26 março, 2011
Irmãos improváveis ( II )
No meu post de ontem com o mesmo título, aparece a seguinte frase a propósito de LFV. " A fé inabalável na justiça e pureza da sua cruzada, fá.lo pensar que ficará na História (...)".
Esta frase, redigida de forma infeliz, trai o meu pensamento e por isso considero importante a presente rectificação.
O que se pretendia dizer é que LFV tem a fé de ser capaz de enganar o mundo através da sua política de falsidades, de mistificação e de desinformação, tentando levar as pessoas a pensar que as suas atitudes são justas, tomadas de boa fé, e que têm como única finalidade a "credibilização" do futebol.
Exactamente a mesma estratégia de Sócrates, que certamente tem a esperança que os resultados das próximas eleições o voltem a pôr à superfície. Na Irlanda, o partido responsável pelo descalabro económico foi duramente penalizado nas eleições. Como será em Portugal? Será que o crime ainda compensa? Será que os vendedores da banha de cobra ainda conservam todo o seu poder de persuasão? Esperemos pelas respostas nos próximos episódios...
25 março, 2011
Irmãos improváveis
Pode ser um pensamento disparatado, mas juro que a demissão de Sócrates fez-me lembrar outra das minhas embirrações : Luiz Filipe Vieira. Uma crispação crescente é visível nos dois campos, o político e o futebolístico, e em minha opinião esses dois personagens são os principais fautores de situações que tendem a agravar-se, que não se sabe onde pararão, e que são antagónicas de um civilizado confronto de ideias partidárias ou de simpatias clubísticas.
Sócrates é o detentor da verdade,o bom, o iluminado que conhece o único caminho que nos tirará da terrível situação em que estamos metidos e da qual ele não tem culpa alguma. Em todos estes anos de poder, ele fez tudo certo, o país seguia um rumo de sucesso, só que a malvada crise mundial tudo veio estragar. Sócrates governou de tal modo que estabeleceu novos e altíssimos padrões de comportamento moral e de idoneidade política.
LFV é o paladino da verdade desportiva e da transparência, com activo repúdio de tudo o que sejam sujas manobras exteriores ao rectângulo de jogo. Ele é o arcanjo pacificador que luta corajosamente contra a corrupção e os golpes sujos, personificados pelo grande Satã que é Pinto da Costa. A fé inabalável na justiça e pureza da sua cruzada, fá-lo pensar que ficará na História como o melhor presidente de sempre de um um clube desportivo.
De Sócrates já me livrei, espero que definitivamente.
O outro, o LFV, ainda cá anda, mas o seu tempo, mais cedo ou mais tarde, chegará ao fim. Espero ainda por cá estar quando, dissipado o escudo protector SLB, esse personagem tiver de prestar contas à Justiça. Estou seguro que, entretanto, Vale e Azevedo faz parte dos seus piores pesadelos.
ps Este último governo era formado pela mais incrível colecção de jarrões que jamais governou Portugal. A sua saída é pois um serviço público prestado ao país. Acho particularmente higiénica a desaparição do ministro da administração interna e do secretário de estado dos desportos.
Um vergonha para os nossos políticos
OS EXEMPLOS DE QUE OS POLÍTICOS PORTUGUESES NÃO GOSTAM DE OUVIR FALAR
A Democracia e o jornalismo desportivo
Falta precisamente hoje um mês, para que o histórico dia 25 de Abril cumpra 37 anos, data em que Portugal comemora a conquista da Liberdade e a implantação da Democracia. Desde então, o país foi incapaz de se livrar do torpor desse momento de fantástica alegria, sem nunca ter verdadeiramente conseguido a clarividência necessária para se reorganizar e adaptar a uma nova realidade.
À libertação da ditadura, sucederam-se compreensíveis reivindicações, alguma anarquia, imensas greves, com umas tantas fugas do país de gente que, por boas e más razões, receou pela sua segurança e pelo seu futuro. Se quisermos ser honestos com a história, teremos de reconhecer que nunca chegamos a provar o doce sabor da estabilidade económica e da prosperidade social. Portugal viveu sempre amarrado a crises. A única diferença, é que a crise actual, é de longe a pior que se viveu desde esse tempo a esta parte. Infelizmente para nós, não temos para recordar bons e saudosos tempos, em termos genéricos. Só os banqueiros, os políticos e meia dúzia de grandes empresários podem dizer o contrário, o que não é o mesmo que dizer a verdade. Resumindo: nunca nos soubemos governar, enquanto país. E o raciocínio dedutivo a fazer desta realidade é uma enorme mancha de incompetência e vergonha para toda a classe política. Se lhe acrescentarmos o sucesso económico que contra a corrente desta lógica muitos desses políticos entretanto alcançaram, podemos afirmar - sem receio de sermos injustos - , que estes cavalheiros passaram o tempo a cuspir para a Democracia, que é como quem diz, para o Povo.
