixar envolver pelos vícios instalados, limitando-se a seguir o rasto dos que já lá estão e a agarrar sofregamente o "emprego estatal". Quando de lá saem - e amiúde, mesmo ainda lá dentro - é só para ocuparem lugares de relevo em grandes empresas onde lhes pagam escandalosamente bem, como compensação por negociatas e outros esquemas duvidosos raramente esclarecidos à população.
Antes de mudar de partidos, é importante mudar as condições de controlo do povo da actividade política e governativa. Há já demasiada desonestidade estabelecida na vida política e social do país para acreditarmos na restauração natural da democracia. Nem daqui a 100 anos lá chegaremos.
A expressão que um dia Rui Moreira usou para traduzir o que atrás referi, encaixa como uma luva neste quadro: "as ovelhas, não se tosquiam a si mesmas". Se assim é, o que esperamos nós para agarrar nas tesouras da tosquia? Mais 34 anos? Tanto?
Lutemos contra quem ofende o Porto
As férias da maioria das pessoas estão à porta (das que ainda estão empregadas, claro) e, portanto, não é agora o momento mais indicado para as motivar e mobilizar para a defesa de causas. Não quero, nem vou deixar, que o tema do futebol seja o mais dominante neste espaço de cidadania, mas não desistirei - enquanto me for possível - de denunciar as aberrações e insultos que continuarem a ser direccionados quase em exclusivo ao nosso clube que, quer gostem ou não, é a bandeira mais democrática e representativa dos portuenses que o são de corpo (e espírito) inteiro.
Desiludam-se os presunçosos, os intelectualóides monótonos, e os políticos de carreira, se pensam que é com eles que os portuenses se identificam. Não, não é. Enquanto as coisas continuarem como estão, enquanto o comportamento típico dos políticos tiver como imagem de marca o tradicional hábito de deitar areia para os olhos da população, os políticos nunca serão verdadeiramente respeitados, podem ter a certeza! A basófia politiqueira já começa a não garantir lugares de emprego vitalícios e futuramente vai ser preciso trabalhar a sério e apresentar resultados concretos para continuarem agarrados como lapas ao poder. E ainda bem.
O que pretendo propor aos leitores e amigos do Renovar o Porto, àqueles que realmente sentem as ofensas e provocações que lhes vêm fazendo do poder central há demasiado tempo, é que façam afinal aquilo que o "nosso" Excelentíssimo Procurador Geral da República tem vindo a pedir aos portugueses: denunciar todas as irregularidades e promiscuidades que possam afectar a nossa vida social e económica.
Pois então, comecemos desde já por dizer ao Sr. Procurador, que não temos nenhuma confiança no Sr. Dr. João Correia, na Dra. Maria José Morgado e no Dr. Jorge Costa, para estarem à frente dos cargos que lhes foram, em hora infeliz, atribuídos. Nós, no Porto não confiámos neles, nem tão pouco na isenção da comunicação social. A tarefa é mais árdua do que se imagina...
Vamos insistir nisto, e apresentar o maior número possível de provas e argumentos que atestem todo o nosso repúdio e a nossa indignação. Não podemos deixar passar nada! O que a imprensa, rádios e televisões encobrirem ou branquearem, nós denunciaremos e dar-lhe-emos a "côr" que merecerem. Ôlho por ôlho, dente por dente, terá de ser sempre esse o nosso lema.
22 junho, 2008
As coisas que os jornais não dizem...
... são, por exemplo, este tipo de coincindências inocentes:
façam o favor de clicar em http://www.correiaseara.pt/, depois clicar novamente em "quem somos", e terão a confirmação da associação profissional entre o benfiquista Fernando Seara e o benfiquista João Correia entre outros causídicos. Até aqui tudo dentro da santa paz dos anjos...
