21 outubro, 2016

Pinto da Costa não pode ter amigos, porque se os tivesse...

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Pinto da Costa

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... já alguém o teria aconselhado a consultar a blogosfera portista para ter uma ideia do que eles pensam do seu actual comportamento, do mal que lhes está a fazer e da grande decepção que lhes está a causar. Não é por ter muita gente à sua volta a bajulá-lo, dentro e fora do clube, que Pinto da Costa terá garantidas as amizades... Pode até acontecer que esses mesmos "amigos" venham a ser os primeiros a apunhalá-lo quando perceberem que, afinal, foi ele quem bateu no fundo e que já não lhes pode ser útil. 

Sucede que Pinto da Costa não quer saber dos adeptos para nada, porque se quisesse não teria este comportamento, e os seus "amigos", se fossem realmente amigos e respeitassem o FCPorto (que são os adeptos) já lhe teriam transmitido o ambiente depressivo que se instalou nos portistas e convencido a ter uma relação mais séria com eles.  Sucede também que os "amigos" que estão dentro da estrutura directiva já demonstraram estar mais interessados em manter os lugares e os dividendos daí resultantes, do que em zelar pelo futuro do clube. Os adeptos estão entregues a si próprios.

Pela minha parte, Pinto da Costa, aquele homem que durante tantos anos nos fez sentir orgulhosos da nossa condição de portistas, já não existe. Não morreu fisicamente, mas partiu para uma outra realidade que nada tem a ver com o Porto vencedor, com a sua gentes, com o seu carácter. Este Pinto da Costa, é um homem fraco, vencido, incoerente, quase um troca-tintas, mas ainda profundamente arrogante. Decididamente, não gosto deste Pinto da Costa, não me diz nada agora.  

Não sou sócio actualmente, por isso não posso usufruir dos respectivos direitos. Mas se fosse, faria tudo para convocar uma reunião de esclarecimento sobre as ocorrências lamentáveis dos últimos 3 anos. Exigiria respostas SÉRIAS na hora, e se porventura fosse desconsiderado, rasgaria na cara do Presidente o meu cartão de sócio. Voltaria, só quando o FCPorto tivesse elegido um novo presidente. Este, só nos sabe colocar no ridículo.

20 outubro, 2016

Andebol e Hóquei, os cisnes belos do FCPorto da actualidade


Foi fantástico  o jogo de  andebol entre o ABC de Braga e o FCPorto! Presentemente, o andebol, é,  sem dúvida alguma, a par do Hóquei em Patins, a modalidade mais fiel aos pregaminhos do FCPorto, e com melhores protagonistas. O jogo de ontem, disputado no pavilhão do actual campeão, foi de parte a parte, altamente bem disputado, com o FCPorto quase sempre com dois golos de vantagem. Houve apenas um senão, que foi o comportamento da equipa técnica do ABC a pressionar permanentemente os árbitros, sem na maior parte das vezes ter razão para o fazer. Quando o FCPorto vai lá fora, os ambientes são normalmente mais civilizados, o que não abona nada para a imagem do nosso país, mas isto, é o nosso fado...

Contrariamente ao que li num blogue portista, não é o basquete a modalidade que melhor tem jogado, apesar de ter conseguido a grande proeza de ter sido campeão nacional e de recentemente ter vencido a Taça. O basquete tem um excelente, um magnífico treinador, Moncho Lopez, mas está muito longe de ter um excelente plantel (já vi muito melhores no passado). Há jogadores sem capacidade para intuir as intruções do técnico que, com grande empenho e um alto grau de tolerância lá vai trabalhando o melhor que pode com a prata da casa. Já o andebol, tem treinador e plantel. Sim, plantel, o que significa que os jogadores têm uma qualidade homogénea, incluindo os dois principais guarda-redes (Hugo Laurentino e Alfredo Quintanilha) que são do melhor que os meus olhos viram nos últimos anos.

