08 fevereiro, 2019

Como é possível isto? Estaremos todos a sonhar

"Tweet" após jogo com o Benfica vale suspensão a Afonso Figueiredo

Afonso Figueiredo foi punido pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) com um jogo de suspensão devido a uma mensagem publicada no Twitter após a partida com o Benfica, da primeira jornada da fase de grupos da Taça da Liga, que o Rio Ave perdeu por 2-1.
"Quando uma equipa 'pequena' assusta um grande, há sempre 'alguém' para os ajudar... Quando evoluis, Portugal? P.S.: dentro de campo não havia buracos", escreveu, então, o lateral-esquerdo na sua conta do Twitter. A mensagem foi posteriormente apagada.
Afonso Figueiredo foi ainda sancionado com uma multa de 580 euros
Portugal é de facto um país surreal. É talvez o único do mundo capaz de confundir a sua área e o seu povo com a área e o povo da capital. Em regime de exclusividade.  Mais.  Esse "país capital" tudo tem feito para ver no país real o pior inimigo. A continuar assim, mergulhado neste equívoco mental, sujeita-se a criar mesmo inimigos viscerais.
Pena é que o futebol, ou melhor, um clube de futebol chamado Benfica, bem como o pântano de corrupção que gravita à sua volta não tenha servido de tema para o programa A Circulatura do Quadrado (agora na TVI), onde o convidado de honra foi o Presidente da República! 
Será que nos tempos que correm a liberdade de informação estará condicionada apenas a quem se atreve a denunciar o Benfica, pela bizarra razão de se tratar do clube mais corrupto do país real?
Por este andar esses PIDES que por aí vegetam, como o que foi mandatado para castigar o Afonso Figueiredo vão-me trazer a polícia à porta. Tenho de me precaver...
PIDES! Nem todos foram presos, está provado e comprovado. Só podem ser descendentes da PIDE.

06 fevereiro, 2019

Os políticos são o pior que tem o país. Só pensam em si próprios.

Resultado de imagem para partido da aliança
A Santa Casa acabou, regressa à política
Grande homem...Hàbil, não é?


Só mesmo os políticos, os que chegaram ao poder e os que ainda ambicionam lá chegar, entendem que estamos a ser bem governados. Só esses, e aqueles que directa ou indirectamente têm sido beneficiados, como recompensa eleitoral, e não como consequência de um desempenho governativo social e economicamente progressista . O resto, as pessoas que sentem na pele a falta de competência e de integridade dos governantes sabem perfeitamente que o país está cada vez mais desgovernado e contaminado pela corrupção. São os que sabem que é esta a realidade, e não a dos senhores políticos, os consciênciosos, os que vivem com a liberdade de nunca se terem vendido aos crápulas para sobreviver. Só estas pessoas sabem e falam com realismo! 

Como é possível acreditar em pessoas com responsabilidades que não merecem? Quando sabendo que a realidade não é aquilo que dizem contribuem para que haja cada vez mais descrédito, violência, desonestidade e hostilidade ?

O Presidente da República entendeu que explorando emocionalmente as fraquezas do povo, era o suficiente para o controlar e amansar. E assim o fez. Sabendo como são os portugueses, achou que falando-lhes ao coração, podia camuflar as suas próprias fraquezas e incompetências. Por exemplo, alhear-se do poder que tem sido dado a um cadastrado (L.F.Vieira) sobre  o próprio Estado (Justiça, Polícia, Banca) e instituições desportivas, desbaratando o exercício da magistratura de influência a que tem direito para as obrigar a agir correctamente. Não! Mantém-se calado, como se nada de grave estivesse a acontecer! Ele sabe que os beijinhos e os abraços conseguem derreter a bondade do povo, mas também a sua eterna incivilidade. E lá vai andando, entre os pingos da chuva!

Com o 1º. Ministro também não podemos contar. A balbúrdia em que se está a transformar a "bela" liberdade carece de ordem, e António Costa parece que está à espera de uma rebelião popular, ou de mais mortes, para perceber que a obediência à lei é fundamental para funcionar pacificamente. Nada disto o convence a deixar de intervir tardiamente, como é o seu estilo. Parece não lhe terem bastado os mortos dos incêndios de Pedrogão, dos assassinatos causados por adeptos do Benfica, das vítimas de derrocadas em pedreiras, enfim das desgraças que sabemos. Está a colaborar para que o país se desintegre permitindo o crescer das rivalidades clubistas para um patamar de ódio e de discriminação antes nunca visto. Há quem considere A. Costa um político habilidoso, e até pode ser. Mas isso não faz dele um político categorizado e competente. São predicados muito diferentes, e para actividades diferentes. Se há coisa que detesto nos políticos (e não só), é a tendência para a fraude e para a mentira.

