19 junho, 2009

Bom fim de semana

Pornografia «informativa» alfacinha

Estou farto, esgostei definitivamente a tolerância residual que ainda reservava para com este modelo de democracia. Acabou! Doravante, qualquer frase que surja na caixa de comentários a insinuar sequer a bondade deste modelo falsificado de democracia, nem sequer me darei ao trabalho de a publicar, será imediatamente eliminada. Farei censura, sim, e assumo-a!
Há por aí alguns fulanos [não são só,os senhores deputados], que por razões que só eles sabem, mas que eu suspeito não serem as mais edificantes, persistem em tentar credibilizar este patético folclore em que ficou transformada a actividade política portuguesa, alegando entre outras banalidades, que lá fora também é assim. Se lá fora é assim, a coisa ainda é mais feia, só é pena que o mesmo slogan não se aplique a muitos outros sectores, como o da saúde, da educação, da justiça e dos ordenados médios dos portugueses. Aí, a música já é outra, o que prova à evidência o cinismo de quem usa por sistema este tipo de argumentação.
Remando contra essa maré de pífias verdades,vulgarmente conhecidas pelo politicamente correcto, tenho feito neste espaço, os possíveis por limpar certas teias de aranha que ainda se mantêm na cabeça de algumas almas sugestionáveis, desmistificando o que tiver para desmistificar, porque enquanto continuarem anestesiadas com dogmas, irão continuar a contribuir para alimentar o estado acéfalo e doente do regime democrático.
O Dr. Rui Rio quando assumiu a presidência da CMPorto, a primeira coisa que se lembrou de dizer aos portuenses, foi que ia acabar com a promiscuidade entre a política e o futebol. A ideia, foi como hoje se confirma, tentar impressionar o sector sulista e elitista do PSD e a franja eleitoral daquela região do país e de Lisboa, para um dia poder vir recolher vantagens políticas da afronta feita aos seus munícipes. Por despeito, ou inveja, tratou abaixo de cão todos os eleitores que viam em Pinto da Costa um ícone da cidade e, tal D. Quixote conseguiu fabricar à sua volta uma imagem de seriedade que alguns engoliram, mas que 8 anos de mandatos acabaram por desmontar.
Rui Rio é um grande bluff. Para mim, sempre o foi desde o 1º. dia. E é tanto mais un bluff, quanto o silêncio conformista e a passividade como encara a ditadura instalada na comunicação social centralista o podem provar. Rui Rio, teve a língua solta, para falar de Pinto da Costa, mal chegou [de páraquedas] ao Porto, mas não foi capaz de articular uma única palavra de reprovação à promiscuidade que todos nós podemos observar nos media de Lisboa. Nem um pio! Mantém-se imperturbável com os bacanais de propaganda benfiquista que todos os dias observamos nos écras da televisão e nas rádios. Aí, já não diz nada, fica a leste, como lhe convém.
Nessas reuniões e debates, ele - como nós - pode ver de tudo. De juízes [Rui Rangel], a directores de televisão [Bruno Carvalho -da Porto Canal - Eduardo Moniz - da TVI - ], presidentes de Câmara do seu partido [Fernando Seara - Câmara de Sintra], é só escolher, está lá toda a sociedade bem promíscua. E podem falar de tudo, até insultar.
Ainda ontem um seboso jornalista com nome de Gobern(o), e infeliz benfiquista, que é do mais sectário que se pode ouvir, virou-se para um colega [Bruno Prata] de debate num programa desportivo onde o Benfica foi outra vez o tema, dizia-lhe à laia de insulto: "julgas lá que estás na tua terra", insinuando que a sua terra [o Porto] era uma espécie de fábrica de mafiosos sem direito a voto ou palavra. A petulância é tal que nos encoraja a seguir os mesmos caminhos, quanto mais não seja para ver se provocamos alguma reacção da parte das entidades judiciais, já que parece só ter olhos para Norte nesta matéria.
O patético cineasta A . Pedro Vasconcelos, já depois de Pinto da Costa ter sido absolvido pela justiça civil [que é, apesar de tudo, mais fiável que a desportista], continuou e continua a fazer, consecutivas alusões a Pinto da Costa e à sua eventual ligação ao processo Apito Dourado, como se ainda não tivesse sido julgado pelo tribunal, fazendo constantes apelos à "continuação das investigações" com insinuações conspirativas torpes e provocatórias. A esta promiscuidade intelectual, tanto Rui Rio como o seu colega catedrático da política de estúdio, Pacheco Pereira, não ligam nem falam. A amnésia contamina-os quando a promiscuidade sopra a Sul. Mas por que raio será?
Também tem passado ao lado dos olhos moralistas de Rui Rio & Cª., esta mania da Procuradoria Geral da República se lembrar de nomear [e enviar] equipas especiais de investigação do DIAP/Lisboa para o Porto - como foi a recente visita de uma delas a casa de Valentim Loureiro - e não usar o mesmo critério quando estas mega-roubalheiras na Banca e na Freeport acontecem em Lisboa, dando a entender claramente uma total desconfiança e desconsideração pelos magistrados e procuradores do Porto. O senhor Procurador faz discriminação com os seus quadros de investigação policial e ninguém [nem os visados] parecem perturbar-se.
Sendo assim, estou seriamente a pensar em começar a insinuar o que me aprouver sobre a inocência ou culpabilidade do deputado Paulo Pedroso e outros, em relação às acusações de pedofilia que lhes foram feitas, apesar de já ter sido ilibado pela Justiça, porque, já agora, eu também tenho o direito de não acreditar na decisão dos tribunais. Ou de acreditar, só quando me convém...
Só espero, é que ninguém me venha a mover um processo por difamação apenas por copiar os "exemplos" dados por muitos "jornalistas" e alguns cineastas de Lisboa, que até agora têm beneficiado de uma espécie de imunidade diplomática para centralistas, com relação às contas que já deviam ter prestado por total desrespeito público para com as decisões da Justiça Civil.
O que vemos na comunicação social centralista com o Benfica, não é promiscuidade, é pornografia na forma de uma alface.