O Hóquei em Patins parece seguir pelo mesmo caminho. Tem também um grande treinador e um plantel homogénio de grande valia técnica. Joga bem, defende criteriosamente, e... dá espectáculo. Estas modalidades são actualmente a menina dos olhos do nosso clube. Nem sei como conseguem ser tão assertivos com a crise que se instalou na estrutura administrativa, principalmente no presidente. Valha-nos isso.

19 outubro, 2016

É melhor deixar o optimismo mais um tempinho a marinar...



A forma, algo temerosa como o FCPorto entrou a jogar contra o Brugge quase me fez arrepender da observação que deixei na crónica do jornal Porto24 publicada aqui em baixo. Dizia eu que a equipa está mais personalizada, que não erra tantos passes, que não lateraliza tanto o jogo, Dizia, e vou continuar a pensar assim, apenas porque Nuno Espírito Santo ainda foi a tempo de corrigir o que estava mal e conseguiu sair da Bélgica com os 3 pontos da ordem, caso contrário terei de reconsiderar o prazo de maturação do meu optimismo.

Fiquei com a ideia de que o FCPorto se deixou traír, não tanto pelo ambiente do estádio, mas fundamentalmente por dois factores: por não ter tomado a iniciativa do jogo, pressionando alto, e por não contar com a entrada rápida dos belgas. Foi essencialmente a rapidez do adversário que desorientou o esquema táctico dos portistas, e a prova disso ficou pantenteada no lance que deu o 1º. golo ao Brugge, com Layún (um dos jogadores que mais aprecio) a ficar pregado à relva e atrapalhado com os ressaltos de bola que anteciparam o golo. O outro problema  (para muitos, o principal), deveu-se ao afunilamento do jogo para a zona central do terreno onde os belgas se sentiram sempre confortáveis a despachar as investidas demasiado previsíveis e lentas dos nossos jogadores. 

Na segunda parte Nuno E. Santo lançou Brahimi e Corona, que resultou na reviravolta do resultado. Para isso, pesou mais o mexicano, com um futebol mais pragmático e colectivo. Brahimi continua a ter dificuldade em gerir o talento que lhe é reconhecido e acaba sempre por obstacularizar a fluidez do jogo com fintas e mais fintas que normalmente não dão em nada. Percebe-se que anda ansioso por marcar um golo, mas alguém tem de lhe explicar bem o que deve fazer para lá chegar, d'outro modo nunca irá chegar a afirmar-se. Avaliando o lado positivo da coisa, contribuiu para atrair a si mais jogadores adversários e romper com a sua muralha defensiva, só tem é de ser mais prático.

Há no futebol de alta competição um regra mestra que explica o sucesso de uns e o fracasso de outros: a velocidade. Se os nossos jogadores têm talento, falta-lhes velocidade. O curioso, é que não é por serem lentos que são melhores executantes, quer no capítulo do remate, quer do passe. Ontem, vimos várias vezes os nossos jogadores serem surpreendidos pela velocidade dos belgas e ficarem sem a bola por falta de atenção e de rapidez. Isto, será assim tão difícil de corrigir?  Custa-me a compreender por que é que nós somos tecnicamente melhores e continuamos a falhar passes. Se não é falta de técnica é falta de concentração e isso para um clube com as aspirações do FCPorto é inaceitável.

Enfim, ganhámos e por agora ainda nada está perdido. O que não pode voltar a acontecer, é continuarmos a dar o "ouro ao bandido", com entradas aparentemente medrosas, como foi a de ontem, e andarmos sempre com o credo na boca a fazer contas complicadas para nos apurarmos. Há que ser mais consistente, que começar os jogos pressionando logo na área adversária, tomar a iniciativa dos jogos sempre muito concentrados e não para os encarar como se fossem uma espécie de roleta russa, porque os adeptos não são suicídas e já andam cansados de sofrer.

