Confesso que começo a ficar farto do Porto Canal e da bazófia sonora com as subidas de audiência. Como vivo e sofro seriamente com o abandono a que muitos protagonistas do Norte deixaram cair a região, e sempre pensei que um canal de tv autónomo pudesse alterar a situação, não posso deixar de criticar aquilo que me parece estar mal.
Considero lamentável que o modelo escolhido pelo Júlio Magalhães para um canal com pretensões a conquistar audiências em todo o país, se esteja a caracterizar por alguma fanfarronice, aliás muito típica da capital, e por um conjunto de amigos, ou de amigos dos amigos, como protagonistas preferenciais para a realização de debates e entrevistas. Não é que não aprecie alguns deles, o que me parece, é que Júlio Magalhães está dando sinais de temer perder a confiança dos amigos da capital, talvez com receio de um dia ter de lá voltar. Se assim não fosse, dispensaria os convites que apressadamente anda a fazer a figuras públicas da capital, como se elas não fossem por demais conhecidas do país e outras não existissem no Norte, ou como se o filão a Norte se tivesse esgotado.
Se a estratégia para "conquistar" o país a Sul passa por actos sofisticados de sedução, do tipo mel com que se caçam as moscas, então é porque alguma coisa de pesado paira na consciência dos seus autores. E eu não imagino o que possa ser, porque quem devia ter motivos para recear que a consciência lhe rebente de remorsos, era toda essa gente, de sulistas a nortenhos, empresários a governantes, que nos traíram descaradamente, a ponto de deixar "saudades" de Salazar até a anti-salazaristas convictos, como eu.
Já o disse por mais de uma vez que nunca simpatizei com a ideia de alguns de quererem dar o passo maior que a perna, que é como quem diz, de pretenderem conquistar o país, antes de se conquistar o Norte. Norte esse, que não se limita ao Minho ou a Trás-os-Montes, nem ao Alto-Douro ou Douro Litoral, mas que se estende até Aveiro. Portanto, uma região muito vasta, suficientemente grande para trabalhar como mercado alvo, ou, pelo menos, prioritário.
Já ouvimos também, anunciar novas grelhas de programação, e o certo é que tudo parece estar na mesma, para não dizer, pior. Ao fim de semana, e à noite, a estação parece funcionar exclusivamente em part-time, e em certos dias da semana também. As notícias continuam repetitivas, de tal modo que já não suporto ouví-las. Muitas, como já disse, não passam de réplicas do que o Jornal de Notícias transcreve, sobretudo os acidentes e as desgraças. Não se vislumbra um jornalismo crítico, acutilante, inovador e corajoso, também dirigidos aos alvos que tanto mal têm provocado ao Norte, e que são bem conhecidos.
Se a televisão que Júlio Magalhães e o FCPorto [que é parte interessada], querem para o Norte, é uma imitação do que as outras fazem, então mais vale desistir da parceria, ou a incompetência ainda contamina o clube. Não precisamos de mais televisões para nos servirem a ambiguidade e o cinismo com que se alimentam. Não queremos canais que funcionem para empurrar maus governantes para a rua, para depois os irem buscar e reabilitar. O Sócrates foi muito criticado e justamente demitido, portanto é uma falta de respeito à inteligência dos cidadãos, que a RTP o tenha agora contratado como comentador. Se o demitiram, é porque o que ele fez não foi importante, porque não foi competente, não se entendendo assim o interesse das suas opiniões. Eu não o ouço. Com Passos Coelho, se for, como espero, também demitido, irá previsivelmente passar-se o mesmo, porque os canais que existem não competem pela diferença, alicerçada na imaginação e na qualidade, limitam-se a copiar a mediocridade uns dos outros. Ora, não é nada disto que eu quero do Porto Canal. Se se confirmar que é esse o rumo que a direcção do Porto Canal e o FCPorto entendem seguir, pela minha parte, passo.
Acho que era com este lixo jornalístico que Júlio Magalhães se devia (pre)ocupar, e não em deixar-se fotografar em campos de golfe, ou ao volante de carros de corrida, porque ainda há muito trabalho pela frente, para poder apregoar prematuros sucessos de audiência, à custa dos adeptos do FCPorto e do próprio clube. Além de que, há certos hábitos que numa altura de tantas dificuldades podem cair mal a muita gente. O exibicionismo, é apenas um deles.
Se o Júlio diz que as águas estão separadas, como disse, então que não meta o FCPorto na área que só a ele compete, e ponha o canal a trabalhar a sério, de uma vez por todas, e com mais profissionalismo.
Já ouvimos também, anunciar novas grelhas de programação, e o certo é que tudo parece estar na mesma, para não dizer, pior. Ao fim de semana, e à noite, a estação parece funcionar exclusivamente em part-time, e em certos dias da semana também. As notícias continuam repetitivas, de tal modo que já não suporto ouví-las. Muitas, como já disse, não passam de réplicas do que o Jornal de Notícias transcreve, sobretudo os acidentes e as desgraças. Não se vislumbra um jornalismo crítico, acutilante, inovador e corajoso, também dirigidos aos alvos que tanto mal têm provocado ao Norte, e que são bem conhecidos.
Se a televisão que Júlio Magalhães e o FCPorto [que é parte interessada], querem para o Norte, é uma imitação do que as outras fazem, então mais vale desistir da parceria, ou a incompetência ainda contamina o clube. Não precisamos de mais televisões para nos servirem a ambiguidade e o cinismo com que se alimentam. Não queremos canais que funcionem para empurrar maus governantes para a rua, para depois os irem buscar e reabilitar. O Sócrates foi muito criticado e justamente demitido, portanto é uma falta de respeito à inteligência dos cidadãos, que a RTP o tenha agora contratado como comentador. Se o demitiram, é porque o que ele fez não foi importante, porque não foi competente, não se entendendo assim o interesse das suas opiniões. Eu não o ouço. Com Passos Coelho, se for, como espero, também demitido, irá previsivelmente passar-se o mesmo, porque os canais que existem não competem pela diferença, alicerçada na imaginação e na qualidade, limitam-se a copiar a mediocridade uns dos outros. Ora, não é nada disto que eu quero do Porto Canal. Se se confirmar que é esse o rumo que a direcção do Porto Canal e o FCPorto entendem seguir, pela minha parte, passo.
Acho que era com este lixo jornalístico que Júlio Magalhães se devia (pre)ocupar, e não em deixar-se fotografar em campos de golfe, ou ao volante de carros de corrida, porque ainda há muito trabalho pela frente, para poder apregoar prematuros sucessos de audiência, à custa dos adeptos do FCPorto e do próprio clube. Além de que, há certos hábitos que numa altura de tantas dificuldades podem cair mal a muita gente. O exibicionismo, é apenas um deles.
Se o Júlio diz que as águas estão separadas, como disse, então que não meta o FCPorto na área que só a ele compete, e ponha o canal a trabalhar a sério, de uma vez por todas, e com mais profissionalismo.