01 julho, 2016

Reconquista


Reconquista
 

(Capítulo IV)

Al-Andalus (em árabe: الأندلس) foi o nome dado à Península Ibérica pelos seus conquistadores islâmicos do século VIII, tendo o nome sido utilizado para se referir à península independentemente do território politicamente controlado pelas forças islâmicas.
Com a reconquista dos territórios pelos cristãos, descendentes dos godos, que se refugiaram na região das Astúrias, no norte da península, num processo que ficou designado historicamente por Reconquista, o nome Al-Andalus foi-se adequando ao cada vez menor território sob ocupação árabe-muçulmana, na metade sul da península, aproximadamente a mesma área da antiga província romana Hispânia Bética, cujas fronteiras foram progressivamente empurradas para sul, até à tomada de Granada pelos Reis Católicos.
Em 718 Pelágio, chefe dos Visigodos, aproveita a desorganização muçulmana e dá inicio a um processo de reconquista dos territórios hispânicos, que iria durar cerca de oito séculos. Não se sabe muito sobre Pelágio: o nome não é gótico: os autores de pequenas crónicas escritas pelo fim do século IX e no X procuram relacioná-lo com os antigos reis visigodos, para estabelecerem uma relação entre os guerrilheiros montanheses e a «restauração» do Cristianismo em Espanha. Um escritor árabe coevo diz que se tratava de um galego. Um historiador moderno supõe que seria um servo que se conseguiu impor aos companheiros no período de crise que seguiu a queda da monarquia; um outro considera-o um nativo das Astúrias; outros autores consideram que Pelágio era duque da Cantábria, parente, segundo a tradição, do rei Rodrigo.
Pelágio seria então o chefe daquele heróico grupo de montanheses (ástures e cántabros) que escaparam à dominação árabe da Península, refugiados nas montanhas quase inacessíveis das Astúrias. 

É em 722 que ocorre a primeira grande vitória dos Cristãos contra os mouros, na Batalha de Covadonga; dá-se assim a derrota dos muçulmanos. Alexandre Herculano considera que o ardil de guerra que deu a vitória a Pelágio tem muito de comum com aquele que Viriato pusera por vezes em prática, cerca de novecentos anos antes.
 


29 junho, 2016

Suébia




Capítulo III
Suébia

Com o declínio do imperio romano, um nova força politica surge no Norte, que veio trazer velhos custumes anteriores à presença romana.
Os Suevos eram um dos povos Germanos oriundos da região entre os rios Elba e Oder. O historiador romano Tácito chegou a referir-se a todos os Germanos de além-Elba como "Suevos". Mais tarde, e com outras tribos de diferentes etnias, participam na fundação da Suébia no sul da Alemanha.

Chegam à Península Ibérica em 409, juntamente com outros invasores germânicos –VândalosAlanos e mais tarde os Visigodos – afluem ao sul dos Pirenéus e fundam um reino, com capital em Bracara Augusta, o qual, na sua máxima extensão, englobava a totalidade da província da Galécia e a parte norte da Lusitânia, até ao Tejo. O território mais a sul foi ocupado pelos Visigodos. Os Suevos instalaram-se principalmente em torno de cidades como Bracara Augusta 8 o rei Suevo Hermenerico ratifica a paz com os povos Galaicos e, criando uma aliança com as populações locais, misturaram-se formando um só povo, o Regnum da Suébia.
Em 448 Réquila morre, deixando um estado em expansão a seu filho Requiário que, sendo católico, vai impor esta crença à população sueva. A população urbana da Galécia era já predominantemente católica. A cidade de Braga como capital do reino Suevo e sede episcopal ganha grande importância, a qual ainda hoje é visível no carácter metropolita da sua , primaz entre as dioceses do Noroeste peninsular.

Romanização


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Capítulo II

Romanização
A Galécia (em latim Gallæcia) foi uma província romanana extremidade norte-ocidental da Península Ibérica, que corresponde ao território onde se encontra a cultura Celta na actual Galiza e norte de Portugal. A cidade mais importante e capital histórica era Bracara Augusta, a actual cidade de Braga. Fazia parte da Hispânia Tarraconense, e tinha divisa ao sul com a Lusitânia.
A Galécia nasceu política e administrativamente com a invasão romana, embora ao nível cultural já existisse uma unidade regional, liderada por Décimo Júnio Bruto, desde a Lusitânia em território dos "populi castrorum" (as gentes dos castros) ou gallæci (latinização do etnónimo grego "kallaikói"), nome por que eram conhecidas essas tribos do noroeste da Península Ibérica na antiguidade clássica.

Os gallæci/kallaikoi (castrejos) estavam distribuídos em três tribos principais à que corresponde a etimologia celta (latinizada nos documentos clássicos):
os artabri, (Galiza); os grovi, (norte de Portugal); os asturi, (Astúrias). 
Já aparecem documentados os galaicos nas guerras deLusitânia, trabalhando como mercenários de guerra para o líder tribal lusitano Viriato, contra o Império Romano.
D.I. Brutus, depois de conquistar a Gallæcia, rebaptizar-se-á a si mesmo como Décimus Iúnius Brutus Callæcus (o Galego).
Dividia-se administrativamente em três "conventus":
Convento asturiense, capital Asturica Augusta; Convento lucense, capital Lucus Augusti; Convento bracarense, capital Bracara Augusta;

28 junho, 2016

Para sabichões da treta


História do Norte! (Capítulo I)


O Princípio
"A região na qual se encontra actualmente Portugal esteve habitada por pelo menos há quinhentos mil anos, primeiro pelos Neandertais, e mais tarde, pelos homens modernos. Cerca de 10 000 a.C., a Península Ibérica era habitada por povos autóctones sem parentesco aparente com quaisquer outros povos conhecidos, denominados Iberos." Nesta altura já havia diferenças entre as varias regiões pela península ibérica.


