26 dezembro, 2018

'Ultimato' aos dirigentes do FCPorto


Chegados a este ponto, a uma situação impensável há poucos anos atrás, chegou o momento de colocar algumas questões aos dirigentes do FCPorto, começando pelo Presidente Pinto da Costa e respectivos  elementos da SAD. 

São questões que já não têm a ver exclusivamente com o futebol, e sim com a própria ordem social, política e judicial. O artigo abaixo publicado pelo jornalista Paulo Baldaia é para levar a sério, não é mais uma fake new à moda d' A Bola. Importa portanto saber o que pensam os dirigentes do FCP  desta situação.

A saber:
  • Acham que é normal o que está a acontecer, em democracia?
  • Se acham que não, que tencionam fazer?
  • Reagir politicamente e juridicamente no tribunal dos direitos do homem?
  • Reagir condicionados ao simples lamento?
  • Continuar a participar em todas as provas desportivas, submetendo os atletas à humilhação de voltarem a jogar em competições  previamente viciadas?
  • Voltar a cometer a infantilidade de deixar ao cargo de uma justiça corrupta a resolução deste problema?
Agora, já nada justifica o silêncio. Se se repetir, como tem sido o caso, será também da responsabilidade dos dirigentes do FCPorto tudo o que de mal voltar a acontecer dentro e fora de portas. Ninguém pode negar o que aqui fui prevenindo no passado recente. Os infractores, os causadores de crimes, repito, combatem-se, não se lamentam.

PS1-Naturalmente, penso que Pinto da Costa e os homens da SAD deram o aval para que o programa Universo Porto da Bancada fosse para o ar, mas foi o Francisco J. Marques quem entregou à PJ os elementos de prova dos escândalos do Benfica (agora branqueados), e foi também quem deu a cara no Porto Canal. Não foi por acaso que foi ele o único castigado pela Comissão Disciplinar da FPF. Isto já diz alguma coisa.    Comissão Disciplinar essa que, ironicamente, devia ser punida há muito tempo.

PS2-Ou muito me engano ou os portistas já se conformaram com o sucesso do Benfica no tribunal. Por mim, só acredito quando o Ministério Público informar que abdicou do recurso. Apesar de ter suspeitado dos sucessivos atrasos da estranha juíza Ana Peres para tomar decisão tão simples e óbvia (a aproximação do Natal às vezes dá jeito...) custa-me a acreditar que tudo fique assim. Se o FCPorto desistir de lutar contra esta pouca-vergonha não volto a escrever mais nada sobre o assunto, mesmo se continuarmos a ser humilhados pelos bandidos do costume. Continuarei a ser portista, como sempre, mas deixarei de considerar quem permitiu tantos abusos. 

O homem a abater pelo regime dos descendentes da PIDE

AMADEU GUERRA, director do DCIAP , quis sair ou foi empurrado?

Este artigo é um aviso à população. O actual regime é mais pérfido e perigoso que o de Salazar

O Conselho Superior do Ministério Público retirou Amadeu Guerra do cargo de diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP). Perante a tragédia, o alarme tocou e o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público salientou que podemos estar perante "um retrocesso na investigação criminal ao mais alto nível".
Paulo Baldaia
JN
António Ventinhas mostra-se muito preocupado, porque "o diretor do DCIAP é um dos cargos mais importantes do Ministério Público e um dos grandes rostos do combate à corrupção". O mais grave é que a saída de Amadeu Guerra parece ter ocorrido contra a vontade da procuradora-geral da República.
Ainda há poucos dias, Lucília Gago tinha ameaçado demitir-se caso fosse alterada a composição do Conselho Superior do MP, por considerar uma "grave violação do princípio da autonomia", e agora viu essa autonomia passar-lhe uma rasteira, oferecendo a Amadeu Guerra o lugar que ele queria. Aqui chegados, é preciso salientar que não foi preciso existir uma maioria de não magistrados no Conselho Superior do Ministério Público para haver uma alteração profunda no departamento que conduz o combate à corrupção, retirando de lá quem de lá quis sair, contra a vontade do presidente do sindicato e contra a vontade da procuradora-geral da República. Numa instituição altamente hierarquizada, a autonomia suicidou-se!
O título e os parágrafos iniciais desta crónica, que fiz com fraca ironia, pretendem mostrar a hipocrisia com que os magistrados, altamente corporativos, e alguns comentadores reduziram a discussão sobre o novo estatuto do Ministério Público a uma intenção dos políticos de acabar com o combate à corrupção. Prometi voltar ao tema e cá estou. Também para registar a forma cobarde como os socialistas estiveram neste debate, estando e não estando a favor da alteração proposta pelo PSD, retirando o cavalinho da chuva assim que perceberam que os populistas tinham ganho o debate, matando-o.
É claro que ter a coragem de defender aquilo em que se acredita, em que sempre se acreditou, pode parecer um suicídio político. Mas o que fazer? Esquecer os princípios porque o momento aconselha que se o faça? Como se a oportunidade tivesse sido determinada por quem defende ideias fora do politicamente correto e não pela ministra da Justiça, que entregou no Parlamento uma proposta de lei para alterar o estatuto do Ministério Público. Seja como for, é assunto demasiado sério para poder ser resolvido com meia dúzia de tiradas populistas, como argumentar que quem quer uma maioria de não magistrados no Conselho que fiscaliza esses mesmos magistrados quer acabar com o combate à corrupção. Como se essa fosse a sua única função, como se não houvesse mais nada para fazer, como se não tivessem falhado recentemente no apoio a uma mulher que acabou morta, vítima de violência doméstica. Como se lhes bastasse chamar corruptos a todos os políticos para esconder todos os falhanços. A matilha ataca quem se atreva a discordar.
Vivemos dias perigosos, muito pelo que eles já trazem mas muito mais pelo que eles antecipam. A informação televisiva quer cada vez mais entreter, o jornalismo é cada vez mais tabloide e, pior, discutem-se muito mais as pessoas do que as ideias. E, assim sendo, não posso deixar de estranhar que os comentadores que mais alinharam na bravata do Ministério Público não tivessem tido uma palavra de apreço pelo homem que liderou o combate à corrupção. Havia e há uma grande hipocrisia no debate sobre o estatuto do Ministério Público.
Nota de RoP-
Aproveitaram a época do Natal para fazerem mais "sangue" (e lixo).
Por mim, promovia  uma manifestação de apoio ao Ministério Público, e contra quem quer fazer dele outro antro de corrupção!Cuspo no Governo, cuspo no Parlamento. São uns traidores! 
Acrescento o seguinte: o Ministério Público como quase todos (ou todos mesmo) os órgãos do Estado estão minados. Há gente competente e gente duvidosa. Daí talvez seja exagerado o apoio total ao MP que propus É assim, por mais que queiramos acreditar num todo, é sempre um risco. 
PS-Permitam-me uma pequena explicação que não é propriamente uma mudança brusca de trajectória. Não gosto de cuspir em ninguém(nunca o fiz), mas quando se trata de pessoas com cargos de alta responsabilidade a cometerem autênticos crimes de lesa-pátria, fico enojado. Como a "democracia" não me permite dar-lhes o castigo que merecem - que só podia ser a cadeia, ou no mínimo a erradicação política -, só me ocorre cuspir no que me enoja...