16 junho, 2009

Defeso

Com a época de férias à porta e o defeso no futebol, a desmobilização cívica começa a sentir-se um pouco por todo o lado. É normal. A compressão foi alta, este ano, a todos os níveis.
Na política, a abstenção foi a "grande vencedora". Uma maioria respeitável de eleitores virou ostensivamente as costas à ineficiência desta democracia sem com isso querer demarcar-se dela. As pessoas querem de facto a democracia, mas uma democracia credível.
Não deviam ser os fazedores de opinião ou os políticos, a dar pareceres sobre o fenómeno abstencionista, porque já deram provas sobejas de se enganarem, tanto nas apreciações, como nas sondagens [nas europeias davam o PS como vencedor], devia ser o cidadão comum. Quando digo cidadão comum, não estou a referir-me obviamente aos grupos tradicionalmente alheios a actos eleitorais, refiro-me à massa heterogénea de gente, tranversal a toda a sociedade, que tem ou tinha por costume votar e deixou de o fazer. Eram esses, que deviam ser ouvidos, mas não é isso que acontece.
No futebol, o Apito Dourado, ao contrário do que os seus suspeitos mentores pretendiam, constituiu-se, a par do processo Casa Pia e da Banca [SLN/BPN/BPP], no caso mais escandaloso de caça ao homem a que o país pôde assistir nos últimos 50 anos. Um clube de futebol de Lisboa (o Benfica), conseguiu influenciar e contrariar todas as regras de bom senso e sobriedade a que a Justiça está submetida e colocá-la no papel miserável de caçador [Procuradoria Geral & Ca.], com o único intuito de destruir um adversário que não consegue vencer em local próprio.
O tiro saiu-lhe desastrosamente pela culatra, com a derrota no campeonato [3º.lugar], o afastamento prematuro da taça de Portugal a inacessabilidade à Liga dos Campeões e em quase todas as outras modalidades. Ao contrário, a "presa" perseguida [o FCPorto], não só os derrotou, como se sagrou campeão na maioria delas.
É caso para pensarmos que se a cidade do Porto e o país, fossem governados com a competência do Futebol Clube do Porto, bem estariam os portugueses. Mas, o facto, é que a competência, é requisito ignorado no mundo da política.

2 comentários:

  1. Esta democracia em portugal; tem
    uma pedra no sapato, chamada
    "Centralização".

    É uma democracia, com um caminhar
    serôdio, ao ritimo do maestro Governo.

    Ponho, todos os políticos no mesmo saco.Estes senhores, são uma
    corporacão-política, que nos andam
    a enganar, há mais de trinta anos.

    Ainda não vi!.. um político ser
    punido por qualquer crime de
    Lesa-Pátria que faça!- e nesta
    saga de democracia, já são mais
    anos de que muitos.

    Finalizo, com uma quadra de Aleixo.

    "Ó vós que,do alto Império,
    prometeis um mundo novo:
    cuidado,que pode o povo
    querer um mundo novo,a sério..."

    O PORTO É GRANDE VIVA O PORTO:

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  2. «Ainda não vi!.. um político ser
    punido por qualquer crime de
    Lesa-Pátria que faça!- e nesta
    saga de democracia, já são mais
    anos de que muitos.»

    Tem toda a razão. O que você diz - e é inteiramente verdade - parece algo "tolerável" para quem foi fiel ao voto...

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...