09 maio, 2008
SOLIDÁRIO COM PINTO DA COSTA
O Renovar o Porto está contigo com a mesma determinação irreversível que está contra todos os que te invejam, caluniam e perseguem.
O monstro é enorme, tem os tentáculos de um polvo, mas é cobarde e fraco. Tem dois nomes. Quando quer dar-se ares de importante, chama-se centralismo. Quando veste aquele equipamento desportivo de um vermelho côr de horror, chama-se Benfica.
Mas tu vais vencer, mais uma vez.
O meu abraço solidário
FOME
Os portugueses lembram-se, ou talvez não, dos governos, incluindo o actual, que mandaram abater barcos de pesca para não haver mais pescado !
E lembram-se que se pagou e se deram reformas aos agricultores para não produzirem !
Mandaram arrancar vinhas, oliveiras e atribuíram subsídios chorudos para não se semear o trigo e outros cereais !
Actualmente somos muito mais dependentes dos produtos de 1ª necessidade do que éramos há 30 anos atrás e temos somente metade da área cultivada com cereais, desde que entramos na união europeia.
Os governantes portugueses preferiram dar o peixe em vez de dar a cana e aí estão os resultados.
Diz a Caritas e acreditamos que existe um grande risco de FOME em Portugal! Não só há um grande risco como para muitos portugueses já é uma realidade !
E que faz este governo para tentar ultrapassar ou minorar estes possíveis riscos ? NADA !.
Remetido por Renato Oliveira (JN)
O "anti-populismo" de Pacheco Pereira...
Outro exemplo de "elevação" política...
Devíamos, porque todas as manhãs o senhor ex-ministro quando faz a barba e se olha ao espelho, vê um rosto e uma personagem que não é a dele. O que ele vê é o tal ministro amado e gratificado pelo povo de que ninguém se lembra, porque simplesmente não existiu. Foi mais um, entre muitos outros, que nada trouxe ao país de verdadeiramente relevante.
O lado mais desprezível de alguns políticos ou ex-políticos (afinal, eles nunca chegam a desligar-se da política) é exactamente esse: o da arrogância e do autismo. E este, não foge ao perfil.
Há dias, interpelado por um jornalista para comentar as declarações do músico Bob Geldof que tinha afirmado (aquilo que todas a gente sabe, mas cala) que Angola era governada por criminosos, o luzidio ex-ministro dedicou palavras tão desprezíveis ao músico que parecia estar a falar de um atrasado mental.
Acontece, que se Bob Geldof não é nem foi nenhum Messias da humanidade, Mira Amaral não passa de mais um irrelevante ex-político português, desconhecido para o Mundo, que no seguimento de outros colegas seus conduziu melhor a sua vidinha pessoal do que aquela outra para a qual foi eleito ministro: a do povo.
Bob Geldof é apenas um músico dos anos 70, algo polémico (haverá contestário não polémico?), que apesar da pedantice do senhor Mira Amaral fez mais pela Humanidade do que ele. E é músico. Mira Amaral foi ministro.
Bob Geldof foi (juntamente com Bono, dos U2, Paul MacCartney e Boy George), o responsável pelo recrutamento de músicos para editar um single com fins de caridade contra a fome na Etiópia. Foi promotor e organizador do concerto Live Aid para angariação de fundos, percorrendo o mundo a defender a causa contra a fome. Recebeu imensos prémios, chegando a ser nomeado para prémio Nobel da Paz. Enfim, não fez milagres, mas foi consequente e solidário.
E o senhor Mira Amaral? Fez mais e melhor pela população que lhe conferiu o poder? Sem demagogia, claro (como é confortável esta palavrinha), mas fez?
Convenhamos, seria realista vermos um ex-ministro resistir à tentação de minimizar declarações que estão mais próximas da verdade do que da mentira, sabendo que o seu principesco emprego de presidente do Banco BIC em Portugal podia ir pelo cano abaixo?
Quero acreditar que o senhor ex-Ministro Mira Amaral só não concordou com as palavras de Bob Geldof por obrigação de defesa dos altos interesses nacionais. Nunca em defesa dos seus. Só pode...
PALAVRAS, PARA QUÊ?
08 maio, 2008
Notas Soltas (2)
É conhecido o corporativismo que reina nesta classe profissional ( e não só...) ou seja a defesa intransigente e egoista das suas regalias, que são colocadas acima de quaisquer outras considerações, incluindo o bem público.
A recente nomeação de um polícia de carreira para Director Naciononal da Polícia Judiciária, isto é, de alguém que não pertence à panelinha, desencadeou uma violenta reacção dos senhores magistrados em serviço na PJ, com múltiplos pedidos de demissão porque, como disse um deles ( aliás o número dois da hierarquia) "por uma questão de estatuto não podia ficar na dependência hierárquica de um elemento policial." Parece confirmar-se que reformar seriamente a justiça é tarefa ciclópica só ao alcance de um Hércules que por enquanto não se vê no horizonte.