Por estas razões, considero que a minha relutância em engajar-me em qualquer dos partidos políticos existentes foi uma decisão sensata e acertada. Se o tivesse feito teria perdido o meu tempo e acumulado desgostos. Não tenho dúvidas. A não ser que me deixasse encantar, como a grande maioria deles, pelo comodismo característico dos funcionários públicos. Os nossos políticos, no governo ou na oposição, nunca foram capazes de ultrapassar esse nível comportamental. Por isso, andamos hoje a estender a mão à Europa sem grandes expectativas em relação ao futuro.
Mas alguma coisa sobrou de positivo deste tsunami pós 25 de Abril : a Liberdade. Não confundamos as coisas, falar de Liberdade, não é falar de Democracia, embora muita gente ainda fale desta como um dado adquirido. Os jornalistas então, são quem mais parece venerá-la. Pura ilusão. Eles não a veneram, usam-na e estendem-na, consoante as [suas] conveniências. Usam-na sobretudo para consumo próprio, num ininterrupto teste de resistência, quando em causa está algo susceptível de fazer vender os jornais do patrão, mas temem-na e desconfiam dela quando se trata da sua própria sobrevivência. Eles, melhor que ninguém, sabem que a Democracia é um embuste, mas pactuam com ele, por uma questão de sobrevivência. Falta-lhes coragem para dar o passo seguinte.
O jornalismo desportivo é talvez o sector onde a liberdade de opinião é mais submissa com o patronato. É o patrão e os lobbies quem ditam o que deve ser dito ou escrito. Há na imprensa desportiva, como na televisão e na rádio, profissionais que não hesitam em submeter as suas ideias à ditadura das linhas editoriais, mesmo que discordando delas. Os jornais desportivos são o espelho do que de pior se tem feito em Portugal em termos de informação. O fanatismo está patente nas suas capas e a democracia informativa pura e simplesmente não existe. Há três jornais desportivos, dois deles de Lisboa, e um sediado no Porto com duas edições [Norte e Sul]. Todos eles, sem excepção, se conduzem pela mesma cartilha: o Benfica é o guia espiritual. Os outros clubes, mesmo com melhores performances desportivas, são remetidos para o quase anonimato e quando são falados [sobretudo o FC Porto], é sempre pelas piores razões. E todos eles pactuam com este genuíno atentado aos valores da Democracia. Em nome das vendas e do todo poderoso Benfica...
Os jornalistas simpatizantes do FC Porto sabem-no, e prestam-se a este trabalho de prostituta. Dizem que têm filhos para criar e que a vida está difícil, etc... Como prostitutas, vendem a alma ao patrão. Como podem eles ser levados a sério? Como querem ser respeitados? Então, que se assumam como prostitutos da informação e terão direito ao respeito proporcional a quem se deixa prostituir. Se a ideia de honra chegou a tão baixos padrões, estarão porventura eles também disponíveis para verem prostituir-se os próprios filhos?
Os jornalistas simpatizantes do FC Porto sabem-no, e prestam-se a este trabalho de prostituta. Dizem que têm filhos para criar e que a vida está difícil, etc... Como prostitutas, vendem a alma ao patrão. Como podem eles ser levados a sério? Como querem ser respeitados? Então, que se assumam como prostitutos da informação e terão direito ao respeito proporcional a quem se deixa prostituir. Se a ideia de honra chegou a tão baixos padrões, estarão porventura eles também disponíveis para verem prostituir-se os próprios filhos?
Haja paciência. A vida está má para todos. A justificação de ter de a ganhar, não pode explicar tudo. Urge repudiar o trabalho sectário, a mentira, o insulto, a conspiração, e a injustiça mesmo que o patrão ameace com o despedimento. Isso fará toda a diferença, entre o lacaio e o Homem.
E quando falarem sobre Democracia, seria bom que se lembrassem do contributo que estão a dar para a sua degeneração. Cobardemente.
