10 julho, 2009
Grande Porto
Ponto 1)
Acreditarão eles que é isso que o povo quer ? Que os políticos se candidatem a tarefas para o Parlamento Europeu, e para outros, de índole local, sem mesmo saber muito bem o que fazem cá dentro?
Gostava muito de ver Elisa Ferreira na Câmara do Porto, porque é uma mulher inteligente, dinâmica, competente [e simpática também], mas custa-me muito a compreender esta patetice da dupla candidatura, por razões já antes expostas. Ainda por cima, através de um partido onde os oportunistas se amontoam aos magotes para ver quem consegue o melhor tacho. Bem, os outros partidos [de Governo], não são melhores, mas esta brusca inversão estratégica do PS de proibir candidaturas paralelas à Assembleia e à Câmara é uma autêntica punhalada no coração de Elisa, com alguns abutres à espreita, a ver se Elisa desiste do lugar no PE para lhe roubarem o lugar. Isto tudo, nas nossas barbas amigos, e na "docíl" cara de Elisa... Uma vergonha!
Dizem que é portista. Talvez não fosse má ideia afastá-lo do estádio do Dragão, não vá tanta incompetência contaminar o clima de sucesso e organização que o clube está habituado a respirar.
*Realização de investimentos fora das regiões de convergência, desde que daí resultem vantagens para todo o território.
09 julho, 2009
Big Brother is watching you
A minha grande dúvida prende-se com a atitude que o governo português tomará. O Norte não é formalmente uma região, não tem qualquer tipo de estatuto que lhe dê autonomia administrativa ou política. A prática super-centralista de Lisboa nunca estará disponível para permitir a entrada e distribuição de verbas comunitárias que não passem pelo seu rigoroso controle e alocação. Por outro lado, os signatários do acordo da Comunidade de Trabalho pouco têm em comum. De um lado, o presidente da Junta da Galiza, legitimado pelas urnas e respondendo apenas perante o seu Partido e os seus eleitores. Tem seguramente regras genericas impostas por Madrid, mas com uma enorme latitude de manobra para decisões que digam apenas respeito à sua Comunidade Autonómica. Do outro lado, o presidente da CCDR-N, funcionário público nomeado por Lisboa, com um vínculo hierárquico a um ministro, e que a qualquer momento poderá ser demitido e substituído por alguém mais dócil e mais yes man. Não acredito que Carlos Lage seja mais que uma correia de transmissão do poder central. Deste modo a nóvel comunidade poderá ser simplesmente uma falácia. Aguardemos o desenrolar dos acontecimentos, com a certeza que "Big Brother is watching us".
Num outro registo, parece ter havido quem tivesse ficado confuso pelo facto de o alcaide de Vigo (cidade onde ficará sedeada a Comunidade de Trabalho) ter estado presente no encontro realizado posteriormente no Museu de Serralves, com a presença de intituições do Norte, incluindo as Universidades. Ignoro se o presidente da câmara do Porto estava ou não presente, e se não estava, se foi por falta de convite ou por recusa sua. Isto sim, isto é que seria totalmente anómalo.
Rede Norte!
Caros amigos,
A Associação de Cidadãos do Porto, a Associação Comboios XXI e a Associação Campo Aberto (em confirmação) organizam no próximo Sábado, 11 de Julho, uma sessão pública com o objectivo de promover a criação de uma rede de cidadãos e movimentos cívicos que articule as diferentes iniciativas e as enquadre numa lógica regional.
Tendo como ponto de partida a experiência das três associações, pretende-se criar a Rede Norte, um espaço de discussão sobre a problemática económica e social no Norte, onde, numa lógica de complementariedade, se defenda, discuta e dê corpo aos diferentes anseios e expectativas em acções com impacto e dimensão equivalente à desta Região.
A Rede Norte funcionará numa lógica aberta e complementar, onde cidadãos e movimentos cívicos apresentarão a suas preocupações, pretendendo-se que, através da massa crítica gerada, estas possam ser consubstanciadas em causas e intervenções comuns ao nível regional.
Contamos com a vossa presença!
Para mais informações contacte acdporto@acdporto.org ou 936485249 (Alexandre Ferreira).
08 julho, 2009
Autárquicas
Podem subscrever o podcast ou ouvir cada uma das partes do debate:
- Intervenção Inicial - áudio / notas pessoais
- Sobre a Cultura - áudio / notas pessoais
- Sobre a Educação - áudio / notas pessoais
- Sobre a Acção Social - áudio / notas pessoais
- Intervenção inicial dos convidados - áudio
- Perguntas finais - áudio / notas pessoais
Esta é uma iniciativa aberta ao público em que as diferentes juventudes partidárias são convidadas a questionar os diferentes candidatos sobre os temas da cultura, educação e acção social.
De referir que na próxima semana, dia 15-jul será a vez de Rui Rio.
