Primeiro foi o jornal italiano Il Manifesto, agora é o Les inRocks quem convida os seus leitores a virem até ao Porto por ocasião do Optimus Primavera Sound.
“O Primavera instala-se em Portugal para uma segunda edição. De
Barcelona para o Porto, um pequeno desvio de horizonte de um festival
que se advinha bom como a Primavera”, começa assim o artigo da versão online da revista Les Inrockuptibles.
A publicação francesa, dedicada a cultura e cuja edição em papel
remonta a 1986, destaca os cabeças-de-cartaz do Optimus Primavera Sound,
um punhado de bandas a descobrir e os grupos musicais locais. E, como
quarta e quinta razões para vir ao festival, diz: “O Porto está super” e
“Aprender português”.
O site destaca na programação do festival o regresso dos
britânicos Blur, o psicadelismo de Grizzly Bear, o compositor de música
electrónica James Blake, “os magníficos” Local Natives, e “alguns
gigantes” como Dinosaur Jr., My Bloody Valentine ou até mesmo Nick Cave
& The Bad Seeds. “Ufa”, diz o Les inRocks, que elogia, para além da
música, “o sol, a praia e as descobertas”.
A publicação recorda o “compromisso [do Primavera] com a descoberta” e recomenda ir ouvindo no leitor de MP3 o songwriter Daughn Gibson, os neo-punk de
Metz, os selvagens Savages, os românticos Wild Nothing, o house de
Julio Bashmore ou a música “de perder a razão” dos Headbirds.
Sobre o Porto, o Les inRocks chama a atenção “para os prazeres da
boca e dos olhos”. A região, diz o site, é “rica em vinhas que produzem o
renomado vinho do Porto vinho” e na cidade vale a pena provar a
francesinha e as tripas à moda do Porto. “Para os olhos”, é sugerido um
passeio no centro da cidade ou ao longo do rio Douro, uma visita à
“impressionante Casa da Música” ou a travessia da “magnífica Ponte D.
Luís”.
A música feita em Portugal tem destaque na forma de elogio ao som
dos Dear Telephone, dos Glockenwise, dos PAUS ou dos Memória de Peixe.
Finalmente, sobre a língua portuguesa, chama-se à atenção para o
facto de, com Angola, Moçambique e Brasil entre as economias emergentes,
“o nosso pequeno planeta começa a descobrir a importância de aprender a
língua de Fernando Pessoa”.
O artigo do site Les inRocks termina ensinando aos leitores como
dizer ou perguntar determinadas coisas em português, como “bom dia”, “se
faz favor”, “obrigado(a)”, “uma cerveja” e “duas, três, quatro”… até
“dez cervejas”, “estou perdido(a)”, “O Damon Albarn não envelheceu um
bocado?” e “beijo”.
É tomar atenção a alguns dos franceses que vão andar por aí…
[do jornal Porto24]
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