04 outubro, 2019

FCPorto desperdiçou oportunidades por rematar mal

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Holandeses mostraram ser tecnicamente
mais evoluídos


Antes de mais, retomo a questão do sistema de jogo do Sérgio Conceição. 

Basicamente: pressão alta, posse de bola, e defesa global, ou seja, todos os jogadores com obrigações defensivas. Conceição, terá certamente partido do velho princípio, que dita ser a partir da defesa que se ganham jogos. Não tenho nada contra esta opinião, pelo contrário. Mas a questão não é tão simples como parece. Recordemos: esta ideia de jogo não foi inventada pelo Sérgio. 

Julen Lopetegui também apostou na posse de bola, e na pressão alta. De início, até criou algumas expectativas, mas cedo começou a cansar, a partir do momento que a posse de bola abrandou, sem profundidade, transformando o jogo num fastidiante passe para trás, e para o lado. Depois, já sabemos como foi. À medida que nos apercebemos das desvantagens desta forma de jogar, começamos também a perceber que o plantel de Lopetegui carecia de um défice de jogadores com qualidade técnica, quer no passe, quer no remate. Este problema ainda existe, de momento, embora alguns jogadores contratados recentemente estejam a um nível um pouco superior.  

No pequeno grupo de jogadores contratados esta época, o Nakajima é para mim o que melhor remata e passa. Além disso, é rápido. Contudo, não creio que o FCPorto venha a tirar vantagem das suas qualidades se o treinador continuar a exigir dele o que não tem para dar. Nakajima tem qualidades, mas a pujança física não é uma delas. Ele tem vontade, esforça-se, mas não tem cabedal para andar para trás e para a frente. Considero um erro, se o treinador continuar a exigir isso do rapaz. O próprio Marega, que tem bom físico, já tem acusado o toque. O Corona não jogou ontem por quê? Porque joga muitas vezes, está tocado, porque não tem substituto à altura. E isto vai acontecer mais vezes com os jogadores mais utilizados, não duvidem.

A ideia de futebol pressionante tem as suas vantagens mas carece de rotatividade. Se Conceição quiser mantê-lo sem reformular o seu critério e opções, terá de rodar mais os jogadores, se não, voltamos a entrar no ciclo das lesões, e nos momentos chaves claudicamos.

O jogo de ontem voltou a denunciar o que aqui já referi outras vezes. Alguns jogadores do FCPorto, comparados com os holandeses, voltaram a dar provas de não terem grande capacidade de passe e de remate. O controle de bola, como o drible, são igualmente importantes.

Danilo, é um jogador empenhado, tem arcaboiço, mas é muito irregular a passar e a acertar com a baliza. Ontem, ofereceu o 1º. golo ao adversário. Asneiras destas também contagiam, é muito negativo mesmo para os jogadores tecnicamente superiores. É no que dá, andarmos há anos a remediar o plantel com metade dele constituído por jogadores apenas medianos . E (lá estou eu a ter de me explicar outra vez), é apenas a minha opinião, não tem nada ver com simpatizar ou antipatizar com os jogadores A ou B. Podemos apontar erros pontuais, porque não são graves quando causados por jogadores assertivos. Graves são os erros frequentes, e Danilo comete-os vezes de mais. Alexe Telles não esteve muito bem, ontem, mas a esse temos de lhe dar esse direito, porque foi um dos que descansou menos vezes, e um dos que melhor jogam normalmente.

Comparemos a qualidade tècnica dos holandeses com a dos nossos jogadores, quer no passe, quer a chutar, e concluiremos que não chega termos uma equipa combativa, pressionante, que cria muitas oportunidades de golo, mas com um baixíssimo défice de eficácia. Seria bom que Sérgio Conceição se voltasse para essa vertente do treino, e a melhorasse.

Lá diz o ditado: quem não marca, arrisca-se a perder. Foi o que sucedeu. Carpir máguas, pouco adianta.      

01 outubro, 2019

Um Portugal, sem honra nem civilidade

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Qual é a diferença?


Não vale a pena fecharmos os olhos, e taparmos os ouvidos à realidade do país.  É uma irresponsabilidade.

A história pode adulterar-se agora, mas é difícil de branquear com o decorrer dos tempos. Factos, são factos, negá-los é apenas a reacção cobarde de quem quer à viva força ocultá-los. 

