07 dezembro, 2013

Hipocrisia cavaquista e as condolencias ao "amigo" Mandela

Se às sociedades livres da Europa continuarmos a chamar democracia, então, é porque aceitamos o jogo de quem nos quer enganar. Pela minha parte, e enquanto cidadão que exige ser respeitado, recuso-me terminantemente a exercer o meu direito de voto enquanto as regras desta "democracia" não forem alteradas de modo a ter garantias da idoneidade de quem se propõe governar o país. Se nada for feito nesse sentido, apenas votarei para as autárquicas, e mesmo assim, só depois de saber que o currículo dos candidatos é merecedor da minha consideração e da minha confiança. Por outras palavras, só depois do 1º- mandato é que estarei disponível para lhes dar carta branca para o 2º, e assim sucessivamente. Fiar, é que já não fio mais. Acabou!

É quando assisto a shows deploráveis, da mais vil hipocrisia, como o que Cavaco Silva deu no seu discurso de conveniência à morte desse grande Humanista chamado Nelson Mandela, que consolido mais e mais, o meu desprezo profundo, a minha imensa vergonha por ver no mais alto cargo da nação um homem tão insignificante e hipócrita como Cavaco Silva. Mas, se o mal viesse só dele ainda podíamos vislumbrar algumas réstias de esperança para o futuro, o drama é que este Portugal tem mais cavacos por metro quadrado que Mandelas no Mundo inteiro.

Homens como Mandela são antes de tudo HOMENS completos, íntegros, humanistas, jóias raras nos tempos que correm. Pessoas com aspecto de homens, ordinárias, fingidas, há muitas, como Cavaco, mas que não valem um centimo, o "mercado" está a abarrotar, sobretudo na classe política [que o diga Marinho e Pinto].

O tipo que em 1987 era então 1º Ministro de Portugal também se chamava Cavaco Silva. Esse fulano, é hoje Presidente da República*, carpiu mágoas pela morte de Nelson Mandela, mas é o mesmo que votou contra a uma resolução das Nações Unidas que pedia a sua libertação... Resumindo e concluindo: dependesse da vontade de Cavaco, Mandela tinha apodrecido na cadeia.

Que asco de gente!

* Em Portugal os traidores e incompetentes são promovidos. Ainda há dúvidas?

04 dezembro, 2013

Não se trata de pessimismo...

 

...mas, partilho muito do que Manuel Serrão escreveu no artigo aqui publicado e vou mais longe: creio que, nos últimos anos, é na escolha de alguns dirigentes/técnicos que a SAD e o Presidente Pinto da Costa têm sido mais relaxados [embora felizes...].

Receio que se tenham deixado entusiasmar com as soluções de última hora como a contratação de Victor Pereira que, melhor ou pior, foi relativamente bem sucedida em termos desportivos, mas que deixou muito a desejar nos aspectos financeiros [afastamento prematuro da Champions] e na qualidade do futebol praticado. 

Sem pretender especular com a situação actual, tudo leva a crer que a vinda de Paulo Fonseca tenha sido também uma solução de recurso, talvez provocada por um atraso qualquer ou impedimento à contratação de outro treinador.  O certo, é que, o FCPorto parece um tanto adormecido em relação a assuntos da maior importância para o clube, como é o da equipa principal de futebol, e também o da comunicação [refiro-me, ao Porto Canal]. A este respeito, também tenho dúvidas que Júlio Magalhães tenha o perfil indicado para um projecto inovador de televisão, como se esperava que fosse o Porto Canal. Um canal que devia atrair os portuenses e nortenhos em geral, está a fazer exactamente o contrário [e falo por mim], consegue repelir, tal é a monotonia da programação.

Pior do que errar, é insistir no erro. Os remedeios são isso mesmo, servem para remediar, mas quando se perverte o sentido das razões, passa a tornar-se um hábito. Os casos de Liedson, Izmaylov, Fucile [e outros] como está bom de ver, foram paradigmáticos da inversão lógica do remedeio e vieram trazer mais problemas que soluções. Para colocar a cereja no topo do bolo, fala-se no regresso de Quaresma para resolver a escassez de flanquedores no plantel... Quaresma, caprichoso como é, até é capaz de fazer umas flores nos primeiros jogos e ressuscitar o saudosismo deixado nos adeptos "brinca-na-areia", mas duvido que consigam ver em Quaresma o lateral consistente e lutador de que o FCPorto precisa. Mas, gostava de me enganar.

Estranha, esta forma de gerir. O FCPorto habituou-nos tão bem... Estará a pensar em habituar-nos mal?

