18 maio, 2018

A política precisa de um banho de decência

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A dignidade terá imagem?
Há males que vêm por bem. É um facto que os portugueses são pouco dados à intervenção política. Para se unirem, ou mobilizarem em torno de uma causa, é preciso quase arrastá-los à força, porque continuam a pensar que tudo depende dos outros, ou então ficam na expectativa que apareça algum D. Sebastião numa manhã de nevoeiro a pôr ordem no país. Só que isso, é uma fábula, não funciona e até pode ser perigoso.

Enquanto alguns intelectuais, narcisistas, passaram anos a diabolizar o futebol, associando-o às classes mais indigentes da sociedade, tentando passar a ideia que só eles merecem crédito, eu sempre entendi que o caminho mais curto para o povo se defender da má política era precisamente através do futebol. Por quê? Porque o futebol confere uma paixão,um sentimento gregário que os políticos são incapazes de compreender e ainda menos administrar. Pelo contrário, em Portugal, os políticos são incapazes de perceber esse fenómeno, e em vez de o gerir com a imparcialidade devida, não, preferem baixar ao nível do povo, e optar pelo clube teoricamente maioritário, que é exactamente o que está a acontecer.

O centralismo, por exemplo, era palavra a que poucos nortenhos ligavam, mas agora começam a valorizar através do futebol onde o sentimento de discriminação é mais forte, como é o caso  do FCPorto. Pior ainda, se falarmos de regionalização, reforma estrutural que até consta da Constituição e que seria extremamente benéfica para todas as regiões do país, não tem sido tão reivindicado quanto devia.

Sem pretender insinuar qualquer crítica, acho que não devemos ser tão complacentes com os governantes. Ao fazê-lo estamos a relativizar a gravidade dos seus actos sectários, da sua condescendência com a alta criminalidade, civil e desportiva. Estamos a contribuir para a fomentação da marginalidade, baixando o grau de exigência para a classe política do futuro.

Portugal tornou-se num país ingovernável, qualquer badameco pode chegar ao poder e aventurar-se em novas golpadas até enriquecer.  Nestes casos, a justiça quando actua, em vez de os dissuadir com punições severas, estimula-lhes o apetite para as vigarices, permitindo recursos atrás de recursos, até à prescrição dos processos. É esta mentalidade que predomina em grande parte deles. Alguns, saem da política ricos sem se saber exactamente como o conseguiram. Não vejo grande diferença entre certos políticos e os dirigentes do Benfica. Na própria Justiça existem elementos nefastos à classe (Rui Rangel é apenas um).

Politicamente falando, considero que a raiz dos nossos males estriba-se no desprezo pela Lei. Ela existe no papel, como garante da paz social, mas nem sempre é levada à letra.  Isto explica porque é que os governantes, para disfarçarem estes maus hábitos onde a preguiça se inclui, em vez de fazerem cumprir a Lei preferem criar outras, assim à laia de quem baralha e dá de novo. Basicamente, é isso que  o habilidoso, mas pouco inteligente António Costa, decidiu fazer precisamente agora, impelido pelo escândalo do Sporting, quando já há leis que bastam, mas não se usam, a não ser para alguns (sempre a eterna discriminação). Já com o escândalo do Benfica parece ter decretado um pacto de silêncio entre os partidos da oposição e a comunicação social. Critérios diferentes para ilegalidades semelhantes, ou mesmo mais graves. Tal, como certos árbitros. Coincidências...

Se isto não é gozar com a inteligência das pessoas, então é pura vigarice, ou cegueira parcial... 




16 maio, 2018

E os políticos, estão inocentes?


Não, não estão! Se a violência, e a corrupção, chegaram ao futebol, foi porque os governos sucessivos se  revelaram incapazes para acabar com elas. 

Não sei, como é possível virem agora todos a terreiro com os escândalos do Sporting, e se mantiveram tanto tempo indiferentes, num silêncio cúmplice, com os do Benfica. Imagine-se se isto fosse com o FCPorto!Esta mania discriminatória, esta incompetência doentia, confirma a profunda falta de nível da classe política. 

Naturalmente que reprovo tudo o que tem vindo a público sobre o Sporting, e repudio energicamente o que as claques fizeram aos atletas, mas a minha  maior repulsa vai toda direitinha para a porcaria dos nossos políticos, incluindo os da oposição. São um nojo!

A este grupo de inúteis, junto a comunicação social de Lisboa, como é inevitável.

