20 dezembro, 2010

Fim da Linha de Leixões gera revolta

Guilherme Pinto promete usar "todos os meios para inverter" a decisão da CP

Os autarcas abrangidos pela Linha de Leixões estão "indignados" e "revoltados" com a suspensão daquele serviço da CP. Guilherme Pinto, presidente da Câmara de Matosinhos, fala em "prepotência" e promete "usar todos os meios para inverter a situação".

É o rosto da revolta dos três municípios abrangidos pela Linha de Leixões:Matosinhos, Maia e Valongo. Farto de não ser atendido pelo presidente da Refer, a quem quer pedir explicações pelo incumprimento de um protocolo celebrado em 2009, Guilherme Pinto acusa-o de "assumir uma atitude autista de falta de diálogo" e de "prepotência".

"Nem sequer tem tempo para atender o telefone. No mínimo, é alguém que não sabe as regras de cortesia", ataca o presidente da Câmara de Matosinhos.

Em causa, um dos argumentos da CP para a suspensão, no próximo ano, da Linha de Leixões, que liga Leça do Balio (Matosinhos) a Ermeside (Valongo):"não ter sido dada sequência" ao projecto de modernização que previa a construção das estações de S. João e de Arroteia.

"O presidente da Refer acertou um protocolo que nem sequer cumpriu", ataca Guilherme Pinto, lamentando não ter sido informado da decisão da CP.

"Estou profundamente indignado. A Câmara vai usar todos os meios para inverter esta situação", assegura o autarca. Bragança Fernandes partilha a indignação. "É uma vergonha e uma falta de respeito pelas populações", sustenta o presidente da Câmara da Maia, atribuindo o fracasso da Linha de Leixões (que transporta uma média de três utentes por viagem) à falta de planeamento do Governo.

"Se tivessem feito as estações de Águas Santas e de Pedrouços os comboios andavam cheios. Mas tomaram-se medidas eleitoralistas sem se fazer o correcto planeamento dos dinheiros públicos. É uma vergonha! Estou sentido e revoltado com a falta de planeamento deste Governo", acrescenta o autarca social-democrata.

Por sua vez, o presidente da Junta de Rio Tinto que, há um mês exigia, ao lado de Bragança Fernandes, um reforço do investimento na Linha de Leixões, diz-se "desiludido". "Espero, para bem das populações, que ainda se possa chegar a um acordo", afirma Marco Martins, reiterando uma proposta avançada há um ano: a abertura do troço Contumil-São Gemil ao transporte de passageiros.

Já a Câmara de Valongo compreende a decisão da CP assente precisamente "as taxas de ocupação muitíssimo baixas", além do incumprimento do protocolo com a Câmara de Matosinhos.

"Quando a linha foi anunciada, criamos alguma expectativa, sobretudo pela ligação ao Hospital de S. João. A partir do momento que essa ligação não se concretiza, a utilidade da linha fica posta em causa. É melhor então estancar o problema", admite o vice-presidente da Câmara de Valongo, João Paulo Baltazar, concordando, porém, que se trata de "um projecto onde do dinheiro foi mal gasto".

[Fonte: JN]

3 comentários:

  1. É mais uma que vai fechar, mais uma em que se criam expectativas, fez um grande alarido, lançam-se foguetes, faz-se a festa e passado pouco tempo, tudo acaba.

    Entretanto o Invisível, torna-se visível apenas para uma coisa: anunciar o aumento dos transportes.

    Quem diria que, depois do Mário Lino virá, quem dele - como é possível? - bom fará?

    Um abraço

    ResponderEliminar
  2. Tudo isto é feito por mal feitores gente sem escrúpulos pessoas de má-fé. Além de enganarem as autarquias lesam os utentes e os sentimentos de todos nós.
    Esta merda está bater no fundo!...
    um dia destes a Ira vai ser tal que os incompetentes os centralistas, ditadores vão rastejar como répteis.

    O PORTO É GRANDE VIVA O PORTO

    ResponderEliminar
  3. A Câmara de Valongo tem presidente?

    ResponderEliminar

Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...