13 janeiro, 2012

Do centralismo ao separatismo a distância é curta


É uma maçada, mas lá vou eu ser outra vez politicamente incorrecto. Por precaução, embora não tencione difamar ninguém, o melhor é pedir antecipadamente desculpas públicas por me recusar a seguir a cartilha da hipocrisia institucional, não vá por acaso algum sacana mais sensível querer processar-me...

Afinal, o que tenho para dizer nada tem de transcendente e resume-se ao seguinte: se o 1º.Ministro, este, ou qualquer outro, ou o Presidente da República, este, ou qualquer outro, me forem ao bolso, sem minha autorização, e levarem a carteira [mesmo que vazia], tenho toda a legitimidade para os acusar de ladrões. Não deixarão nunca de ser gatunos por terem chegado a cargos para os quais não têm a exigível estrutura moral. Isso pode estar a acontecer, não de forma tão óbvia, mas por outras mais sofisticadas. Duarte Lima, que o diga. Foi Presidente do Grupo Parlamentar do PSD por decisão do actual Presidente da República, e no entanto, está a ser procurado pela justiça brasileira por suspeita de homicídio e detido pela portuguesa por branqueamento de capitais. Portanto, nada de melindres...

E por que é que coloco assim as coisas? Talvez para ajudar o próximo a passar a avaliar as pessoas por aquilo que elas realmente são, e não pelo estatuto que alcançaram. E muito menos pelo dinheiro que possuem. As pessoas, não são mais pessoas, pelo estatuto. Pelo contrário, o estatuto é precisamente a "arma" mais utilizada por certas indivíduos para passarem uma imagem de integridade que efectivamente não têm. Cito novamente, a título de exemplo, Duarte Lima, porque utilizou a sua condição de político e influência, para enriquecer, e para tudo o resto que mais tarde haveremos de saber. Mas haverá mais, e alguns deles, se calhar, até estão outra vez no Governo.

Estas conclusões, nada têm de inédito e abusivo, mas é importante transferí-las para escândalos aparentemente menos espectaculares, mas nem por isso menos graves. Refiro-me ao centralismo e à prepotência que lhe está colada.

Hoje, lendo o Gande Porto, fiquei a saber que o Governo se prepara para alterar o modelo de administração do sector portuário, no qual se inclui o porto de Leixões, que como é do conhecimento geral tem recebido toda a espécie de elogios à sua qualidade de gestão. A intenção, mais uma vez, é retirar ao Norte a autonomia administrativa da APDL para a concentrar em Lisboa. Tudo, com o sempre-eterno pretexto de reduzir custos.

Rui Moreira já se insurgiu contra esta nova ofensiva do centralismo, prometendo tudo fazer para impedir [cito] "a lisbonização do poder local", usando para tal a influência da Associação Comercial do Porto, mas duvido sinceramente que, se a intenção do Governo for para a frente, isso seja suficiente. Os governos centralistas há muito que perceberam o isolamento e a fragilidade reinvindicativa dos nortenhos, por isso, se decidirem avançar com a ideia, ninguém os deterá, e o Norte ficará mais uma vez a falar sozinho.

Apatias e oportunismos à parte - nomeadamente das suas vergonhosas elites -, os nortenhos estão a ser nitidamente gozados e desprezados pelo poder central, com a agravante de alguns deles se prestarem ao vil papel de serventuários do regime. Apesar disso, eu continuo a ter orgulho na minha condição de portuense e nortenho, não me revendo em nada nos exemplos miseráveis de alguns conterrâneos, que mal chegados ao poder, se vendem como putas.

E é chegados aqui, que chamo à colação a caricatura do início do post. O que os governantes estão a fazer, exacerbando irresponsavelmente o centralismo, é a fabricar um monstro. Estão a destruir e a dividir o país e, fanaticamente, a colocar nas mãos de cada nortenho que ainda mantém a dignidade intacta, um revólver que, mais cedo ou mais tarde se há-de voltar contra eles e, quem sabe, talvez matá-los.