Mas só se cristalizou as diferenças devido à geografia e a vindas de emigrações de alguns povos para esta região que marcaram profundamente as bases para a identidade do Norte de Portugal.



Os Nosso Antepassados (CELTAS)
Cerca de 1000 a.C. mas provavelmente ainda antes, a região passou a ser habitada por povos Indo-Europeus, de origem Celta que coexistiram com os povos Iberos, habitando regiões distintas da Península Ibérica. Na zona Leste da meseta Central, os povos Celtas mesclaram-se com os povos Iberos dando origem aos Celtiberos, que não se devem confundir com os Celtas Ibéricos (Celtas da Península Ibérica) que em Inglês se denominam de Celtiberians. Vários povos habitavam a Península Ibérica, divididos em três ramos étnico-culturais primordiais: Os Celtas Indo-Europeus, os Iberos de origem desconhecida e os Celtiberos que viviam na Meseta Central. Entre esses povos encontravam-se: os Lusitanos, os Calaicos ou Gallaeci e os Cónios, entre outras menos significativas, tais como os BrácarosCélticosCoelernosEquesos,GróviosInteramicosLeunosLuancosLímicosNarbasos,NemetatosGigurriPésuresQuaquernosSeurbos,TamaganiTaporosZoelasTurodos. Influências mínimas exerceram os Gregos e os Fenícios-Cartagineses com as suas pequenas colónias-feitorias comerciais costeiras semi-permanentes de grande importância estratégica. Estes últimos dois povos não contribuíram virtualmente para a ascendência dos povos da Península.
Os Celtas viviam principalmente na zona Norte e Ocidental da Península enquanto que os Iberos viviam na zona Sul e Leste da mesma. Para uma maior compreensão do tema, é favor procurar a versão Inglesa, muito mais completa e independente.

27 junho, 2016

Custa tanto ser do Porto nesta merda de país

Tiago Monteiro venceu, a selecção de futebol, vamos ver...

Se há gente que aprendi a perceber como funciona, e me teria feito milionário várias vezes se a observação se chamasse sorte, são esses "jornalistas" que por permissividade corporativa de outros jornalistas lhes mancham a reputação. 

Não é por gostar de futebol que me inibo de reconhecer o aproveitamento que dele fazem os media para influenciar o público. O futebol é o meu desporto favorito, mas não me tolda a mente. Quando ligo a televisão e vejo um jornalista a destacar com euforia os feitos desportivos de um atleta de outras modalidades, a primeira conclusão que retiro do atleta é esta: o gajo, ou a gaja, só podem ser benfiquistas... Raramente falha. É só aguardar um tempinho curto e logo ficámos a saber que o homem ou a mulher, são benfiquistas de berço, mesmo que pratiquem tenis, ou automobilismo... O contrário acontece com atletas que não alinhem pela merda desse clube. Ninguém abre a boca, e os jornais de Lisboa nem sequer reservam uma linha se o atleta for adepto do FCPorto. São uns verdadeiros democratas...

A selecção "portuguesa" de futebol está a ser - aliás como é costume naquela terra de saloios - a ser levada ao colo e colocada num pedestal antes mesmo de lá estar, e sem o mínimo respeito por equipas que consideram à partida fáceis e inferiores à nossa. Não vencemos à Islândia nem à Hungria e a sorte fez-nos chegar aos quartos de final eliminando a Croácia uma selecção, técnica e fisicamente mais forte. Duvido que tenhamos pedalada para a Polónia que tem um futebol muito pragmático e fisicamente poderoso muito semelhante ao alemão. Mas, veremos. Hostilizo completamente o excesso de fanfarronice e as victórias antecipadas. Não me revejo nesse portugusesismo bacôco, chamem-lhe a isso o que quiseram.

Mas, o que eu queria anunciar é uma notícia positiva e já concretizada, portanto motivo de alegria para os portugueses que não trabalham na televisão e têm capacidade para pensar pelas suas cabecinhas: ontem, Tiago Monteiro venceu a corrida principal da etapa da corrida de Vila Real (prova da WTCC) e a RTP - paga por todos nós - não reservou um segundo sequer a transmitir a notícia. Só deu futebol comentado...E não adianta que me digam que viram às tantas da madrugada um apontamento sobre o assunto, porque isso não muda nada, faz parte de uma estratégia hipócrita e mesquinha para arquivarem caso estas denúncias ganhem relevo para servir de contraditório... 

Só hoje, soube pelo JN o acontecimento. Não foi nada, mas Tiago Monteiro, que eu saiba, foi o único corredor português a subir ao pódio na fórmula um, e apesar disso nunca o trataram como aquele menino lisboeta que nunca lhe chegou aos calcanhares, e que me escuso a dizer o nome por uma questão de reciprocidade deontológica. 

Fosse Tiago Monteiro vermelho, ninguém aturava a parolada. É por estas e muitas como estas que não me orgulho desta portugalidade merdeira e xenófoba.