17 outubro, 2016

FC PORTO REGRESSA SEMPRE A CHORAR DA BÉLGICA



FC Porto e Club Brugge apenas se encontraram uma vez nas competições europeias. Aconteceu na temporada 1972/73, para a segunda eliminatória Taça UEFA, e os portistas, então orientados pelo chileno Fernando Riera, reverteram uma derrota na Bélgica (2-3) com um expressivo 3-0 nas Antas (dois golos de Abel Miglietti e um de Flávio). Na ronda seguinte, o FC Porto, que afastara o poderoso Barcelona (3-1 em casa e 0-1 fora) antes de deixar pelo caminho o Brugge, caiu aos pés do Dínamo Dresden (RDA) pela regra dos golos fora – derrota em casa (1-2) e triunfo fora (1-0).
Foi a primeira vez que o caminho dos dragões se cruzou com um clube belga em provas europeias. Daí para cá, houve mais seis confrontos na Bélgica, com o Anderlecht como maior cliente do FC Porto. E com uma série de pesadelos para guardar na memória.
Em 1977/78, época em que o FC Porto quebrou um jejum de 19 anos e se sagrou campeão nacional, o Anderlecht vergou a equipa de José Maria Pedroto a pesados 0-3 em Bruxelas, depois de ter vencido por 1-0 na Invicta. A eliminatória contou para a segunda mão dos quartos-de-final da Taça das Taças, que viria a ser ganha pelo… Anderlecht.
Em março de 1982, um mês antes de Jorge Nuno Pinto da Costa assumir a presidência do FC Porto, novo desaire em terreno belga. Dessa vez, e também para os quartos-de-final da Taça das Taças, mas na primeira mão, o Standard Liége venceu 2-0 os azuis e brancos, do austríaco Hermann Stessl.
Na baliza do Standard, que viria a empatar (2-2) nas Antas e assim assegurar o carimbo para as meias-finais, pontificava um tal de Michel Preud’Homme, futuro guardião do Benfica e hoje treinador do… Club Brugge (sim, o adversário do FC Porto esta terça-feira).
Na época seguinte, 1982/83, o FC Porto voltou a sofrer na Bélgica. Na primeira mão da segunda ronda da Taça UEFA, derrota pesada (0-4) com o Anderlecht, resultado depois impossível de contrariar nas Antas, apesar do triunfo por 3-2 em noite de dilúvio.
O Anderlecht voltou a ensombrar o FC Porto em 1993/94, quando venceu por 1-0 a turma Bobby Robson, em jogo a contar para a fase de grupos da Liga dos Campeões. O golo solitário foi apontado a dois minutos do final pelo esguio ponta-de-lança Luc Nilis.
Mas não ficou por aqui a equipa da capital belga, que em 2000/01, na terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, venceu em Bruxelas o FC Porto. O resultado voltou a ser um magro 1-0, obra do gigante checo Jan Koller, suficiente para o Anderlecht deixar pelo caminho os portistas, de Fernando Santos, que não foram além de um empate (0-0), no Estádio dos Antas.
Uma década depois, em 2010, veio, finalmente, a glória azul em branca em estádios belgas. Orientado por André Villas Boas, o FC Porto cilindrou o Genk (3-0 – golos de Falcao, Souza e Belluschi), em partida da última pré-eliminatória da Liga Europa. No Dragão, na segunda mão, outro passeio (4-2) e prenúncio do que viria a ser a caminhada europeia do FC Porto nessa temporada 2010/11, que apenas culminou em Dublin (Irlanda) com a vitória na final da prova (1-0, por Falcao, frente ao Sp. Braga).
(Porto24)
Nota de RoP:
Não obstante algumas lacunas residuais do passado (passes errados e lateralizados), nota-se que houve um progresso significativo. A equipa está mais confiante. Já não evita o contacto físico, ataca mais, pressiona e corre melhor, conseguindo a espaços jogadas de belo efeito. Por isso, acredito que vamos ganhar em Brugge, trazer 3 pontos na bagagem e deixar os flamengos a falar valão (sem arrogância)...