29 julho, 2011

Tripas à moda do Porto concorre às 7 Maravilhas da Gastronomia Nacional

Tripas à moda do Porto [antigo]
O prato mais histórico e característico do país, vai a votos, amanhã em... Gaia, conjuntamente com outros 20 finalistas.

Nem para um evento desta natureza, Rui Rio escapou da mediocridade.

Só porque Luís Filipe Menezes participou no processo, Rui Rio decidiu não prestar o contributo devido pela edilidade que, em má hora, uns tantos, quiseram que representasse. 

Que espécie de portuenses são estes, que tão mal têm feito à cidade? Nunca o Porto teve na história um Presidente de Câmara tão desprezível. É o "nim" em pessoa, a negação da vida.

Vivam as tripas! Abaixo os híbridos!

TELEVISÃO-FCPorto assume Porto Canal esta segunda-feira

O FCorto assume esta 2ª.feira a gestão e a Direcção do Porto Canal. Já no dia 1 de Agosto entram em grelha os novos conteúdos na área do desporto e, para marcar o 1º.dia, está reservada uma surpresa para o período de horário nobre, diz o canal nortenho em comunicado.

O desporto passa a ter uma representatividade reforçada na emissão, havendo blocos informativos e programas especializados. Para a segunda quinzena de Setembro está agendado o reforço da informação geral. Estas são as novidades imediatas no Porto Canal, estando a ser trabalhadas alterações mais profundas para o início de 2012. A televisão mantém as características base de canal generalista, tendo como linha condutora ser um canal de televisão da Região Porto e Norte de Portugal para o resto do país.

Domingos Andrade, até agora director adjunto da Agência Lusa e ex-chefe de Redacção do JN é o Director de Informação e de Programação dos conteúdos não desportivos, ficando a área do desporto sob a Direcção de Rui Cerqueira, ex-jornalista da RTP e actual Director de Comunicação do FCPorto. 

Obs.RoP
Que seja um "casamento" feliz, porque não é um casamento qualquer...

ColorAdd: Uma ideia que está a mudar o mundo dos daltónicos nasceu no Porto

“Devo ser a figura não pública com mais pessoas importantes no telemóvel”, diz, a sorrir, Miguel Neiva, no seu pequeno escritório de design na Foz do Porto. Hipérboles à parte, não andará muito longe da verdade: da autoridade de transportes de Londres, com quem se reuniu este mês, a algumas das maiores empresas globais, meio mundo está interessado em conhecer o que o designer propõe para facilitar a vida dos daltónicos.

O que Miguel Neiva, designer do Porto de 42 anos, tem apresentado ao mundo desde 2008 é uma daquelas ideias “ovo de Colombo”: um código universal que identifique as cores, através de um conjunto de símbolos compreensível do Portugal ao no Japão. Um código universal, portanto, para quem confunde as cores – 10% da população masculina. Chamou-lhe ColorAdd.

Perante as teses “muito técnicas” sugeridas pela Universidade do Minho na altura de escolher o objecto prático do seu mestrado em design, lembrou-se de um colega de turma que era daltónico e motivo de riso.

Constatou que, apesar do impacto do daltonismo na vida de milhões de pessoas (um exemplo entre tantos possíveis: a maior parte olha para um semáforo e confunde o vermelho com o verde), não havia muita informação sobre esta condição médica.

“Não existia rigorosamente nada”, recorda, situação que contrastava com outras limitações, como a cegueira ou a deficiência motora. “Pouco se sabe, os próprios daltónicos não se interessam muito, talvez por não haver cura”, diz. Um problema quase invisível que, talvez por isso, não merece grande preocupação do resto da sociedade – pense-se que bastaria que os semáforos não usassem vermelho e verde, precisamente as cores mais problemáticas para a maioria dos daltónicos.

Miguel Neiva lembrou-se de criar um código “universal” para aplicar às peças de roupa, mas rapidamente percebeu que a ideia deveria ser alargada a qualquer área de actividade humana em que as cores sejam importantes.

Um inquérito a quase 150 daltónicos validou o projecto: sem saberem dos planos de Miguel, os que apresentaram soluções para melhorar a vida dos daltónicos falaram de um código. Como é que ninguém se lembrara disto antes? O mesmo inquérito revelou que 90% dos daltónicos precisa de ajuda para comprar roupa, entre outras limitações.

Miguel Neiva levou 8 anos, o tempo da tese (“não tinha pressa” em acabá-la), a estudar o daltonismo e a desenvolver o código, que segue o princípio da adição de cores primárias: atribuiu um elemento gráfico a cada cor primária e, a partir daí, somando os símbolos como quem soma cores primárias, chegou a um mapa de cores, todas elas com um elemento gráfico diferente. Nem a diferença entre cores claras e escuras ficou esquecida.