O destino marca a hora





No F. C. Porto, como todos os dragões sabem, o nosso destino é ganhar. Como o nosso desatino é perder. Esta época chegamos ao ponto de não retorno. Que é aquele ponto em que a nossa equipa com o treinador que tem não é mais capaz de nos dar retorno.

O tempo que lhe demos, já ninguém nos devolve. Cumpre-nos impedir que a este tempo se acrescentem outros tempos, tempos mortos.

Em condições normais sou um defensor acérrimo da estabilidade no comando da equipa técnica e já disse e escrevi várias vezes que os treinadores só devem ser substituídos quando se tornam impossíveis os objetivos anunciados no princípio da caminhada. Julgo que estamos perante um caso em que a morte anunciada não deve esperar pela matemática.

Para a nossa equipa de futebol a temporada não começou nada mal, somando-se o nosso mérito inicial ao destempero com que Benfica, Sporting e até Braga deram os primeiros pontapés.

Quando se julgava que a competição nacional ia ser um passeio relaxado, virando as nossas preocupações para o desempenho na Champions, eis que a frente interna nos surpreendeu negativamente, primeiro com aquilo que parecia ser apenas um acidente de percurso, para depois se tornar de facto num verdadeiro percurso acidentado.

O jogo de Coimbra foi a cereja em cima do bolo... que já tínhamos estampado na testa! Enquanto nos desaires anteriores pudemos falar de equipas poderosas como o líder do campeonato espanhol, de erros flagrantes de arbitragem ou de uma tremenda falta de sorte aqui e ali, com a Académica, as desculpas só vêm agravar a missa, porque ficou um penálti por marcar e o que foi marcado é no mínimo duvidoso.

Mas para além disso, o que me "destruiu" em Coimbra, para já não falar daquele deserto de ideias do "chuveirinho" final, foi a exibição confrangedora da primeira parte, que pode até ter sido o pior jogo que eu vi o F.C.P. fazer desde que Pinto da Costa regressou ao clube. Em boa hora!

O nosso presidente, que prima por uma memória de ferro e que alguns gostavam de enterrar mais cedo (pelo menos para o mundo do futebol) há de conservar a saúde e a destreza suficientes para perceber que, com ele, cometemos um monumental erro de casting .

No fundo já não há muita coisa para inventar. Mudar de presidente, só quando Deus quiser e espero que não queira tão cedo. Mudar de jogadores, ainda por cima a meio da época, é uma missão impossível, mesmo que alguns pareçam estar mesmo a pedi-lo. Resta mudar de treinador.

Paulo Fonseca será uma excelente pessoa, de uma educação esmerada e com um currículo curto, mas curioso. Imagino que goze de enorme simpatia no grupo de trabalho e seja credor da admiração dos dirigentes que com ele mais privam. Mas está visto que não chega. Não se trata de vencer um concurso de Miss Simpatia, mas de ser capaz de pôr esta equipa do Porto a jogar e a ganhar, no mínimo, com o registo dos últimos anos.

Infelizmente, em pouco mais de um mês, Paulo Fonseca desbaratou cinco pontos de avanço na Liga, ficou senhor do pior registo de sempre na Champions (nos jogos em casa), averbou a primeira derrota depois de 671 dias invictos e temo que a lá continuar ainda seja homem para acumular mais recordes deste jaez.

Admito que ainda tenha de dirigir a equipa contra o Braga, à espera da derradeira jornada europeia, em que já nem sequer dependemos só da nossa vitória obrigatória em Madrid. Admito que se o improvável acontecer, que o queiram segurar. Mas se o milagre não nos reabrir as portas da Champions esse será o momento certo para mudar de vida. A dois meses da Liga Europa e a um mês do jogo da Luz, ou há coragem para mudar, ou então, depois só vale a pena voltar a pensar o assunto quando se começar a tratar da próxima época.
Se esta equipa e estes jogadores valem mais do que têm mostrado e valem mais minutos do que aqueles 20 ou 30 em que nos mostraram o que podem valer, então o que já sabemos é que Paulo Fonseca não consegue pô-los a render como devia.

A correr bem até pode ser ele a perceber isso primeiro. Se é que ainda não percebeu..

03 dezembro, 2013

Só podia ser assim

É assim, unidos, solidários e determinados, que gosto de ver os líderes da região, particularmente, do Porto.

Sempre entendi que os amuos do passado recente seriam devidamente esclarecidos e rapidamente ultrapassados. 

Vamos lá PORTO!

Para ver o vídeo [JN] clicar aqui.