A questão é esta: A. Costa já devia ter demitido alguns dos seus governantes. Um deles (só para falar do mais repugnante), é o Secretário de Estado Desporto, um tipo tão trapaceiro que me dá vontade de emitar o Madureira se me cruzar com ele em qualquer lugar. São estes farsantes que semeiam o ódio e apelam à violência. Se A. Costa não entende isso, então é também responsável pelo que o seu subordinado faz (e não faz quando devia fazer). 

Nos jornais, não páram de chegar notícias que apontam para um aumento galopante de doenças do foro mental na população. Não é para espantar, já que o país e quem o (des)governa tem estado a contribuir fortemente para que isso aconteça. Tantas são as incompetências que me dá pena ver o esforço feito por Francisco J. Marques e Pedro Bragança a denunciarem crimes e comportamentos inqualificáveis (como os da ERC), sem terem por trás a apoiá-los de modo mais visível a SAD do FCPorto. Algum apoio devem ter, acredito, mas seria muito mais personalizado e afirmativo se os membros da SAD dessem a cara para lembrarem aos adeptos que não são apenas meras figuras representativas. O momento (que já não é de agora) pede mais presença. De todos.


PS-Quem não gostar do que leu, não precisa de opinar se fôr para insultar, porque nada me impedirá de dizer aquilo que penso. Além de que os insultos e o anonimato são a prova provada que não merecem perdas de tempo. 


05 fevereiro, 2019

Bem merecido este gesto! Quando a justiça não tem vergonha estes contactos são merecidos

O líder da claque Super Dragões cruzou-se com Paulo Gonçalves, esta segunda-feira, num restaurante do Porto. Fernando Madureira dirigiu-se à mesa onde estava o antigo diretor jurídico da SAD e interpelou-o. O vídeo do momento logo chegou às redes sociais e, ao JN, Macaco contou o que as imagens não mostram

"Fui almoçar com a minha esposa e ele estava lá com um miúdo e outro homem. Fui à mesa deles e perguntei-lhe se não tinha vergonha de andar na rua... Um gajo que está acusado de corromper árbitros, jogadores e funcionários judiciais. Depois disse-lhe que ele [Paulo Gonçalves], tal como o patrão dele, devia era estar a almoçar no [Estabelecimento Prisional] Linhó, a comer de marmita e não ali", contou, ao JN, Fernando Madureira, também conhecido por Macaco.

Depois de ter confrontado o antigo dirigente do Benfica, o líder da claque dos Super Dragões sentou-se "a almoçar, numa mesa ao lado e depois ele saiu". Macaco rematou, depois, assim: "Foi uma abordagem, confrontei-o por ele andar a prejudicar não só o F. C. Porto, mas o futebol, a justiça...".
O encontro, refira-se, ocorreu num restaurante na zona da Foz, no Porto. O JN tentou ainda contactar Paulo Gonçalves, mas o advogado tinha o telemóvel desligado.
Nota de RoP: Por favor, não me peçam que censure a atitude do Madureira. O que Paulo Gonçalves fez não merece condescendência e muito menos respeito. Se a Justiça fosse mais corajosa não deixava um gajo destes em Liberdade. Em Portugal, tudo é possível. Não me espantaria nada se Madureira fosse incomodado pela dita cuja. As contradições são tantas que compensa os grandes criminosos (como salta ao olhos).

04 fevereiro, 2019

Não devíamos falhar nestes momentos, ma nada está perdido (a não ser 2 pontos)

Esta não veio nada a calhar...

Pode ser ignorância minha, mas ainda não ouvi, nem li, em lado nenhum por que é que o FCPorto não disputa os seus jogos à hora dos jogos dos rivais, e sobretudo por que é que sendo o único clube português apurado para os oitavos de final  da Champions Ligue, portanto obrigado a jogar mais vezes e a ter de realizar mais viagens que os outros clubes, não foi devidamente protegido com a calendarização e a hora dos jogos pela FPF! Se foi, foi mal!

Isto tem sido recorrente, e parece-me tudo menos sério. Os clubes deviam ter a última palavra nesta matéria , porque são eles os principais donos do negócio. Se não são, deviam ser. Mas para isso seria preciso que se entendessem, em vez de se deixarem  controlar por outros clubes e pelas televisões, como agora acontece.

Não estou a agarrar-me a esta questão só porque ontem não tivemos capacidade para marcar golos, apesar de termos jogado mais que o Victória de Guimarães! Não fomos suficientemente eficazes para meter a bola na baliza adversária, e para ganhar não basta dominar, é preciso afinar a pontaria e saber chutar bem. Eu acho que este é um problema velho nos jogadores mais antigos do plantel e que ainda parece não ter sido bem resolvido. Melhorou, mas ainda se mantem. O próprio Brahimi tem dias. Quando lhe dá para desligar... 