15 maio, 2018

As promiscuidades têm côr, umas são boas, outras não

Alberto Santos, mais um melro lisbonário?
Inebriados pela euforia da conquista deste campeonato, é natural que se instale algum excesso de confiança e se esqueça os nossos próprios desacertos, mas é preciso descer à terra e ponderar bem o futuro. 

Tal como em muitas outras áreas da sociedade, o futebol português está dominado por uma concorrência corrupta, e mesmo assim Sérgio Conceição  soube levar o barco a bom porto, vencer o campeonato categoricamente, e desta forma evitar mais uma época de frustrações. Não foi nada fácil, como sabemos, e nunca será, enquanto imperar a lei da bagunça no país. Já as épocas precedentes ficaram manchadas pelas habilidades extra-futebol do Benfica, mas também não tivemos treinadores à altura de aproveitar as oportunidades em momentos decisivos. Por outro lado, ainda não eram do conhecimento público as vigarices dos emails, nem as denúncias de envolvimento com a Justiça, não obstante as suspeitas. E, diga-se o que se disser, as denúncias de FJMarques foram muito importantes para moderar um pouco o trabalho sujo de alguns árbitros que até então não se poupavam a mimar o clube do regime nem que tivessem de ser eles a marcar os golos. Era por demais descarado. Mas cuidado, eles ainda lá estão, não podemos confiar demais na Justiça. Dizem que ela tarda mas não falta, mas isso nem sempre corresponde à realidade...

Suponho que os leitores regulares do Renovar o Porto já me conhecem um pouco, já sabem o que penso de certas modernices. Portanto, não será nenhuma surpresa para esses leitores dizer outra vez o que penso da promiscuidade entre o futebol e a política, promiscuidade essa em nada comparável com a que Rui Rio criticava. A promiscuidade de Rui Rio é sectária, arrivista e politiqueira. A que eu censuro é global.

Se fosse líder de um partido político proibia estatutariamente a participação de políticos em programas de futebol, exactamente para separar as águas entre uma actividade e  outra, totalmente antagónicas, objectivamente para dignificar a péssima imagem que os políticos deixaram na opinião pública.

Rui Rio não tem coragem para tanto, porque é mais um hipócrita, incapaz de se pronunciar com promiscuidades de vómito, como é a do Benfica com tudo o que lhe dá poder, incluindo políticos, muitos deles do seu próprio partido, mas "teve-a" para apunhalar os próprios portuenses, os ingénuos que acreditaram nos seus dotes de homem sério e lhe deram o voto. Para mim, Rui Rio não é um homem sério pelas razões aqui explícitas, acho não precisar de mais.

Daqui a uns tempos talvez o Porto Canal venha a replicar o que aqui digo agora. Muito do que ali é dito actualmente sobre o centralismo, e até sobre estes fenómenos lúgubres do futebol, já eu ando a propagar há uns anitos no Renovar o Porto. Vale isto para dizer que, admitindo que as ideias que defendo estão erradas, deixo ao critério dos leitores o seguinte: imaginem que em vez de Rui Rio, era o seu "nobre" colega de partido, Rui Gomes da Silva, a candidatar-se à Câmara do Porto. Acham que algum portuense de gema, daqueles que gostam inteiramente do Porto (e do FCPorto por ser um clube portuense sem raízes salazarentas,) iam votar num energúmeno como Rui Gomes da Silva? É claro que não. Mas os "portuenses" benfiquistas, se calhar, até votavam num verme daqueles, e iam a correr às urnas.

Agora, digam lá se esta pouca vergonha, esta mistura aberrante de político/comentador de futebol/e representante de clube, contribui nalguma coisa para a regeneração da classe? Então pergunto: quem nos diz a nós que Rui Rio não é benfiquista? E quem nos garante que a paixão clubista (se é que ele a tem) não se sobrepõe aos interesses das cidades e das suas instituições culturais e desportivas? Vamos lá ver, não será isso que os autarcas de Lisboa fazem com o Benfica?

A este propósito, passo já a prevenir a malta que há para aí um tipo, um tal Alberto Santos (na foto), amigo de Rui Rio e putativo candidato à liderança da distrital do PSD/Porto, ex-autarca de Penafiel, que pretende tirar a Câmara a Rui Moreira... Como tal, há que procurar saber bem quem ele é, de onde veio, como apareceu aqui, e de que clube padece (importa conhecer também quais são as suas cores clubistas) uma vez que, segundo a opinião dos próprios políticos, é "normal" misturar funções tão distintas...

