18 fevereiro, 2011

30 Medidas que não interessam aos visados, ou seja: "populistas"...

Nenhum governante fala em: 1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três Presidentes da República retirados;

2. Redução dos deputados da Assembleia da República e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode;

3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego;

4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.

5. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? Se não são verificados como podem ser auditados?

6. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821, etc...;

7. Redução drástica das Juntas de Freguesia.. Acabar com o pagamento de 200 ? por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75, ? nas Juntas de Freguesia.

8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas actividades;

9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;

10. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, os filhos das amantes...

11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado e entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos;

12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc;

13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis....

14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós) que nunca está no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe total. HÁ QUADROS (directores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES, QUE NÃO NOS DÁ COISA PÚBLICA....;

15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder - há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo. Só o de PENAFIEL TEM SETE ADMINISTRADORES PRINCIPESCAMENTE PAGOS... pertencentes ás oligarquias locais do partido no poder...

16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar;

17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.

18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP;

19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e Quejandos, onde quer que estejam e por aí fora.

20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma recebe todos os anos.

21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam milhões ao erário público.

22. Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a quadros do Partido Único (PS + PSD).

23. Assim e desta forma Sr. Ministro das Finanças recuperaremos depressa a nossa posição e sobretudo, a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros do Estado ;

24. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP, que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem"...;

25. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efectivamente dela precisam;

26. Controlar a actividade bancária por forma a que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise";

27. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efectivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida;

28. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.

29. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e depois.

30. Pôr os Bancos a pagar impostos.

DANCING ON STRINGS / Performs Jalousie

O L'Equipe não conhece o glorioso?


Séville et Liverpool déçoivent



En grande difficulté actuellement, Séville s'enfonce dans la crise. Les Andalous n'ont pas gagné un seul de leurs six derniers matches toutes compétitions confondues. Jeudi, ils se sont inclinés à domicile (1-2) face au leader du Championnat portugais : Porto. Les Dragons ont ouvert le score sur une tête de Rolando, suite à un coup-franc de Moutinho (58e). Immédiatement, les Espagnols ont égalisé, le coup franc de la recrue Rakitic finissant par une tête victorieuse de Kanouté. Mais Porto est bien plus en confiance que Séville et a marqué à cinq minutes du terme par l'ancien Stéphanois Guarin, chanceux. L'autre club portugais, le Sporting Portugal, a obtenu un bon nul chez les Glasgow Rangers (1-1). Whittaker a ouvert le score de la tête suite à un corner du jeune Weiss, prêté par City (67e). Mais à la 89e, la tête de Mati Fernandez a permis aux Lions d'égaliser. De son côté, Liverpool a largement déçu chez le Sparta Prague (0-0). Fermant le jeu, ne cherchant jamais à faire la différence, les Reds de N'Gog devront faire attention à ne pas encaisser un but lors du retour à Anfield.

Nota:
Ó Vasconcelos, aqui tens matéria para monopolizares o próximo Trio d'Ataque: então, é lá admissível que um jornal como o L'Equipe se tenha esquecido de citar o glorioso? Mata, mata, mata! Vai queixar-te ao Ministro da Administração do Cartão de Eleitor, pede os Chaimites, espuma, esbraceja, cospe fel, suborna o Danielzinho, berra com o Sócrates. Como tu dirias:  "isto é um negócio muito nebuloso, com contornos inacreditáveis,tudo muito estranho. Há que mobilizar depressa o Ministro dos Negócios Estrangeiros, a Procuradoria. É preciso declarar  guerra à França! Que ignorantes são estes franceses! Estão feitos com o Pinto da Costa, é o que é! Esta questão tem de ser investigada" 



Termómetro Porto/Norte

POSITIVO:

  • Norte lidera exportações nacionais [Têxtil, vestuário e calçado c/ 14% de vendas de Portugal ao exterior. Vendas por Leixões sobem 60% em Janeiro]
  • Porto Vivo admite ajustar preços e arrendar [Falta de interessados motiva alteração estratégica da SRU]
  • Galegos preferem Aeroporto Sá Carneiro [600 mil em 2010. Já representam 12% do total de passageiros]
  • FCPorto vence em Sevilha e segue invicto na Europa [Rolando e Guárin fizeram os golos da victória portista por 2-1]
  • Associação Comercial do Porto aposta na investigação como alavanca da região [Inovação. Protocolo com a Universidade do Porto visa a revitalização do tecido associativo]
  • MPN quer empresa pública para a alta velocidade Porto/Vigo [Proposta. Movimento tem reunido com vários autarcas da região Norte]
  • Armindo Araújo primeiro piloto português a entrar na elite do WRC
  • Fantas arranca segunda-feira com 127 horas [Festival. Rivoli volta a acolher a totalidade do festival de cinema do Porto]