É essa uma das razões que me levam a apreciar muito a qualidade técnica dos miúdos dos Sub 15 e Sub 17, sobretudo os primeiros. Não só passam muito bem a bola (raramente falham), como sabem desmarcar-se com inteligência, e chutam e fintam com uma precisão e objectividade raras nestas idades. Seria estranho que não se tornassem em grandes jogadores daqui a alguns anos.

Sobre o jogo de ontem, foi pena que a "máquina" não estivesse afinada para não deixarmos aproximar o clube dos corruptos. Faltou essencialmente confiança! Quando vejo os jogadores colocarem as mãos na cabeça depois de chutarem é sinal que o nível de confiança está baixo e contagia o grupo. Eu, se pudesse, aconselhá-los-ia a não ganharem esse hábito. Os penalties também têm de ser marcados com confiança e para isso é preciso uma grande preparação técnica mas também psicológica! Todos falham, já sabemos, mas uns falham mais que outros, e nós não podemos entrar na resignação própria de calimeros, porque senão nunca mais nos livramos deste complexo.

É por saber que um bom número de jogadores que Sérgio Conceição herdou (meio plantel) traziam consigo defeitos próprios e outros causados por situações anómalas (sistemas de jogo e arbitragens tendenciosas), que admiro o seu trabalho. Duvido que nas mesmas condições outro fizesse malhor. Coisas que em nada contribuíram para formar jogadores intelectualmente fortes! Actualmente, melhoraram bastante, mas alguns ainda denunciam certos resquícios de um passado não muito distante, e outros mantêm essa energia positiva por personalidade própria. 

Está tudo em aberto, mas é preciso recarregar baterias, tanto a nível físico como (e principalmente), a nível psicilógico! Para terminar, devo dizer que não me agradou nada o alarme pouco animador de alguns comentadores do Porto Canal que antes dos jogos, de tanto procurarem prevenir os jogadores das dificuldades que os adversários podem criar acabam por fazer deles uns bichos papões como se tratassem de clubes de top! O Victória de Guimarães tem uma equipa arrumada, mas o Braga é bem melhor, e nós vencêmo-lo, sem o mesmo alarido! Acho bem "tomar caldos de galinha", para não facilitarmos mas exagerar pode ser um bom tónico para os adversários...   

03 fevereiro, 2019

Expurgar a Caixa

DOMINGOS ANDRADE*



Passa-se uma esponja nos milhões do passado porque não há tostões de presente. E embrulha-se tudo nas prescrições para fugir às indemnizações.





O contribuinte, o cidadão comum, pode ter dificuldade em entender quanto valem os erros de gestão na Caixa Geral de Depósitos. Mas pressente tanto como sente quanto lhe custaram. Mesmo que se invoque que as operações de recapitalização não foram apenas decorrentes dos créditos indevidos, num contexto de recessão que fez colapsar todo o sistema financeiro. É verdade, também foi, mas não chega para minimizar a gravidade do que a auditoria da EY revela sobre anos de desmando. E que deixa perguntas sem resposta porque as respostas são perguntas.
Ao entregar a auditoria no Parlamento, o atual homem-forte da CGD, Paulo Macedo, manifestou-se contra o julgamento dos seus antecessores na praça pública. E considerou inaceitável que qualquer pessoa que tenha passado pela Caixa seja agora apontada como culpada e com "cadastro". A questão é precisamente a inversa. Até agora, não houve qualquer responsabilização pelo que se passou. No dia em que se apurarem culpados, a separação do trigo do joio fica feita. Mas até lá, depois do tanto que a CGD custou aos contribuintes, não nos peçam para sermos complacentes e pacientes. Ainda mais do que temos sido.
Já passou o tempo de nos pedirem para termos cuidado a falar do banco público, invocando um interesse nacional na sua estabilidade. A Caixa está hoje estabilizada e os portugueses têm direito a saber o que se passou. Quem decidiu o quê? Com que grau de conhecimento dos sucessivos governos? E têm direito a que haja responsabilização civil e recuperação de todos os cêntimos que (ainda) seja possível recuperar. E têm, mais ainda, direito a que haja apuramento de responsabilidades criminais. Sem isso, ficará a habitual sensação de impunidade que nos faz confiar cada vez menos em quem zela pela coisa pública.
A Caixa já foi um problema político. Hoje é um problema dos políticos. É um caso de Polícia. Para lá do ruído, do jogo do empurra, do faz de conta que o Parlamento não é juiz em causa própria, é preciso que o Ministério Público faça o seu trabalho.
Aguardaremos pacientemente pelos resultados. Muito pacientemente.
* Diretor (JN)