E quando falarem sobre Democracia, seria bom que se lembrassem do contributo que estão a dar para a sua degeneração. Cobardemente.
24 março, 2011
Provedor do telespectador demite-se
Paquete de Oliveira anunciou esta quarta-feira a sua demissão do cargo de provedor do telespectador. Um mês antes, já tinha avançado a sua decisão ao presidente da RTP.
Nota de RoP
Aceitam-se novas candidaturas!
Perfil do candidato:
- Saber ler e escrever
- Ter aspecto de pessoa séria
- Fazer de conta que regula e não regular nada
- Não responder a perguntas embaraçosas para a RTP
- Salário compatível com a idoneidade
Nuno Santos aprovado para director de informação da RTP
O Conselho Regulador da Entidade Reguladora da Comunicação reuniu-se esta segunda feira e aprovou por unanimidade a entrada de Nuno Santos para director de informação da RTP.
Nuno Santos, que era director de programas da SIC desde 2007, foi confirmado como director de informação da estação pública no início de Março, depois da saída recente de José Alberto Carvalho para a TVI. A aprovação do Conselho de Redacção oficializa a contratação do jornalista.
Nuno Santos mostrou-se no início de Março "honrado" com o convite da administração da estação pública, garantindo que o cargo é uma "grande responsabilidade" na sua carreira.
A chegada do jornalista motivou contudo uma nota da Comissão de Trabalhadores da RTP declarando que o convite a Nuno Santos representa uma "falta de confiança" da administração para com jornalistas que integram os quadros da empresa. [JN]
Nota de RoP
Sobre a idoneidade de Nuno Santos para o cargo de Director de Informação de um canal público como é [é?] a RTP, mantenho as minhas reservas. Entre ele e o que lá estava, as diferenças são meramente físicas. Mas, confesso que me desperta alguma curiosidade saber o que é que, para a Comissão de Trabalhadores, distingue o anterior director, do actual. Porém, essas, são informações a que nós, comuns mortais, não temos direito.
Os jornalistas, e a sua vidinha são assunto tabu, não é. Para eles, os holofotes da informação devem ser necessariamente discretos... Viva a coerência!
Os jornalistas, e a sua vidinha são assunto tabu, não é. Para eles, os holofotes da informação devem ser necessariamente discretos... Viva a coerência!
23 março, 2011
Um Ministro miserável, sectário e profundamente incompetente
Nem a licenciatura em direito, o mestrado em Ciências Jurídicas e o cargo de Ministro da Administração Interna, fazem currículo suficientemente habilitado para transformar um incompetente num sábio. Marrar, até se conseguir os canudos, pode ser uma atitude louvável, mas não é concerteza uma garantia de saber. Estou a falar de Rui Pereira, como já terão percebido. Este homem, à imagem do seu chefe José Sócrates, não faz a menor ideia do que é o sentido de Estado.
É por permitirmos que gente desqualificada como este homem aceda ao Poder, que Portugal não passa da cepa torta. E o que é mais grave, é que não é o único irresponsável. São todos! Incluindo o nosso povo, que mesmo depois de passar por consecutivas provações de ingovernabilidade, continua a presentear estes garotos com o votozinho da praxe. E eles, claro, agradecem.
Devo dizer, a propósito das suas patéticas declarações [serei implacável!] àcerca do apedrejamento da viatura do Presidente do Benfica, que soam a falso, que são sectárias e completamente desajustadas. Primeiro, porque o primeiro responsável, é ele próprio, por, até hoje, não ter sido capaz de tomar uma única decisão, dito uma palavra, no sentido de refrear outras "violências" que há muito se instalaram no futebol português.
Parte substancial dessas outras violências, começou quando concedeu que alguns comentadores do seu clube ultrapassassem o limite do razoável com acusações infundadas ao FCPorto em programas desportivos, sem ter qualquer intervenção pedagógica. Permitiu que a imprensa e a a televisão, tanto pública como privada, continuassem a desenvolver um trabalho deliberado de anti-portismo, confundindo o direito à liberdade de opinião, com o direito à libertinagem, o que atesta do seu baixíssimo nível, mesmo enquanto cidadão. Não teve uma palavra de repúdio quando a viatura de Pinto da Costa sofreu o mesmo tipo de ataque, deixando revelar uma dualidade de critèrios inconcebível para alguém com as suas responsabilidades.
