26 julho, 2011

Nova associação quer dinamizar o centro histórico sem recorrer a subsídios

Por Ana Isabel Pereira

A Associação Infante D. Henrique – Associação para o Desenvolvimento do Centro Histórico do Porto nasceu, no passado dia 12, com o objectivo de “dinamizar social, cultural e economicamente” uma zona da cidade que está “parada, morta, a definhar”, explicou ao P24 o padre Agostinho Jardim Moreira, presidente da comissão instaladora da nova entidade.

Os fundadores – instituições e pessoas singulares que acharam que estava “na hora de inovar e criar uma associação com parceiros que trabalhassem em conjunto” – põem, desde logo, “de parte a ideia de obter subsídios de alguém”, sublinhou o também presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza.

Consciente de que Centro Histórico do Porto (CHP) foi “objecto de algumas intervenções que não tiveram grande sucesso” no passado, “como o CRUARB” (Comissariado para a Renovação Urbana da Área de Ribeira/Barredo) e “a FDZHP – Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto, que o doutor rui rio também eliminou”, os fundadores da Associação Infante D. Henrique querem inovar.

“Não queremos participação partidária. Se é utópico. De certo modo, é. É inovador e é uma nova forma de a sociedade civil participar na construção de uma sociedade nova”, entende Jardim Moreira.

Para além do pároco, entre os sócios fundadores, estão a ADRAVE – Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Ave, a Cenatex II, Formação e Serviços, os centros sociais e paroquiais de São Nicolau e N.ª S.ª da Vitória, a Escola das Virtudes, Cooperativa de Ensino Polivalente e Artístico, a Fundação Eça de Queiroz, Hélder Ferreira, José Alberto Reis, Paula Rosa Dourado, Sérgio Aires e o blogger Tiago Azevedo Fernandes.


“A recuperação urbana também está nos nossos objectivos”, avançou ao P24 Jardim Moreira.

Sem subsídios, a dinamização do Centro Histórico do Porto (CHP) será feita “a partir dos parceiros que já se associaram e daqueles que se vierem a associarem”. As entidades e individualidades que entrarem para a associação neste primeiro ano de vida terão direito a ser também sócios fundadores. Os associados não têm de ser da cidade, sendo certo que a intervenção e a experiência que trouxerem a este projecto terá efeitos no CHP.

A Câmara do Porto “aceitou participar” no projecto da associação, mas “de uma forma muito peculiar”, diz Jardim Moreira: dará o seu contributo “através de um protocolo”. O presidente da comissão instaladora da nossa entidade diz que até “pode ser como [sócio] fundador, mas não de uma forma directa”.


Plano de acção

Jardim Moreira dá 2 exemplos de como as instituições podem ajudar a cumprir esta missão no centro histórico da cidade sem que isso tenha custos para as suas organizações.

À Fundação Millennium bcp, por exemplo, foi pedido “que interviesse com a sua organização e a sua estratégia no centro histórico”. E o Hospital de São Francisco, junto ao Palácio da Bolsa, “está a pensar em oferecer fazer o diagnóstico – visual, olfactivo… – às crianças” residentes nas 4 freguesias do CHP.

A comissão instaladora da Associação Infante D. Henrique tem agora um ano para “propor um plano [de acção] e as formas de o executar”, explica Jardim Moreira.

Durante esse período, “o Instituto [Superior] de Serviço Social do Porto colocará centenas de alunos estagiários no terreno a fazer o diagnóstico do centro histórico”.

[Porto24]

2 comentários:

  1. Com o muro da câmara... não sei como!? mas, vamos em frente enquanto há gente.
    Leia-se hoje no jornal Notícias, o circo do circuito da Av.da Boavista ainda não foi levantado.- Demora muito sr presidente?
    E aquele mamarracho do antigo Colégio Internacional no Castelo do Queijo.- Para quando o dito restaurante?.. façam a obra antes que o mar o leve.

    É caso para dizer: "tantos dias tem 4 anos".

    O PORTO É GRANDE VIVA O PORTO.

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  2. Rui, não sei se viu, mas se não viu, veja, muito bonitinho e sintomático...

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...