Assim continuaremos a conviver com a lamentável prescrição de processos, em número superior a um milhar por ano, e com uma situação permanente de injustiça, pois que como disse um infante real há séculos atrás ao rei de Portugal seu irmão, "justiça que chegua a horas é justiça, mas justiça que tarda é injustiça". Não garanto o rigor da transcrição mas a ideia era esta. O que também mostra que este problema da justiça é endémico no nosso país...
2 - O caso da ameaça de desaparição da Brasileira é, para mim, um caso paradigmático. Os contornos da ameaça são conhecidos, dispenso-me de os repetir.
Todo e qualquer portuense, mesmo os que, como eu, habitualmente não frequentam a Brasileira sentiriam o desaparecimento deste emblemático café como mais uma machadada na nossa sacrificada cidade. Valeu a circunstância de o banco envolvido ser o BPI, com sede na nossa cidade, e o facto de um portuense ilustre - Dr.Artur Santos Silva - ter nele a influência necessária para que a solução encontrada não originasse mais uma perda de património cultural portuense. Imaginemos que o banco envolvido era outro, daqueles que têm o poder decisório em Lisboa. O problema sentimental do Porto não seria nem compreendido nem respeitado, e não tenho qualquer dúvida que a solução encontrada seria fria e impessoal, e significaria a morte da Brasileira.
Este é um exemplo que deveria ser meditado por aqueles que não querem compreender como o centralismo em que vivemos é perverso para o resto do país, e como é importante que os centros de decisão de matérias que interessam ao dia a dia das populações, estejam na sua proximidade e nas mãos de pessoas com sensibilidade para decidir.
Tempo de discutir a democracia
PESSIMISMO, OU FACTOS DO NOSSO QUOTIDIANO?
...OU PESADÊLO?
- Esquadras de Polícia envelhecidas, sem condições nem segurança
- Polícias que arriscam vidas, prendem criminosos perigosos, para o Juíz os libertar a seguir
- Tribunais a ruir de podres e com espaços exíguos apinhados de processos
- Tribunais sem equipamento informático adequado às exigências de hoje
- Demissões de Procuradores G. da República
- Demissões de Directores Gerais da Polícia Judiciária
- Confusões (ou crises de autoridade) entre magistrados e inspectores da PJ
- Ciumeira e traição no seio dos partidos do poder
- Carjacking em franca expansão
- Hiper-concentração do investimento público na capital
- Desertificação do interior do Porto e consequente empobrecimento
- Inépcia e marasmo da gestão da Câmara Municipal do Porto
- Falta de liderança e elevação governativa a nível nacional
- Crescente ausência de valores sociais e éticos
- Direitos dos trabalhadores ameaçados
- Escolas com professores sem autoridade e alunos sem educação familiar
- Fosso entre pobres e ricos mais acentuado com os primeiros a aumentar
- Escândalos económico-financeiros na Banca
- Compadrio politico entre empresas privadas e ex-governantes
Há, mais. Mas para já, chega! Não quero provocar um enfarte em ninguém. Verdade, ou ficção? Pessimismo? Talvez. Mas, se for oportuno serão capazes de me explicar aonde é que ele está?
Tudo isto é real, tudo isto continua a acontecer e a entranhar-se nos "brandos costumes" deste país com a cumplicidade dos "optimistas" conservadores do regime.
Bem; às tantas, o problema está em mim. Talvez tenha tido um pesadêlo e cada uma das alíneas acima referenciadas não tenham correspondência com a realidade. Afinal, o nosso 1º. Ministro é quem sabe, e o seu já famoso dêdo em riste é o melhor fiel de balança do seu sucesso, que naturalmente é também o nosso. A vida é bela em Portugal.
A propósito, lembrei-me agora de um sinal da bela vida que se vive em Portugal: ontem, os telejornais deste país de "optimistas" licenciados abriram para nos informar que o novo treinador do Benfica era Sven-Goran Eriksson.
Que tal? Gostaram? Melhor do que isso, só mesmo o anúncio da prisão de Pinto da Costa.
07 maio, 2008
SONAE/SOARES DA COSTA=AEROPORTO SÁ CARNEIRO
06 maio, 2008
Por quê ser honesto?
A Ler: Reflexão sobre a influência
Enquanto uns se entretêem a discutir o sexo dos anjos, convencidos que estão a dar um grande contributo para mudar o país, outros limitam-se a constatar factos e a denunciá-los sem pápas na língua. É neste último grupo que o Renovar o Porto se situa. Caso contrário (e se fosse possível) já se teria constituído em partido político. Para já, não é essa a minha (e nossa, suponho) opção.