É com estes actos irresponsáveis que nascem muitos movimentos separatistas, e não vale a pena depois chamarem-lhes terroristas, porque o mal estará feito, e a paz será então debitada, com toda a Justiça aos colaboracionistas do centralismo, de cá, e de lá. E pela minha parte, nessa altura, não verterei uma lágrima pelo que lhes possa acontecer.



 

12 janeiro, 2012

Deusdado pensa bem, mas pluraliza mal, as culpas*


Muita garganta


As derrapagens do défice são uma brincadeira de crianças quando comparadas às catástrofes que se abatem sobre o território. É nisto que o Governo devia ter pensado antes de entregar o que resta da EDP aos senhores das Três Gargantas, uma empresa detentora da maior barragem do mundo na China. Valeu só o encaixe imediato. A conta pagaremos nós a seguir.

Quanto mais o tempo passa, mais claro fica que o território e a língua são as únicas coisas portuguesas que parecem resistir ao tempo. Da língua valerá a pena falar noutra ocasião. Quanto ao território, ele vai-se desfazendo à medida que a nossa geração o hipoteca com a mesma ganância com que absorveu a dívida e agora se queixa da conta. Obviamente esta venda levanta perguntas como: os chineses vão querer saber do Douro Património Mundial? Das espécies ameaçadas? Do equilíbrio da biodiversidade nos territórios do mastodôntico plano nacional de Barragens? Das campanhas de eficiência energética? E não ficarão zangados se forem reequacionados os contratos "SCUT" das barragens que impõem milhões por décadas e décadas em cima dos consumidores?

Vejamos a barragem das Três Gargantas na China. Obrigou à retirada de 1,3 milhões de pessoas do local onde viviam e deixou debaixo de água milhares de locais de interesse arqueológico. Os geólogos assinalam que Xangai é uma cidade na rota de uma tragédia se um dia um sismo acontecer nas Três Gargantas. Num país democrático esta obra teria sido feita? Muito dificilmente. Excepto se for um país despovoado, gerido de forma autista a partir de uma capital distante e com uma opinião pública indiferente...

Esta é uma questão central do nosso tempo: quem anda a falar de crescimento económico no Ocidente pensa imenso na energia e esquece a água. A população mundial crescerá até aos nove mil milhões de pessoas e os bebés nascerão sobretudo na Ásia e América Latina. No recente relatório das Nações Unidas sobre a água e recursos do solo, a equação é clara: até 2050 vai ser necessário aumentar a produção de alimentos em 70%. O consumo de água será brutal porque a agricultura é responsável por mais de dois terços do consumo global. Ora, embora se pense que as barragens podem dar um contributo positivo para isto, a realidade é a inversa. Como dizia ao "Público" a directora da Agência Europeia do Ambiente, Jacqueline McGlade, "vimos muitas barragens na Europa a falhar rapidamente porque se encheram com sedimentos, ou ficaram secas, ou não funcionaram como se esperava". Junte-se a isto a impactante produção agrícola de biocombustíveis nos férteis solos do Leste da Europa, as perdas arrasadoras na Amazónia ou das florestas da Ásia, a seca em África, a ameaça sobre os insectos polinizadores (abelhas, borboletas, etc...) e percebe-se como vai ser difícil alimentar tanta gente e manter a qualidade de vida que o ser humano alcançou.

Quando o Governo português escolhe quase por unanimidade a proposta chinesa está a dar um sinal também ambiental. Para as pequenas e grandes coisas. A luta para travar a barragem do Tua (e a do Sabor) é um delas e torna-se ainda mais quimérica quando o poder na EDP é agora chinês. Para os que acreditam na "arquitectura naturalista" com que Souto Moura vai 'salvar o Douro', devíamos fazer um desafio: caso a UNESCO retire o estatuto de Património Mundial ao Douro, Mexia (e Catroga) deviam demitir-se. E no Governo, os responsáveis da Economia, Ambiente e Cultura também. Aceitam o desafio ou são todos inimputáveis? E a EDP, pode ir pondo um dinheirinho de parte para pagar as indemnizações ao sector do turismo ao longo de anos?

