14 maio, 2008

O JARDIM DO MARQUÊS DE POMBAL

O assunto abordado neste artigo pelo Arqº. Gomes Fernandes é-me particularmente grato por duas razões. A primeira - mais de carácter afectivo - tem a ver com o facto de já ter morado próximo da Praça Marquês de Pombal e por ter na minha pré, e pós-adolescência frequentado com os meus amigos o Café Pereira, à época, um dos pontos de encontro de referência da nossa cidade. A outra razão, de ordem estética, prende-se com o facto de já ter feito a mesma observação que o nosso arquitecto também agora faz, há mais de um ano!

Como ele explica ou depreende, seguramente baseado em informações credíveis, a degradação do jardim pode estar relacionada com mais um contencioso em que a nossa Câmara é fertil, entre esta e a Metro do Porto, provável responsável pela obra, e (ou) com o empreiteiro a quem ela foi adjudicada.

É aqui que o problema entronca sempre, quanto à capacidade de Rui Rio gerir estes imbróglios tão frequentes em qualquer empreitada: as obras acabam por ficar paralisadas no tempo e no espaço, para desgosto e prejuízo dos portuenses.

Em casos como este, é que a sensibilidade estética e ambiental dos decisores se devia manifestar e sobrepôr-se às questões burocráticas na procura de conciliar o mais possível as várias vontades e compromissos. Este aspecto, é tão necessário em pessoas com responsabilidades públicas -como Rui Rio devia ter - quanto o perfil da personalidade se revela fundamental.
E não estarei enganado se disser que quem votou nele para presidente da Câmara cometerá um crime de lesa-pátria se um dia o elevar a 1º Ministro deste país. Se a cidade do Porto com ele na Câmara estagnou e em certos aspectos regrediu até, porque razão estranha haveria o país de progredir?

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