O norte-americano Robert Johnson foi este sábado decisivo a apurar o FC Porto para a final da Taça de Portugal de basquetebol, impondo-se nos instantes finais do triunfo 66-62 sobre o Benfica, num emotivo espectáculo em Fafe, onde estiveram cerca de 1.500 espectadores.
Johnson (19 pontos e sete ressaltos), o jogador mais valioso do desafio, decidiu quando a 10 segundos do fim converteu 2 lançamentos livres e, na resposta “encarnada”, roubou a bola a Theodore Scott, permitindo a Carlos Andrade sentenciar com mais 2 lançamentos livres, após a correspondente falta.
Apesar de nem sempre ter sido bem jogado, o desafio foi intenso e, além dos detalhes, o triunfo “azul e branco” (esta época tinham perdido os dois embates anteriores com o rival) foi consubstanciado na forma como conseguiu travar o forte jogo exterior do Benfica no segundo tempo: os pupilos de Carlos Lisboa não fizeram qualquer ponto desta forma, contra os 21 da primeira.
O Benfica pareceu adormecido nos instantes iniciais em que o FC Porto chegou facilmente aos 9-2, no entanto os “encarnados” despertaram para o jogo exterior (4/6 em triplos) e, com um parcial 11-0, passaram para a liderança (14-10) que foram mantendo.
João Gomes destacava-se com 8 pontos e 3 ressaltos, enquanto nos “dragões” a “estrela” Gregory Stempin chegou ao intervalo com apenas um ponto e sem qualquer êxito na luta das tabelas, que somente conseguiria aos 24 minutos.
A perder 21-15 no primeiro período, o FC Porto continuava sem conseguir estancar o jogo exterior “encarnado” (7/10, contra 4/13 do “dragão”) nem parar Betinho (15 pontos e seis ressaltos até ao intervalo), nem um líder em campo que lhe permitisse contrariar as mais consistentes soluções de banco do rival.
A equipa de Carlos Lisboa deteve sete de vantagem, permitiu reduzir até 2, mas chegou ao intervalo com os mesmos seis de avanço (38-32), no parcial mais equilibrado (17-17).
Os campeões nacionais recuperaram terreno no terceiro período, marcado por mais erros mútuos e com vigilância mais atenta a João Gomes, com apenas 2 pontos.
O jogo estava instável e Carlos Lisboa pediu tempo para serenar os seus pupilos (Theodore Scott chegava à quarta falta) que nos instantes finais mantiveram viram Diogo Carreira assegurar a vantagem magra (48-47) com que iniciaram os 10 minutos finais.
O comando no marcador foi sendo alternado e a 1.28 minutos do fim dos portistas tinham vantagem de quatro (57-61), mas a 15 segundos do “gongo” registava-se empate 62-62: foi então que Robert Johnson marcou 2, roubou a bola ao ataque encarnado e assim permitiu aos “dragões” esperarem agora pelo resultado do Sampaense/Académica para saber qual o outro finalista.
Presentes em todas as finais
No final do jogo, o treinador do FC Porto, Moncho Lopez expressou o seu contentamento: “Estamos muito contentes, porque ganhamos uma meia-final, mas nada mais do que isso. É uma satisfação jogar no domingo outra final, pois estivemos presentes em todas esta época.
Admitindo que na primeira parte a equipa não conseguiu travar “a ascendência do adversário”, o técnico portista explica que depois o FC Porto fez “um grande trabalho defensivo”, o que “permitiu equilibrar o marcador e, a pouco e pouco, construir a vitória”. “Gerimos muito bem as emoções”, sublinha Moncho Lopez.
“A vitória do FC Porto poderia ter sido nossa. Poderia ter caído para um lado ou outro. Foram detalhes. Uma bola que entrou e outra que não”, disse por seu turno Já treinador do Benfica, Carlos Lisboa.
“Além da grande disparidade em termos de lances livres (24-9 para o FC Porto), foi um grande jogo de propaganda para o basquetebol. A modalidade está de parabéns e nós tristes por termos perdido”, concluiu o técnico encarnado.
Este domingo, 18 de Março, o FC Porto defronta a Académica, que venceu o Sampaense. O jogo é às 15h30.
É muito bom quando podemos contar com grandes treinadores nas nossas equipes ( basquete e andebol).
ResponderEliminarO do hoquei, vamos ver...
E mais não digo!