A questão, é que este Sr. Dr. João Correia é a mesmíssima pessoa que exerce o cargo de advogado do SLB e é vogal do Conselho Superior do Ministério Público, sob a tutela do Sr. Procurador Geral da República, que por sua vez nomeou a equipa de Maria José Morgado para investigar o Apito Dourado.
Os jornais divulgam diariamente (e inventam), toda a sorte de notícias (mais falsas que verdadeiras) para tentar mandar para o patíbulo Pinto da Costa e o FCPorto para a ruína, mas omitem e encobrem este género de promiscuidade, onde já ninguém sabe onde começa o magistrado e acaba o adepto de futebol. Como se isso não bastasse, não têm pejo em pregar a moralidade a terceiros e arrogam-se ao direito de julgar em causa própria.
Senhores Magistrados dignos desse nome, como conseguem V. Exas. conviver com gente tão desqualificada? É para levar a sério o sentido de responsabilidade dos senhores magistrados aqui referidos?
O "Não" Irlandês
Para quem se interesse pela discussão do Tratado da Europa e pelo "Não" da Irlanda, dou conhecimento que foi criado um blogue que trata do assunto:
http://porquenaohasimsemdireitoaonao.blogspot.com/
http://porquenaohasimsemdireitoaonao.blogspot.com/
Obstáculos à Regionalização
A implementação da regionalização sempre esteve em perigo. Os sucessivos governos não querem fazê-la. O maior partido da oposição tem agora uma lider que é declaradamente contra. Como se não bastasse, a população portuguesa tem, na generalidade, um desconhecimento quase absoluto do problema porque tem sido pouco esclarecida e não adquiriu a sensibilidade necessária para conseguir fazer o balanço entre vantagens e inconvenientes. Com a passividade que caracteriza a sociedade portuguesa, uma grande parte dela adopta aquela posição imobilizante proveniente do ditado que diz que " é melhor o diabo que se conhece que o diabo desconhecido".
Foram dezenas de anos de irresponsabilidade, no sentido de que não tínhamos obrigação de pensar, de escolher entre várias soluções. Alguém pensava por nós, alguém decidia o que na sua opinião era melhor para nós (ou melhor para eles...). A nossa função era obedecer , sem questionar. E foi assim durante 50 anos. Tivemos paz social, a chamada paz dos cemitérios. Tivemos algum progresso material, com aumento do nível de vida, embora o nosso atraso para a Europa continuasse a crescer, porque ela se desenvolvia mais depressa do que nós.
Mas o preço foi altíssimo: transformamo-nos num povo castrado, num povo sem iniciativa, que se habituou a resolver as dificuldades, não através do esforço próprio, mas olhando com olhar de pedinte para o Governo, essa entidade superior que, na nossa opinião, tem obrigação de resolver todos os nossos problemas. E tanto assim é que, repare-se, não foi a sociedade civil que acabou com o Estado Novo, foram os militares e por razões que tiveram essencialmente a ver com a sua comodidade: eram militares mas estavam cansados de fazer a guerra.
Deste modo, a generalidade da população portuguesa não está hoje preparada para defender causas, para participar em movimentos cívicos, a não ser que daí resultem imediatas vantagens materiais. A nossa História mostra que nem sempre assim fomos. Algures no decurso dos séculos caimos nesta "apagada e vil tristeza" de que fala Camões.
Mas as coisas são como são e não adianta chorar. Desistir da regionalização porque o ambiente está desfavorável? Nunca! No entanto é imperioso termos a consciência que nós, os que acreditamos na regionalização, temos um trabalho ciclópico pela frente, o primeiro dos quais será pormo-nos de acordo com o respectivo mapa, não por unanimidade, que é impossível, mas por largo consenso. Não se diga que este já existe em torno das cinco regiões-plano. É falso e pessoalmente acredito que é um erro. Não podemos dar pretextos para a reedição da desculpa tão frequente em 1998: " eu sou a favor da regionalização, mas desta não, e por isso voto contra". Isto corresponderia a darmos armas adicionais a quem está contra.
