É deplorável que os jornalistas a sério sejam incapazes de purgar a classe dos elementos perniciosos. Creio que não há profissão que necessite tanto de uma profunda "recauchutagem" como a de jornalista. Todos entendemos o que significa a expressão "a sério". Vale para todas as actividades e quer dizer: alguém que leva a sua profissão (ou compromisso) com dedicação e honestidade. Não é uma questão de competência, porque há quem seja "competente", enganando. É exactamente isso que caracteriza a grande maioria dos jornalistas de hoje. Tenho respeito por um grupo restrito, mas são poucos para serem úteis ao público leitor. Este dilema pode aplicar-se perfeitamente a muitas outras actividades, não é exclusiva aos media.
Custa-me entender tanto acobardamento. Colocando-me no lugar dessa gente, imagino-me a dar a cara no ecrã de uma RTP, de uma SIC, de uma TVI, e de canais geminados e pergunto-me como me sentiria, sabendo que o país inteiro me via a trabalhar para empresas de mídia editorialmente manhosas. Empresas essas que escondem diariamente a realidade de certos casos de interesse público, e que inventam outros?
O que pensariam de mim os espectadores honestos? Que era um vigarista? Que, para manter o emprego era incapaz de mandar à merda os patrões dessas mesmas empresas? Que era um jornalista prostituído?
Pois é exactamente isso o que penso de todos esses jornalistas: são (homens e mulheres) uns prostitutos! Aceitam trabalhar para falsos órgãos de comunicação social, para uns charlatães. Se aceitam, é porque se identificam com patronato vigarista! Incluindo a RTP, do Estado!
Mas não são apenas os jornalistas a prestarem-se a tais miseráveis papeis. Há quem lhes siga o exemplo. Flisbela Lopes, professora da Universidade do Minho e articulista do JN, para mim, pertence ao tipo de comentadores nim, ou seja, escrevem e falam mas dizem muito pouco. Cheguei a esta conclusão depois de ler alguns dos seus artigos. Outra conclusão, é que vive bem com a situação actual do país. É alguém que, dizendo umas coisitas, vai-se mantendo à tona entre o diz e não diz. Vejamos. Parecendo finalmente disposta a aderir ao grupo dos anti-centralistas resolveu escrever hoje no JN sobre o assunto. Então, não é que só agora se lembrou de escrever sobre o centralismo? Já na parte final diz:
«Percorramos os jornais nacionais. Quantos projetos editoriais têm uma redação central fora de Lisboa? Um, o "Jornal de Notícias". Olhemos para a televisão. Quantos canais abrem estúdios para produção e emissão própria fora da capital? A RTP. É, de facto, limitado o panorama dos media portugueses em termos de descentralização. E isso deveria levar-nos a agir em diferentes direções.»
Custa-me entender tanto acobardamento. Colocando-me no lugar dessa gente, imagino-me a dar a cara no ecrã de uma RTP, de uma SIC, de uma TVI, e de canais geminados e pergunto-me como me sentiria, sabendo que o país inteiro me via a trabalhar para empresas de mídia editorialmente manhosas. Empresas essas que escondem diariamente a realidade de certos casos de interesse público, e que inventam outros?
O que pensariam de mim os espectadores honestos? Que era um vigarista? Que, para manter o emprego era incapaz de mandar à merda os patrões dessas mesmas empresas? Que era um jornalista prostituído?
Pois é exactamente isso o que penso de todos esses jornalistas: são (homens e mulheres) uns prostitutos! Aceitam trabalhar para falsos órgãos de comunicação social, para uns charlatães. Se aceitam, é porque se identificam com patronato vigarista! Incluindo a RTP, do Estado!
Mas não são apenas os jornalistas a prestarem-se a tais miseráveis papeis. Há quem lhes siga o exemplo. Flisbela Lopes, professora da Universidade do Minho e articulista do JN, para mim, pertence ao tipo de comentadores nim, ou seja, escrevem e falam mas dizem muito pouco. Cheguei a esta conclusão depois de ler alguns dos seus artigos. Outra conclusão, é que vive bem com a situação actual do país. É alguém que, dizendo umas coisitas, vai-se mantendo à tona entre o diz e não diz. Vejamos. Parecendo finalmente disposta a aderir ao grupo dos anti-centralistas resolveu escrever hoje no JN sobre o assunto. Então, não é que só agora se lembrou de escrever sobre o centralismo? Já na parte final diz:
«Percorramos os jornais nacionais. Quantos projetos editoriais têm uma redação central fora de Lisboa? Um, o "Jornal de Notícias". Olhemos para a televisão. Quantos canais abrem estúdios para produção e emissão própria fora da capital? A RTP. É, de facto, limitado o panorama dos media portugueses em termos de descentralização. E isso deveria levar-nos a agir em diferentes direções.»
Vá lá que se lembrou do JN, e mesmo assim ainda é cedo para acreditar que a ousadia de agora é para durar. É de facto o único jornal do país que não esconde a verdade, mas é preciso estar atento ao que vai acontecer a seguir, a administração não é muito fiável...
Já quanto à RTP, apesar de dispôr de estúdios no Porto, está ainda muito longe de descentralizar o alinhamento editorial. Por que será então que Felisbela Lopes não se lembrou de falar do Porto Canal? Não gosta, ou não conhece? É verdade que, como já disse várias vezes, o Porto Canal não tem ainda a visibilidade que devia para ser mais frequentado, mas é mesmo assim o Canal português mais interessado no tema da descentralização. Portanto D. Felisbela, não referencie a RTP só porque é um canal do Estado. Critique-o! Porque por ser do Estado tem-se prestado também ao papel miserável de encobridor público de graves crimes de corrupção.