28 novembro, 2008
Clicar o texto, e esbocem mais um sorriso (amarelo)...
Pregar a moral à "populaça", bem pregam eles, mas depois, com o andar do tempo, lá se começam a ver uns rabitos de palha...
Links com um pouco de humor (encarnado)
Câmara incentiva novas esplanadas
Vinho do Porto terá centro multimédia à beira-rio
Benfica necessita de milagre para seguir em frente na UEFA
Ah, ah, ah, ah. ah, ah! A equipa maravinha, como de costume, paga cara a soberba! Bem feito!
27 novembro, 2008
O Bloco largou o "Zé"
No entanto, como se diz no futebolês quando o jogador falha o remate decisivo, o Bloco só pode queixar-se de si próprio. Adquiriu peso eleitoral às cavalitas do "Zé" e ganhou poiso no governo de Lisboa graças a um acordo com o PS, que subscreveu de livre vontade. Se concluiu que o seu representante no Executivo não cumpre o programa político, tem todo o direito de romper com ele. Tem é de pagar as favas, porque sendo independente não o pode substituir. É este o ponto que interessa discutir. Mais do que a guerrilha em ano pré-eleitoral.
Em Portugal, onde um dos temas predilectos do anedotário são "os políticos"- labéu atirado à ventoinha, indiscriminadamente, que em conversas de café significa pessoas pouco recomendáveis, potencialmente desonestas - fica sempre bem imputar aos partidos todos os males do Mundo. Por contraposição, ser independente cai no goto. Foi por isso - e pela combatividade demonstrada enquanto cidadão civicamente empenhado, concorde-se ou não com as causas defendidas - que o Bloco "recrutou" Sá Fernandes. A estratégia pouco teve de original. Muitos outros partidos acolhem independentes no regaço, por causa do seu valor no mercado eleitoral.
Desde que a lei permite candidaturas independentes, apenas até ao nível municipal, uma tendência tem vindo a manifestar-se: poucos são "genuínos". Abundam casos de ex-militantes de partidos que, de um momento para o outro, se viram contra a "casa-mãe". Alguns até têm assento na sala de reuniões do Executivo lisboeta. Com frequência, esses independentes apresentam-se como "puros", regeneradores do sistema, cheios de boas intenções. Prontos a denunciar as malévolas maquinações dos partidos de que na véspera faziam parte.
Sá Fernandes não encaixa neste perfil de ressabiado, é certo, porque que se saiba nunca teve cartão partidário. Mas não resistiu a lançar a "boca": o Bloco move-se, afirmou, por "interesses partidários" (o tom negativo fica nas entrelinhas). Só duas perguntas muito simples. Por quais haveria de mover- -se? É ilegítimo que os partidos tenham "interesses" ou só os individuais são admissíveis?
Nota de RoP:
Afinal, o Poder, corrompe ou não? Será que ainda alguém não percebeu porque não poupo os políticos?
Estou cansado de saber que o oportunismo e a falta de vergonha, não são exclusividade da classe política, mas, se não lhe for exigido comportamentos de outra grandeza moral e cívica, que poderemos nós esperar dos restantes cidadãos?
Em princípio, a corrupção pode não ser, necessariamente, um fenómeno de interesse material, é sobretudo mental, castrador e obediente à noção de integração no grupo (partido). E é a partir daí que a outra corrupção começa a ganhar corpo.
Links (JN)
Molhes com derrapagem de 2,6 milhões
Metro do Porto testa "tram-train" (notícia de ontem)
Sobre esta última notícia, foi anunciado na comunicação social que a entrada em funcionamento destes veículos (train-train) teria início no passado mês de Setembro. Agora, já não há datas previstas. Das duas uma, ou a comunicação social informa mal, ou os cálculos da Metro do Porto foram mal feitos.
26 novembro, 2008
Pessimismo ou realismo?
Esta notícia, anódina e repetitiva, pode ter várias leituras diferentes e suscitar comentários diversos. O primeiro que me ocorre é aconselhar os peticionários a esperar sentados. Há tantos anos que se pede socorro para a região, sobretudo para o vale do Ave, sem que efectivas medidas sejam tomadas, que não vejo porque motivo desta vez será diferente. Na melhor das hipóteses, já que as eleições não estão longe, haverá promessas alicerçadas em milhões de euros... virtuais. Já não seria a primeira vez. O memorando a enviar ao governo terá apenas a finalidade de "sensibilizá-lo" para o problema, pois o alcance não será maior do que isso. A propósito aproveito para confessar a minha embirração com esse termo. "Sensibilizar" não é mais do que "mendigar", e eu julgo indigno que cidadãos deste país que pagam impostos ao poder central, sejam forçados a mendigar, não favores, mas sim justiça e tratamento equitativo a quem arrecada o seu dinheiro.
Penso que provavelmente a solução da maior parte dos problemas que serão levantados no memorando que o Minho vai enviar ao Terreiro do Paço, seria passível de ser tomada num nivel intermédio de poder, se ele existisse, com todas as vantagens daí decorrentes.
Pergunto-me se as pessoas directamente interessadas na implementação de medidas susceptíveis de melhorar a sua situação, estarão conscientes de que a existência do tal poder intermédio poderia ajudar a minimizar ou resolver os seus problemas. Por outras palavras, estarão essas pessoas conscientes de que a regionalização ( ou melhor ainda, a autonomização das regiões ) poderá ter uma influência positiva no seu dia-a-dia? Infelizmente penso que não, nunca ninguém lhes tentou explicar isso, nem qualquer governo central estará nisso interessado.