A venda do poder de decisão na EDP a chineses, e o que se pode seguir na REN, GALP, Águas de Portugal (com potenciais angolanos, chineses ou árabes) é assustador. Os compradores chegam com dinheiro mas não trazem no currículo respeito pela democracia. Condenam-nos depois à mais vil pobreza: a de não termos sequer opinião sobre todo o lixo que nos quiserem pôr em cima. Ora, lá por não termos dinheiro, não temos que alienar o direito a viver com o mínimo de saúde e memória. A nossa terra vale zero em bolsa. Mas é tudo o que temos.
[Fonte: JN]

*O grande mal dos jornalistas, é o medo crónico de apontar o nome aos responsáveis. Não havendo quem reaja às generalizações de responsabilidades, seguramente  para evitarem citar os nomes de quem realmente as tem e de sofrerem eventuais represálias, o grande público permitiu que elas se tornassem moda, uma espécie de mentira repetida que acaba por se transformar em "verdade". 

Eu não tenho exercido, conscientemente, o meu direito de voto,  simplesmente porque perdi a confiança nos políticos, e tenho sobejas razões para o fazer.  Por isso, sinto-me ofendido quando oiço ou leio alguém dizer, quando as coisas não correm bem [e terão alguma vez corrido?], que a culpa é de todos. Quem generaliza culpas, não pondera, deliberadamente, a hipótese da abstenção poder também traduzir uma forma de rejeição à eficácia do acto eleitoral, o que explica, em parte, o esforço dos políticos tentarem, sistematicamente, diabolizar os abstencionistas. 

Os media, ao fim e ao cabo, pouco mais fazem do que imitar os vícios da política. Só dizem meias verdades e convivem com os infractores. É preciso deixar de ter medo. Afinal, o tempo da censura e da perseguição política já acabou, ou não? Se não acabou, por que não a denunciam? Fazer o diagnóstico sem revelar o nome da doença, é só meio trabalho.

Não queria falar do exemplo deste blogue, porque pode transmitir a ideia de fanfarronice, que desprezo, mas não me incomoda nada que me colem rótulos de populista, ou até de fundamentalista pela forma directa como escrevo, porque sei o que digo, e a consciência não me pesa. 

Pensem antes o que temem, ou os rabos de palha que escondem, aqueles que usam o verbo (populista) com reaccionária regularidade. Desconfiem deles, e observem-lhes os procedimentos. Verificarão que por de trás de um anti-populista se esconde quase sempre um grande traste.

Portugal é quase um asilo de alienados a céu aberto, é verdade. Mas ainda tem gente boa e competente. Neste grupo, não se incluem, como a História dita, os políticos. Contudo, os governos têm sido submetidos, em teoria, a escrutínios populares. Conhecem-se portanto os nomes de quem fez parte dos governos. São esses os responsáveis da nossa desgraça. 

Na falta de castigo mais adequado, por que não começar por dar ouvidos a quem não tem culpa nenhuma do que nos está a acontecer, e esquecem a opinião dos políticos? 

É um pedido modesto, reconheço, mas é um começo. Discutir o sexo dos anjos não é bom jornalismo.

11 janeiro, 2012

A propósito dos raros prémios do Totoloto...


...enviei para a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa o e-mail/sugestão abaixo colado:

Exmos Senhores,


Há uns mêses a esta parte que acompanho os sorteios do Totoloto e constato, com alguma apreensão, que raramente foi contemplado o 1º.prémio.  A última vez que isso aconteceu foi em Agosto de 2011, do 56º. sorteio até ao 89º (33) do mesmo ano, mais o 1º.(+1)de 2012. O Jackpot apenas saiu ao fim 35ºs. concursos, ou seja, ao 2º.sorteio de 2012! No total, foram 34 sorteios [seis mêses] sem premiar um único totalista! Além disso, durante o mesmo período de tempo, houve cerca de 13 sorteios sem premiar os 2ºs. prémios! Não será tempo demais?


Tudo isto pode ser muito sério, mas com estes resultados, mesmo tendo em conta a componente aleatória do próprio jogo, a verdade é que não o parece. 


Por estas razões, seria recomendável que V. Exas tornassem público nos jornais diários, não o nome do premiado [como é lógico], mas, no mínimo, o local/região do balcão onde se  registam os prémios mais importantes. 