E já agora, aconselho aos portuenses que lêem o JN, a estarem atentos não só ao perfil dos jornalistas que agora lá trabalham, como para a tendência cada vez mais acentuada de centralizar o jornal. O Joaquim Oliveira agora pouco manda no JN, e mesmo quando mandava em nada contribuiu para o descentralizar. É bom estarmos atentos a estas coisas, porque se não estivermos, teremos cada vez mais gente vermelha a minar aquilo que é nosso. E não admito a ninguém que me venha impingir a treta do costume, que não devemos ser bairristas, e balelas do género, porque foi por causa disso que muitos portuenses portistas se deixaram levar no canto da sereia centralista.

Se fôr preciso tirar a prova dos nove, basta pegar num qualquer jornal de Lisboa para verificar que do Porto pouco dizem, só há notícias para denegrir a nossa cidade, e poucas para louvar. Portanto, futebol sim, mas não é só através do Benfica que o "Polvo" vai engordando, há outras vias, outras estratégias, todas diferentes, mas com um só objectivo, que é roubar ao Porto tudo o que fôr possível, até a alma. 

PS-Agora, é Sporting que foi apanhado a subornar os árbitros de Andebol. Só podia, aquilo era demasiado óbvio para ser apenas incompetência. 

14 maio, 2018

UMA FESTA TOP!

Grande roubo da arbitragem! Uns incompetentes.
Estão gastas, as palavras para exprimir toda a alegria patenteada este fim de semana nos festejos do FCPorto. Nem a conquista da Champions e da Liga Europa arrastaram tanta multidão! Foi uma festa de arromba, daquelas genuínas, em que a alma e o sentido de revolta superaram todas as convenções. 

A única coisa que veio destoar, foi a derrota da final europeia de hóquei em patins no Dragãozinho, com o Barcelona. Temos um grupo de jogadores excepcionais, tão ou mais competentes que o próprio Barcelona. Só nos faltou a experiência da maturidade, porque técnica e talento estão lá todos. Paciência! Talvez para o ano tenhamos mais sorte, inclusivamente com a arbitragem, porque a de ontem, esteve muito mal ao anular o 3º. golo (do empate) que podia ter mudado o rumo dos acontecimentos. É lastimável que uma equipa fique a dever a erros de árbitros incompetentes a perda de troféus tão importante. Os árbitros deviam ter direito a cartões amarelos e vermelhos, exactamente como os jogadores, porque os de ontem mereceram vários amarelos e no mínimo um vermelho. Isto não significa que o Barcelona não tenha uma grande equipa também, porque tem, mas triunfar desta maneira, é que não está bem.

De qualquer modo, a conquista do campeonato de futebol não foi beliscada pelo hóquei, até porque ocorreu  uns dias antes. A cerimónia da Câmara, com a entrega da medalha de honra  da cidade a Pinto da Costa, por Rui Moreira, foi mais que merecida, porque, apesar da gestão dos últimos anos de Pinto da Costa não ter sido brilhante, fez muito de positivo pelo FCPorto, anteriormente. Foi uma decisão que só enobrece Rui Moreira, e a própria Câmara! Por falar nisto, onde páram os escrúpulos de Rui Rio que o tornam incapaz de se pronunciar sobre a promiscuidade da Camara de Lisboa  e o clube mais corrupto do mundo?  Rui Moreira, nesse aspecto, tem actuado com uma correcção que os políticos partidários não possuem, salvo raras excepções. A propósito, incluo neste pequeno grupo o socialista Eduardo Victor Rodrigues (da Câmara de Gaia do PS), e Ricardo Rio (da Câmara de Braga do PSD), que sendo de partidos diferentes, têm mostrado um nível e uma elevação ética raríssima na classe político-partidária. 

Voltando à festa, não me lembro de ver tanta alegria, tanta espontaneidade, tanta união! Foi uma revolução simbólica, um grito de revolta de luva azul e branca, onde não faltaram umas carvalhadas merecidas, e cânticos satíricos ao clube da vergonha, rosto perfeito da corrupção nacional! A dignidade  destes, começa e resume-se  a uma palavra: FRAUDE!

Viva o FCPorto, C#"@ho, sem papas na língua!  No contexto actual, é assim mesmo!