Quem me conhece, e lê o que venho escrevendo sobre Julen Lopetegui, sabe que não fui daqueles que logo nas primeiras impressões desatou a malhar nas suas capacidades enquanto treinador. Levei sempre em conta a necessidade de tempo para conhecer o valor do plantel e nele poder implantar as suas ideias de jogo e se adaptar à realidade de um clube com as características do FCPorto. Foi-lhe dado esse tempo. Numa primeira fase, suscitou alguma expectativas, embora sem entusiasmar, mas nunca me pareceu ser um mal amado, como a comunicação social gosta de enfatizar.
Os problemas de Lopetegui, foram identicos aos que Victor Pereira e Paulo Fonseca tiveram de enfrentar ainda que com condições e resultados algo diferentes. Resumindo: todos foram protagonistas de um futebol que não dava garantias de sucesso, nem da qualidade a que os adeptos estavam habituados. Há medida que o tempo decorria a tensão dos adeptos explodiu com o afastamento da Champions League, no jogo em casa com o Dínamo de Kiev quando todos esperavam passar à fase seguinte.
Os portistas habituaram-se (e bem) ao convívio com o palco-mor do futebol europeu, não só pelo prestígio, como pelo dinheiro que aporta ao clube, impossível de obter de outras fontes. Por isso, colocaram como meta mínima de tolerância na Champions, os quartos de final. Lopetegui começou a baquear nos momentos decisivos, e isso acelerou a desconfiança. A partir daí, as exibições afrouxaram, a confiança esboruou-se e contaminou os jogadores. Não vale a pena encontrar mais bodes espiatórios. Se há aqui um 1º. culpado, esse chama-se Pinto da Costa, porque foi ele quem o contratou. Diga-se, que o Presidente portista nem sempre o ajudou nos piores momentos... Ponto.
Os portistas habituaram-se (e bem) ao convívio com o palco-mor do futebol europeu, não só pelo prestígio, como pelo dinheiro que aporta ao clube, impossível de obter de outras fontes. Por isso, colocaram como meta mínima de tolerância na Champions, os quartos de final. Lopetegui começou a baquear nos momentos decisivos, e isso acelerou a desconfiança. A partir daí, as exibições afrouxaram, a confiança esboruou-se e contaminou os jogadores. Não vale a pena encontrar mais bodes espiatórios. Se há aqui um 1º. culpado, esse chama-se Pinto da Costa, porque foi ele quem o contratou. Diga-se, que o Presidente portista nem sempre o ajudou nos piores momentos... Ponto.
De resto, só podia ser este o desfecho. No futebol criam-se demasiados mitos que às vezes bloqueiam as decisões mais correctas. O facto da história nos provar que a mudança de treinador a meio de uma época nem sempre resulta não deve deixar nenhum clube refém de um problema. De futuro, o FCPorto tem de ponderar melhor os riscos das contratações no início das épocas porque depois delas serão certamente maiores, como é o caso. Mas tem de ser. Lopetegui vinha dando sinais de não controlar os acontecimentos, os jogadores já não o ouviam, a confiança estava perdida. Dir-me-ão, e agora, será possível recuperar essa confiança com outro treinador, quando o tempo escasseia? É difícil, mas impossível não é.
De qualquer forma, desejo a Julen Lopetegui a maior sorte do mundo. Gostava dele como pessoa. Pareceu-me um homem honesto, mas prisioneiro das suas convicções que infelizmente se revelaram inadequadas. Boa sorte Lopetegui!
O FCPorto tem de se reequilibrar. Tropeçou, mas talvez estejamos ainda a tempo de não o deixar cair.