23 dezembro, 2016

Boas Festas!

Natal Engraçado Imagem 5

É nos pequenos gestos e atitudes do nosso dia-a-dia que devemos proporcionar o mínimo de alegria e compreensão aos que nos cercam. 

Que o espírito natalício ocupe os vossos corações para toda a vida (será possível?). 

Boas Festas e Feliz Ano Novo
aos leitores do Renovar o Porto, especialmente a todos os portistas!

21 dezembro, 2016

Sanguessugas

Pedro Ivo Carvalho
(JN)


Eles movem-se com um à-vontade inquietante. Parecem invisíveis até nos apercebermos do estrondo que fazem quando são notados. Germinam nos partidos de poder, saltitam de galho em galho, ora servindo uns, ora servindo outros. Alimentam-se dessa entidade gigantesca e frágil chamada Estado. Resistem a governos, ministros e ideologias. São as pessoas erradas nos lugares certos. Sempre que eclode mais um escândalo, revelam-se pela sagacidade dos métodos, pelo descaramento dos expedientes, pelo avultado, porque é sempre avultado, rombo que causam nas contas públicas, no dinheiro que é de todos, mas que eles acham que lhes pertence. Eles lá vão, aspirando os recursos à medida que se repetem, ano após ano, legislatura após legislatura, os debates muito sérios e muito estéreis sobre a necessidade de reformar a máquina da Administração Pública. As sangessugas são uma praga bíblica: podemos pensar que as exterminamos de cada vez que a Polícia Judiciária e o Ministério Público desembainham as espadas, mas há sempre uma subespécie que prevalece. E se multiplica.

Ter um Estado que está em todo o lado acarreta esta dimensão perversa de podermos estar a desviar o Estado dos locais onde verdadeiramente ele é necessário. O escândalo da Octapharma é revelador das formas de que o monstro se serve para se manter saciado. Uma grande empresa controla o negócio do plasma, derivado do sangue. Por vontade do Estado. Estabelecem-se teias espessas de cumplicidade e interesses comuns. Ajustes diretos justificados com a economia de mercado. Um empresário e lóbista, Lalanda de Castro, amigo de um médico, Cunha Ribeiro, ex-presidente do INEM e da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, assenhora-se, assim apontam os indícios, de um negócio que é, literalmente, um bem vital para o país. Um pequeno favor aqui, um fechar de olhos ali, com a mesma cadência sincopada com que um coração bomba sangue para o corpo.

E isto, além dos largos milhões de euros que podiam ter sido gastos em camas de hospitais, medicamentos, horas extraordinárias a médicos e a enfermeiros, é o que mais devia indignar-nos. E não me venham dizer que é demagogia. O dinheiro não voou. Podia e devia ter tido um destino de serviço público.

Na verdade, a corrupção a este nível num país que investe (e bem) tanto dos seus recursos numa área determinante como a saúde é a assunção de que já atingimos o grau zero da desfaçatez. Somos nós a aceitar que as sangessugas continuarão sedentas e rechonchudas perante aqueles que insistem em manter o monstro bem nutrido a pretexto do bem comum.

Nota de RoP:
Tudo isto é deplorável, revoltantemente tolerável, porque o povo não reage, como deve, a isto. Sabem por quê? Continua a votar. Apesar das abstenções.





20 dezembro, 2016

Habemos Porto, no Porto Canal?

Quando um clube como o FCPorto tem um presidente que ainda há pouco tempo afirmou numa entrevista ao Porto Canal que as arbitragens não tinham piorado, e passado umas semanas se queixa de 15 grandes penalidades não assinaladas a favor do nosso clube, é caso para perguntar o que o fez ver só agora, o que todos os portistas viram desde o início da temporada. Que confiança nos pode inspirar um homem que muda de opinião tão abruptamente? Deixo a resposta ao critério dos leitores.

A minha opinião já a revelei, mas para que não hajam dúvidas, vou recordá-la: foi a blogosfera azul e branca! Sim, os blogues, esses mesmos a quem Pinto da Costa e o director geral do Porto Canal não "passam cartão", não lêem, embora toda a gente os conheça. Mas, pronto, como diz o ditado, só não mudam os burros, embora quando mudam, nem sempre tenham a nobreza de carácter para reconhecer que erraram.

O jogo de ontem com o Chaves (terra natal de meu pai, que era um portista ferrenho), provou, comprovou e confirmou, que os árbitros estão notoriamente empenhados e comprometidos com o clube do regime. Se há uns que disfarçam melhor a missão de que estão incumbidos, outros roubam à descarada, provocam até, e indignam qualquer espectador idóneo que acompanhe os jogos do FCPorto.

De tantas vezes o repetir, por uma questão de seriedade, estas constatações não são meras desculpas, são factos muito graves que mancham a tão badalada verdade desportiva daqueles que menos autoridade moral têm para a pronunciar (que enfie a carapuça quem se doer).

Por isso, apesar de estarmos a ser muito desconsiderados pelo senhor presidente, que agora só tem olhos para os super-dragões, ainda bem que a nossa resiliência e os nossos comentários fizeram abrir os olhos a quem teimava em mantê-los fechados. E ainda bem, porque agora já podemos assistir a alguns programas e debates onde esta questão dos árbitros começa a ser comentada sem medos nem mariquices, e com alguns testemunhos técnicos e visuais extremamente úteis. É por demais previsível que esta postura provoque uma reacção violenta e tipicamente manipuladora aos nossos inimigos, mas nada temos a temer quando a razão está do nosso lado, que é o lado dos factos, ou seja, sem precisar de argumentos. É uma boa oportunidade que daremos aos homenzinhos da Federação e das arbitragens se retratarem e testar até onde pode ir a sua desfaçatez.

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Fernando Gomes
(Presidente da Federação Portuguesa de Futebol)


























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José Fontela Gomes
(Presidente do Conselho de Arbitragem)


No  programa "Universo do Dragão" transmitido ontem depois do jogo no Porto Canal, apreciei tudo o que lá foi debatido, com particular relevo para o ex-jornalista da RTP, José Cruz e Rita Moreira, que não hesitaram em manifestar toda a indignação que lhes ia na alma. É bom sinal. Pena é, que tenhamos de pagar 3 épocas de verdadeiras pilhagens com influência nos resultados financeiros.

PS-Dos quatro presidentes aqui plasmados, só um tem afinidades com o FCPorto. Não consta que tenha usado a sua influência para beneficiar o clube onde trabalhou. Os demais, sabe-se, à boca pequena, que são todos benfiquistas (e qual é o problema?!)... 

Face ao que se tem passado com as arbitragens, umas, a levar o Benfica ao colo, e outras, a prejudicar exuberantemente o FCPorto, não será caso para pensar num cozinhado previamente marinado. Se foi, quais foram as contrapartidas? 

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Pedro Proença
(Presidente da Liga)


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José Meirim
(Presidente do Conselho de Disciplina)