Não soube desta iniciativa a tempo para poder assistir aos debates anteriores com Rui Sá, e João Teixeira Lopes.
Se alguém tiver os registos desses debates terei todo o gosto em os disponibilizar também via podcast.
"Vigo ou Porto?" - de José Ferraz Alves
Ainda o acordo ANA-Ryanair
O anúncio do acordo foi feito pela ANA através de um comunicado. O presidente da Junta Metropolitana do Porto ( e simultâneamente presidente da cidade mais interessada) tomou conhecimento através dos jornais. Num país "normal", várias individualidades locais teriam merecido um prévio gesto de cortesia por parte do organismo público responsável pela gestão dos aeroportos, mas entre nós os tiques centralistas estão bem arreigados. Mantém-se viva a divisão entre os que tomam as decisões - os que mandam - e o "maralhal" a quem cabe apenas abanar a cabeça em sinal de concordância.
O triunfo da imbecilidade [de Manuel Carvalho/Público]
07 julho, 2009
10 perguntas inocentes para medir o órgulho pátrio
- Quantas vezes vai o CR7 agora CR9, à sanita?
- Quantas vezes o CR9 sacode a pilinha depois de fazer xixi?
- De que côr são as cuecas do CR9?
- Usa boxers, ou biquini?
- Quantas voltas na cama dá CR9, antes de adormecer?
- Qual é a relação do sucesso do CR9, com o PIB nacional?
- Quanto vai ganhar Portugal com as vitórias do Real Madrid do CR9?
- Qual a percentagem [e identificação] de mulheres casadas c/ jornalistas portugueses que fizeram (e fazem) a cobertura à mediática transferência do CR9, que estariam dispostas a pôr-lhes os corninhos com o galáctico, só para conseguirem um autógrafo?
- Quantos e quais desses profissionais da comunicação fariam publicidade a tamanha façanha, em cumprimento e dever do interesse público?
- Quantos deles estarão dispostos a partir para Madrid, a naturalizarem-se madrilenhos e a deixarem-nos à vontade para criar um novo(velho) país, com o mesmo nome, mas com a letra no sítio certo: Portogal?
As "loucuras" que deixam Lisboa em extase
De manifestações de gentinha atrasada, volúvel, gabarola e nauseabunda, começamos nós a ficar fartos, e não faço ideia até onde pode chegar a nossa capacidade de tolerância. Essa gentinha ou gentalha [já nem sei bem como definir o tipo], é contudo, gente influente, com dinheiro, e poderes [media], para alienar uma larga margem de população vulnerável a este género de propaganda.
O que podemos nós fazer para sair rapidamente deste saco de oxigénio poluído, antes que nos contamine e sufoque a todos?
06 julho, 2009
Tenho vergonha!
05 julho, 2009
Reagindo à mesquinhez e contas de mercearia
A primeira é a actual: como não existe qualquer entidade regionalizada, o grande Porto faz valer o seu peso no todo nacional e legitimamente obtém o máximo que puder para si do estado central. No quadro actual o Grande Porto não tem qualquer obrigação para com os outros. Não é capital de nada nem existe qualquer governo regional lá sedeado. Não está obrigado a prestar contas ao “Norte” nem lhe deve sequer qualquer solidariedade institucional. Vivemos no salve-se quem puder perante a discricionariedade do estado central e os mais fortes fazem-se valer. É a vida e a culpa é de todos os que rejeitaram a regionalização em 98.
A segunda situação que beneficiará o Grande Porto será uma regionalização que o exclua da Região Norte, ou, noutra hipótese do Entre-Douro-e-Minho. Neste caso, desenganem-se os que julgam que o Grande Porto se ficasse pelo milhão e duzentos mil habitantes da actual NUTIII, 34% da população a Norte. Áreas como todo o Entre-Douro-Vouga, Vale do Sousa e Tâmega jamais aceitariam ficar fora duma região que não incluísse a AM Porto. Não podem ser consideradas regiões rurais, têm afinidade com o Grande Porto e, além disso, não são parvos e pretenderiam beneficiar da dinâmica económica e da força política duma grande área metropolitana com 57% da população de toda a Região Norte. Restaria Trás-Os-Montes e Alto Douro e o Minho - aqui provavelmente até amputado de alguns concelhos mais a sul e fronteiriços à AMP pelas mesmas razões adiantadas acima. Mas enfim, seria a glória na terra dum certo caciquismo bracarense que reinaria inchado sobre a miséria.
Existindo o livre arbítrio, cada um tem a sorte que merece.
Pergunta que se impõe: Rui Rio neste caso fez o seu trabalho. Outros além de Rui Rio, como Rui Moreira e várias personalidades do Porto fizeram o seu trabalho no caso da Ryanair e do Aeroporto. Que fez Braga além das bacoradas do Mesquita e das discussões blogueiras sobre o “Kadhaffi dos Pneus”?