Esta lacuna é, para mim, um dos grandes "calcanhar de Aquiles" para a regionalização que, antes de ser implementada, tem de passar a barreira contituída pelo referendo. Em 1998 o NÃO venceu, e os votantes foram inferiores a 50%. Não vejo nada que me faça crer que durante estes dez últimos anos o sentir popular tenha evoluído tão significativamente que leve a pensar na inversão dos resultados. Pessimismo meu? Oxalá seja.
O despertar do Dragão
(Foto de RV)
Desabafos de Jorge Fiel
Os políticos e as «sociedades secretas» (vulgo, off-shores)
"considera haver condições de compatibilidade moral e social, para os detentores de cargos políticos exercerem funções administrativas em empresas privadas?"
25 novembro, 2008
Quo vadis, Casa do Douro?
O que terá levado a Casa do Douro a não liquidar as suas dívidas ao Estado?Há, ou não há um responsável por essas supostas dívidas?
Segundo a notícia do Público, a Casa do Douro solicitou financiamento para um processo de reestruturação financeira em 1997 para o qual o Estado serviu de avalista.
A dívida ascende a 100 milhões de euros, e foi proposta ser paga com vinhos em stock na Casa do Douro. O que o seu Presidente, Manuel dos Santos, devia fazer antes de mais, era explicar publicamente as razões da não liquidação do empréstimo bancário. Assim, levanta-se mais um manto de suspeitas sobre a forma como são administradas empresas desta importância para a economia nacional.
Agora, o Estado deita a mão (penhora) os vinhos e deixa a Casa do Douro com o pescoço do cêpo, visto fazer depender da futura avaliação dos vinho a aceitação ou não da liquidação da dívida. A Casa do Douro detinha também 40% de acções da Real Companhia Velha e tem hipotecada a sua sede (imaginem) no BPN, o famigerado banco dos ilustres Loureiros & Companhia que, como pudemos comprovar, sabe cuidar com "zêlo e segurança" os bens que lhe são confiados...
Falar demais é prejudicial à Justiça
- Dias Loureiro
- Victor Constâncio
- Cavaco Silva
Depois, recuando uns tempos, lembramo-nos de:
- Carlos Melancia
- Vale e Azevedo
- Paulo Pedroso
Para sintetizar, citei apenas estes seis casos, uns mais recentes e outros já com uns anitos, mas -se fosse essa a ideia -, podia facilmente aumentar o ménu dos que falaram à televisão sobre assuntos pouco nobres que de algum modo lhes dizia respeito. Ora, não é isso que objectivamente quero destacar, mas sim a declaração do senhor procurador que me parece um tanto mal explicada, ou infeliz.
De algum modo, até posso concordar com o senhor Procurador João Albéo, porque até já o escrevi várias vezes, que os programas de grande audiência onde participam figuras públicas e políticas, pouco mais servem do que para branquear maus desempenhos políticos ou casos de envolvência em processos de óbvia criminalidade. Mas, das duas uma, ou as minhas convicções são mais pragmáticas do que eu próprio imagino, e nesse caso há muita gente sob séria suspeita, ou então o senhor Procurador devia ter-se remetido a um eloquente silêncio. À partida, este senhor, está a fazer discriminação judicial pouco antes da decisão final do Tribunal, e isso, além de me parecer um tanto folclórico para alguém com o seu status, é cometer o mesmo erro do que aquele de que acusa Carlos Cruz, mas com objectivos opostos. A única diferença, é que não o cometeu na televisão.
24 novembro, 2008
Arca d'Água + poema de Outono
as folhas num desmaio embalam-se pelo ar...
- vão caindo... caindo... uma a uma,
em desalento e uma a uma, lentamente, vão no chão pousar...
O céu perdeu o azul - vestiu-se de cinzento e envolveu na neblina a luz baça do luar...
- na alameda onde vou, de momento a momento, há um gemido de folha a cair e a expirar...
O arvoredo transpira as carícias dos ninhos, e o vento a cirandar na curva das estradas eleva o folhareu no espaço em redemoinhos...
Há um córrego a levar as folhas secas em bando...
- e à aragem que soluça entre as ramas curvadas, parece que o arvoredo em coro está chorando!...
Autoria: Oriza Martins
CASA PIA! Será hoje que se vai fazer justiça, a sério?
23 novembro, 2008
A propósito de ruas...
Contudo, fiquei algo decepcionado, quando verifiquei que a oportunidade da execução daquele serviço, não foi aproveitada para se proceder à substituição da Rua do Dr. Carlos Ramos, já que também tinha chamado a atenção da Câmara para o facto. Como se pode ver pelas imagens, as duas ruas bifurcam neste muro arredondado, encontrando-se, a de cima, a placa do Dr. Carlos Ramos, como antes (velha e ferrugenta), e a inferior, do Cor.Almeida Valente, já devidamente colocada.
Como já referi, não percebo esta forma de trabalhar da CMP, nem imagino que tipo de argumentação a poderá justificar, além da implícita falta de respeito pela figura do homenageado com o nome da referida rua.