Mostrar mensagens com a etiqueta Pasquins. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Pasquins. Mostrar todas as mensagens

17 junho, 2008

A UEFA e o jornalismo português

O "Prós e Contras" da RTP não é dos programas que mais aprecio, porque embora aceite o contraditório é um programa altamente contemporizador com a classe política. Mais do que isso, considero até, que é um óptimo branqueador-desculpabilizador das graves asneiras praticadas por governantes e ex-governantes.
No entanto, ontem, talvez por não contar com a participação de políticos e pelo tema recair sobre a "alienação do futebol", decidi ver o programa. E gostei. Curiosamente, descontando alguns excessos pontuais, encontrei bons argumentos em ambos os retábulos de opiniões. Houve teses intelectualmente honestas de ambos os lados.
Entretanto, debates e Euro à parte, voltamos à confusão da caça às bruxas movida pelo Benfica - e seus capangas - ao FCPorto e a Pinto da Costa com os objectivos que conhecemos de ginjeira. Aquela gente está completamente louca varrida. O desgraçado do Eusébio,que é das poucas referência sérias que o clube ainda mantém do seu património passado (agora estão a "fabricar" outro zelosamente, o Rui Costa) é que não merecia passar por esta vergonha, porque afinal, foi devido a ele, 80% do sucesso já quase pré-histórico que o clube alcançou...
Portugal, está a passar de um pequeno país para um grande manicómio. Enquanto uns são acusados, caluniados e perseguidos sem pudor (O FCP e PdC), outros arrogam-se ao direito de desrespeitar tudo e todos, incluindo a própria Lei. A arrogância é tanta, que, respaldados pelo conforto cobarde de um número estimável de adeptos, não respeitam ninguém e desafiam a própria Justiça. Naturalmente que a culpa não lhes pode ser totalmente imputada, porque se agem assim, é porque há quem o permita. E esse alguém é o Governo Português. Mas não só.
Os media (todos) são cumplíces de toda esta farsa. Fazem de um caso espúrio um caso sério, e é aí que o circo se desenvolve. Este ambiente, onde a falta de seriedade informativa é alucinante, está a conduzir a comunicação social a um ponto de descrédito tão elevado que lhe pode ser fatal.
A telenovela UEFA, que ameaçava ser macabra para o FCP gorou-se na razão oposta da esperança dos seus vampíricos beneficários e, enquanto os media lhe iam dando corda com aberturas de telejornais e primeiras páginas de imprensa, sustentadas em pareceres de prova ilegais (como a UEFA acabou por reconhecer) , a desonestidade profissional de muitos jornalistas levou-os a "esquecer" os mesmos pareceres para explorar jornalisticamente o filão que Luís Filipe Vieira lhes deu de mão beijada (sem o querer, claro) quando o país inteiro o ouviu a negociar com Valentim Loureiro a escôlha de um árbitro.
O jornalismo idóneo não pode contentar-se com a publicação de um artigo de opinião sério, mas avulso, num canto escondido do jornal, tem igualmente de preocupar-se com as parangonas dos jornais e com o teor do relevo da abertura dos telejornais. E nesse contexto, fartaram-se de minar a opinião pública contra os interesses do Futebol Clube do Porto, porque é preciso lembrar que há ainda muita gente em Portugal que não lê o miolo dos jornais e se fica por aquilo que lhe é impingido nas parangonas e nas aberturas espectacularmente sonoras dos telejornais. Isso, digam o que disserem, não é um trabalho sério, mas devia sê-lo.
Tudo o que aqui é afirmado, é facilmente comprovável, bastando atentar ao que já está a passar-se com o interesse dado pelos media às "reacções" do Benfica à decisão da UEFA... Fazem de conta que não percebem que a atitude dos dirigentes do Benfica não passa de uma birra inconsequente e sem qualquer sustentação jurídica. Preferem alimentar a canalhice dando-lhe uma credibilidade pública que não merece, a atirar para o cesto dos papéis um assunto que já não o é. Como, nunca o chegou a ser.

