24 agosto, 2018

Um país onde vale tudo pode saber o que é o orgulho?

Resultado de imagem para António Costa
A.Costa, quem disse que era habilidoso,
esqueceu-se de explicar em que arte...

Se não soubesse quanto é perniciosa a influência da cultura norte americana para o mundo, era capaz de acreditar que foi o Benfica que ensinou o Donald Trump a mentir como mente, e dessa forma conseguir chegar onde chegou. Quem diz  o Benfica, diz os governos portugueses dos últimos 20 anos (oposição incluída). Mas não, eu conheço a América de agora. Portugal, ou melhor, Lisboa, é um "país" demasiado insignificante para ser modelo para outros países, mesmo tratando-se de vigarices.

A globalização foi um fracasso para a Europa. Sempre pensei que a união  entre os países europeus fosse um excelente tratado dissuasor contra a tentação cíclica pela guerra, com benefícios económicos e comunitários partilhados sem prejuízo para as tradições culturais de cada um. Enganei-me.

A Europa tornou-se pouco mais que uma agregação continental de interesses económicos sem objectivos específicos nem pragmatismo.. O Parlamento Europeu nunca passou de um grande palco de teatral onde tudo se limita à discussão de processos de intenção sócio-económicos. O Reino Unido já percebeu isso, e neste momento anda às voltas, sem saber bem o que fazer da aliança "privilegiada" com os Estados Unidos liderado por um presidente da estirpe de Trump. Era como se o FCPorto decidisse agora ter a infeliz ideia de se aliar a um clube como o Benfica para cimentar a paz no futebol português...

Já fui um admirador dos Estados Unidos, mas isso foi para aí há uns 40 anos! Hoje, é dos países que considero mais incultos do mundo. Não pensem que endoideci, porque a cultura não é a ciência, e nisso são eles bons, mas não chega. A cultura é sobretudo aquilo que se faz de positivo com a ciência, porque sendo esta mal aplicada é algo muito destrutivo para qualquer cultura.  Cultura também se  aplica à arte do cinema e os americanos têm nesta área uma das suas grandes indústrias. Podia ser uma arte benéfica se o género preferencial fosse mais pedagógico e menos belicista, e se o resto do mundo não absorvesse irracionalmente o produto. Frases simples com sete palavras, no inglês americano não dispensam hoje cinco asneiras ordinárias pelo meio. Alguns países da Europa já fazem o mesmo, copiam-nos, acham-lhes graça, homens e mulheres falam mal, convencidos que isso os livra de preconceitos, quando estão apenas a restaurá-los. Não sou puritano, mas não sinto necessidade de imitar estas modernices. Há momentos que um palavrão é irresistível e merecido, mas daí a optar por uma verborreia rica em órgãos genitais e adjectivações orgásmicas vai uma grande diferença, para além de serem uma negação clara ao civismo...

Apesar dos norte americanos, em Portugal o tempo vai passando e não consigo compreender como é que ainda não despontou neste país nenhuma figura verdadeiramente relevante a insurgir-se com o rumo que ele está a levar. Já não falo dos governantes, nem mesmo da oposição, porque esses estão a cair no descrédito.

Mas caramba, não há nem uma única pessoa que vá à televisão desafiar o regime por se negar ao cumprimento das suas responsabilidades, permitindo o alastrar da injúria e do desrespeito nos órgãos de comunicação social com a própria RTP à cabeça? Como não ver a cumplicidade do Governo nesta pouca vergonha, se nós vemos tão nitidamente? As diatribes do Benfica não são um fenómeno desportivo isolado, são um fenómeno desportivo, mas também social, tremendamente grave pela cumplicidade política que o acompanha. Se é do conhecimento público que esse clube está sendo investigado pela PJ e MP, se há fortes indícios da prática de vários tipos de crimes, terão os representantes do Estado coragem para processarem alguém por considerá-los cúmplices desses mesmos crimes? 

É entediante continuarmos a ser espectadores involuntários de um espectáculo que não pedimos, nem gostamos. Envolve esquemas fraudulentos, mentiras, desonestidade, ofensa, espionagem, crimes. Não bastará para o governo dar finalmente um ar da sua graça caso ainda queira salvar a face? Ou prefere continuar a agir como vulgares chicos-espertos (tipo cartilheiros), indignos, daqueles que sem assumir a veia para o crime, são, apesar de tudo, uns perfeitos calhaus. Haja vergonha! Vejam se na família antiga havia alguém verdadeiramente honesto. Pode ser que corem. Pode ser que ainda se aproveite alguma coisa.   