18 junho, 2009

Antes que seja tarde...

aconselharia a Dra. Elisa Ferreira a mudar rapidamente de estratégia em relação à sua frouxa candidatura à presidência da Camara Municipal do Porto, caso não queira entregá-la de bandeja a Rui Rio.
Se a estratégia de manter um pé em Bruxelas e outro no Porto é sua, do Partido Socialista, ou de ambos, é irrelevante. O que importa enfatizar é o suicídio político e os danos colaterais que ela comportará para os portuenses. Será uma burrice imperdoável.
A não ser que a Dra. Elisa Ferreira não goste assim tanto do Porto como quer aparentar.

Os "rigores" de Rui Rio

De: José Machado de Castro - "Oceanário desrespeita o PDM do Porto"
A lêr

Incêndio no Porto

Segundo o jornal Sol, o incêndio ocorreu na Avenida Rodrigues de Freitas. Qual é a informação correcta?

Duque de Loulé


















Incêndio no centro do Porto

Um incêndio deflagrou num prédio devoluto no centro do Porto, na rua Duque de Loulé, junto à Avenida Rodrigues de Freitas. Edifício está em risco de cair.

No local estão os Bombeiros Sapadores do Porto com cinco viaturas. Estão também nas operações de socorro duas ambulâncias do INEM e outra dos Bombeiros Municipais do Porto. O fogo terá deflagrado pouco depois das 14h00.

O JN apurou também no local que um homem, residente no prédio ao lado do edifício que arde, foi transportado para o hospital, mas apenas por precaução. A rua foi encerrada. O prédio, devoluto, era normalmente habitado por toxicodependentes e por sem-abrigo.

Desconhecem-se para já as causas do incêndio.

no JN

Ficção ou realidade?


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[Extraído do jornal Público, suplemento IP]

Links (JN)

Metro vai partir da praia e chega em túnel ao S. João

Túnel entre ISCAP e Avenida Xanana Gusmão

Obras no pavilhão sem descaracterizar edifício

Sea Life arrisca pagar multa por abrir sem licença

17 junho, 2009

Desvio [para o desconhecido]...

