25 junho, 2008

Desmistificar a anti-futebolite é preciso

No interminável fogo cruzado entre os "energúmenos" adeptos da bola e os sombrios partidários da "intelectualidade" mundana que vai alimentando os shares e as audiências dos media, ainda nenhum se lembrou de promover um debate sobre as causas de tanta crispação entre uns e outros. Não é para estranhar, pois todos sabemos que os media preferem fazer sangue a contribuir de algum modo para o estancar. Então, não são eles que dizem que uma boa notícia não vende?
Da parte dos apreciadores de futebol (entre os quais eu me incluo) pode haver outras razões para explicar as causas do fenómeno, mas a incongruência crítica dos que o detestam deve ser a principal.
Custa-me a crer que os entusiastas do ponta-pé na bola - com maior o menor clubite - se incomodem só porque alguém, episodicamente, faz uma análise desfavorável ao seu clube, sobretudo se reconhecer ao crítico alguma seriedade e pertinência construtiva. Nem tão pouco o futebol é inevitavelmente alienante ou leva sempre todas a gente a perder a serenidade só porque o seu clube perdeu um jogo. Ninguém gosta de perder, já se sabe, mas este é um facto que se aplica praticamente a todas as outras coisas da vida. Ou, não será assim? Donde, me pareceu sempre especulativa e demasiado grosseira a ideia fixa do fanatismo colada quase em regime de exclusividade ao futebol.
Mais do que ficar zangado por uma censura dirigida ao seu clube, o adepto zanga-se seriamente quando os críticos são tendenciosos e não mostram a mesma determinação para criticar casos semelhantes e de maior gravidade ocorridos noutros clubes. E a coisa piora quando o clube protegido é um dos rivais directos. E piora ainda mais, quando a dualidade de critérios se repete, anos e anos a fio. As pessoas (com razão), não aceitam dualidades de critérios e quando isso sucede desconfiam. Nada mais natural.
Ora, é isso que têm feito ao Futebol Clube do Porto e ao seu Presidente, Jorge Nuno Pinto da Costa. Desde figuras públicas, políticos, actores, jornalistas, magistrados, a empresas do estado e privadas de comunicação, todos, mas todos, tiveram oportunidade de lançar a sua farpa venenosa. Frustrados com os resultados, inventaram processos e enveredaram por uma perfeita caça às bruxas, cuja consequência mais espectacular deu na queixa ilegal à UEFA de um magistrado da Liga. Apesar dos pesares da UEFA, o tiro saiu-lhes, mais uma vez, pela culatra...
A questão que se devia colocar agora, era, se não vai sendo tempo de reclamar um Processo com origem a Norte e dirigido para o Sul. A questão do nome é a parte mais simples. De Apito Vermelho, Imprensa Rubra, Toga Encarnada, Televisão Abenficada, é tudo uma questão de gosto; há para todos. Afinal, andamos nós a ser acusados de promover a guerra Norte-Sul (o sentido cardeal é da lavra deles) e foram eles que no-la fizeram da forma mais vil que se imagina, só faltam os tanques... Cocktails Molotov, não precisam, porque já começaram a testá-los no autocarro dos adeptos do Porto e deu resultado, só ainda não houve vítimas.
PS-Sei que o tema futebol está a ser demasiado discutido no Renovar o Porto, e a responsabilidade é minha, mas a ideia é precisamente tentar desmistificar esta coisa horrenda de um mundo à parte, cheio de golpadas e gente indesejável, nos bastidores da redondinha. Não vou dizer, que não aconteça, só que não está isolado, neste Mundo de gente "virtuosa". A Sul, particularmente, não falta companhia, e grande parte dela, fora do futebol, podem crer.

4 comentários:

  1. Caro Rui Valente.

    Mantenha sempre a bandeira de Portocale em evidência (que é aliás como se encontra).

    Ainda veremos um dia ser esta a bandeira do Norte Região e não aquela verde/branca que se vê por aí e que o senhor rio gosta muito.

    Tem havido pouco dialogo para a criação do Partido "Regional" Livre
    e é preciso não esmorecer e não esquecer de falar, falar só assim é que não se esquece.

    Um dia destes desafio os autores deste blog a serem os candidatos criadores do Partido e eu, como muitos outros, estaremos na 1ª linha.

    Não esqueçam amigos este é o melhor instrumento politico para avançarmos para a Regionalização.

    Abraço

    Renato Oliveira

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  2. Ora bem, se o futebol for mais uma ferramente para alimentar essa guerra norte-sul, não vejo mal nenhum nisso (independentemente de quem a alimenta).
    Instiguemos os sentimentos de orgulho nortenho, revolta e cisão para nos demarcarmos de Lisboa e ganhar força política (sonho com a autonomia).

    Abraço

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  3. Boa noite,

    No dia em que isso suceder podem contar com o meu apoio no que for necessário.

    Cumprimentos.

    Ps - Sou um leitor não muito interventivo mas atento. Parabéns pelo blog.

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  4. Caro Ricardo Simães.

    Seja benvindo e contamos consigo para esta grande luta que é a de emancipar a cidade do Porto e o Norte.

    Todos seremos poucos porque a luta vai ser dura e complicada. Mas nada que faça um Nortenho arrepiar caminho.

    Abraço

    Renato Oliveira

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