04 março, 2015

Um 1º. Ministro com Ministérios (Finanças) que não se lembra para que servem

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Num regime de Democracia a sério, em que os eleitores se sentissem respeitados pelas instituições do Estado e por quem as representa, podíamos neste momento dizer, com alívio, que já não tínhamos de aturar o actual Governo por muito mais tempo. Se tudo correr dentro da normalidade, entre Setembro e Outubro deste ano, teremos eleições para as legislativas, portanto, a possibilidade teórica de eleger outros protagonistas para cuidar do país e nos livrarmos desta clã de incompetentes que ocupou, sem para tal estar qualificada, lugares destinados a gente de outro estatuto. Era uma possibilidade, mas pouco provável. O PS vai partilhar a derrota eleitoral com a coligação PSD/CDS, mas receio que ainda assim o actual Governo se aguente. Há muitos partidos novos e velhos na oposição, sem argumentação à vista para governar, sem capacidade para se unirem numa forte e ambiciosa frente comum . Divididos, nunca serão obstáculos aos partidos do governo. 

A principal dificuldade para demover essa gente do poder, é que o regime em que vivemos, nem é sério, nem democrático. A habitual indiferença do povo com as questões de cidadania, a par da ingénua convicção que com o voto se esgota a participação no exercício da democracia, não tem ajudado o país a avançar. Por outro lado, os políticos também nada têm feito para convencer o povo que há algo mais para refinar a Democracia que votar, e isso explica quase tudo.

Os partidos da oposição mais antigos, defendem-se, alegando que cabe aos eleitores a escolha, que se não votamos neles é porque não queremos. Falso. São eles que estão acomodados à condição de opositores, e não fazem tudo o que deviam para persuadirem o eleitorado que têm capacidade para se tornarem alternativas credíveis aos partidos tradicionais. É desse conformismo que se alimentam e defendem, os partidos do chamado arco da governação. Oportunistas como são, logo se aproveitam para ridicularizar os pequenos partidos, enfatizando a sua baixa percentagem nos resultados eleitorais puxando para si os galões da credibilidade para governar. Naturalmente, que nesse percurso de ruptura com o passado, os partidos recém formados mais dificuldades vão encontrar, porque nenhum beneficia de um líder suficientemente carismático que possa  convencer os eleitores mais atentos e exigentes.

Assim sendo, apesar de termos um ex-governante detido, a contas com a Justiça, apesar da má governação de outros governos, e de contarmos actualmente com um Primeiro Ministro que desconhece as suas próprias obrigações sociais e fiscais, será conveniente nos prepararmos para a possibilidade de vermos Passos Coelho ganhar as próximas eleições e continuar a desarrumar as nossas vidas lá mais para o fim do ano.

Como nada aponta para que os critérios de pré e pós-avaliação das novas candidaturas se altere, vamos continuar como sempre a "comer" o que nos colocarem no prato, sem sabermos nada, ou quase nada, das suas competências e cadastros. Nem mesmo assim teremos forma de passar a exigir-lhes pactos de compromisso e responsabilidade pessoal, que era por isso que devíamos lutar.

Para aqueles que como Passos Coelho não fazem ideia do que seja o sentido de Estado (ele não faz mesmo), talvez não fosse disparatado aditar uma clausula especial à Constituição, lembrando que a Lei, não é para esquecer, é para cumprir.

Ah, e já agora, a Constituição é para ser lida, e se não fôr pedir muito, também para não esquecer...


02 março, 2015

Última vítima de Pandemia Alzheimer


O  Exmo. e Honorabilíssimo, Dr. Passos Coelho, anda em maré de azar. 

Depois  dos  primeiros sinais  da maldita  doença, em  Setembro passado, que  o fez esquecer-se  de declarar ao Fisco  os valores que recebeu da Tecnoforma quando deputado, o "nosso" mode-lar, exemplar, Primeiro Ministro teve uma recidiva. 


Soube-se agora que se esqueceu de descontar para a Segurança Social, mais ou menos no mesmo período em que se esqueceu do IRS, o que agrava o seu quadro clínico.

Dramático, sem dúvida. Os portugueses estão a perder os seus cérebros mais destacados, desde  a banca à política.

É o nosso fado.