19 fevereiro, 2016

O FCPorto da decepção

Sinto-me como num beco sem saida. Quase me falta a vontade para falar dos jogos do FCPorto, quando vejo, não uma equipa, mas um grupo de homens completamente perdidos, parecendo querer rivalizar com o presidente e toda a directoria portista na busca de saber quem é que faz mais disparates. Este FCPorto está irreconhecível. Quando falta liderança, o resultado é este, não pode ser outro.

Aqui chegados, acho que nem vale a pena falar dos jogadores, da sua qualidade indvidual, ou da falta dela. Neste momento, todos parecem maus. Assim mesmo, se houvesse tempo para jogadores e treinador, ainda podíamos recuperar alguns deles, sobretudo aqueles poucos que no meio desta trapalhada toda se esforçaram para dar o seu melhor, sem contudo deixarem de fazer a sua asneira da praxe. É impossível contrariar a força moral do mérito com remendos de lideranças moles.

O meu portismo não se compadece com paixões fanáticas, ou actos de fé, alimenta-se de competência e de dedicação. Não é isso que acontece no FCPorto de hoje, nos seus responsáveis máximos, no seu presidente. No meu clube a competência já não mora no futebol, vive dele, e está agora mais virada para a orientação financeira de cada um, antes que a árvore das patacas do passado deixe de render. 

É por isso, que me faz certa confusão ver por essa blogosfera dentro, fazerem-se apelos à garra, ao portismo, e chavões do género, como se isso fosse possível no FCPorto de hoje. Se o Presidente não tem garra, quem a vai ter? As coisas mudaram, e a actual SAD/Presidente não soube adaptar-se aos novos tempos, sem perder a famosa mística que se alimentava de um bairrismo sadio. A importação maciça de sul-americanos não explica tudo, porque podia ser perfeitamente ultrapassada com uma pre-adaptação aos hábitos da casa com jogadores míticos do clube.  

Neste momento, só quero uma coisa: mudança de liderança. Cadê os candidatos?

Pobre Porto.

15 fevereiro, 2016

Do discurso de Lopetegui ao de Luís Castro

FC Porto B em grande: cinco talentos à espera de Lopetegui
Aqui, neste grupinho, há mesmo muito talento
Julen Lopetegui já cá não está, e como tal, não é agora que vai mudar o que devia ter mudado quando cá esteve. Suponho que, neste momento, ele próprio deverá  começar a ter dúvidas sobre as ideias que teimosamente tentou implantar no FCPorto. Enfim, até podia estar cheio de boas intenções, o que é certo é que o seu futebol não resultou.

Dele, ficou - quero crer - a imagen de um homem honesto, e um projecto de futebol mal conseguido, que levou os jogadores a perderem a confiança em si próprios, traduzida numa forma de jogar ambígua e cada vez mais regressiva. Se houve um ponto em que estive inteiramente com ele, foi quando tinha de defrontar sozinho essa escumalha da comunicação social portuguesa que o atacou com questões provocatórias, e tratou discriminatoriamente (o basco), sem poder contar com o apoio directo e pessoal do líder do FCPorto.  Aí, não foi ele que falhou.

Havia contudo um aspecto que não me agradava em Julen Lopetegui, que era a linguagem demasiado lisonjeira como falava dos adversários nas conferências dos pré-matchs. Às vezes - e essas vezes passaram depois a ser sempre - parecia que o FCPorto era uma equipa de 2º escalão, e as equipas (visitantes e visitadas) opositoras colossos recheados de virtudes. À força de tanto repetir esse tipo de discurso, mais receoso que respeitador, dei por mim a pensar se não era por aí que começava a tremideira mental dos seus pupilos, mesmo antes dos jogos começarem.

Pois bem, como disse antes, Lopetegui já cá não está, e só lhe posso desejar sorte melhor nos próximos desafios que tiver pela frente. Há no entanto algo que espero não passar de uma impressão errada. Luís Castro, o técnico da equipa B, nesse aspecto do discurso, tem algumas semelhanças com Lopetegui. Fala sempre de um modo demasiado temeroso dos adversários que vai defrontar e isso nunca dá bons resultados, quando é preciso puxar dos galões.

Na primeira fase do campeonato da 2ª.Liga, o FCPorto B (que acompanho sempre que posso), ainda exibia um estilo de jogo muito parecido com o de Lopetegui, de bola para trás e para o lado, estilo esse que prevaleceu quase toda a temporada passada. Foi com satisfação e curiosidade que  verifiquei que no início da época actual esse estilo foi mudando para melhor. Os jogadores, partindo da defesa procuravam avançar, colocando a bola nos médios, ou laterais, que entretanto se desmarcavam em movimentos que baralhavam os adversários, e quando eram marcados, em vez de passarem para trás, como os séniores, fugiam com a bola para espaços vazios em sintonia com os colegas que abriam outros espaços para a receber. Isto, sempre no sentido da baliza. Não me espanta por isso que chegassem paulatinamente ao 1º. lugar, onde ainda se mantêm, agora apenas a 2 pontos do Chaves...

Sei que não é fácil o trabalho de Luís Castro, sobretudo quando se vê obrigado a fazer adaptações com a saída de alguns jogadores para rodarem noutros clubes, ou então para reforçarem o plantel da equipa principal. Enquanto nos adversários séniores, o plantel é quase sempre o mesmo, independentemente de uma ou outra lesão, a competitividade dos jogadores é mais objectiva: a subida ao escalão principal. Por isso, há razões de sobra para louvar o trabalho do Luís Castro.