05 maio, 2008
Os escolhos que podem afundar o referendo (1)
É por isso indispensável que antes do referendo se realizar, tenha havido um prévio trabalho de informação e doutrinação que permita aos cidadãos terem uma visão o mais completa possível daquilo que realmente está em jogo e da influência que terá nas suas vidas. Só assim poderão votar conscientemente.
Penso assim porquê? Por várias razões.
Primeiro porque não se pode esquecer que o resultado dum referendo só é vinculativo se a participação for superior a 50%, e elas têm sido bem inferiores, incluindo a de 98. Imperioso se tornará a implementação duma estratégia que "mexa" com o eleitorado e o motive a ir as urnas. Isto é possível de ser feito, há especialistas que o podem fazer, só que custa tempo e dinheiro ( e o governo não paga, é obvio!).
Em segundo lugar há muita gente que acredita em slogans como estes:
- " Isto é uma luta entre partidos. Eu não quero saber de política."
- " O país é pequeno de mais para ser dividido."
- " O que os políticos querem é mais tachos para se governarem."
- " Agora somos governados e prejudicados por Lisboa. E depois? Pasamos a ser espoliados pelo Porto (ou Coimbra, ou Braga, ou Évora, etc). Então mais vale deixar tudo na mesma"
- " Com a regionalização o país vai gastar mais dinheiro e a burocracia vai aumentar. Vamos ter a nossa vida mais complicada."
- " A corrupção vai aumentar."
Sentimentos como estes são reais. Para verificar a sua existência, basta falar com as pessoas, sobretudo as menos politizadas, ou então percorrer a blogosfera e ler muitos dos comentários sobre o tema. Torna-se assim imprescindível esclarecer atempadamente uma significativa fatia do eleitorado. Se isto não for feito, e não vejo quem o queira fazer, receio bem que o próximo referendo constitua o requiem da regionalização. Pessimismo? Chamar-lhe-ia antes realismo.
Para além dos obstáculos proveniente daqueles a quem o tema regionalização não interessa, ou que têm uma opinião negativa, há ainda a considerar eventuais resistências oriundas de apoiantes da causa. Abordarei esta particularidade em próximo post.
Não será, antes: "Masoquismo tripeiro"?
Sobre este artigo, pretendo dizer o seguinte:
já dei muitas vezes comigo a perguntar-me por que raio é que, quando vejo alguém a torcer o nariz à Regionalização, ou a "bater no ceguinho da historinha do Calimero, cujo objectivo não vai muito mais além do que procurar responsabilizar todos os portuenses pela crise do Porto, me deixo logo invadir por um enorme sentimento de desconfiança em relação a essas mesmas pessoas e não consigo levá-las a sério.
Afinal, não terão o direito de entenderem as razões da nossa decadência de modo diferente do meu? Estará o meu espírito democrático a precisar de uma revisão técnica? Acreditem ou não, penso amiúde nessa hipótese.
O que é significativo, é que, à medida que os anos passam, essa desconfiança não só se acentua como se fortalece, o que contribui seriamente para credibilizar os meus fundamentos.
Vejamos. Continua a haver por aí quem, numa primeira impressão, nos transmita do seu discurso opinativo - como é o caso do autor do artigo linkado - a ideia de estar do nosso lado da barricada, de repudiar como nós, a situação pungente vivida no Porto, mas imediatamente a seguir parecem ficar bloqueados perante a palavra Regionalização. Se em vez de pessoas falássemos de ouriços, seria muito provável notarmos-lhes os picos eriçados, tal é a aparente aversão ao tema.
Honestamente, não gosto de fazer juízos de valor instantâneos, mas ainda não consegui compreender profundamente este fenómeno. Em abono da verdade, há que dizê-lo, estas pessoas também não ajudam muito. A coesão nacional, o caciquismo local e a suposta presunção alienatória dos adeptos da regionalização, são os únicos argumentos que conseguem apresentar para justificar este reaccionarismo, mas nenhum deles faz qualquer sentido.
Vamos por partes.
Coesão nacional:
sabendo como sabem, que o país está (ao contrário da prometida, mas sempre rejeitada, descentralização), mais e mais concentrado na capital, e com isso, a gerar fenómenos promotores de divisionismos e fragmentadores da unidade nacional, como podem simultaneamente os anti-regionalistas, defender essa coesão, continuando a credibilizar quem e o que, a promove, sem sequer darem sinais de querer mudar de política? Será justo, razoável, continuar-se à espera que Suas Exas., os nossos desgovernantes, numa espécie de iluminação súbita, se decidam finalmente a descentralizar o país? Quem nos garante que o farão alguma vez? A não ser que os anti-regionalistas estejam dispostos a esperar mais 34 anos, o que, diga-se, chega a ser sádico. E os portuenses, o povo, esse, não o merece.