Assim, se dissipariam as eventuais suspeições que podem pôr em causa o prestígio e honaribilidade dessa Instituição.


Com os melhores cumprimentos,
Rui Valente



Maçons. Só se for para partir pedra, mas com o ordenado mínimo...

Símbolo Maçónico
Desde há umas três dezenas de anos que tenho comigo o livro "A Maçonaria Portuguesa e o Estado Novo", de Oliveira Marques, cujo prefácio começa por dizer que o objectivo é esclarecer todos os leitores sobre factos e ideias da matéria.

Devo dizer, que não consegui lê-lo até ao fim, tal foi o sentimento de desconfiança que me deixou. Por princípio, suspeito das intenções de qualquer sociedade secreta [embora haja quem diga que o não é], e quando admitem políticos no seu seio, ainda suspeito mais.

A Maçonaria possui normas nalguns aspectos semelhantes às da Constituição da República, mas ao contrário desta, não as altera, porque não precisa de as pôr em prática. A Maçonaria defende a Justiça Social, o aclassismo, a fraternidade, a igualdade e...a democracia. Num país integrado numa Europa desigual e profundamente desgovernada, o espírito da Maçonaria seria  menos ridículo e mais aceitável se servisse de reforço aos valores democráticos. Mas quando estes valores andam pelas ruas da amargura, e o número de pessoas sem emprego sobe assustadoramente, a coisa muda de figura. 

Não gosto de perseguições e defendo fortemente o direito à privacidade individual dos cidadãos, mas a Maçonaria nada tem a ver com a privacidade comum, a Maçonaria é uma sociedade ritualista, fechada e elitista. Quando os governantes se revelam incapazes de administrar com talento e saber os países, com consequências gravíssimas para a vida dos povos, sou a favor da proibição total da participação de políticos em qualquer tipo de sociedades, sobretudo de cariz hermética.

Vou mais longe, ainda. Considero que os políticos também não deviam imiscuir-se no futebol. Ao fazerem-no, perdem o perfil de independência exigível a quem tem de decidir com isenção.  Os políticos, sendo pessoas como as outras, não deviam assumir as liberdades mundanas do cidadão comum. As suas responsabilidades não deviam ter a elasticidade das de um jogador de futebol, requerem outra austeridade, outra elevação, mais próprias de um missionário.

Ao contrário do que alguns defendem, essa irracional "colagem" às bases que permite a uma figura do Estado ir ao futebol com o cachecol do clube ao pescoço, é o princípio da sua desautorização moral e pessoal, enquanto figura pública.

Só isso explica essa aberração da "democracia" moderna que permite vê-los a consumir o tempo - que deviam dedicar à resolução dos problemas do país -, em programas de rivalidade clubísta. Tal costume não pode ser compatível com a grande política, e grande política no sentido nobre do termo, é tudo o que nunca tivemos, antes, e depois de Salazar.


10 janeiro, 2012

10 anos de um Rio sem vida nem alma


Ontem, houve quem não resistisse ao beija-mão a Rui Rio, sob pretexto dos 10 anos à frente da CMPorto. 

Supostamente, consta que a seriedade é a sua maior virtude. Eu, não iria tão longe, até porque as pessoas sérias abdicam naturalmente da auto-promoção e do auto-elogio, coisa que o actual Presidente da Câmara é incapaz de fazer.

Até porque não tem muito de que se elogiar. Se o turismo aumentou no Porto não foi seguramente por intervenção directa ou indirecta de Rui Rio. Os vôos low cost, o Metro do Porto e o Aeroporto Sá Carneiro - que não são obra da sua lavra - foram os impulsionadores principais. Se algumas [poucas] casas foram recuperadas, não é motivo para grandes manifestações de orgulho, porque o Porto ainda precisa de reabilitar centenas delas e com rendas suficientemente atractivas para repovoar a cidade, coisa que a "movida",  por si só, não resolve.

Para terminar, a seriedade, apesar de andar efectivamente arredia da classe política, é um dever cívico do bom cidadão, mas não chega para se ser competente.