   

   

23 agosto, 2018

O Governo confirma remodelação do IPDJ

Foto: Joana Bourgard/RR
Só percebe de mirtilos

O Governo confirmou, esta quinta-feira, à agência Lusa, que está em curso um processo de remodelação na direção do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ).
O gabinete do secretário de Estado da Juventude e Desporto garante que "serão dados pormenores oportunamente" sobre a remodelação, que será brevemente anunciada em despacho a publicar no Diário da República.
Segundo o "MaisFutebol", a remodelação passa pela substituição do presidente do IPDJ, Augusto Baganha, por Vítor Pataco. Decisão assente na criação da Autoridade Nacional Contra a Violência no Desporto. O novo organismo esvaziará algumas competências atuais do IPDJ.
Augusto Baganha é um antigo jogador de basquetebol do Sporting e apoia publicamente a candidatura de José Maria Ricciardi à presidência do Sporting. As eleições estão marcadas para 8 de setembro.
Nota de RoP:
É mesmo à Costa, muda as moscas, mas a merda-mor é a mesma. Aguardem. O primeiro a sair devia ser o menino da foto. Que confiança podemos ter na remodelação se os que lá estavam, actuavam sob o comando deste incompetente?

Mais uma vez o 1º. ministro deu um tiro no pé.

19 agosto, 2018

Também tu JN, queres render-te aos corruptos?


Ó JN, sentes-te mais democrata com o vermelho?


A estampa do Jornal de Notícias não me surpreende,e a ilação que dela retiro - mesmo sabendo que foi o primeiro jornal do país a ter o arrojo de publicar a teia criminosa do Benfica, com a cumplicidade despudorada dos media "nacionais" (RTP incluída=Governo) .  E não me surpreende porque  sempre suspeitei que o novo figurino editorial deste histórico jornal nortenho trazia água no bico.

Não há então como negar que agora o JN dedica muito mais tempo e espaço ao sul, que anteriormente. O JN sempre foi um jornal nacional com sede no Porto, mas com características locais, e regionais, coisa que sempre se justificou precisamente pela concentração de jornais em Lisboa e (para Lisboa), sempre mais e mais egocêntrica. 

Daí, perceber-se melhor o à vontade do vermelho na metade da capa, coisa que podíamos considerar natural num país democrático (que não é), e se os jornais de Lisboa praticassem a mesma diplomacia, coisa que, há longos anos não fazem. Pelo contrário, quando falam do FCPorto, ou é para conspirar, ou para maldizer. Certo?  Mas há mais: todos os canais de rádio e tv lisboetas, púbicos, como privados, afinam pelo mesmo diapasão. Portanto, a cidade do Porto não precisa de tanta delicadeza com os clubes de Lisboa, pela simples RAZÂO que Lisboa não a tem connôsco. Além de que tem toda a comunicação social contra si, e contra a própria Constituição. 

Então, para quê destacar Lisboa quando o próprio governo não quer saber de nós? É que Portugal não é só Lisboa. Se entendem ver as coisas assim, tenham lá paciência mas sinto-me no dever de lembrar que muito antes de Lisboa, já os portuenses eram portugueses. Será mentira? Bora lá, aldulterar a História! Afinal de contas é disso que os lisboetas percebem. Adulterar e corromper é aquilo que fazem melhor. Que o digam os Sópcrates e Oliveiras e Costas deste país vergonhoso!

tTalvez haja uma "excepção" à dôr de cotovelo dos alfacinhas pelo Porto: agora, como o Porto é falado em todo o mundo e amado por estrangeiros, já há por aí muitos lisboetas a abrir negócios na cidade, coisa que no contexto actual, não é bom augúrio...

Sintetizando, ninguém pode condenar aqueles que como eu desconfiam deste abrupto impulso de coragem dos dirigentes e administradores do JN, porque a avaliar pela côr da capa a estratégia não andará muito distante de tentar a benfiquisação do Porto. Por outras palavras, implantar a mouraria mais a norte.  Era o que faltava.