17 maio, 2008

RELAÇÃO DE MARCAS DE LIXO TÓXICO













Portuenses! Não sejam masoquistas, não gastem o vosso dinheiro nestes pasquins.
Isto sim,é alienação e banditismo. A procuradoria não quer ver, ler e ouvir. É cúmplice!
Transmitam esta mensagem ao maior número possível de pessoas.
A bem da nossa cidade!

16 abril, 2008

OS RELES BOATOS DO CENTRALISMO

Nós sabemos que as televisões de Lisboa vão falar baixinho"do caso", com moderação e laconismo, mas ainda assim vão falar do caso. Sobretudo se, depois de muito rebuscarem "o caso", for possível acrescentar-lhe uns pózinhos da habitual peçonha milagreira que transforma as vítimas em carrascos e vice-versa.
As televisões, neste modelo original de democracia divisionista são mesmo assim, já não surpreendem. Amplificam até ao esgotamento as notícias que lhes interessam e tornam-se subitamente abúlicas e discretas quando o assunto não lhes é simpático.
Portanto, já sabemos que, caso a peçonha milagreira não surta efeito, nos próximos tempos não seremos massacrados, de manhã à noite, com a ignóbil notícia produzida pelo semanário "Expresso", um jornal (segundo reza a propaganda narcisista da capital), de referência...
No programa Trio de Ataque de ontem, Rui Moreira deu-nos a "boa-nova" em directo. Uma acção, que prova à saciedade, quão digno e insuspeito é o jornalismo que se faz a partir da capital para o país profundo e remoto. Rui Moreira, denunciou com firmeza e categoria a falsa notícia, de um falso jornalista, de um falso jornal de referência, que anunciava o internamento de Pinto da Costa num Hospital de Lisboa, alegadamente vitimado por um ataque cardíaco. Refinado humor, não é verdade?
É claro que, para a Procuradoria Geral da República - orgão institucional outrora sóbrio, mas agora muito dado a entrevistas -, este assunto não passará de uma brincadeira de mau gosto sem qualquer relevância criminal. Tivesse havido alguém, amigo ou famíliar de Pinto da Costa, na sequência da falsa notícia que fosse parar a um hospital ou mesmo morresse, paciência, era a vida. Para morrer basta estar vivo, não é.
Estes actos criminosos, praticados nas barbas de toda a gente, e de autoria facilmente identificável, devem ser casos demasiado simples para quem tem em mãos outros, bem mais delicados e gravosos. Os processos com nomes de Apitos... Esses, convenhámos, são bem mais artísticos porque até se podem pintar a gosto. Uns douram-se, outros prateam-se e outros finalizam-se. O único tom proíbido é o encarnado. É a arte na justiça em todo o seu esplendor...
Os portugueses (aqueles do outro país) até podiam achar cultural toda esta fantasia, esta pujante força imaginativa da Justiça nacional, se já estivessem descansados com a conclusão do Processo Casa Pia e se soubessem, se existem ou não pedófilos em Lisboa além do desgraçado Bibi. E já agora, se estão todos inocentes, ou não. Os portugueses anseiam por acreditar que não há de facto uma justiça para pobres e outra para ricos, mas com tão longo silêncio já começam a desmoralizar...
Deixar em banho-maria tais processos, e impune um crime, com provas evidentes, como o praticado ontem por um falso jornalista, de um falso jornal de referência, como o que foi cometido contra Pinto da Costa, é brincar com o Estado de Direito.
Logo, se este boato infâme passar ao lado de uma investigação célere e séria pela parte das autoridades competentes, poderá funcionar na opinião pública como um livre-trânsito para a repetição de actos paralelos.
E se caso amanhã o Renovar o Porto titular um post dizendo que Sua Exa. o Presidente da República se afogou no Rio Douro, ou que está entre a vida e a morte, é bem possível que por este andar, passemos também a gozar do estatuto de um blogue de referência. Como o jornal "Expresso".