Não há coisa mais parecida com a placa aqui ao lado que os governos de Portugal. Sabemos onde começam, mas nunca como terminam. Melhor pensando, até sabemos. Sabemos que nunca terminam bem...
Quando viajámos de automóvel e temos o azar de deparar com um painel deste tipo pela frente, o mais certo é consumirmos uns bons litros a mais de combustível antes de atinarmos com a estrada que queríamos e continuarmos a viagem.
É impressionante a falta de respeito pelos automobilistas da parte de quem superintende em obras públicas deste tipo. O encarregado da obra, talvez por não estar habituado a ser controlado por quem de direito, limita-se a colocar uma simples placa [às vezes é um simples cartão], no caminho que lhe interessa e se tivermos sorte, outra, no cruzamento seguinte e depois pura e simplesmente "desiste" de nos informar, deixando-nos entregues a nós próprios. Esta situação acontece com uma frequência exasperante, obrigando os condutores a gastos inesperados para além dos atrasos que provoca e do próprio incómodo.
Em Portugal, os governos têem-se entretido a construir auto-estradas, algumas delas onde não são necessárias, mas continuam teimosamente desmazelados com a qualidade da sinalização rodoviária.
Não é pois de admirar, que até nas auto-estradas aconteçam acidentes insólitos, como circular em contra mão. Muitas vezes, a sinalização é instalada a distâncias erradas do local onde são visíveis, sem contemplar os condutores de idade avançada que, como é natural, precisam de mais tempo para fazerem as respectivas leituras da sinalética. Quando a uma bifurcação ou rotunda, se seguem outras, o que sucede é encontrarmos nas primeiras uma placa com indicação das várias direcções e nas seguintes já não existir nenhuma, ou então, com as direcções incompletas, o que lança imediatamente a confusão no condutor e se acontecer à noite pode até levar o viajante a inverter o rumo pretendido.
Ora, isto nunca é considerado nas estatísticas dos acidentes rodoviários. As culpas são sempre dos mesmos e as razões também. Ou seja: dos condutores, do excesso de velocidade e do álcool...
Há contudo, razões válidas para não desesperarmos. Com o socialista Jorge Coelho à frente da Mota-Engil, este "pequeno" problema será seguramente sanado.

Leitura recomendada na Baixa do Porto

A quem interessar, recomendo leitura destes posts, aqui, aqui e aqui. Duas opiniões pertinentes sobre a questão das barragens da EDP e do aproveitamento da linha ferroviária do Douro.

16 junho, 2009

Legitimidade?

O número dois do PS no actual governo, Silva Pereira, diz que o governo mantém intacta toda a legitimidade para aplicar o seu programa, para o qual está mandatado pelos portugueses. Depois do "banho" que levaram nas europeias, é caso para perguntar se os portugueses pensam da mesma maneira que pensavam há quatro anos. Julgo que uma das coisas para que deveria servir um Presidente da República, era para poder dizer ao PS algo deste género: " Vocês foram mandatados sim, mas em 2005. Em face do que se passou nas européias tenho dúvidas de que esse mandato ainda esteja válido. Ganhem as próximas eleições e depois falamos. Entretanto mantenham-se numa espécie de governo de gestão, pondo em banho-maria essas obras faraónicas que suscitam a desaprovação não só de todas as oposições, uma das quais amanhã poderá ser governo, mas também de economistas independentes".

Não vejo muita utilidade em PR's que só emitem mensagens cifradas que poucos ouvem e a que ninguém liga. Também não sei se a Constituição (aquele texto castrador que proibe tudo) permitiria este tipo de mensagem. Penso que era o que o governo deveria fazer: uma pausa nas polémicas decisões que envolvem gigantescos compromissos não só para os próximos anos, como mesmo para as próximas gerações. E não deveria ser necessário ninguém recomendar-lhes essa contenção...

O «voto» dos abstencionistas



Observando o disco eleitoral das europeias verifica-se uma fatia claramente dominadora de abstenção, 63%, contra 37% dos diversos partidos políticos, mais os votos em branco.
Perante este quadro, a maioria não conta? Por que motivo objectivo terá de se respeitar a vontade das minorias?
Há aqui algo de contraditório na interpretação e no respeito pela vontade popular, ou não?
A presença do eleitorado nas urnas, não pode significar forçosamente qualidade democrática, se é ultrapassada pela abstenção.

Pergunta indiscreta

...gostaria eu de fazer ao senhor governador do Banco de Portugal, depois de ter admitido alguma ingenuidade na supervisão que não fez ao BPN, que era a seguinte:

do seu anafado e mui responsável ordenado, qual é o valor, ou percentagem, referente à ingenuidade?
Pela previsibilidade da resposta, atrevo-me a lançar esta: 0,000001%!