Não temos governantes, temos péssimos actores, com uma sórdida inclinação para a marginalidade. A justiça foi invadida por oportunistas, em vez de tonificada e privilegiada com homens dignos, e eticamente superiores. Nos tempos que correm, tal desiderato tornou-se numa utopia. Decididamente, ser juiz, hoje, é correr o risco de passar por um tipo suspeito, como um banqueiro, ou um político, por exemplo... Enfim, actividades outrora nobres são agora básicas, e completamente desprestigiadas. 

Estamos a passar talvez uma das fases mais indecorosas da história contemporânea. Contrariamente ao que podíamos supor, a tecnologia da comunicação não nos tornou melhores cidadãos, mais civilizados, mais pacíficos. Actualmente, o carácter do individuo quase se eclipsou. A universalidade, transformou-nos em clones, e fez o mundo andar para trás. E que dizer da cultura?

Noventa por cento dos filmes americanos, que ocupam parte importante das nossas televisões e cinemas, apostam na violência ou no sexo, como se fossem almas gémeas. Um livro, como um filme, para serem culturalmente úteis têm de ser realistas, não devem fugir de factos. A ficção distrai, mas também ilude. Adulterá-los, ou deles fazer uma espécie de pastilha elástica, é a antítese da cultura. 

E, por falar em cultura, talvez seja eu que me deixei ultrapassar pelos "novos" tempos, mas ainda não consegui perceber a obsessão dos americanos pela linguagem grosseira, agora tanto na moda. Em cada 3 palavras, uma tem de ser ordinária. As mulheres perderam em charme o que ganharam em vulgaridade. Os diálogos não conseguem completar uma frase sem lhe incluírem um fuck you, ou puxar o tema sexo completamente a despropósito. Fica-nos a ideia que, para eles, ainda existem preconceitos àcerca do sexo, e que só lhe juntando  grandes palavrões se sentem realizados.

Já fui um admirador da América, hoje nada me diz, e o cinema  que exportam para o mundo inteiro muito contribuiu para isso.  O pior, é que estes hábitos perniciosos, e de baixo nível, estão a influenciar grande parte da humanidade.  Portugal (como não podia deixar de ser), país vocacionado para a imitação rasca, agradece a pedagogia. 

Ontem, curiosamente, vi um filme de um realizador italo-germano (Giullio Ricciarelli) que me fez lembrar uma grave ocorrência no nosso país, pouco diferente na brutalidade, mas semelhante no desfecho. O filme consistia em julgar os carrascos nazis de Auschwitz que serviram Hitler, da forma mais cruel que se pode imaginar. O julgamento executou-se numa época em que a Alemanha queria esquecer o passado da guerra que promoveram. Ocorreu em 1969 (mais ou menos), cerca de 50 anos após o fim da guerra. Entre a semelhança  deste caso e o de Portugal do pós 25 de Abril, há um denominador comum: derrubadas as ditaduras (de Hitler e Salazar), na Alemanha os nazis ainda escaparam à Justiça, mas outros foram julgados e condenados. Em Portugal, alguns colaboradores da PIDE ainda estão em liberdade, deixando descendentes. Muitos deles escaparam ao castigo, e andam por aí (isto, não vos faz lembrar nada, agora?). Aqui, o crime compensa. É um facto, mas só para alguns...  

Olho neles, amigos.  As coisas não acontecem por acaso...

29 setembro, 2019

As modalidades do FCPorto prometem, e cumprem

No hóquei em patins, mesmo com uma equipa recentemente renovada, 
o FCPorto continua altamente competitivo, e já está na final da Taça 
Continental, onde irá enfrentar o Sporting, depois de ganhar o 
Lérida por 8-2.
FCPorto está muito bem nas modalidades. No Andebol,
conseguiu bater o poderoso Vive Kielce da Polónia (actual campeão
Europeu), por 33-30. Fantástico!

Nem tudo vai mal no reino do Dragão. Felizmente, nas modalidades, a máfia parece mais inofensiva, 
particularmente a nível internacional. Por enquanto... Não é por aqui que temos razões de queixa. 
A equipa de basquete de Moncho Lopez, deste ano, parece também mais competitiva.