27 maio, 2019

Eleições europeias. Venceu a abstenção. Bravo!

Nunca o FCPorto me causou tantos desgostos como agora. E não estejam à espera que me atire ao treinador, ou aos jogadores.

Não tenho a visão irresponsável dos políticos, sei distinguir o sério do vigarista, o patrão do empregado e as competências de cada um. Não me atiro a bodes espiatórios.  Da mesma maneira que responsabilizo os políticos pela desgovernação do país, e pelo  seu trabalho desastroso, sigo o mesmo princípio com o FCPorto. É assim que deve ser.

Pinto da Costa e os restantes representantes da SAD, além de estarem a fazer um trabalho miserável com a gestão do futebol, estão a deixar uma imagem de submissão à tirania centralista nunca antes vista. Não soubemos dar-nos ao respeito, porque não tivemos coragem para tanto, mesmo perante vigaristas e corruptos da pior espécie! Que falta de brio! Saúdo os que deram o peito às balas, para defenderem o clube, arriscando-se a todas as acusações hipócritas, quando deviam ser outros a fazê-lo, em vez de se limitarem a comentários tardios e inofensivos. Francisco J. Marques foi o obreiro da defesa possível. A SAD, limitou-se a consentir, atrás das cortinas com a boca fechada. Vamos lá ver no que vai dar confiar demais na Justiça... Até ver, não nos valeu de nada, os marginais continuam activos.

As recentes eleições provam que os abstencionistas são pessoas conscientes, que já aprenderam a não dar pérolas a porcos, e a aldrabões. Hoje, justificava-se muito mais um 25 de Abril (a sério), do que no tempo do Estado Novo.  Salazar, e Marcelo Caetano, apesar de ditadores, nunca se assumiram como democratas, mas não impediram o Porto de abrir sedes de bancos, e de jornais.

Esta merda (é o termo) de regime, dito democrata e transgressor da Constituição, faz precisamente o contrário, concentra em Lisboa as instituições mais relevantes, deturpa a Justiça, extorquindo-nos direitos e património, e só lhes falta roubar-nos a alma. Faço um manguito ao sr. 1º. Ministro e ao Presidente da República, que é o mais minimalista gesto de repúdio que lhes posso dirigir.

Acabaram recentemente as eleições europeias. Foram 70% de portugueses a dizer aos 30% de votantes que a maioria é deles, dos abstencionistas, e que só tencionam transformá-la em votos partidários quando os políticos aprenderem a ser sérios, e Homens! Essa, é para mim a principal razão! Tanto no futebol como na política, o que o país precisa é de gente íntegra, cumpridora e competente. Mais nada.

Para terminar, envio para esses  30%  de dispersos votantes, os  meus pêsames, por além de terem perdido o desafio, terem perdido tempo.

O futuro próximo o dirá.