NEGATIVO:

  • PCP questiona disparidades do tarifário no Metro do Porto
  • Sócrates lança a primeira pedra da barragem do Tua [Polémica. Verdes alegam que a navegabilidade do rio pode estar em causa
[Fonte: Semanário Grande Porto]

Obs. de RoP - Fica por explicar porque é que, com tanta boa notícia o Norte permanece a região mais pobre do país e orfão de liderança.

Singular, a barbaridade governamental de destruir a linha do Tua a pretexto de mais desenvolvimento para a região [uma barragem que irá produzir apenas 0,1% de energia!].

As promessas mentirosas repetem-se e os trapaceiros continuam em liberdade...

17 fevereiro, 2011

Edifício Vodafone

Como se previa o edifício Vodafone venceu o prémio de melhor edifício do ano na categoria Institucional.

Estão de parabéns os arquitectos portuenses José Barbosa,  Pedro Guimarães e a cidade do Porto.

De lamentar a ciumeira que prémios desta natureza provocam independentemente de se concordar ou não com a distinção. Por cá, mesmo no seio da própria arquitectura há ainda quem ignore que ninguém é dono da Arte. Ao Arqº. Siza Vieira de pouco lhe valeu o prestígio internacional para o impedir de destruir literalmente o belíssimo jardim da Avenida dos Aliados para lá colocar um inexpressivo tanque... O prestígio  não é uma garantia de razão.


16 fevereiro, 2011

Ainda sobre jornais e jornalistas


Já repararam que com tantas operadoras de televisão, com montes de jornais, de estações radiofónicas, em 36 anos de democracia não tivemos uma única oportunidade para conhecer a verdadeira dimensão da liberdade de pensamento dos jornalistas? De sabermos o que é que eles próprios pensam das políticas editoriais veículadas pelas direcções (e) ou administrações dos jornais onde trabalham? Saber se de facto se sentem livres, se os deixam escrever tudo o que pensam ? De quantos programas se lembram  ter acompanhado que abordassem de forma frontal e regular estes assuntos?

Não será estranho que profissionais da informação, sempre tão diligentes com  questões da Justiça, de Liberdade, de Democracia [ainda agora vímo-los na cobertura aos acontecimentos do Egipto e Tunísia], revelem tamanha indiferença face à ausência de uma informação pluralista aceitando passivamente a via centralista seguida pela maioria dos órgãos de comunicação social? Afinal, comportamentalmente, o que os separa  da Net, dos Combustíveis, das Redes Móvel? Haverá, entre estes últimos e o jornalismo assim tantas diferenças, exceptuando as de estilo? Onde está afinal a tão badalada concorrência quando alinham todos pelos padrões centralistas? O que será isto,  senão uma óbvia cartelização  mediática? Até onde pensam chegar, traindo as expectativas da população de uma importante região do país? 

Temos, apesar de tudo, algumas inofensivas excepções a esta regra: o semanário Grande Porto e a estação de tv Porto Canal. Mas, ainda é pouco. O Grande Porto é um jornal semanário, não sai todos os dias, tem uma tiragem média de 12.000 exemplares e perde-se escondido nas bancas das tabacarias. Veremos se o Porto Canal não constituirá para o Norte uma outra decepção [mais uma] se decidir levar avante a alteração da sigla e o nome do canal em claro sinal centralista, precisamente agora que parece estar a crescer com a abertura de novas delegações  em outras cidades nortenhas. Veremos também se  repetirá os erros cometidos pela NTV e RTP N... Seja como for, tanto o semanário como a operadora de tv ainda têm pouca implantação para se poderem considerar alternativas ao que existe.

Sei que o Renovar o Porto não é propriamente o tipo de blogue que os jornais apreciam,  apesar de já ter sido destacado em alguns ditos de referência, porque é dos poucos que não tem preocupações promocionais nem se inibe de criticar o péssimo jornalismo que por cá se produz. Este post é só mais um exemplo. Por isso, não passa despercebido aos destinatários, embora possa dar essa ideia... Continuo portanto a aguardar que por aqui apareça a comentar um qualquer senhor jornalista que tenha a coragem de me provar, sem tentar deitar-me areia para os olhos, que estou enganado.