Defeso

Com a época de férias à porta e o defeso no futebol, a desmobilização cívica começa a sentir-se um pouco por todo o lado. É normal. A compressão foi alta, este ano, a todos os níveis.
Na política, a abstenção foi a "grande vencedora". Uma maioria respeitável de eleitores virou ostensivamente as costas à ineficiência desta democracia sem com isso querer demarcar-se dela. As pessoas querem de facto a democracia, mas uma democracia credível.
Não deviam ser os fazedores de opinião ou os políticos, a dar pareceres sobre o fenómeno abstencionista, porque já deram provas sobejas de se enganarem, tanto nas apreciações, como nas sondagens [nas europeias davam o PS como vencedor], devia ser o cidadão comum. Quando digo cidadão comum, não estou a referir-me obviamente aos grupos tradicionalmente alheios a actos eleitorais, refiro-me à massa heterogénea de gente, tranversal a toda a sociedade, que tem ou tinha por costume votar e deixou de o fazer. Eram esses, que deviam ser ouvidos, mas não é isso que acontece.
No futebol, o Apito Dourado, ao contrário do que os seus suspeitos mentores pretendiam, constituiu-se, a par do processo Casa Pia e da Banca [SLN/BPN/BPP], no caso mais escandaloso de caça ao homem a que o país pôde assistir nos últimos 50 anos. Um clube de futebol de Lisboa (o Benfica), conseguiu influenciar e contrariar todas as regras de bom senso e sobriedade a que a Justiça está submetida e colocá-la no papel miserável de caçador [Procuradoria Geral & Ca.], com o único intuito de destruir um adversário que não consegue vencer em local próprio.
O tiro saiu-lhe desastrosamente pela culatra, com a derrota no campeonato [3º.lugar], o afastamento prematuro da taça de Portugal a inacessabilidade à Liga dos Campeões e em quase todas as outras modalidades. Ao contrário, a "presa" perseguida [o FCPorto], não só os derrotou, como se sagrou campeão na maioria delas.
É caso para pensarmos que se a cidade do Porto e o país, fossem governados com a competência do Futebol Clube do Porto, bem estariam os portugueses. Mas, o facto, é que a competência, é requisito ignorado no mundo da política.

15 junho, 2009

Após uma ausência

Após breves dias de ausência do país, é tempo de voltar à realidade nacional. Impressões das primeiras notícias desportivas lidas.

1 - Cissokho já não é do FC Porto. Tenho muita pena mas efectivamente aquela era uma proposta irrecusável. Mais um fabuloso negócio de PdC. Que sejas feliz, Cissokho!

2 - A imprensa encarnada resolveu criar suspense e arranjar mais um pretexto para falar de LFVieira. Agora é o pretenso tabu a propósito da sua recandidatura a presidente lá do clube. Tabu? Mas alguém tem dúvidas de que LFV não esqueceu o que aconteceu com Vale e Azevedo? Enquanto foi presidente, fintou a Justiça à sua vontade, até cheque sem cobertura entregou impunemente ao Estado, para pagamento de dívidas do clube. Depois, foi o que se sabe, e ainda o filme não terminou. LFV está bem ciente que só está protegido enquanto for presidente. Tabu sobre a sua permanência atrás do ecran protector do clube? Deixem-me rir!

3 - Mais um jogador que dizem que jura querer transferir-se para o Benfica, porque "é um grande clube" , que lhe dá preferência sobre qualquer outro emblema europeu e que a sua ambição antiga é ter a honra de ser seu jogador. Chego a Portugal e tomo conhecimento de mais outro que assinou, sim, mas por outro clube! Desta vez foi o Andújar. Não será o último. Essa imprensa benfiquista nunca mais entende o ridículo de que se cobre?

4 - Nunca me perguntei porquê, mas não nutro simpatia por Cristiano Ronaldo. Acabo de saber que se transferiu para o Real Madrid, penso que por um misto de capricho e de sentimento de "pesetero", aliás como outra figura de quem nunca gostei: Figo. A sua transferência do Barcelona para o Real foi, para mim, um acto vergonhoso que constituiu uma bofetada numa cidade e num clube que o adoravam e até já o tinham promovido a sub-capitão da equipa. Desejo a Ronaldo as mesmas felicidade que desejo ao seu novo clube. Poucas, quero eu dizer.

Ainda a propósito da abstenção...

... sabiam que houve 97% de abstenção dos emigrantes portugueses espalhados pelo mundo nas eleições para as europeias?

Quem, mais do que eles, terá razões para se burrifar para esta democracia de conveniência?

«Barreiras» visíveis do Mercado do Bolhão

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Diatribes de banqueiros (fonte:Público)

Vítor Constâncio afirma que os deputados são "ignorantes"

Vítor Constâncio, Governador do Banco de Portugal (BdP), considerou que os deputados da Comissão de Inquérito parlamentar falam com "ignorância" dos factos relacionados com a supervisão, designadamente ao confundirem "situação líquida, com liquidez".

Custo da nacionalização do BPN só será conhecido quando for criado um "mau banco"

Constâncio reconhece que tomou várias iniciativas públicas em resposta a Nuno Melo

Nuno Melo acusa Banco de Portugal de "falhas de supervisão"

Vítor Constâncio diz que há questões colocadas pelos deputados "que não têm cabimento"

Honório Novo vai entregar a Constâncio documentação sobre práticas ilícitas no BPN

Links (JN)

Consulta de acto único começa hoje

TGV: Mário Lino não teme veto do Presidente