Ainda assim, nos últimos jogos, os jovens da B têm perdido alguns em casa, também muito por culpa das arbitragens, que tal como fazem aos A's, tudo lhes serve para prejudicar o FCPorto, e também pela passividade dos dirigentes portistas . Mas, como nós costumámos dizer, para vencermos, temos de ultrapassar 3 adversários e não 1, como devia ser: a equiva rival, os árbitros corruptos e uma comunicação social igualmente corrupta. Este estigma, mais do que injusto, é revoltante, não devia acontecer, num país onde tantos se queixam da corrupção, mas vivem bem com ela sempre que podem.  

É dentro deste espartilho, do qual só nos livraremos quando a integridade chegar aos organismos do poder, ou quando começarmos a fazer estragos daqueles que doem... Temo, que só lá cheguemos pela pior destas alternativas. É neste cenário que importa ter ao comando da nau, um líder forte (como já tivemos). E abaixo do líder, treinadores onde além dos conhecimentos técnicos/tácticos saibam motivar, empolgar os seus jogadores. 

Penso que é só isso que falta a Luís Castro: saber motivar os jovens com um discurso de confiança onde vejam sempre nos adversários uma oportunidade para se transcenderem, e não uma montanha de bichos-papões cheios de Messis.

Não digo que se passe do mutismo submisso, para a arrogância. Isso ainda é pior e não leva a lado nenhum. Basta olhar para os clubes da 2ª circular e para as figurinhas tristes que andam a fazer... Falo apenas de perseverança, de espírito conquistador. Na equipa/plantel B do FCPorto, há talentos mais que embrionários, seguros. Só estão à espera de uma oportunidade.   

TAP: Rui Moreira solicita reunião urgente com o Governo

TAP: Rui Moreira solicita reunião urgente com o Governo
RUI MOREIRA

A Câmara Municipal do Porto enviou um comunicado ao Governo a acusar a TAP de fazer desaparecer a Portugália Airlines (PGA) e de entregar os voos à empresa privada White. Rui Moreira solicitou portanto uma reunião de carácter urgente, que se realizará esta quarta-feira, em Lisboa, com o Primeiro-Ministro. Entretanto, o site oficial da autarquia revela que os relatórios de Contas da Portugália desmentem alegados prejuízos com os quatro voos que a TAP vai cancelar.

O Presidente da Câmara do Porto, quer ter António Costa como aliado na controversa situação da redução de voos da TAP no Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Este encontro econtará com a presença de Pedro Marques, Ministro do Planeamento e das Infraestruturas e ficará marcado pela suspensão de voos que a nova administração anunciou logo após de a TAP ter sido vendida, pelo anterior Governo, ao consórcio Atlantic Gateway.

A autarquia lembra que a “Portugália custou ao Estado 140 milhões de euros, pagos há oito anos ao BES” e mesmo assim “os seus voos serão entregues à privada White sob a designação TAP Express, sem qualquer capital público envolvido e sem a avaliação da Autoridade da Concorrência”. “Enquanto isso, o Porto perde 70% dos seus voos TAP e o número de lugares disponíveis em rotas como Madrid ou Genebra baixa radicalmente, além de Roma, Milão, Bruxelas, Barcelona e Londres verem frequências reduzias a zero ou parcialmente”, pode-se ler em Porto.pt. Estes voos desaparecem a 27 de março deste ano.
A câmara salienta que os voos que a TAP pretende suprimir a partir do Porto são quase todos efetuados pela Portugália e defende que "toda esta operação, que antes estava na esfera pública e passou agora a ser operada por privados, não está incluída no controlo do Estado, nem sequer a 50%, se a reversão parcial da privatização for concretizada, como anunciou o Governo. Foi, por assim dizer, uma espécie de subconcessão, mas cujas regras e contornos não foram públicos e que não foi controlada ou autorizada pela Autoridade da Concorrência”, pode-se ler em Porto.pt.

Relatórios de Contas desmentem alegados prejuízos com os quatro voos que a TAP vai cancelar

O site da Câmara Municipal do Porto revela, esta segunda-feira, que ao contrário do que a companhia aérea tem sustentado para justificar as alterações à operação a partir do Aeroporto Sá Carneiro, a Portugália “não apenas é lucrativa como a sua operação e procura são sustentáveis”.

De acordo com os relatórios dos últimos oito anos, a Portugália “dá normalmente lucro, que em 2013 foi superior a cinco milhões de euros e em 2012 tinha sido de mais de 10 milhões”, refutando assim “a ideia de que os voos descontinuados no Porto eram deficitários”.

“Ao contrário da operação da TAP, centrada no "hub" em Lisboa, que em 2016 deu 46 milhões de euros de prejuízo. Muito graves são os resultados das empresas brasileiras do Grupo, criadas pelo ainda presidente da comissão executiva da empresa. Só a TAP - Manutenção e Engenharia do Brasil perdeu mais de 22 milhões de euros em 2014, que elevaram os prejuízos do grupo para 85 milhões de euros nesse ano”, avançou o Porto.pt.


Acusação omite cargo de diretor do Benfica em caso de tráfico



A acusação do Ministério Público contra o ex-diretor do Benfica José Carriço, por tráfico de estupefacientes e detenção ilegal de arma, omite este cargo dirigente que o arguido ocupava no clube.

A procuradora-adjunta que dirigiu o inquérito criminal e assina a acusação identifica José Carriço com a profissão de "assistente colaborador", sem nomear a respetiva entidade patronal.

OS MENINOS DA PALERMO LISBONÀRIA ANDAM A TRABALHAR MAL...