Permito-me deixar ficar para um próximo post alguns comentários adicionais.
Foram dezenas de anos de irresponsabilidade, no sentido de que não tínhamos obrigação de pensar, de escolher entre várias soluções. Alguém pensava por nós, alguém decidia o que na sua opinião era melhor para nós (ou melhor para eles...). A nossa função era obedecer , sem questionar. E foi assim durante 50 anos. Tivemos paz social, a chamada paz dos cemitérios. Tivemos algum progresso material, com aumento do nível de vida, embora o nosso atraso para a Europa continuasse a crescer, porque ela se desenvolvia mais depressa do que nós.
Mas o preço foi altíssimo: transformamo-nos num povo castrado, num povo sem iniciativa, que se habituou a resolver as dificuldades, não através do esforço próprio, mas olhando com olhar de pedinte para o Governo, essa entidade superior que, na nossa opinião, tem obrigação de resolver todos os nossos problemas. E tanto assim é que, repare-se, não foi a sociedade civil que acabou com o Estado Novo, foram os militares e por razões que tiveram essencialmente a ver com a sua comodidade: eram militares mas estavam cansados de fazer a guerra.
Deste modo, a generalidade da população portuguesa não está hoje preparada para defender causas, para participar em movimentos cívicos, a não ser que daí resultem imediatas vantagens materiais. A nossa História mostra que nem sempre assim fomos. Algures no decurso dos séculos caimos nesta "apagada e vil tristeza" de que fala Camões.
Mas as coisas são como são e não adianta chorar. Desistir da regionalização porque o ambiente está desfavorável? Nunca! No entanto é imperioso termos a consciência que nós, os que acreditamos na regionalização, temos um trabalho ciclópico pela frente, o primeiro dos quais será pormo-nos de acordo com o respectivo mapa, não por unanimidade, que é impossível, mas por largo consenso. Não se diga que este já existe em torno das cinco regiões-plano. É falso e pessoalmente acredito que é um erro. Não podemos dar pretextos para a reedição da desculpa tão frequente em 1998: " eu sou a favor da regionalização, mas desta não, e por isso voto contra". Isto corresponderia a darmos armas adicionais a quem está contra.
Permito-me deixar ficar para um próximo post alguns comentários adicionais.
Os bárbaros e cobardes benfiquistas. Outra vez.
Passam 35 minutos da uma da manhã e apesar de ser sábado, não consegui deitar-me sem desabafar a revolta que me vai na alma. O país está a transformar-se num hospício a seu aberto.
O FClube do Porto foi a Lisboa ao covil da barbárie e dos cobardes vencer o 7º. campeonato consecutivo de Hóquei em Patins, e a televisão acaba de noticiar que o autocarro que transportava os adeptos do nosso clube foi selvaticamente destruído e reduzido a cinzas.
Iguais a si próprios, cobardes, traidores e protegidos por entidades da autoridade sem quaquer aptidão e categoria para as funções, estes betinhos de Lisboa deram mais um exemplo do provincinismo mais retrógrado que existe em Portugal.
Não sei (mas imagino) como vão essas autoridades - tão afoitas e atentas à criminalidade do Porto - lidar com mais este acto de vandalismo típico do 4º- mundo, mas suspeito que nos vão dar outra vez provas de sectarismo e da sua total falta de eficácia quando coisas destas acontecem na capital.
Conto que as televisões, também como já é costume, procurem branquear o mais possível a barbárie, ao contrário do que fariam se ela fosse protagonizada por gente do Porto. Bem, se depois disto, ainda sobra alguma alma penada capaz de falar em calimeros, só temos um pedido a fazer-lhes: é que dêem a cara para podermos contar o número de bandidos que gostam de se fazer passar por paladinos dos bons costumes. Para lhes podermos cuspir em cima...
O SÍMBOLO DOS VERMES
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