De Portugal para o mundo

Concluído o código, Miguel Neiva tem-se dedicado, desde 2008, a percorrer o mundo, em conferências, para apresentar a descoberta, já patenteada. Atingido o reconhecimento (a revista brasileira Galileu elegeu o ColorAdd como uma das 40 melhores ideias para melhorar o mundo), é hora de passar à prática.

Miguel escolheu 3 grandes áreas: a educação, a saúde e os transportes. Os lápis de cor da Viarco, as Tintas Cin, a Metro do Porto, o Hospital de São João e o Centro Hospitalar de Lisboa Central estão entre os clientes com projectos já em curso ou que devem arrancar em breve.

O objectivo é testar em Portugal soluções que possam ser facilmente exportáveis para empresas ou entidades semelhantes noutras partes do mundo. Um dos projectos que mais entusiasma Miguel Neiva é a possibilidade de usar o ColorAdd em semáforos no Brasil.

A utilização do ColorAdd requer a atribuição de uma licença, cujo preço será adaptado a cada cliente. O que interessa agora é espalhar o conceito e assegurar que a sua aplicação é bem feita, mais do que gerar lucro. Até porque Miguel já tem um plano na cabeça: transformar parte do valor das licenças na criação de uma ONG que faça rastreios de daltonismo e divulgue o código.

[In Porto24]

Obs.
Para mim, esta, não é propriamente uma notícia; já tinha conhecimento dela há uns mêses. Apraz-me particularmente, por se tratar de um jovem que conheci, de criança, e a quem me ligam remotos laços familiares.
Bom rapaz, podem crer. Ah, e tem outra grande qualidade:  é portista, e falha poucos jogos no Dragão... 

28 julho, 2011

É preciso parar de construir




A CONSTRUÇÃO na periferia de estradas, escolas, hospitais e centros comerciais fez com que as duas mais importantes áreas metropolitanas do país passassem a ser aglomerados policêntricos

As 350 mil casas que estão à venda demorariam três anos a escoar se, no entretanto, as imobiliárias não continuassem a encharcar o mercado com mais oferta (a fileira da construção tem uma velocidade de travagem em tudo idêntica à dos superpetroleiros) - e se o ritmo das vendas se mantivesse igual ao de 2010, o que é altamente improvável, pois, para ressuscitar o arrendamento, a troika impôs medidas que penalizam a propriedade e a banca passou da fase em que andava atrás de nós para nos emprestar dinheiro para a de andar atrás do nosso dinheiro.

Não é preciso ser um Einstein para perceber que já terminou o tempo em que as áreas metropolitanas do Porto e Lisboa cresceram anarquicamente como manchas de azeite, fazendo a fortuna de empreiteiros habilidosos e o upgrade de patos-bravos. Agora é preciso parar de construir e passar a reabilitar.

Um país com a dívida soberana classificada como lixo não se pode dar ao luxo de ter um milhão de habitações a precisar de obras e 100 mil milhões de euros empatados em casas vazias. No coração do Porto há 15 mil edifícios a cair. Do total de 55 350 edifícios existentes em Lisboa, 4618 (8%) estão abandonados e 7700 ameaçam ruir.

Face a esta situação é impossível não achar estranho que, apesar do programa de obras no Parque Escolar promovido pelo Governo Sócrates, a reabilitação pese menos de 7% no nosso mercado construção, quando em Espanha vale 29% e a média europeia é de 36%. Requalificar, reordenar e reabilitar são as soluções para desatar o nó complexo que nos impede de progredir.

Após o 25 de Abril, as cidades portuguesas cresceram de uma forma caótica e desordenada. O congelamento das rendas, decretado no Estado Novo e mantido pela jovem democracia, teve o efeito perverso de ser o pai de uma explosão desordenada e difusa das periferias de Lisboa e Porto.

Favorecidas pelo forte aumento do poder de compra, democratização do automóvel e multiplicação de vias rápidas e auto-estradas, as periferias das grandes cidades esvaziaram os centros urbanos tradicionais, assumindo o papel de poderoso imã que atraiu dezenas de milhares de jovens casais.

A construção na periferia de estradas, escolas, hospitais e centros comerciais, para servir as populações em movimento, fez com que as duas mais importantes áreas metropolitanas portuguesas passassem a ser aglomerados urbanos policêntricos.

A desertificação dos centros cívicos e os movimentos centrífugos dos últimos 30 anos têm de ser contrariados por um esforço de ressurgimento dos centros históricos, criando condições para que eles voltem a ser habitados e tenham uma vida activa para além das horas de expediente dos serviços.

Este esforço centrípeto é essencial para manter o Porto como um destino «trendy» para os turistas estrangeiros e para que seja restabelecido o equilíbrio ecológico na malha urbana.

[No JN]

Crónica também publicada no blogue As Casas do Porto

27 julho, 2011

Quanta elevação!

