Joana Marques Vidal |
É consensual que Joana Marques Vidal tem desempenhado um mandato próximo do brilhante. Todos fazemos uma ideia das dificuldades que alguém com as suas características terá tido para desenvolver o seu trabalho numa instituição complexa como é o Ministério Público, rodeada de funcionários de honestidade duvidosa, e de centenas de milhares de processos empilhados por resolver.
Se a Justiça é lenta em Portugal, é essencialmente porque há no seu seio alguma gente a boicotá-la, como tudo indica ser o caso do juiz Rui Rangel. Nestas circunstâncias, só posso considerar infeliz e descaradamente política, a iniciativa de António Costa de propôr ao Presidente da República o fim do mandato de Joana Marques Vidal. Por uma razão muito simples: é ela quem melhor conhece o processo do crime mais diversificado (em número, e contextura) praticado no futebol nacional. Envolve gente de todas as classes sociais e profissionais, com muito poder, capazes de praticar actos criminosos da maior gravidade. O arguido principal é o Benfica, não é de certeza o edifício do Estádio quem os pratica, são as claques (que já assassinaram) e todos os que o representam administrativamente (acusados de corrupção e de tráfico de influências)...
Resta saber de que massa será feita a futura Procuradora Geral Lucília Gago. Há elogios prévios, mas sem grande sustentabilidade. Só o futuro próximo o dirá. Estes hábitos de mexer em tudo o que incomoda é uma característica dos políticos em Portugal. Convém nunca esquecer o que fizeram com a Regionalização que constava da nossa Constituição como especial garantia de revitalização da Democracia. Lançaram-na no lixo, e agora voltam às promessas e aos processos de intenção do costume.
Desconfiemos do que está para vir. A acusação está feita, falta saber como vai ser julgada.
Resta saber de que massa será feita a futura Procuradora Geral Lucília Gago. Há elogios prévios, mas sem grande sustentabilidade. Só o futuro próximo o dirá. Estes hábitos de mexer em tudo o que incomoda é uma característica dos políticos em Portugal. Convém nunca esquecer o que fizeram com a Regionalização que constava da nossa Constituição como especial garantia de revitalização da Democracia. Lançaram-na no lixo, e agora voltam às promessas e aos processos de intenção do costume.
Desconfiemos do que está para vir. A acusação está feita, falta saber como vai ser julgada.