Parte substancial dessas outras violências, começou quando concedeu que alguns comentadores do seu clube ultrapassassem o limite do razoável com acusações infundadas ao FCPorto em programas desportivos, sem ter qualquer intervenção pedagógica. Permitiu que a imprensa e a a televisão, tanto pública como privada, continuassem a desenvolver um trabalho deliberado de anti-portismo, confundindo o direito à liberdade de opinião, com o direito à libertinagem, o que atesta do seu baixíssimo nível, mesmo enquanto cidadão. Não teve uma palavra de repúdio quando a viatura de Pinto da Costa sofreu o mesmo tipo de ataque, deixando revelar uma dualidade de critèrios inconcebível para alguém com as suas responsabilidades.
Mas, para quê falar mais deste pobre coitado se ele não passa de uma árvore doente numa floresta com um governo há muito moribundo? Pois, que morram hoje mesmo! A árvore e a floresta.
E siga para Bingo!
E siga para Bingo!
22 março, 2011
Regresso trágico à ideologia
O sistema não serve o regime, porque se baseia no compadrio e no clientelismo. Está corrompido e ferido de morte. Não vale a pena olhar o problema hipocritamente, nem conviver com o cinismo dos que acham que foram outros os responsáveis pela situação de bancarrota a que o país chegou. Interessam pouco os ataques pessoais quando a situação é de ruptura e as reformas têm de ser muito duras, seja quem for a governar. Confúcio ensinava (cinco séculos antes de Cristo) que as mudanças radicais exigem autoridade adequada e que o homem que as promove tem de possuir força interior além de uma posição influente e aquilo que ele faz precisa de corresponder a uma verdade mais alta. Maquiavel advertia os príncipes do seu tempo de que não há nada mais difícil de empreender, mais perigoso de conduzir ou de sucesso mais incerto do que assumir a liderança na introdução de uma nova ordem das coisas. O que terá de vir é isso mesmo, uma nova ordem das coisas. A que existe conduziu ao caos, à desordem, à miséria económica, financeira, intelectual e espiritual. Já não se trata de tirar o tapete a quem quer que seja, mas de mudar a casa e de a preparar para receber equipas capazes de ajudar o novo líder a alterar radicalmente o sistema para salvar o regime. Admitindo que, apesar do descontentamento com a situação actual, os portugueses só aceitarão os sacrifícios se sentirem que eles apontam para uma mudança útil (seguindo o pensamento de Kotter). O ruído é já intenso e vai tornar-se ensurdecedor, com fortes doses de demagogia e o regresso à ideologia. Não seria grave se, nas circunstâncias actuais, não fosse trágico para Portugal.
por Alfredo Barbosa [in I]
Docente da Universidade Fernando Pessoa
Nota de RoP
Pelo que vejo [com muita satisfação], não estou só a reclamar novos paradigmas de regime e de democracia. Aos poucos, vão-se abrindo os olhos de algumas pessoas.
21 março, 2011
Você é contra ou pró?
Quem ler o Renovar o Porto com regularidade saberá o que penso sobre o programa "Prós e Contras", da RTP. Resumo todo aquele aparato de perguntas e respostas a um único objectivo: branquear erros e ilegalidades recentes ou passadas, cometidas por governantes e ex-governantes com a participação do público. Um desperdício, pintado de cidadania.
Não será portanto caso para abrirmos a boca de espanto a notícia da participação de Rui Rio no programa desta noite a partir do Rivoli com o autarca lisboeta Alberto Costa. De certeza que todos vamos ficar mais esclarecidos.
20 março, 2011
Concordo com o Miguel
"Dentro de cinco anos, dez no máximo, o Japão estará reconstruído de toda esta devastação que o destino lhe reservou. Mas nós estaremos na mesma ou pior".
Miguel Sousa Tavares [in Expresso]
Miguel Sousa Tavares [in Expresso]
Nota de RoP:
Os japoneses ao, contrário de certos portugueses degenerados, não manifestam o seu patriotismo pelas performances da selecção do seu país, mas sim por um elevadíssimo nível de civismo perante as adversidades e pela prosperidade do seu povo. Nós, ou melhor, aqueles portugas do sul/centro do território, órgulham-se [com o "ó" aberto] prematuramente de êxitos desportivos apenas porque houve um treinador brasileiro que, tal como eles, decidiu falar mal do Porto...
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