Portanto, numa nota de 1 a 10, eu dou um 5 a Rui Rio. Pela seriedade...

09 janeiro, 2012

Aleluia! Houve prémio no Totoloto!

Ao fim de 33 sorteios consecutivos, sem que nenhum apostador tenha logrado acertar no 1º. prémio, eis senão quando, a "sorte" bateu à porta de alguém mais persistente e ...confiante.

Foi preciso esperar quase meio ano, para alguém ter direito a prémio. Por incrível que pareça, não houve 2º. prémio! Desde Agosto de 2011, a partir do 56º. sorteio, até 2º sorteio de 2012 que a Santa Casa da Misericórdia não teve de abrir os cordões à bolsa com prémios...

Consultar Sorteios

 Totoloto
Sorteio: 002/2012 - Sábado Data do sorteio: 07/01/2012
Chave:1220293241+6Ordem Saída:4129322012+6
PrémioAcertosNúmero de vencedoresValor
1.º Prémio5 Números + Nº da Sorte1€ 11.832.880,70 
2.º Prémio5 Números0(1)
3.º Prémio4 Números252€ 354,71 
4.º Prémio3 Números10.693€ 4,64 
5.º Prémio2 Números147.710€ 2,01 
Nº da SorteNº da Sorte183.115Reembolso do valor da aposta de Totoloto
Estatísticas
Nº de Bilhetes/Matrizes725.838
Nº de Apostas2.229.428
Receita ilíquida apostas€ 2.006.485,20
Montante para prémios€ 993.210,17

Nomeações para a EDP demonstram apropriação pelas clientelas do Governo

António José Seguro mostrou-se "muito surpreendido" com os nomes adiantados para o Conselho de Supervisão da EDP considerando que são uma "demonstração" da "apropriação por parte das clientelas dos partidos do Governo " de cargos públicos. 

Seguro referia-se à promessa feira durante a campanha eleitoral pelo agora primeiro-ministro de "por um travão" a este tipo de nomeações.

"Considero que isto é mais uma demonstração daquilo que é a apropriação por parte das clientelas dos partidos do Governo em relação a áreas importantes da nossa economia, onde o Estado ainda tem participação mas também do próprio aparelho do Estado", afirmou o líder socialista.

António José Seguro afirmou ter ficado "muito surpreendido" com as escolhas para ocupar o conselho de Supervisão da EDP e, realçando que não fazia "nenhuma referência a nomes", apontou como "facto" ser "evidente" a "identificação" dos nomes vindos a público com os "dois partidos do Governo".

Eduardo Catroga, Celeste Cardona, Paulo Teixeira Pinto, Rocha Vieira, Braga de Macedo e Ilídio Pinho são alguns dos nomes propostos à Assembleia Geral de Accionistas para integrar o Conselho de Supervisão da EDP.

Para o secretário-geral do PS, "houve um processo de privatização da EDP que aparentemente está associado a um processo de contrapartidas que passa pela governamentalização e partidarização deste conselho da EDP".
[Fonte: JN]



Nota de RoP:

Básicos, e mal formados que são, os governantes nem sequer são capazes de perceber que cada vez que falam de populismo quando são alvo da censura pública por se envolverem em constantes promiscuidades, mais não fazem do que acentuar a revolta dos cidadãos. Ninguém se aproveita. Nem partidos políticos, nem pessoas. Andam todos atrás do mesmo. E ouvir Seguro a criticar estas decisões, quando o PS se tem fartado de fazer o mesmo, dá vontade de vomitar.

Assim, os jobs for the boys vão continuar, e em força, alternando-se consoante se altermam os partidos no poder. É a vida. Num país onde o Ministério Público está mais preocupado em gastar o dinheiro dos contribuintes para tentar calar Otelo do que em concluir processos-crime em que estão envolvidas figuras públicas como Duarte Lima e Companhia, não podemos esperar grandes mudanças.

De facto, Otelo tem razão, isto só lá vai à força, porque estas elites de cáca não estão educadas para respeitar as regras democráticas.  São gente mal comportada. Estas notícias, provam-no, à exaustão.