... em 1974 me dissessem que o 25 de Abril ia acabar com a censura política, e com a liberdade de opinião, mas que essa liberdade não privilegiaria o direito a ninguém de conspirar, e caluniar publicamente terceiros, eu teria apreciado, e agradecia.
Mas, se me tivessem prevenido que não ia ser assim, que até os políticos iam poder comentar futebol nos mídia como qualquer non-name boy fanático, sem serem imediatamente irradicados da política, teria preferido que a revolução não tivesse acontecido.
Mas, se me tivessem prevenido que não ia ser assim, que até os políticos iam poder comentar futebol nos mídia como qualquer non-name boy fanático, sem serem imediatamente irradicados da política, teria preferido que a revolução não tivesse acontecido.
Da mesma maneira, nunca ia acreditar em tal "democracia", se, tal como hoje acontece, me avisassem que a cidade do Porto nunca mais ia ter direito a jornais, rádios (e televisões) autónomos e ser espoliado dos poucos que ainda tinha. A isto juntaram-se sedes de bancos (e ainda há quem acredite no regime actual)...
Ontem, pela primeira vez, ouvi Francisco J. Marques chamar à liça o Governo, responsabilizando-o por tudo o que está a acontecer no futebol e de não responder às exposições que o FCPorto tem dirigido ao IPDJ e à Secretaria de Estado do Desporto.
Pouco a pouco, acabam por fazer aquilo que já ando a propôr há mêses...
Pouco a pouco, acabam por fazer aquilo que já ando a propôr há mêses...
Ainda bem. Vale mais tarde que nunca.