A Associação de Cidadãos do Porto (ACdP) defendeu hoje que não basta autonomizar a gestão do Aeroporto Sá Carneiro, sendo necessário que as mais-valias obtidas se injectem directamente no tecido económico da região.
José Ferraz Alves, economista e membro da ACdP, disse à Lusa que o objectivo é concretizável através de «parceria público-privada auto-regulada», seguindo as teorias de Mohammad Yunus para os negócios sociais.
Mohammad Yunus é economista e banqueiro do Bangladesh, fundador do Banco Grameen, impulsionador do micro-crédito e Nobel da Paz em 2006.
De acordo com o modelo proposto, a propriedade e gestão do aeroporto seria privada e das autarquias, mas o seu objecto social não seria a maximização dos seus lucros, antes o desenvolvimento da região, medido por indicadores económicos concretos.
Após a recuperação do capital investido pelos accionistas, o aeroporto passaria a ser «a verdadeira fonte de rendimentos para as acções de desenvolvimento da região».
José Ferraz Alves disse que o modelo é «perfeitamente exequível» e acrescentou que «o próprio caderno de encargos pode prever que se premeie quem opte por essas soluções inovadoras».
A ACdP entende que estruturas de importância estratégica não podem ser geridas para visar o lucro, mas para injectar as mais-valias obtidas directamente no tecido económico da região.
Em gestão autónoma, o aeroporto geraria receitas adicionais na ordem dos 400 milhões de euros, aumentando a competitividade das empresas exportadoras e a criação de 25.000 empregos, segundo estudos de uma empresa de consultoria.
«Aplicando os princípios que defendemos, esses valores seriam superiores», acredita a ACdP, para quem o Aeroporto Sá Carneiro «deve ser um instrumento estruturante ao serviço do Noroeste Peninsular e de duas das regiões mais deprimidas da Europa».
«Não é suposto que seja apenas parte de um negócio lucrativo para quem o explorar a partir de Alcochete», acrescenta.
A Junta Metropolitana do Porto, o Conselho Empresarial do Norte e outros agentes do Norte têm reivindicado a separação do Aeroporto Sá Carneiro da ANA - Aeroportos e Navegação Aérea, que será alvo de privatização, autonomizando o seu destino do futuro aeroporto de Lisboa e permitindo a sua utilização para potenciar o desenvolvimento da região.
Lusa/SOL
Já chega de "colonialismo".
ResponderEliminarPor onde andavam os benfeitores do Norte antes da ANA (ISTO É, O ESTADO PORTUGUÊS) ter injectado directamente no aeroporto 400 MILHÕES de euros transformando-o numa estrutura moderna, competitiva e reconhecida perante outros da sua dimensão? Ou seja, o tráfego cresce, a estrutura redimensiona-se, criou-se uma referência e agora quer-se privatizar? Investimento público e lucro privado? Estarão os autores deste blog a fazer lóbi político ou de intersses à revelia do que julgam defender? Ou será que estão possuídos de um regionalismo tão faccioso e cego que basta lhes acenar com a cenoura da "posse" que vão às cegas?
ResponderEliminarAs cenouras costumam dar-se a burros, como o Sr. Eduardo.
ResponderEliminarEu, não vou perder tempo com cretinos reaccionários. Você começou com os "mimos", eu acabo.
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Agora, rua daqui para fora!