E melindram-se estes meninos, com o " sr.doutor" e "sra.doutora". Eu trata-los-ia, por gajos! E estavam a ser muito bem tratados!

26 julho, 2011

Nova associação quer dinamizar o centro histórico sem recorrer a subsídios

Por Ana Isabel Pereira

A Associação Infante D. Henrique – Associação para o Desenvolvimento do Centro Histórico do Porto nasceu, no passado dia 12, com o objectivo de “dinamizar social, cultural e economicamente” uma zona da cidade que está “parada, morta, a definhar”, explicou ao P24 o padre Agostinho Jardim Moreira, presidente da comissão instaladora da nova entidade.

Os fundadores – instituições e pessoas singulares que acharam que estava “na hora de inovar e criar uma associação com parceiros que trabalhassem em conjunto” – põem, desde logo, “de parte a ideia de obter subsídios de alguém”, sublinhou o também presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza.

Consciente de que Centro Histórico do Porto (CHP) foi “objecto de algumas intervenções que não tiveram grande sucesso” no passado, “como o CRUARB” (Comissariado para a Renovação Urbana da Área de Ribeira/Barredo) e “a FDZHP – Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto, que o doutor rui rio também eliminou”, os fundadores da Associação Infante D. Henrique querem inovar.

“Não queremos participação partidária. Se é utópico. De certo modo, é. É inovador e é uma nova forma de a sociedade civil participar na construção de uma sociedade nova”, entende Jardim Moreira.

Para além do pároco, entre os sócios fundadores, estão a ADRAVE – Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Ave, a Cenatex II, Formação e Serviços, os centros sociais e paroquiais de São Nicolau e N.ª S.ª da Vitória, a Escola das Virtudes, Cooperativa de Ensino Polivalente e Artístico, a Fundação Eça de Queiroz, Hélder Ferreira, José Alberto Reis, Paula Rosa Dourado, Sérgio Aires e o blogger Tiago Azevedo Fernandes.


“A recuperação urbana também está nos nossos objectivos”, avançou ao P24 Jardim Moreira.

Sem subsídios, a dinamização do Centro Histórico do Porto (CHP) será feita “a partir dos parceiros que já se associaram e daqueles que se vierem a associarem”. As entidades e individualidades que entrarem para a associação neste primeiro ano de vida terão direito a ser também sócios fundadores. Os associados não têm de ser da cidade, sendo certo que a intervenção e a experiência que trouxerem a este projecto terá efeitos no CHP.

A Câmara do Porto “aceitou participar” no projecto da associação, mas “de uma forma muito peculiar”, diz Jardim Moreira: dará o seu contributo “através de um protocolo”. O presidente da comissão instaladora da nossa entidade diz que até “pode ser como [sócio] fundador, mas não de uma forma directa”.


Plano de acção

Jardim Moreira dá 2 exemplos de como as instituições podem ajudar a cumprir esta missão no centro histórico da cidade sem que isso tenha custos para as suas organizações.

À Fundação Millennium bcp, por exemplo, foi pedido “que interviesse com a sua organização e a sua estratégia no centro histórico”. E o Hospital de São Francisco, junto ao Palácio da Bolsa, “está a pensar em oferecer fazer o diagnóstico – visual, olfactivo… – às crianças” residentes nas 4 freguesias do CHP.

A comissão instaladora da Associação Infante D. Henrique tem agora um ano para “propor um plano [de acção] e as formas de o executar”, explica Jardim Moreira.

Durante esse período, “o Instituto [Superior] de Serviço Social do Porto colocará centenas de alunos estagiários no terreno a fazer o diagnóstico do centro histórico”.

[Porto24]

Francamente!

Estamos no século XXI! A ciência tem feito progressos incriveis. Ter estações tripuladas a circular no espaço sideral, com pessoas a entra e sair de outros módulos espaciais, é hoje quase uma banalidade. A medicina, a física, todos os campos do saber humano, conseguem hoje coisas que há poucos anos eram meras fantasias.

Mas há melhor! Esta abençoada cidade do Porto, mais os seus vizinhos metropolitanos, conseguem uma admirável proeza. Não foram capazes ainda de sincronizar os seus semáforos, de forma a criar aquilo que a que se chama uma " onda verde". Orgulhosamente mantêm a sua típica " onda vermelha"! Por isso somos obrigados à tortura de parar em quase todos os semáforos, pois que normalmente quando um passa a verde, o seguinte passa a vermelho, mesmo que esteja a pequeníssima distância do anterior.

Como se explica isto? Por um lado, a tradicional apatia de grande parte dos portuenses, que deve achar que esta situação é normal e portanto inibem-se de exprimir publicamente a sua indignação e inconformismo. Por outro lado, a atitude das autoridades municipais, presidente incluido, que permite que esta situação se perpetue como se de algo normal se tratasse. Será desleixo, incompetência, ou simples estupidez? É escolher...