Caciquismo local:
é um risco em qualquer sistema político,que não difere muito do risco consumado das oligarquias centralistas actuais, mas que sempre se poderá controlar melhor dentro de portas (no governo regional) do que a 300 kms de distância com um governo de costas viradas para o Norte do país. Por que não se inquietam os anti-regionalistas com factos concretos, protagonizados pelo caciquismo central? Mais grave: por que não o repudiam ao ponto de o quererem ver rapidamente dizimado do país?
Suposta alienação dos adeptos da Regionalização:
quem aliena quem? Os protestantes anti-calimeros, tão vulneráveis a promessas de banhas da cobra, há 34 anos por cumprir, ou aqueles que procuram outro caminho para que elas possam ser mais facilmente cumpridas? E o que explica a rejeição absurda dos anti-regionalistas/anti-calimeros pelo sucesso governativo de países pequenos como o nosso, regionalizados como é o caso da Dinamarca e Holanda, só para dar dois exemplos? Receiam perder porventura algumas mordomias secretas? O emprego? A chefia na redacção de um jornal? O quê? Mas por quê tanto receio infundado?
Agora, debruçando-me mais directamente no artigo em questão e nos exemplos apresentados pelo seu autor, volto ao mesmo ponto de incompreensão entre as suas causas e respectivos efeitos.
Jorge Vilas, o autor do referido texto, aponta-nos Rui Reininho, Pedro Abrunhosa, Mário Cláudio, Agostina Bessa Luís, Manoel de Oliveira, Júlio Cardoso, José Rodrigues e Pinto da Costa como casos pessoais de sucesso e projecção profissional em que foi possível ultrapassar as " benesses" (a expressão é dele) do centralismo deixando pairar no ar a ideia optimista de que: " se eles conseguiram por que não conseguimos nós?"...
Eu podia responder-lhe com optimismo maior, e perguntar-lhe porque é que ainda não fundou o seu próprio jornal ou (com um pouco mais de exagero), por que é que não conseguiu criar uma estação de Televisão autónoma para o Porto. Se quisesse ser mauzinho, poderia ir um pouco mais longe e estender o optimismo do racicínio à população e perguntar por que é que não há um Belmiro de Azevedo em cada cidadão, mas fico-me por aqui, quando muito atinjo o estado perfeito da autonomia humana: a anarquia, no seu estado mais puro. Mas não irei por aí, gosto de ter os pés na terra.
Quero, é de uma vez para sempre (se possível) saber quem são os Calimeros deste Porto, porque devem (e convém sabê-lo) ter nome. Ora, é isso que o senhor Jorge Vilas não diz, ou não quer dizer, mas devia dizer se quisesse emprestar objectividade ao seu artigo. Todos ou quase todos os personagens de sucesso por ele exemplificados já se queixaram do centralismo. O próprio Pinto da Costa já começa a usar o termo como arma de combate nos seus discursos, como aconteceu recentemente em Vila Real, daí que não percebo onde quer chegar verdadeiramente o respeitável jornalista.
Mas eu posso ajudar. Já aqui citei nomes como António Amorim e Belmiro Azevedo,como exemplos de pessoas que podiam ter dado uma ajudinha (se quisessem) à vertente autónoma da região caso tivessem concorrido com a SIC de Pinto Balsemão e outros. Mas, admitindo que também não se lhes pode exgir sucesso mais polivalente do que aquele que já têm, afinei a pontaria e dirigi baterias para alvo mais objectivo, como é Joaquim Oliveira, um homem do Norte (não Calimero, suponho) dono de vários jornais e estações de radio e TV que até hoje não ousou deslocar ou criar para o Porto um canal autónomo de televisão.
Este é, objectivamente, apenas um caso concreto e paradigmático da culpa de um homem do Norte devidamente identificado (não o único) pela degradação económica e social portuense. Não forçosamente, de todos os homens do Norte, como gostam de dizer.
Como pode constatar-se, os jornalistas nem sempre escrevem com objectividade. Às vezes confundem (mais do que esclarecem) a parte com o todo.
Como é o caso, os Calimeros do Porto talvez sejam eles e os Oliveiras lisboetizados. Os Joaquins, sobretudo...
LINKS A LER
...e com toda a razão do Mundo!
Iam à discoteca com caçadeira de canos serrados na mala do carro
...e, senhor Procurador, eram de S.João do Estoril, imagine V. Exa.!
A lei da selva!
...é capaz de estar a rebentar de razão, senhor deputado.
Falinhas mansas
...do sr. Rui Rio, mas só para a sacro-santa Lisboa, não é?
Primeiro comboio a atravessar túnel foi recebido com aplausos
...até que, enfim! Uma linha que agora une, em vez de dividir, como está na moda...
Estupidez tripeira
...com a qual, mais uma vez não concordo totalmente. No meu post seguinte, explicarei por quê.