Esta noite, sonhei que um jogador que o FCPorto pretendia contratar para o seu plantel tinha recusado o convite. Estranhando tal decisão, por contrastar com a realidade, que é precisamente antagónica (ainda agora tivemos prova disso com a contratação de 2 jogadores dados como certos no Sporting), procurei saber junto do jogador das razões que o levaram a declinar o convite.
Perguntei-lhe: oiça lá, então por que razão o amigo se dá ao luxo de recusar jogar num clube com o prestígio nacional e internacional do FCPorto, quando alguns dos seus colegas até recusam melhores propostas dos clubes rivais para jogar no Porto?
O homem, fixou-me nos olhos, assim como quem se sente ofendido e responde:
- é que os colegas a que o senhor se refere devem andar distraídos!
Respondi-lhe: então, diga lá por quê, explique-se, por favor.
O craque retorquiu:
- muito gostaria de aceitar o convite do FCPorto, até porque, modéstia à parte, me considero um jogador à Porto. Sou raçudo, nunca desisto de uma jogada, e não sou sarrafeiro.
- óptimo! É mesmo de jogadores desse tipo que o FCPorto anda a precisar. Com uma resposta dessas você ainda me deixa mais baralhado, amigo (repliquei).
- pois é, mas acho que só ia prejudicar o FCPorto...
- continuo sem perceber... Você acha-se um jogador à Porto e depois afirma que ia prejudicar o clube? (insisti)
- eu explico. Mas não tinha necessidade, porque você, como portista que é já devia saber a resposta.
- Humm... Deixe lá ver. Não t'ou a ver.
- pronto, eu faço-lhe o desenho: que tal a imagem do Maxi Pereira, diz-lhe aguma coisa?
- Maxi? Ah, sim, diz, diz. Já estou a ver: é um jogador raçudo, à Porto, não é? E daí?
- Ó amigo, das duas uma, ou é burro, ou não gosta do FCPorto!
- Bem, também não precisa de ser grosseiro, mas se me explicar melhor...
- Maxi, é um jogador raçudo, não é? Mas sempre que toca na bola, ou é falta, ou leva cartão. É para isso que querem um jogador como eu? Para ser constantemente punido pelos árbitros e não marcarem os penalties cometidos sobre mim?
- Bem, mas para isso, está lá o Líder, o senhor Pinto da Costa, não é...
- está? estará mesmo lá? Ó amigo, das duas, uma: ou você ainda acredita no pai natal, ou tem andado a dormir. Esse Pinto da Costa já não existe, é passado. E eu, quero jogar num clube que tenha quem o defenda, não num orfanato...