Hoje, o jornal "I" foi distinguido com um prémio pela Society for News Design , facto que explica a euforia do título da edição de hoje: i é o melhor jornal do Mundo! Mas, não era preciso exagerar! Realmente, a distinção em termos de design e conteúdos é merecida [eu também gosto], mas a questão que se coloca é saber até que ponto o júri terá tido conhecimento do cariz centralista da imprensa portuguesa e se, em caso afirmativo entregaria o prémio ao jornal dirigido por Manuel Queiroz.

15 fevereiro, 2011

Pobres jornalistas...

Dizia Alfredo Maia [na foto], presidente do sindicato dos jornalistas, em título de artigo na revista Foco,   que a qualidade do jornalismo está a ser posta em causa. Quando eu pensava que o bom senso tinha finalmente  invadido a boa consciência da classe, afinal o problema era outro; reduzia-se a um iminente risco de despedimento supostamente motivado pela eventual fusão da Agência Lusa com a Direcção de Informação da RTP...

Pelos vistos, ao presidente do sindicato dos jornalistas não lhe passou sequer pela cabeça a hipótese de uma grande vaga de desemprego provocada pelo jornalismo de sarjeta que impera pelo país, de Norte a Sul, onde o respeito pelos leitores foi há muito relegado para um secundaríssimo plano, em benefício de critérios de venda de validade discutível.

As justificações apresentadas para tamanha preocupação, são no mínimo divertidas, já que ao que parece, é a concentração de meios e a concorrência directa com os canais privados o principal problema. Há nestas declarações uma absoluta falta de coerência entre a teoria e a prática. Este cavalheiro não deve ver a programação desportiva, caso contrário não se atreveria a fazer afirmações desta natureza. Se há coisa que já existe nos media, é concentração, não apenas de meios como de políticas de informação, onde o unanimismo passou a ser palavra de ordem.

Que o sindicalista não leia jornais nem veja telejornais é espantoso, que não se digne sequer olhar para as bancas dos quiosques é surrealista, pois na pior das hipóteses seria atraído pelo tom berrante e vermelhusco das capas dos jornais. A não ser que, tal como os Deolinda, queiram impingir aos portugueses a ladaínha de "quem não é benfiquista, não é bom chefe de família".

Senhor Maia: se quer ter uma pequena ideia da opinião de um leitor que se orgulha de ser portuense, portista e *anti-benfiquista assumido [leu bem, anti-benfiquista], saiba que quantos mais "pasquinistas" ficarem desempregados, melhor. Não é com políticas absolutistas e anti-democráticas de informação que os jornalistas legitimam o direito ao trabalho, é com seriedade e respeito por todos os leitores.

*Para quem ousar impingir-me sermões moralistas, faço questão de informar que fui beber o meu anti-benfiquismo ao anti-portismo da Comunicação Social e do Cerntralismo. 

14 fevereiro, 2011

Touradas e coisas piores

A propósito da anterior crónica (sobre as inclinações "culturais" da Câmara de Vinhais, que decidiu iniciar os seus munícipes nos prazeres "exquis" da brutalidade e tortura pública de animais) escreve-me um leitor dizendo, em abono da tourada, que Hemingway e Picasso gostavam do espectáculo. Não só eles, acrescento eu, e de touradas e coisas piores...

Escritores e artistas raramente são exemplos morais recomendáveis. Céline, escritor maior (mesmo não sendo a literatura um campeonato) que Hemingway, partilhou com Hitler, além do desprezo pelas mulheres, o gosto pela carnificina de judeus, e Picasso, juntamente com as touradas, teve outra devoção não menos sangrenta, Estaline.

A História está cheia de obras sensíveis e generosas, às vezes de grande riqueza moral, realizadas por gente feia, porca, má ou nem por isso. E se o desprezível dr. Destouches, dito Céline, escreveu a admirável "Viagem ao fim da noite" mas também obras imundas e carregadas de ódio, em outras é difícil encontrar traço do ser humano existente por trás delas (quem dirá que por trás da belíssima Catedral de Brasília está um devoto, também ele, de Estaline?)

Não é por Hemingway e Picasso se terem divertido (terem sido capazes disso) com a agonia e morte de um animal que a tourada deixa de ser um espectáculo eticamente condenável. O facto de apreciarem touradas desabona a favor de um e outro, não abona a favor das touradas.

Manuel António Pina